Vocês lembram daquele Arsenal envolvente, que jogava futebol de verdade, que dava gosto de ver? O Arsenal de Henry, Ljunberg, Hleb, Flamini… pois é, esse não é o Arsenal de 2008-2009, e, para quem duvidava disso depois dos jogos com o Villareal, fica difícil discutir depois do baile que os Gunners tomaram ontem do Manchester.
A bem da verdade, é muito difícil bater o Manchester em Old Trafford. Na temporada 2008-09, quase impossível. Mas um time que ficou famoso nos últimos tempos por envolver o adversário, deixando-o tonto com a troca de passes ligeiros e a forte vocação ofensiva, deveria ter feito mais.
O Arsenal ficou preso à forte marcação dos Reds durante todo o primeiro tempo. Adebayor, muito isolado, não viu a cor da bola. Além disso, Tévez infernizava o setor defensivo dos Gunners, impedindo a subida dos laterais. Fora isso, o meio de campo acéfalo do Arsenal não dava conta do volume de jogo do Manchester e apelava para a ligação direta com o ataque. Aí, meu filho, é lama.
O 1×0 saiu barato. O Manchester parecia ter preguiça de atacar, de concluir as jogadas. Ou será que bateu a canseira de mais de 60 jogos na temporada? Fora isso, Almunia estava iluminado e fez no mínimo três grandes defesas.
A ideia de Arsene Wengér de montar times rápidos e leves, repletos de jovens promessas, já provou ser inteligente. Mas todos os grandes times do Arsenal nos últimos tempos tinham jogadores experientes para orientar a molecada. Sem Flamini, vendido no começo da temporada, com Gallas machucado e sem poder contar com Arshavin, que já participou dessa Champions pelo Zenit, a responsabilidade ficou toda no colo do fora de série Fábregas. Mas um Fábregas só não faz verão.