Arquivo da tag: Libertadores 2012

UM GIRO PELO MUNDO

POR: MAGNO DA ADIDAS

 

Eurocopa

República Tcheca 0x1 Portugal
a unica coisa que pode salva esse jogo do marasmo sao as cenas lamentaveis

Espanha 2×0 França
todo jogo da espanha é insuportavel os nanicos vao fica trocando passe infinitamente ate os frances dormirem pra faze gol

Alemanha 2×1 Grécia
algo parecido com futebol infelizmente vencera algo parecido com retranca incendiando revoltas populares contra a austeridade

Inglaterra  1×1  Itália
o tradicional english team que so ganho uma copa em casa robada pega o futebol mais envelhecido e cauteloso do mundo vai ser complicado aguenta ate o fim

 

Sul africanão

Santos FC 2×1 Chippa United
o jogo decide se o santos desce de divisao e troca de lugar com os unidos da chippa mas vai continua tudo igual prevalecendo a força do primo pobre da turma da vila e bota pobre nisso

 

CONTINENTE SUL AMERICANO

Libertadores

Corinthians 2×2 Santos
empate heroico do escrequete timao e passagem historica para a conquista do vice campeonato

Universidad de Chile 2×1 Boca Jrs.
o barcelona dos andes tem uma missao espinhosa demais pra reverte e ficara pelo caminho

 

TERRA BRASILIS

Copa do Brasil

Coritiba 2×1 Sao Paulo
o coxa branca ferira o leao mas nao sera capaz de matalo

Palmeiras 0x1 Grêmio
em uma partida tenebrosa a imortalidade invade o campo mas fica pelo caminho dirao que felipao jogou com o regulamento debaxo do braço como se isso fosse errado

(foto: abola.pt)

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Magno da Adidas é a eloquencia universal do jornalismo esportivo que extrapola a crítica transcedental da simples interpretação. 

DOS CRITÉRIOS ADOTADOS.

Rápido e rasteiro.

Corinthians e Santos abriram completamente mão desse início de BR12 e ao atuar com suas equipes reservas, amargam hoje a zona da degola. O Peixe é o 17º colocado, enquanto o Timão segura a lanterna firme e forte. Na próxima quinta-feira, após término do grande duelo pelas semifinais da Libertadores, um dos dois estará eliminado da competição Sulamericana e continuará na zona do rebaixamento do Brasileirão. O que será da vida deste a partir da próxima quinta-feira é bastante nebuloso. Já o vencedor certamente terá tempo e tranqüilidade para se dedicar a sair dessa situação de desconforto, já que para brigar pelo título será preciso mais do que atuar com o time titular.

– Em situação semelhante, o Palmeiras preferiu atuar com o que tem de melhor no BR12. O que não tem sido suficiente. Está muito próximo da final da Copa do Brasil, mas segura a 18º colocação do BR12. Entretanto houve significativa evolução desde que Henrique foi promovido a 1º volante e Marcio Araujo ganhou sua chance no banco de reservas. O empate diante do líder Vasco, ainda que tenha sido em casa, pode ser considerado “bom”. Mais ainda se considerarmos que o empate saiu em uma claríssima falha do goleiro Bruno, que conseguiu levar gol de falta cobrada no canto em que estava. Falha tão gritante que houve inclusive cobrança explícita do centroavante Barcos. A escolha por não atuar com reservas, porém, trouxe dores de cabeça a Felipão. Luan saiu sentindo lesão e é desfalque certo para a decisão contra o Grêmio. Marcos Assunção segue como dúvida. Por outro lado o time ganha cada vez mais confiança no futebol do jovem Mazinho. Das poucas apostas recentes feitas pelo time e que vem dando resultado.

– A Eurocopa vai chegando ao final de sua 1ª fase e salvo a eliminação da Holanda, nenhuma outra enorme surpresa nos ofereceu. Alguns bons jogos e outras atuações individuais de grande destaque, como a de Cristiano Ronaldo, ontem contra a Holanda, na vitória portuguesa por 2X1. Entretanto o que nos chamou a atenção foi o regulamento e o critério adotado para determinar classificados quando a pontuação é a mesma. Após grande estréia com goleada por 4X1 diante da República Tcheca, a Rússia acabou não mantendo o nível e na última rodada perdeu para a surpresa Grécia. Ambos terminaram com a mesma pontuação, mas ainda que no saldo de gols os russos tenhaM levado vantagem , o 1º critério é o confronto direto, onde a Grécia bateu os russos e ficou com a vaga. Houve nenhuma ou quase nenhuma discussão a respeito desse assunto nos debates esportivos. Certamente poucos notaram isso até a desclassificação russa. Mais ainda quando a Alemanha, melhor equipe da 1ª fase quase correu o risco de ficar fora, quando bastava aos dinamarqueses carimbar mais um tento, no até então empate entre ambos. Ao final a Alemanha venceu e se classificou com sobras. Apesar das grandes mídias não terem dado o destaque merecido ao fato, nos canais do FFC a discussão ficou bem acalorada. Eu defendi o critério,enquanto alguns amigos ficaram contrários.

