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La Mano de Dios – Newcastle cai, mas Toon Army promete continuar firme

Newcastle cai, mas a Toon Army continua firme

Um time com 127 anos de vida e uma das torcidas mais fanáticas da Inglaterra vai disputar a segunda divisão na temporada 2009/10. Mas a Toon Army, sua forte torcida, promete não abandonar o Newcastle, da mesma forma que uma outra torcida de alvinegros fez aqui no Brasil. Qualquer semelhança NÃO É mera coincidência. Reproduzo abaixo trecho de um texto de Mauro Cezar Pereira postado em seu blog.

Imagine uma agremiação com 127 anos de existência e mirrados quatro campeonatos nacionais, o mais recente (?) há 82 temporadas. Para aliviar (?) um pouco o jejum, são seis Copas, mas a última conquistada 54 anos atrás.

O time não faz boa campanha desde a temporada 2002/2003, quando foi terceiro. Para piorar, passou os últimos meses lutando contra o rebaixamento. Mesmo assim, em média 48.750 pessoas pagaram para ver seus jogos em casa, no estádio que comporta 52.387. São incríveis 93% de ocupação.

Este é o Newcastle United, que caiu para a segunda divisão da Inglaterra. Na última rodada da Premier League, dependia de tropeços de Sunderland ou Hull City, que perderam. Mas aí precisaria pelo menos empatar com o Aston Villa. Foi derrotado. E com gol contra do irlandês Duff.

O ex-jogador do Chelsea é um dos vários nomes destacados, de seleção, que os Magpies contrataram nas últimas temporadas. Sem sucesso. Os seguidos fiascos culminaram no rebaixamento. E a queda se confirmou sob o comando do maior ídolo recente, Alan Shearer.

O ex-artilheiro assumiu o barco em meio à tempestade tentando livrá-lo do naufrágio. Não deu, mesmo contando com nomes de peso, casos de Coloccini, Joey Barton, Oba-Oba Martins, Alan Smith, Jonás Guttiérrez, Gerémi, Nick Butt, Løvenkrands, Viduka e o outrora badaladíssimo Michael Owen.

Os torcedores presentes ao Villa Park, em Birmingham, sofreram, choraram e no final aplaudiram — clique aqui e veja o vídeo da BBC. Quando a próxima temporada começar, os adversários não serão Manchester United, Chelsea, Liverpool, Arsenal, e sim Barnsley, Plymouth, Doncaster, entre outros times pequenos, quase inexpressivos.

Mas a torcida estará lá, lotando Saint James’ Park, como sempre. É assim na Inglaterra, na Argentina, na Alemanha, no Brasil. A explicação é simples: melhor do que vencer é ter um time pelo qual torcer.

Chazinho de Coca – Pinceladas do clássico e os 3 atos de Ronaldo.

Um clássico que marcou uma saudável união entre as diretorias, que por sua vez estendeu-se a grande maioria dos torcedores. Ontem durante flashes de TV antes do jogo, ví certas coisas que me fizeram acreditar que ainda há esperanças para o problema da violência entre as torcidas e elas passam, em grande parte, pelas ações entre os mandatários dos clubes.

Nesses flashes, eu ví com meus próprios olhos, um corintiano com bandeiras e demais adereços, na fila de entrada da torcida do Palmeiras, sem que ele fosse perturbado. Ví ônibus de torcedor alviverde passando diante de membros da diretoria corintiana e não ser direcionado um único xingamento, apenas cantorias de festejo ao time do coração. Ví outro corintiano com a camisa roxa do Timão, parado e conversando com amigos diante do hotel onde estava a delegação alviverde, obviamente cheio de torcedores do time, sem que isso gerasse uma única confusão entre eles.

Como nem tudo são flôres, um ônibus de torcedor “organizado” do Palmeiras foi parado em blitz policial e com alguns membros, apreendidas bombas de fabricação caseira. Um foco de bandidagem no mar de esperanças que foi o clássico.

Foi dado um grande 1º passo, o exemplo foi mostrado, cabe agora a todas as diretorias de grandes clubes darem continuidade a essas ações e não repetir o clima de animosidade criado por tricolores e pelos mesmos corintianos no clássico anterior. Não cabe também espaço para notas como a emitida ela diretoria são paulina, tentando desqualificar a ação feita pelas diretorias de Palmeiras e Corinthians. Por que não a marca “Trio de Ferro” e não apenas “Derby”? Esse foi o tema da sensacional coluna do Mauro Cezar da ESPN, que disponibilizarei logo mais.

