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O ÚLTIMO TANGO EM BUENOS AIRES: RIVER PLATE REBAIXADO

Desespero final dos “milionários”
E o pior aconteceu. O River Plate está oficialmente rebaixado para a série B do campeonato argentino ao empatar com o Belgrano por 1 a 1 no Estádio Monumental de Nuñez em Buenos Aires. Sim, rebaixamento para um dos grandes da Argentina. O mais melancólico final. Melancólico e triste como um tango de Carlos Gardel.
Carlos Gardel, lenda do tango

Com ou sem Gardel, após derrota em Córdoba por 2 a 0 no jogo de ida válido pela “promoción”, não restava nada para o River, além de vencer em casa por dois gols de diferença. E foi com o espírito de superação que os “milionários” entraram em campo no Monumental, contando, inclusive, com o apoio da torcida, apesar dos rumores de realização da partida a portas fechadas devido aos incidentes no jogo de ida.

 A atmosfera inicialmente positiva propiciou o primeiro gol do River através dos pés de Mariano Pavone logo aos 5 minutos de jogo. Chute da meia lua, rasteiro no canto de Juan Carlos Olave. River na frente e delírio no Monumental.

Gol do River

 Com o gol, o River continuou a dominar as ações no 1º tempo, porém do outro lado havia um Belgrano bem postado, com sabedoria para jogar com o placar agregado, além de boa atuação do goleiro Olave. Fórmula perfeita para os visitantes saírem com o déficit mínimo para o intervalo.

 Todos sabiam que tempo era um luxo que o River não tinha àquela altura. Traduzindo: mais tensão e pressão para os donos da casa no 2º tempo. Apesar da atitude ofensiva dos “milionários”, aos poucos o Belgrano arrefecia o ímpeto adversário. Foram duas oportunidades para o empate. A primeira em contra-ataque e defesa de Juan Pablo Carrizo e a seguinte com Guillermo Farré para concluir a gol aos 16 minutos. Festa azul no Monumental e o início das lágrimas da torcida do River. 

Choradeira geral no fim

O que aconteceu em seguida foi o trivial em partidas com tais circunstâncias. Mais garra e vontade que técnica e tática. O River lançou-se com força, mas sem organização para o ataque.

 O golpe moral de misericórdia veio aos 24 minutos com o pênalti desperdiçado por Pavone, que bateu para a defesa de Olave.

 Final de jogo e 1 a 1 no placar. Festa dos torcedores do Belgrano presentes no estádio e muitas lágrimas da torcida do

Monumental destruído

River Plate. O que parecia impossível aconteceu: River Plate rebaixado para a série B. Alguns torcedores exaltados eram contidos através de jatos d’água lançados pela polícia. Muitos pediam a saída de Daniel Passarella da presidência do clube. Confusão fora do Monumental. Jogadores em retirada cabisbaixos. Caos total. Desespero final.

 As lágrimas, os rostos tristes, inconsoláveis talvez fossem retrato fiel e melodramático do mais puro tango porteño. A fiel ilustração da relação do torcedor apaixonado pelo time de coração. Ela existe, seja na Argentina, no Brasil, na Europa ou

Confusão dentro e fora do estádio

em qualquer outro lugar. Mas, talvez por ser em Buenos Aires, ela seria perfeitamente descrita por Gardel: “me deixando com a alma ferida e uma espinha no coração”. Confira os gols, a tristeza e a confusão.

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O DRAMA DE RIVER E BOCA NA ARGENTINA

Pavone, Carrizo, Almeyda e companhia cabisbaixos

Se alguém tivesse previsto há cinco ou dez anos que River Plate e Boca Juniors enfrentariam frustrações e até alguns sérios problemas no campeonato argentino teria sido tachado de louco, charlatão ou sensacionalista barato. Pois é, o suposto Nostradamus de araque teria acertado na mosca. Boca Juniors e, principalmente, River Plate enfrentam situações grotescas neste final de Torneio Clausura. O time da Bombonera encerrou o certame em 7º lugar e o River em 9º. Ruim sem dúvida para os gigantes em questão. Mas onde estão os tais problemas mais graves então? Ambos teriam tido temporadas ruins, atípicas, mas como são grandes clubes voltariam com tudo na próxima temporada, certo? Não é bem assim. Vamos desvendar os meandros do regulamento do futebol argentino para entender o que “está pegando” para a dupla ponteña.

Visando adaptar-se ao calendário do futebol internacional (leia-se Europa), o futebol argentino possui um campeonato nacional dividido em dois torneios fundamentais: “Apertura” e “Clausura” (abertura e encerramento). O Clausura é disputado no 1º semestre do ano e o Apertura rola no 2º semestre, ambos em turno único, pontos corridos e vinte equipes. Até aí, tudo bem. A questão é que os argentinos têm uma maneira bastante peculiar de apurar os classificados para a Libertadores, bem como os rebaixados para a série B.