Hoje, pensando de cabeça fria, continuo não achando absurdo o critério, mas entendo que o saldo de gols poderia também ser o 1º dos critérios. Um privilegia o time mais regular, o segundo o de maior ofensividade. Não houve nenhuma grande reclamação dos eliminados através do critério adotado, o que mostra que estavam sabendo que assim seria e que deveriam ter se preparado para dentro dele terem sucesso.

O técnico Dick Advocaat pediu demissão após a eliminação russa.

TÁ TUDO EM CASA!

Amigos, nada como um dia após o outro. Se os reservas do Timão fizeram feio contra o Grêmio no domingo, a postura da equipe titular foi muito boa. O cenário que eu previa era de um problema para marcar Neymar, já que nossas laterais não são exatamente o ponto forte do time, embora haja dedicação. E a dedicação se fez presente, em especial naquele belíssimo passe de Paulinho para a perfeita finalização de Emerson Sheik. Que foi herói e vilão, já que além de marcar o único gol da partida, acabou sendo expulso por um carrinho um tanto irresponsável em Neymar. O próprio jogador admitiu que entrou forte na jogada.

Mas Emerson e Paulinho não foram os únicos que brilharam: a defesa corintiana foi precisa, e após o gol, como já é de praxe no estilo de Tite, o time todo se fechou, bloqueando a maioria das tentativas dos santistas de chegar ao empate.

Show à parte deu o goleiro Cássio, ainda sem tomar gol na Libertadores desde que assumiu a titularidade. Mesmo assim, num jogo em que o time ganha, ver o goleiro ser eleito o melhor do time ainda é um pouco estranho. Mas há explicação, já que o Corinthians jogava fora de casa, e conseguir ficar sem tomar gol foi uma coisa que o time buscava mesmo. Cássio foi preciso.

Alessandro tentando marcar Neymar. E conseguindo.

A marcação cerrada do Corinthians foi também suficiente para deixar Neymar irritado, inclusive entrando duro em algumas jogadas. Poderia até ter sido expulso, mas não me deixo levar por esta impressão. Em jogo de Libertadores, as coisas não funcionam bem assim. E o juiz Marcelo de Lima Henrique acabou prejudicando as duas equipes.

Além da irritação, o fato de ter que voltar muito para o meio de campo para armar jogadas, já que toda vez que o ataque do Santos tinha a posse de bola era facilmente bloqueado pela defesa adversária, acabou por descaracterizar um pouco o estilo do atacante. Ganso, surpreendentemente recuperado em tempo recorde, ainda sofreu pela falta de ritmo, e não chegou a oferecer perigo.

Aos 37 minutos do segundo tempo, a iluminação da Vila Belmiro se apagou, e o jogo teve de ser paralisado. Nesse momento, foi possível observar o cansaço do craque santista, que deitou-se para tentar ganhar um pouco mais de fôlego para prosseguir.

Aliás, para alimentar ainda mais a polêmica, o presidente santista Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro acusou o Corinthians de ser privilegiado por não ter jogadores convocados pela Seleção comandada por Mano Menezes, ex-Corinthians. É até compreensível a acusação, mas não neste momento: o Corinthians não tem jogadores “selecionáveis” com idade olímpica, que são hoje o alvo dos testes de Mano. Além disso, no ano passado o Santos teve acatado seu pedido de adiamento de alguns jogos pelo Brasileiro, enquanto disputava a Libertadores. Não estou dizendo aqui que CBF e Corinthians são compostos por escoteiros ou coroinhas em suas diretorias, só acho que ainda é cedo pra se ficar procurando justificativas para uma eliminação que ainda não ocorreu (e pode não ocorrer, ou alguém duvida da capacidade do Santos de reverter este resultado?). Para estar focado em uma competição, caberia ao jovem jogador se poupar um pouco da vida social, não? Pois bem.

Mesmo sob protesto desta coluna, Tite deve continuar poupando jogadores nos jogos do Brasileiro. Contra a Ponte Preta, no próximo domingo, o treinador deve fazer mais “testes” com o elenco. Seria a hora de voltar a usar Liedson?

Aliás, tudo indica que o substituto de Sheik no ataque no segundo jogo contra o Santos, no Pacaembu, será Willian. Mais uma vez jogaremos sem centroavante. Eu sinceramente gostaria de ver o Levezinho atuar pelo menos por alguns minutos neste jogo, mas tenho dúvidas se Tite o tirará do castigo.

