Arquivo da tag: Parque São Jorge

Mais do mesmo!

No brasileirão da preguiça o empate do São Paulo, o quarto consecutivo na competição, contra a equipe do Santos, bem que poderia ser considerando um resultado normal, mas  diante das circunstâncias da partida, não foi, e a equipe voltou da Vila Belmiro sem dois pontos preciosos e fechou o primeiro turno na terceira posição, com 35 pontos, a dois do Corinthians e um do Flamengo.

O time da casa assustou o adversário logo nos primeiros minutos quando Neymar bateu uma falta quase em cima da linha da área, e Rogério espalmou para escanteio, depois disso o Tricolor passou a dominar mais o jogo, mas não conseguiam levar perigo ao gol santista.

Com a expulsão do jogador Carlinhos Paraíba, aos 27 minutos do primeiro tempo, o Santos melhorou, mas também não conseguia criar chances claras de gol, isso porque o São Paulo se mostrou bem diferente daquela equipe que foi goleado pelo time do Parque São Jorge, na última vez que eles se enfrentaram.

O Tricolor da tarde deste domingo foi um time guerreiro, se postando bem na defesa e tentando explorar o contra ataque e quando a partida caminhava para o intervalo, Lucas deu uma belo drible em Durval perto do meio de campo, na velocidade, deu drible da vaca em Dracena e bateu cruzado. Rafael ainda tocou na bola, mas não evitou o golaço do são-paulino.

E o menino Lucas foi o grande destaque da equipe no jogo. Foi a primeira vez que o são-paulino atuou na Vila Belmiro. Além do golaço, o camisa 7 não parou de correr um minuto sequer e mostrou grande disposição, como no lance, aos 13 minutos do segundo tempo, em que tabelou com o Wellington, deixando-o na cara do gol, mas a bola parou nas mãos do Rafael, que fez a sua primeira grande defesa.

Três minutos depois o goleiro voltaria a brilhar, quando Casemiro achou Dagoberto livre na entrada da área. O atacante tocou na saída do goleiro, tentou encobri-lo, e viu Rafael salvar o Santos mais uma vez. Em seguida, o são-paulino deixou o campo para a entrada de Henrique, que não foi decisivo na partida, como foi na seleção sub-20.

O Santos passou a tentar o seu gol de todos os jeitos. De fora da área, em cruzamentos, tabelas. O São Paulo ia se defendendo do jeito que dava. Aos 29 minutos, Borges recebeu pela direita da área, na frente de Rogério, e mandou por cima do gol, em um lance que ele não costuma perder.

Partindo para o tudo ou nada, Muricy Ramalho reforçou o ataque, trocou Pará por Alan Kardec, e a substituição deu certo. Aos 35 minutos, o Kardec recebeu na área, fez o pivô e Ganso acertou um fantástico chute, de trivela, no ângulo direito do capitão São-paulino, que nada pôde fazer além de observar o golaço.

O próximo jogo do tricolor será na quarta-feira, às 21h50, onde receberá o Fluminense no Estádio do Morumbi e o Rei Pelé bem que poderia aparecer por lá, para entregar uma placa ao menino Lucas, que ele merece!

“Fora! Ricardo Teixeira”

Representantes de 27 torcidas organizadas de todo o país cumpriram o que prometeram e fizeram um grande protesto neste final de semana contra a permanência de Ricardo Teixeira na presidência da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa.

Em vários estádios os torcedores, mesmo com toda uma censura imposta, abriram bandeiras e faixas com frases pedindo o afastamento do cartola. A manifestação ocorreu em pelo menos 10 estádios que receberam a última rodada do 1º turno do Campeonato Brasileiro.

O protesto faz parte da campanha “Fora! Ricardo Teixeira”, que começou em junho durante seminário da confederação. As manifestações devem continuar ao longo do campeonato.

Você já vendeu o futebol, cai fora antes de vender o mundo!!!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=J7UftStYuqE[/youtube]

Chazinho de Coca – Pimenta nos olhos dos outros é refresco!

Pimenta nos olhos dos outros é refresco!

Não, não irei falar a respeito do caso do tal gás de pimenta, nem da queda de energia, nem mesmo da “agressão” de Rogério Ceni em Valdívia. Esses assuntos são sim importantes e fizeram parte da história de um dos mais eletrizantes clássicos dos últimos anos. Mas a história foi protagonizada por Palmeiras e São Paulo, dois gigantes, duas bandeiras, duas camisas das mais importantes do mundo. A visão são-paulina foi escrita com maestria na coluna “La Mano de Dios” do Fábio. Confesso que dificilmente vou conseguir ser tão racional quanto ele, mas vou tentar.

Não por acaso, desde o final da partida, muitos palmeirenses amigos vieram conversar comigo a respeito do jogo. O sentimento que pude notar em todos, foi o de que toda a coletividade palestrina está sim, de alma lavada! Fosse o jogo de ontem contra o Corinthians, apesar da enorme rivalidade, o gosto não teria sido o mesmo. O Timão encontra-se hoje alguns degraus abaixo de SP e Palmeiras. O Timão não tem uma história recente de grandes duelos contra o Verdão. O time do Parque São Jorge esteve em alta exatamente quando o do Palestra Itália esteve em baixa. O Palmeiras ressurgiu como uma fênix no cenário da bola, mas em contrapartida o Corinthians despencou.
O time da moda (no bom sentido), aquele que vinha sendo o bicho papão, o time a ser batido era exatamente o São Paulo. Mas não apenas isso, o tricolor do Morumbi vem há tempos sendo a pedra no sapato palmeirense. Eliminações consecutivas na Libertadores. Derrotas tanto fora quanto dentro de casa. Gozações, ironias, galhofas vindas tanto da torcida, quanto do elenco e principalmente, da diretoria são-paulina.

O Alviverde imponente sendo colocado como clube ultrapassado em todas as ocasiões. A defesa que ninguém passa sendo facilmente vencida pelos até então imbatíveis atacantes tricolores. A linha e os atacantes de raça, demonstrando muita raça sim, mas pouca inspiração e quase sempre não fazendo frente às muralhas são-paulinas.

Mas mesmo nessas situações, a Torcida que canta e vibra esteve ao lado do time, sempre empurrando, acreditando, demonstrando amor. Já era mais do que hora de receberem algo em troca.

Pois desde os 4X1 da 1º fase do campeonato paulista, a torcida sentiu que esse Palmeiras era sim diferente dos de temporadas passadas. Era esse sim, o time ideal para retomar a dianteira, de fazer frente a qualquer um, mesmo ao até então, quase imbatível São Paulo. Era hora da retomada da dignidade, era chegada a hora de voltar ser Palmeiras.
Não bastava apenas vencer o São Paulo, tinha sim que vencer e mostrar-se superior. Ser favorito e fazer valer essa condição. Ver o goleiro adversário falhar e o seu, fechar o gol. Sentir que sua estrela é sim mais decisiva que a deles. E notar que a reação negativa do adversário ao final da partida nada mais era do que a constatação de que no campo, na bola, no futebol, hoje, inegavelmente, o Palmeiras é superior.

O alviverde Imponente trouxe de volta a alegria para aquela que nunca o abandonou, aquela que é e sempre será a Torcida que canta e vibra.

Falta agora poder, enfim dizer, que de fato é campeão!

Ao som dos gênios Miles Davis & John Coltrane – Round Midnight

Grande abraço,