O Jogo.

A retranca armada por Mano Menezes não surpreendeu, o que me deixou perplexo foi a guilhotinada de Luxemburgo no tão elogiado esquema de velocidade que ele vinha implantando no time. Ao escalar 2 volantes, Luxa fez aquilo que eu vinha tanto cobrando em jogos de Libertadores, um meio mais pegador, mas com qualidade na saída de bola, afinal Sandro Silva faz muito bem a função de marcador, mas também a de ajudar na armação.

Cleiton Xavier foi liberado para armar, assim como Diego Souza, mas deixar Keirrison isolado no ataque foi um balde de água fria. O técnico sacou Williams e manteve os 3 zagueiros.

Com 6 defensores em campo, não dava para se esperar grandes coisas dos empobrecidos ataques e o 1º tempo foi um sono só, muito também devido ao calor provocado pelos 5 sóis para cada um no estádio. Keirrison pouco era acionado e Souza, péssimo, era um jogador a menos para o Corinthians

Na 2ª etapa, Luxa acordou e colocou Williams e desde então passou a ter o domínio do jogo.

Em bela enfiada de bola de Keirrison, Felipe errou bisonhamente, Diego Souza limpou o goleiro e fuzilou. Poderia ter saído outros gols, mas não era tarde de Keirrison, nem mesmo de Cleiton Xavier.

Quando Mano colocou Ronaldo, não que o Corinthians tenha melhorado substancialmente, mas voltou a ter 11 em campo, já que Souza saiu. O Verdão continuava melhor, mas pecava nas finalizações. Enquanto isso, o “gordinho” ensaiava o seu 3º e grande ato. O 1º deles foi feito pela ponta, onde levou a marcação do zagueiro e cruzou, na cabeça de Dentinho, que não conseguiu finalizar. Depois, fazendo aquilo que se espera de qualquer atacante e que Souza não consegue, mas Ronaldo faz de maneira brilhante, o Fenômeno mandou um balaço de fora da área, acertando caprichosamente o travessão de Bruno, que já estava batido no lance. E então, quando tudo parecia deteminado, a câmera mostrava Marcão colado em Ronaldo, escanteio pela esquerda, na cobrança, Ronaldo dá um passo para trás, suficiente para subir livre, no 2º pau e marcar o seu 1º gol depois de mais de 400 dias, um gol que o Corinthians não marcava no maior rival desde 2006.

Gordo, jogando com 1 saco de laranja nas costas, visivelmente sem ritmo, mas ainda assim, bastou sua presença para o Timão comemorar algo que nenhum dos outros atacantes nesses mais de 2 anos, havia conseguido lhe proporcionar.

No embalo de The Libertines – Last Post on the Bugle.

Cheers,

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Segue agora a coluna do Mauro Cezar Pereira da ESPN.

União entre Corinthians e Palmeiras gera reação lamentável do São Paulo.

“Em pouco tempo só existirão cinco grandes no Brasil. Pensei que Palmeiras e Corinthians anunciariam fusão para ficarem entre eles”. A frase, publicada na coluna Painel F.C. da Folha de S. Paulo, é atribuída a Adalberto Baptista, diretor de marketing são-paulino. O motivo? A reunião na qual palmeirenses e corintianos apresentaram suas ações conjuntas para o derby deste domingo em Presidente Prudente. Provocação típica de torcedor, nada além disso. E ainda dizem que os dirigentes do São Paulo são diferentes dos demais, melhores, superiores… Talvez até sejam, afinal, a referência, em geral, é pífia, o parâmetro está sempre bem lá embaixo mesmo…Também pode ser que tal frase esconda o receio de que os dois maiores rivais estejam começando a acordar.

O Palmeiras tem na presidência um homem inteligente e de bom senso. O Corinthians nem tanto, mas a simples aproximação dos clubes é bom sinal. Claro que a convivência pacífica entre cartolas não irá tornar amáveis as relações entre as torcidas organizadas dos times, tampouco reduzirá a violência associada a tais grupos. Mas é um movimento saudável, capaz de gerar dividendos, como transformar um jogo que pouco vale em grande evento.

E o são-paulino, integrante de uma equipe que recebe elogios até pelas mais tolas ações ditas de marketing, como a venda de pedaços do gramado e o tal batismo tricolor, parece acusar o golpe. Se forem tão evoluídos como tentam nos convencer, os dirigentes do São Paulo se aproximarão de alvinegros e alviverdes para formar ações sob o rótulo “Trio de Ferro”.