As cinco vagas que a Argentina tem direito na principal competição de clubes da América do Sul são distribuídas entre o campeão do Clausura, o campeão do Apertura e mais três vagas destinadas aos três times com maior somatória de pontos entre os dois torneios. Lembrando que, diferentemente do Brasil e dos países europeus, não há uma copa nacional (não existe a Copa da Argentina como existe a Copa do Brasil, cujo campeão garante uma das vagas brasileiras para a Libertadores).

Na ponta inferior da tabela, os “hermanos porteños” elaboraram uma intrincada fórmula de definição dos rebaixados. Calcula-se a somatória de pontos do time na temporada atual mais as duas temporadas anteriores. Para as equipes que disputaram as três últimas temporadas na série A, divide-se a soma por 114. Para quem disputou a série A nas duas últimas temporadas, a soma é dividida por 76. Quem freqüentou a elite do campeonato somente na última temporada a divisão do total será por 38. Pronto, o ranking do 1º ao 20º é estabelecido pelo valor desta divisão. E há nome para o tal índice: “Promedio de puntos”.

O último e penúltimo colocados são diretamente rebaixados e o 1º e 2º lugares da série B tomam seus lugares na temporada seguinte. Para o 18º e 17º colocados é dada uma chance final de permanecerem na elite. Eles disputarão as duas derradeiras vagas contra o 3º e 4º lugares da série B em sistema eliminatório. Esse confronto também foi batizado, é a “promoción”. Fácil entender? Pois é, desnecessário dizer que a tal fórmula divide opiniões. Os favoráveis dizem evitar que a equipe com uma única temporada ruim sofra um processo de rebaixamento. Os contrários alegam que o critério não dá muitas chances aos nanicos recém promovidos à série principal.

Ladainha acima passada a limpo, agora já é possível explicar o que acontece com a referida dupla dinâmica de Buenos Aires.

Começando pelo caso menos grave, o Boca Juniors, papa-títulos dos anos 2000 e segundo maior vencedor de Libertadores (6 títulos contra 7 do compatriota Independiente), finalizou o Clausura no último final de semana em 7º lugar, como já mencionado. No “promedio de puntos” ficou na modesta 8ª posição. Traduzindo, o Boca empacou na região intermediária da tabela e mantém-se longe da Libertadores. Absolutamente nada para o maior clube da América do Sul. O Boca carrega nas costas, além das 6 Libertadores, a principal marca futebolística do continente, um estádio legendário (La Bombonera) que se tornou ponto turístico de Buenos Aires e Diego Maradona como ex-jogador e torcedor ilustre. Pelo sistema de disputa, não será tão logo que sairá da zona morta para brilhar novamente.

Lamela em desespero após gol do Lanús nos acréscimos

Só que feia mesmo é a situação do River Plate. O 9º lugar no Clausura foi muito pouco para melhorar a situação do time no “promedio de puntos”. Resultado, obteve o 17º lugar no tal índice e caiu na desgraça da “promoción”. Com isso, terá que disputar a santa vaguinha de permanência na série A contra o Belgrano, 4º colocado na série B.

O time entrou na última rodada com alguma chance de escapar da “promoción”. Recebeu em casa o Lanús. É, mas como desgraça pouca é bobagem, foi derrotado por 2 a 1 em pleno Monumental de Nuñez. Confira como foi.

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Eis a situação de River e Boca. Um tentando se agarrar a um fio de esperança para permanecer na série principal do futebol do país e outro a milhas distante da Libertadores, pelo menos por enquanto. Mais grave a situação do River Plate, cujo presidente, o ex-jogador e técnico Daniel Passarella, deve estar sofrendo de insônia nos últimos tempos.

COPA OURO

 

Continua em andamento a Copa Ouro, o torneio de seleções da CONCACAF, nos Estados Unidos. E já foram definidos os semifinalistas da competição.

O favoritíssimo México, que, atuando em território estadunidense, parece jogar no próprio país, sofreu para passar pela Guatemala por 2 a 1. Um público de 80 mil pessoas esteve presente no Giants Stadium em Nova Jersey para ver um México ter dificuldades para virar o jogo. E foi necessária a intervenção de Javier “Chicharito” Hernandez, atacante astro do Manchester United, para garantir a vitória de virada. Veja a seguir.

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Nas outras partidas das quartas, Honduras venceu a Costa Rica nos pênaltis após empate por 1 a 1. O Panamá também precisou dos pênaltis para despachar El Salvador após outro 1 a 1. Os donos da casa, os Estados Unidos, venceram os reggae boys da Jamaica por 2 a 0 no estádio RFK de Washington e terão a chance de revanche contra os panamenhos nas semifinais (vitória do Panamá por 2 a 1 na fase de grupos). Na outra semifinal, México e Honduras duelarão. Direto dos Estados Unidos os lances.

