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Café com Leite na Copa: Japão x Paraguai

Texto: Beto Almeida
Fotos: Marca.com

Pois é, senhoras e senhores, eis que Japão e Paraguai fizeram o jogo mais feio das oitavas de final desta que é a maior Copa de todos os tempos, segundo João Paulo Tozo, colega feroz deste blog futebolístico, que será superada daqui a quatro anos pelo megaevento a ser realizado em nossas terras, pois está na hora desta gente bronzeada mostrar seu valor.

Já que o jogo estava ruim de se ver, nada melhor que voltar os olhos para a festa da torcida paraguaia, reunida em Assunção na comunhão das massas, mandando aquela energia positiva para sua equipe superar os nipônicos e conseguir a classificação para a próxima fase, feito inédito para a pátria dos piratas.

Meus caros leitores e, por que não?, leitoras (também as tenho), não dá pra negar que nossos vizinhos fizeram bonito. Pra começar, nada melhor que soprar a vuvuzela, que descobri ter um som harmonioso e delicado quando tocado pelos lábios certos.

O jogo começa equilibrado, com muita marcação no meio de campo, até que o time japonês acerta uma bola no travessão do goleiro paraguaio. Aquele lance de levantar da cadeira de tanta emoção! Nessas horas sempre é bom deixar o celular em um lugar seguro pra não cair no chão!

Nada como dançar uma guarânia no intervalo do jogo. Pra dar aquela relaxada.

O segundo tempo começa, o tempo corre e as duas equipes não conseguem furar as redes. O Paraguai foi mais agressivo, o Japão soube segurar o empate. Vamos para a prorrogação, claro que o placar permaneceu inalterado. O match vai ser decidido nos penâltis. Momento de tensão!

É amigo, penâlti é loteria, já dizia alguém. E aí quem se deu mal foram os nipônicos, que não abriram o olho e acertaram uma bomba na trave. Alegria do Paraguai! O coração explode, parece querer saltar para fora do peito! É muita emoção!

Sim, comprei minha passagem pra Assunção. A torcida me conquistou.

Chazinho de Coca – Itália empata com o Paraguai na estréia.

O que Itália e Brasil possuem de semelhante, além de serem os maiores campeões das Copas?
Se você respondeu “falta de qualidade para mudar o jogo”, acertou? Mas se respondeu “dois técnicos meia boca”, acertou também.

Por sorte de Lippi e Dunga, suas seleções jogam com camisas que pesam 5 toneladas cada. Por azar das seleções os técnicos são eles dois.

Se Dunga deixou R. Gaucho e Ganso em casa comendo pipoca e tomando guaraná. Lippi deixou Totti e Cassano comendo uma pizza e tomando um vinho. Cazzo!

Contra o Paraguai eu já esperava um jogo duro para os lados italianos. O Paraguai vem bem. Classificou-se com tranqüilidade nas eliminatórias daqui. Enquanto a Itália vinha se arrastando nos amistosos. Não a toa eu acertei o resultado no bolão.

Mas a postura italiana surpreendeu de saída. Ofensiva, teve mais de 60 % da posse de bola no 1º tempo. Mas levou gol justamente em bola aérea, ponto forte do selecionado azul. O grande Canavaro falhou ao não subir com o zagueiro Alcaraz. A Itália perdeu-se no jogo e deu margem para o bom Paraguai quase ampliar. A ânsia ofensiva esbarrava na limitação técnica de seus avantes, sobretudo de Gilardino. Ainda que De Rossi tenha estado bem ligado no jogo.

No 2º tempo a Azzurra voltou sem Buffon, machucado.

A Itália voltou abusando dos cruzamentos na área. Mas cadê o Cassano? A sim, ficou na Itália.
Então nada acontecia com os insistentes cruzamentos. Mas aí a estrela italiana brilhou e ofuscou a estrela do goleirão Vilar, do Paraguai. Tanto que em um dos 3.117 cruzamentos, Vilar caçou uma bonita borboleta que sobrevoava no local. Enquanto isso De Rossi emendou para empatar.

Animada a Itália voltou a ter domínio completo do jogo. Até por que o técnico paraguaio entrou com Santa Cruz no lugar de Valdez, em uma alteração que não funcionou. Depois mandou Cardozo no lugar de Barrios, até então o mais lúcido dos sulamericanos. O Paraguai ficou entregue as 5 toneladas históricas da Itália. Mais ainda depois da entrada de Di Natale, que só para o Lippi é reserva do Gilardino. A Azzurra alugou meio campo e de tanto insistir no gol da virada, mostrou mais uma vez ao mundo o tamanho da falta que Totti e Cassano fazem para o time.

Parabéns, Lippi.

Cheers,