Corinthians e Palmeiras não precisam se fundir para aumentar suas chances de superar o dono da hegemonia do futebol nacional. Basta que tenham pelo menos um olho nessa terra de cegos que é a cartolagem brasileira. Como faz a turma do Morumbi, que deve manter o dela bem aberto, afinal, unidos os dois podem, com um par de olhos, enxergar melhor do que os visionários tricolores.

http://espnbrasil.terra.com.br/maurocezarpereira/post/38004_UNIAO+ENTRE+CORINTHIANS+E+PALMEIRAS+GERA+REACAO+LAMENTAVEL+NO+SAO+PAULO

Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo.

O gajo foi confirmado hoje, como o maior jogador da temporada. Na minha opinião, de forma indiscutível!

Não é a 1ª vez que me manifesto favoravelmente ao fato de Cristiano Ronaldo ser o melhor jogador do mundo. Inclusive já havia iniciado uma postagem com alguns números que apontam para isso. Mas caí na “besteira” de ler a coluna do Mauro Cezar da ESPN acerca do assunto e ví que abordar o tema, com maior propriedade que ele em sua postagem, seria tempo perdido.

Segue a coluna do cara que, para mim, é disparado um dos jornalistas esportivos mais completos do país.

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Números e fatos que mostram quem foi o melhor do mundo em 2008: o português Cristiano Ronaldo

Nesta segunda-feira, Cristiano Ronaldo deverá ser apontado o melhor jogador de 2008 na eleição da Fifa. É evidente que o desempenho na temporada 2007/2008 é o que justifica o provável prêmio. E não devemos confundir o mesmo com o momento vivido pelos jogadores na virada de 2008 para 2009, quando os votos já haviam sido computados há tempos.

Embora nos últimos meses o português não tenha sido sequer o melhor de seu time — Rooney vive fase superior —, ninguém atuou melhor do que o camisa 7 dos Red Devils no ano passado. A temporada foi dele, com 46 gols, sendo 42 pelo Manchester United e quatro com a camisola portuguesa.


Cristiano Ronaldo fez 31 tentos em 34 jogos dos quais participou na Premier League, da qual foi o principal goleador com essa incrível média próxima de um gol por cotejo. Sagrou-se, também, artilheiro da Liga dos Campeões, que conquistou, assim como o bicampeonato inglês.

Dos 87 pontos ganhos pelo campeão da última edição da liga do país, 54 vieram em 18 vitórias nas quais o gajo marcou pelo menos um gol. Em 16 bastariam os assinalados por ele para que o time saísse vencedor. Outros três pontinhos foram recolhidos nos empates em que Ronaldo foi às redes.

Ou seja, seus gols foram responsáveis por 62% dos pontos ganhos pelo Manchester United no campeonato 2007/2008. Sem falar em assistências, jogadas importantes, faltas sofridas que resultaram em lances perigosos e cartões para adversários, etc.

Há quem diga que ele “desaparece” em partidas mais difíceis. Os números acima já destroçam tal tese, afinal, deixam evidente a fundamental participação do astro português na maioria das vitórias da equipe.

De qualquer forma, vale lembrar que Cristiano Ronaldo fez o segundo gol nos 3 a 0 sobre o Liverpool em Old Trafford, marcou uma vez nos 2 a 2 com o Arsenal em Londres e outro nos 2 a 1 em cima dos Gunners em Manchester.

Atuou apenas por 27 minutos na derrota ante o Chelsea em Stamford Bridge, quando não marcou, mas deixou o seu na final da Champions League diante dos Blues. Batedor de penalidades máximas, poderia ter feito mais um sobre o time londrino na vitória por 2 a 0 em casa, mas permitiu que Saha cobrasse, no instante final, o pênalti que o próprio francês sofrera.

Argumentos (?) toscos como “ele é marrento”, dirige mal (tanto que aniquilou a Ferrari no túnel), “o cara é mascarado” ou “é presepeiro” não podem ser considerados numa avaliação séria. É algo típico dos “brasileirinhos” absolutamente incapazes de enxergar talento em quem não veste verde-amarelo. Gente que mal vê a bola que rola pelo mundo.

Aos que se enquadram nesse grupo pseudo-patriota, peço, desde já, que nos poupem de alegações como “jogou mal no amistoso Brasil x Portugal”. Estou me referindo a desafios de verdade, sérios, que valem alguma coisa. E é evidente que eventos político-desportivos como aquele no famigerado Bezerrão não entram nessa lista.