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REVISITANDO SANTOS x PEÑAROL NA LIBERTADORES

A hora está chegando. Final da Taça Libertadores da América batendo à porta. Só que desta vez com ingredientes especiais que atendem pelas alcunhas de Santos Futebol Clube e Cub Atlético Peñarol. O que muitos ignoram é que a final da Libertadores de 2011 traz a reedição de duas disputas parelhas entre estes dois monumentos do futebol sul-americano. Disputa que está empatada no torneio continental. Um final feliz para cada lado e muita luta entre ambos.

Equilíbrio nos confrontos diretos gerais. 5 vitórias para o Santos, 4 vitórias para o Peñarol e 3 empates. Foram 24 gols santistas e 19 da equipe uruguaia. Na Libertadores, foram 6 confrontos com 3 vitórias cada. Os encontros ocorreram nas edições de 1962 e 1965. Sim, equilíbrio é a palavra. Uma vitória para cada lado em jogos de ida e volta que forçaram a realização de jogos extras. Pois é, era assim naqueles tempos. Nada de prorrogações, decisões por pênaltis e adjacências. Igualdade total no duelo significava jogar novamente até a solução da controvérsia. Fórmula de disputa que teria vida longa (foram também em 3 partidas que o Flamengo foi campeão contra o Cobreloa em 1981). O inchaço dos calendários e das competições não permitiriam mais tal luxo. Isso posto, nada melhor que recordar os confrontos entre Santos e Peñarol nas edições da Libertadores de 1962 e 1965.

1962 – O primeiro título do Santos

Capa de Pot Luck

Em 1962, Brasília já era a capital federal, o Chile era sede da Copa do Mundo e o planeta já conhecia seus “reis”. Enquanto que no Brasil, Pelé, já consagrado na Seleção Brasileira, reinava absoluto nos gramados, os Estados Unidos da América do presidente John Kennedy idolatrava um novo estilo musical. Filho do blues, o rock’n’roll dominava as paradas de sucesso do país. O grupo de New Jersey “The Four Seasons” ganhava as paradas da Billboard com seu hit “Big girls don’t cry”. Mas tanto quanto cá, os americanos já tinham entronizado um ícone: Elvis Presley. Nos idos de 62, Elvis já se tornara ídolo não só na música, mas também no cinema. E, atacando em duas frentes, dois álbuns do rei do rock bombavam nas paradas. “Pot Luck” trazia o hit “Kiss me quick”. Já na dobradinha música-cinema, o álbum trilha sonora “Girls! Girls! Girls!” para o filme de mesmo título alavancava ainda mais o nome do astro nas duas mídias. Elvis sabia das coisas. É só dar uma olhada abaixo para entender.

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Girls girls girls

Eis o cenário cultural para a Libertadores. Um torneio bem diferente do atual. Apenas 10 equipes lutando pelo caneco, sendo a primeira fase disputada por 9 times divididos em 3 grupos de 3. Cada campeão de grupo avançaria para as semifinais e  juntar-se-iam a Peñarol, campeão de 1961.

 O Santos, vencedor incontestável de seu grupo, eliminaria o Universidad Católica chileno (1 a 1 e vitória por 1 a 0). O Peñarol, entrando pela via rápida graças às prerrogativas de campeão, encararia o rival local Nacional. Em três jogos (derrota por 2 a 1, vitória por 3 a 1 e empate por 1 a 1), os atuais campeões passariam à final.

Final definida e o primeiro jogo no estádio Centenário de Montevidéu. Vitória santista por 2 a 1 de virada. Sem Pelé, Coutinho encarregou-se de fazer as honras com dois gols.

Galera na Vila para Santos x Peñarol em 1962

O jogo de volta na Vila Belmiro seria marcado por uma garrafa arremessada a campo, por 90 minutos jogados, apenas 51 valendo e volta olímpica santista por nada. Alegando falta de segurança e pressão da torcida santista, o árbitro chileno Carlos Robles não considerou os 39 minutos restantes. Pepe faria o gol de empate no período. Ninguém do Santos sabia da decisão peculiar da arbitragem e os jogadores trataram de comemorar. Tudo em vão. Placar final oficial: 3 a 2 para o Peñarol.

Para a terceira partida, o Estádio Monumental de Nuñez do River Plate foi o palco escolhido para o tira-teima. É incrível, mas muitos no Brasil não acreditavam mais no Santos. Vários eram os motivos: jogo em Buenos Aires, local próximo a Montevidéu, possível animosidade da torcida local (os dirigentes santistas queriam jogar em Lima), enfim, aquelas coisas extra-campo. Pois é, esqueceram que Pelé estaria de volta após recuperar-se de contusão. Aí já era, fatura liquidada. O maior do mundo estava lá, de volta para detonar. E não somente Pelé. O maior ataque do mundo estava em ação em terras portenhas. A escalação era de impor respeito, temor e tudo mais: Gilmar, Lima, Mauro e Dalmo, Zito e Calvet, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. 4-2-4 puro. Logo aos 10 minutos Coutinho (com o toque final de Caetano anotando contra) abriu os serviços. Pelé acabou com o 2º tempo, marcando aos 3 e aos 44 minutos. Santos 3 a 0 e campeão da Libertadores. Confira alguns momentos.