Emerson comemora seu golaço.

CASCUDOS, MANDO DE CAMPO E EQUILÍBRIO.

“Cascudos”, “mandos de campo” e “equilíbrio”.

Copa do Brasil e Libertadores conhecem seus semifinalistas e as palavras destacadas acima irão definir quem é quem. Aqui nas minhas projeções, claro.

Cascudos: Coritiba, Boca Jrs e La U, Corinthians.

Mando de Campo: Santos.

Equilíbrio: Palmeiras, Grêmio, São Paulo.

Leiam tudo antes de cornetar.

O Coritiba é o Chelsea da Copa do Brasil. Lá eu cravei que o cascudo encararia os de mais brilho e deu no que deu. Chega pela 3ª vez em 4 anos a uma semifinal do torneio e em 2011 fez a final contra o Vasco. O grupo não sofreu grandes desmanches e está acostumado ao tipo de decisão que a competição apresenta. Irá enfrentar o desequilibrado São Paulo, que individualmente é melhor, mas não tem um time confiável. A zaga são paulina é bancada por Leão, mas vem de jogos onde teve falhas grotescas. Oscila demais entre os setores e contra um time equilibrado e que vive bom momento como o Coxa pode não bastar ter Lucas e Luis Fabiano lá na frente.  O cenário de hoje me aponta classificação do Coxa.

Ainda nos cascudos, uma das semifinais da Libertadores será entre Boca Jrs e La U. O eterno time da moda na América do Sul contra um dos times da moda no atual cenário sulamericano. Aqui a “casca” do Boca é intrínseca a sua história e geralmente a análise técnica ou de momento cai por terra. Não tem hoje um grande time, mas ainda conta com o magnífico Riquelme. Acaba de eliminar um time bem superior tecnicamente, o Fluminense, com gol heróico no último minuto. Coisa de Boca, cara de Boca. Chega sem brilho, bem como a La U. Decantado por muitos como favorito ao título, o time chileno é o atual campeão da Sulamericana, além de ser o 1º do ranking da Conmebol (sic).  Está “cascudissimo”, sobretudo após a classificação magistral contra o Deportivo Quito, revertendo um 4X1 no Equador em 6X0 no Chile. Contra o Libertad não brilhou em nenhum dos jogos, passou nos pênaltis, no sufoco, o que no meu medidor de “cascudez” o eleva ao nível “cascudo master”. É bom time e está acostumado a grandes decisões. Aqui a coisa tem cara de dois empates iguais e decisão nos pênaltis.

Dos “cascudos” nos resta o Corinthians. O brilho aqui não e técnico, mas tático. Mérito de Tite, que formou o time mais difícil de ser batido do país. A demonstração dessa “cascudez” tática se dá pelo fator de desequilíbrio desse time, que é um volante. Um baita volante: Paulinho. Com Paulinho bem é vitória quase certa do time. Bem marcado a coisa muda de figura. Mas mesmo Paulinho anulado, o difícil é marcar gol nesse time, que na Libertadores sofreu somente dois tentos. Entretanto, marcar gols é a principal vocação de seu rival. Histórico rival. O Santos é o único representante do futebol bem jogado entre todos os 8 citados aqui. Se o Corinthians não leva gols, o Santos é o que mais balanças as redes dos incautos adversários. São 22 em 10 jogos, com média de 2,2 por partida. E tem Neymar. E esse “ter Neymar” pode transformar o Santos em favorito contra qualquer outro time sulamericano. Contra o Corinthians e seu forte esquema tático, menos favorito. O mando de campo é pra mim determinante aqui. O Corinthians joga no Pacaembu, ponto. O Santos pode jogar na Vila Belmiro ou no Morumbi. Se escolher jogar no estádio do São Paulo passa a ser, para mim, o favorito. As grandes dimensões do gramado facilitam drasticamente para o time mais qualificado e veloz sair da marcação de um time que tem nesse fator a sua principal característica. Se jogar na Vila o leão de chácara Ralf vai ter meros metros de gramado para dificultar as coisas a Neymar. Se jogar no Morumbi, ele ou qualquer outro que for marcá-lo, terá que apostar corrida quando levar o drible. Não é assim tão fácil. O 1º jogo é mando santista e será preponderante conseguir alguma vantagem. Se não conseguir forçar o Corinthians a reverter o resultado no 2º jogo, vai complicar.

Sobraram dois que estão dentro do fator “equilíbrio” (Tite, Adenor). Palmeiras e Grêmio.