Daqui a 10 ou 20 anos, talvez a história aponte Messi, Kaká ou algum outro craque como o maior da geração que hoje domina o futebol. Pode ser. Mas o fato é claro: Cristiano Ronaldo foi o maior jogador do planeta entre 2007 e 2008. Queiram ou não.

Fonte: http://blogs.espn.com.br/maurocezarpereira/

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Inseri outros argumentos dentro dos “comentários”.

La Mano de Dios – Muita calma nessa hora

Muita calma nessa hora

Meus amigos, faço minhas as palavras de Mauro Cezar Pereira, publicadas em seu blog (http://blogs.espn.com.br/maurocezarpereira/). Não é birra minha, assim como também não é dele. É só a constatação de um fato: o Brasileirão está competitivo, muito mais graças ao nivelamento (para baixo) dos times do que pelo futebol vistoso (que apareceu muito pouco).
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“>Palmeiras? Grêmio? Nenhum deles. No Brasileirão ninguém jogou para merecer o rótulo de favorito

Nada mais fácil e conveniente do que ir de acordo com a maré. Basta olhar a classificação e observar quem subiu, quem desceu e definir os novos favoritos. Nem é preciso ver os jogos. Assim os vencedores da rodada são elogiados e os que foram mal não têm argumentos para rebater. E na semana seguinte basta mudar tudo de novo, de acordo com os resultados, claro.

Para reflexão, trecho de “O Bandeirinha Artilheiro”, que Nelson Rodrigues escreveu em 1959:“Amigos, o cronista esportivo é o cidadão mais convencional do mundo. Quando um time vence outro, o cronista repete, textualmente, o que vem dizendo desde a Guerra do Paraguai: “Vitória merecida”. Nunca lhe ocorreu a hipótese, ainda que tênue, ainda que vaga, de uma vitória imerecida”.

Nada contra quem acha que o Palmeiras é o grande candidato ao título, são opiniões, apenas o time alviverde não me convenceu disso. Posso, evidentemente, mudar de idéia, vai depender do futebol que a equipe apresentar, pois os últimos jogos não mostraram nada empolgante.
Deixemos de lado a derrota para o Sport (0 a 3) em pleno Palestra Itália, pela contundência do fiasco. Vamos ao duelo com o Cruzeiro em Belo Horizonte. Foi uma vitória fundamental, importantíssima, um resultado fabuloso para o Palmeiras. Mas o futebol apresentado foi de campeão incontestável?

Não, não foi. No segundo tempo o time Celeste encurralou, poderia ter empatado, virado o placar. Sem dúvida aquela partida registrou a grande atuação da defesa paulista, apenas a décima no ranking do torneio, e só.

O Palmeiras voltou a jogar em casa e diante de um Vasco enfraquecido, com novo técnico que mal treinou a equipe. Venceu, mas correu riscos. Não foi triunfo convincente, vitória categórica, que não deixa dúvidas, longe disso.

A tabela prevê jogos contra equipes que lutam contra o rebaixamento, em tese com boas chances de o Palmeiras alcançar a ponta. Vêm aí Náutico (fora), Atlético Mineiro (em casa) e Figueirense (fora), intercalados com as partidas ante o peruano Sport Áncash pela Copa Sul-americana.

Na mesma série, o Grêmio visita o Internacional e depois recebe Botafogo e Santos, duelos, na teoria, mais difíceis. Mas não sai de Porto Alegre. Dureza nos dois próximos passos do Cruzeiro, que vai ao Morumbi encarar o São Paulo e depois receberá Sport e Ipatinga.

Mas o campeonato prosseguirá, chegará a vez de o Palmeiras desafiar o rival tricolor (no Parque Antártica), ir ao Maracanã enfrentar o Fluminense e depois receber o emergente, e perigoso, Goiás.

São muitos jogos pela frente. Séries de partidas teoricamente mais fáceis e mais difíceis, uma competição paralela para alguns times e para outros não, pequena diferença de pontos entre os mais bem colocados, como diminuta é a diferença do futebol por eles apresentado.

Em resumo: não existe favorito. Podemos, sim, dar palpites, mas ninguém, nenhum time, equipe alguma até aqui, apresentou futebol competitivo a ponto de merecer o rótulo. Nem o agora badalado Palmeiras.

Em tempo: o futebol competitivo do Grêmio esteve na Arena no domingo. Faltou o gol que faria justiça ao tricolor gaúcho, que também não faz jus à estampa do favoritismo, mas está vivo, vivíssimo.