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Ludwig Van Beethoven e Richard Wagner fazem a última chamada para a festa mais Feroz do ano.

Ludwig Van Beethoven e Richard Wagner fazem a última chamada para a festa mais Feroz do ano.

Os gênios Richard Wagner e Ludwig Van Beethoven convidam todos para a festa do ano.

Sexta, 27/março, a partir das 23:00 na FUNHOUSE – R-Evolution – FFC — Festa do site Ferozes Futebol Clube

DJ’s convidados: Mauro Beting (jornal Lance!, Rádio e TV Bandeirantes) e Benjamim Back (jornal Lance! e programa Estádio 97).

DJ’s residentes: Mitkus e Pomada

$15 de entrada (homens)

$10 de entrada (mulheres)

Os 50 primeiros pagam APENAS 5 notas de 1 real.

Onde fica?
Rua Bela Cintra, 567

Como disse o mestre Thoven, não seja um LOSER – Compareça!

Apoio:Wagner & Beethoven (http://www.apostos.com/wagnerebeethoven/)

Cheers.

"…rain down, rain down…come on rain down on me…"


“….rain down, rain down…come on rain down on me…”

Simples como esse trecho da épica Paranoid Android, simples como entender o porque de 30 mil pessoas se apertarem nas nada agraciadas instalações da Chácara do Jockey, simples como só Thom Yorke, com meros “obrrrigados”, consegue encantar e comandar o público que lá estava para vê-lo. Simples assim é entender o porque do Radiohead ser a principal banda de rock do planeta, muito simples.

Uma apresentação perfeita, de raríssimo sincronismo. Um show para fiéis que conhecem o b-side Talk Show Host ou mesmo para aqueles entusiasmados que arriscam apenas o refrão de Creep. Thom Yorke e companhia conseguiram estampar no rosto de cada uma das 30 mil pessoas um sorriso permanente, uma alegria desenfreada e uma emoção coletiva como há tempos eu não presenciava.

Clássicos misturados com músicas menos badaladas, além da íntegra de In Rainbows, obra mais recente da banda.

Esperar por eles por mais de década valeu a pena, putz, como valeu.

Cada um ali teve o seu momento especial, aquela lembrança de como e quando passou a curtir a banda. Em Paranoid Android eu tive o meu, com direito a mãos ao alto e cantoria a plenos pulmões, num rápido retorno ao ano de 1997, quando a minha relação com o Radiohead começou. Quando a canção já havia terminado, o público voltou a entoar o trecho “rain down, rain down…come on rain down on me…” prontamente atendidos por Thom, que se juntou ao coro. Bem que tentei segurá-las, mas algumas lágrimas teimaram em querer participar de mais esse capítulo único da minha vida 😉

Veja o trecho de Paranoid Android na Chácara do Jockey em SP:

Segue o set list:
“15 step”
“There there”
“The national anthem”
“All I need”
“Pyramid song”
“Karma police”
“Nude”
“Weird fishes/ Arpeggi”
“The gloaming”
“Talk show host”
“Optimistic”
“Faust arp”
“Jigsaw falling into place”
“Climbing up the walls”
“Exit music”
“Bodysnatchers”

Bis 1
“Videotape”
“Paranoid android”
“Fake plastic trees”
“Lucky”
“Reckoner”

Bis 2
“House of cards”
“You and whose army”
“Everything is in the right place”

Bis 3
“Creep”

Minha primeira “namorada”

O FFC também é musical 😉

Minha primeira “namorada”

Ontem tive o prazer de conhecer a minha primeira namorada, bem de pertinho. Paguei para vê-la e ela nem deve ter notado minha presença. Tratamento que fatalmente recebe alguém que escolhe namorar uma estrela da música. Verdade seja dita, quando ela explodiu com seus sucessos em meados dos anos oitenta, eu tinha meus 6 ou 7 anos, talvez menos e enquanto a maioria da molecada queria “namorar” a Madonna, eu inocentemente dizia que essa era minha. (A criançada de hoje escolhe namorar quem, hein?)

Pois é, meus nobres, fui ontem ao Via Funchal, acompanhado da minha verdadeira namorada, assistir ao show da diva da música pop dos anos 80, Cyndi Lauper. Não sou hoje, aquilo pode ser considerado um fã, mas estou inserido naquilo que chamam de “revival dos 80´s”.


Assumo – fui esperando encontrar uma tiazona sem pegada, buscando alguns trocados, mas para minha surpresa, presenciei a um baita show. A “tiazona” está inteira, a voz impecável e vejam só vocês, ela sozinha se bastou. Não houve show de luzes, explosões e nada que possa ser atribuído a um show pop. Cyndi trouxe ao Brasil uma banda competente e trouxe a Cyndi Lauper que aprendemos a curtir nos anos 80. Não houve troca de figurinos, mas precisa? Sua roupa inteiramente preta resgatou o espírito oitentista, não o dela que era espalhafatoso, mas aqueles mais sombrios, para ela, talvez, algo mais sóbrio.

A casa estava lotada e a fauna era das mais variadas e improváveis. Esbarrei em metaleiros, em tiozões com camisetas dos Stones, outros com camiseta dos Smiths, algumas dezenas de projetos da Cyndi dos 80, uma centena de geeks, posers de todos os tipos e aqueles que não estavam, pelo menos ontem, adaptados a época alguma, onde me incluo. Uma salada diversificada que só mesmo em um show como o de ontem pode ser possível.

As novas músicas não são ruins, mas foi nos clássicos que o show ganhou força. “Em She Bop, minha preferida, tive o prazer de escutar uma versão” rock ´n roll” do hit, sem perder a energia e a exaltação pop que a original possui. Uma sucessão de grandes hits foram rolando e entre um e outro, Cyndi pegava um dicionário e tentava dizer algumas palavras em português, sem muito sucesso, mas cheia de carisma. E então chegou o ponto máximo do show com “Girls Just Want to Have Fun”. Nessa hora não apenas elas, mas nós, todo mundo já tinha se divertido e curtido algo que ficou, não perdido, mas reservado a uma época deliciosa e divertida. No bis, Cyndi veio sozinha ao palco, acompanhada apenas de uma lap guitar e mandou True Colors, fechando um grande show de música pop. Como só as verdadeiras bandeiras do pop podem fazer. Teve tempo ainda de prometer um retorno em 2009.

Ao final eu tive a certeza de que o mundo pop de hoje não precisa de uma Cyndi Lauper ou vai ver precisa demais, mas em um universo de Britney´s, Aguileras e coisas do tipo, um show como o de ontem não seria bem compreendido.

Despeço-me dos meus nobres leitores ao som de She Bop, dela, da minha 1ª “namoradinha”.

Abraços,