Os dois reeditam a maior rivalidade nacional dos anos 90 (os clássicos regionais não contam). Palmeiras e Grêmio promoveram guerras homéricas no Palestra Italia e Olímpico em uma época onde polarizavam as atenções do futebol nacional. Hoje não ocorre isso em termos técnicos, mas podem sim em história. O duelo Felipão X Luxemburgo engrandece o embate também. Dessa vez, entretanto, ambos estarão em lados opostos. Se Kleber jogar então, daí o barril de pólvora explode.

O Grêmio me parece oscilar menos, mas tem um time com menos brilho individual. Não conseguiu chegar sequer a final do Campeonato Gaucho, mas vem de tranqüila classificação contra o Bahia. Encara o Verdão sem Valdívia na 1ª partida e os substitutos alviverdes não estão a altura do chileno. O Palmeiras é o multiface do futebol brazuca. Pode apresentar um futebol medíocre como nos 1º´s tempos contra o Furacão ou ser equilibrado e com ataque veloz como nos 2º´s tempos. Precisa antes de mais nada sair vivo do 1º confronto, quando atua sem Valdívia. Depois precisa conseguir equilíbrio (Tite, Adenor again) entre os setores para ser apontado como ligeiro favorito. Como equilíbrio e Palmeiras na mesma frase é algo inviável nos dias de hoje, meu palpite é para dois empates iguais em guerras épicas e decisão nos pênaltis.

Quem sobreviver verá!

O SANTOS DE NEYMAR É HISTÓRIA SENDO ESCRITA.

Por vocação, aqui no Ferozes FC não tem bajulação. Não há preferência em escrever mais e mais elogiosamente sobre o time de maior torcida, sobre o que tem mais títulos, o que esta na moda ou o time com mais representatividade entre os colaboradores.

Palmeirense que sou, já escrevi textos elogiosos a Corinthians, São Paulo, Santos, Barcelona, Chelsea, Liverpool, Portuguesa. Na mesma medida em que escrevi textos depreciativos ao Palmeiras quando necessário e sem peso na consciência. Assim será com qual clube que fizer por onde. Assim será com quem demarcar terreno. Com quem cravar algum fato novo na história. Com quem fizer história.

História que em futebol vai muito além de ser campeão. Muitos times campeões não são tão lembrados quantos outros que não levantaram taças.

Rápido exercício de memória: Seleção Brasileira de 1982, Palmeiras de 1996 (somente um Paulista), Santos de 1995, Holanda de 1974, Hungria de 1954. Em contrapartida temos campeões com “brilharecos” como a Italia de 2006 e o Brasil de 1994.

Óbvio que o italiano que ler essa nota me mandara cavar valetas. Óbvio que eu adorei o tetra, o país todo adorou o time do gênio Romário. Mas a lembrança afetiva é nossa em 94 e dos italianos em 2006. O mundo não lembrará dessas como seleções que marcaram época, que trouxeram novas perspectivas táticas, técnicas ou seja lá o que for.

Em contrapartida o Universo se lembrará do Barcelona de Pep Guardiola e Messi. Do resgate do futebol extremamente ofensivo, com sua valorização de posse de bola, de passes perfeitos e atordoantes e aí sim, de títulos infindáveis.

Em menor escala, mas ainda assim cravando sua página na história de um clube centenário, o Santos de Neymar, Ganso e Cia. E por que não, na história do futebol brasileiro.

Não somente pelos 8X0 de ontem. O Bolivar não joga a 2ª divisão do Paulistão. Mas além do Santos não ter nada a ver com isso, fez o que se espera de um time de evidente superioridade técnica.

Muito mais do que isso, esse Santos já marcou sua época por lançar às luzes dos holofotes um gênio como Neymar. Gênio sim, na mais pura concepção da palavra. Na mais pura solidão em uma época onde a mediocridade tomou conta do outrora melhor futebol do planeta bola. Na mais simples quebra de recordes, de superação de números inatingíveis até então.

Genialidade única, amparada por um time único, que na mesma esteira do Barcelona projeta no cenário nacional a necessidade latente de outros clubes reverem seus conceitos, de outros treinadores se reciclarem para poder sobreviver no mercado.

Com esse Santos Muricy já provou que pode ser quase imbatível jogando para frente, usando de futebol vistoso, com vocação para marcar gols.

E ele não descobriu a pólvora. O Santos não está fazendo absolutamente nada que nós brasileiros nunca tenhamos visto antes. Mas está sim, em meio a um cenário onde imperam os 3 volantes, a goleada por 1X0, a escola do pragmatismo, trazendo de volta a essência do futebol que já fora nosso.

Exatamente o que se faz lá fora e nós batemos palmas. Exatamente como era aqui antes e quando eles é que nos aplaudiam.

Hoje aplaudem Neymar e Cia, mas na mesma mão do ressurgimento do Santos, a história escrita por esse time santista pode trazer de volta as palmas para todo o futebol brasileiro.

Isso é história sendo escrita. Queira ou não.