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1965 – A revanche “carbonera”

Passariam três anos até que o Peñarol tivesse a chance de devolver a derrota de 62. O tão esperado momento chegaria para os uruguaios nas semifinais da Libertadores de 1965. Quase tudo como em 1962. Seriam necessárias três partidas para a definição do adversário do Independiente, que eliminaria o Boca Juniors na outra chave.

Três anos também foi tempo suficiente para várias mudanças. Brasília já estava nas mãos dos militares. Castelo Branco presidente. A história diz que Castelo era bem intencionado, que pretendia devolver o País aos civis. Enfim, oficialmente, o golpe militar já tinha rolado e fato é que seus sucessores recrudesceram a situação. Nos Estados Unidos, Martin Luther King marchava por direitos civis.

O rock’n’roll deixara a adolescência descompromissada de 1962 para se tornar “mainstream”, não apenas divertido mas crítico, música engajada a serviço de um mundo melhor, mais justo e livre. Revolução em ambos os lados do Atlântico.

Capa de Highway 61 revisited

Na América, Bob Dylan lançava discos que o colocavam anos-luz à frente de seus congêneres. Só em 65 foram dois clássicos: “Bringing it all back home” e “Highway 61 revisited”. Daí surgiram canções como “Like a rolling stone” e “Subterranean homesick blues”. Sob influência de Dylan, bandas como The Byrds tornaram-se sucessos comerciais no país ao lançar, ainda em 65, o álbum “Mr. Tambourine” (regravação de autoria de Bob Dylan). A California dava as caras com os Beach Boys dentro da vertente soft. Confira Dylan em ação em vídeo inovador para a época.

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Rubber soul, 1965.

No Reino Unido, os Beatles e os Rolling Stones já estavam nas cabeças das paradas de sucesso. O quarteto de Liverpool vinha com “Rubber soul”, atacando com os hits “Drive my car” e “Nowhere man”. Genialidade de sempre da dupla dinâmica Lennon-McCartney e capa psicodélica para o LP. Sem falar no The Who, que trazia toda ira adolescente ao lançar “My Generation. The Beatles e The Who a seguir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0cj6zHzTumE&feature=related[/youtube]

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 Estádio do Pacaembu, São Paulo. No primeiro jogo, placar típico da época: 5 a 4 para o Santos. Com apenas 7 minutos, o Peixe havia marcado 3 gols. Os 3 a 0 parciais deram falsa impressão de goleada e jogo fácil. Ledo engano. Bobeada santista e reação carbonera. No final, placar apertado. Veja algumas imagens de pouca qualidade da partida.

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 Para a partida de volta, em Montevidéu, muita polêmica. O Santos vencia a partida por 2 a 1 até os 34 minutos do 2º tempo, mas permitiu a virada. O empate carbonero nasceria de pênalti duvidoso. Pelé ainda sofreria pênalti não confirmado e marcaria gol de empate segundos após o árbitro argentino Luis Ventre assinalar fim de jogo. Tudo ao melhor estilo Libertadores. Arbitragens e deslealdades à parte, não havia sido uma grande exibição do Santos e tudo acabou com vitória do Peñarol por 3 a 2. Alguma poucas imagens deste jogo abaixo.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PkQ4UEHfnfU[/youtube] 

Peñarol versão mid-sixties

E mais uma vez as atenções da América do Sul voltavam-se para o Monumental de Nuñez em Buenos Aires. Como em 62, a terceira e definitiva partida. Em mais um jogo equilibrado, o Peñarol abriria o placar somente no 2º tempo, aos 14 minutos, com Joya. Aos 30 minutos, Pelé empataria. Mas o Santos teria problemas naquela 2ª etapa de jogo. O craque Zito, jogando de volante, sentiu contusão e jogou no sacrifício. Dorval deixou o ataque para cobrir a defesa. Substituições não existiam na regra. No final dos 90 minutos, 1 a 1 e prorrogação. Aos 7 minutos da 2ª parte do tempo extra, o artilheiro carbonero Pepe Sasía marcaria o gol da classificação. Pouco depois, na final, o Peñarol cairia frente ao Independiente.

 Duas decisões, duas séries eliminatórias, uma vitória para cada lado. Duelo parelho entre Peñarol e Santos. O desempate da saga? Na próxima quarta-feira, em São Paulo, no Pacaembu.