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BOATENG COMANDA VIRADA HISTÓRICA DO MILAN

Boateng: herói do dia

Parecia que tudo estava perdido. Intervalo chegando com ampla vantagem para a equipe local do Lecce: 3×0.

 Mas aí, eis que surge do banco Kevin Prince Boateng no lugar de Robinho para fazer três gols, recolocar o Milan de volta ao jogo e posicionar a equipe em condições de fazer o gol da vitória.

 E foi o que ocorreu, vitória milanista por 4×3 de virada.

 Massimiliano Allegri iniciou a partida com três atacantes. Robinho estava escalado ao lado de Zlatan Ibrahimovic e Antonio Cassano. Para contrabalançar, um meio de campo mais marcador com Antonio Nocerino, Mark Van Bommel e Massimo Ambrosini. Na defesa, Thiago Silva era ausência sentida.

 A ideia era boa, mas nem tudo funciona como se espera na vida e os planos de Allegri começaram a ruir logo aos 4 minutos de jogo com o gol de Guillermo Giacomazzi.

 O aproveitamento do Lecce era excelente e o segundo gol veio aos 30 minutos com Massimo Oddo de pênalti e Carlos Grossmüller ampliou logo em seguida.

 Desastre total para quem vinha de reabilitação na Série A com a volta de alguns jogadores após lesões e mantinha as coisas sob controle na UEFA Champions League.

 Em situação delicada, Allegri radicaliza e promove duas substituições no intervalo: Kevin Prince Boateng e Alberto Aquilani nos lugares de Robinho e Massimo Ambrosini.

 E funcionou com perfeição. Robinho esteve mal. Ambrosini não era o nome ideal para quem precisaria de gols.

 Boateng abriu os serviços aos 4 minutos ao estilo que havia apresentado no belo gol contra o BATE Borisov pela UCL. Chute forte, com efeito e no alto.

 Nada melhor que repetir o que dá certo. E Boateng o fez aos 9 minutos.

 Ainda na primeira metade da etapa final, Boateng empataria a partida em rebote após tiro de Abate bloqueado pela zaga.

 O alemão-ganês Boateng havia tirado o Milan de um poço aparentemente sem fundo.

 Melhor que isso somente a virada.

 E veio no final com Mario Alberto Yepes a 7 minutos do final.

 Placar histórico e providencial para o Milan que não vencia o Lecce como visitante desde 2002 e alçou a equipe para o 7º lugar com 11 pontos.

 

Antonio di Natale. Udinese líder.

Falando em pontuação, a liderança fica nas mãos da Udinese que, após derrotar o Atlético Madrid no meio de semana pela Liga Europa, recebeu o Novara e fez 3×0 sem stress com grande atuação de Antonio di Natale. São 15 pontos anotados para os friulanos.

 Outra equipe em grande fase é a Lazio, que após a emocional vitória no derby da capital eterna contra a AS Roma, foi à região da Emilia Romagna e fez 2×0 no Bologna. O resultado colocou o time da águia na cola da Udinese com 14 pontos.

 A Juventus recebeu o Genoa em seu novíssimo estádio de Turim. A atmosfera era de empolgação. Não faltou incentivo da torcida que lotava as cadeiras.

Juventus falhou em casa contra o Genoa

 Só que após duas vantagens parciais, a Juve cedeu o empate definitivo em 2×2 e ficou com prejuízo total na tabela. Perda de liderança e queda para o 3º lugar com 13 pontos.

 A Internazionale conseguiu vencer. A vitória foi magra, mas ajuda quem está em situação desesperadora. O 1×0 contra o Chievo em Milão fez a equipe subir para o ainda terrível 16º lugar com 7 pontos.

 E a Roma do técnico espanhol Luis Enrique recuperou-se com vitória em casa contra o Palermo por 1×0.

 Lembrando que, sem copas europeias ou datas FIFA, a Série A segue com rodada cheia no meio de semana.

O “ANTI-JOGO” DO BARÇA

Lionel Messi destroçando a defesa do Viktoria Plzen

Em mais um show de Lionel Messi, o Barcelona não precisou se esforçar para vencer o Viktoria Plzen por 2×0 no Estádio Camp Nou.

Jogando para 75 mil fãs, o Barça não demorou para iniciar sua exibição trivial. No caso dos catalães, trivial significa futebol de videogame. Mais precisamente: passes precisos de primeira que estonteiam defensores e altíssima porcentagem de posse de bola que impossibilita qualquer adversário de sequer participar do jogo.

Paradoxal, mas verdadeiro. Em certo sentido, o Barcelona pratica o anti-jogo. Não deixa o oponente jogar, pois mantém a bola sob seu domínio durante quase todo o tempo.

Ontem, mais do que nunca, viu-se como o raciocínio procede através das estatísticas do jogo, ainda que o placar não tenha sido elástico.

Foram 18 chutes a gol do Barcelona contra “nenhum” do Plzen. Isso mesmo: zero chutes a gol dos visitantes.

E não para por aí. Se o time do Josep Guardiola costuma a terminar seus jogos com aproximadamente 70% de posse de bola, desta vez todos os limites da equipe foram superados. Tivemos 77% do tempo de bola rolando nos pés de Messi e companhia.

Ok, adversário limitado, fraco, sem dúvida. Mas, o que esse time faz é para entrar para a história.

Ainda assim, houve erros na hora de definir as jogadas. Algum individualismo, precipitação ou o contrário, excesso de companheirismo e coletividade por vezes. Tudo perfeitamente perdoável. Os gols de Andrés Iniesta aos 10 minutos de jogo e de David Villa aos 37 do 2º tempo liquidaram a fatura.

Ibra fundamental no Milan

Já o Milan recebeu o BATE Borisov no Estádio San Siro e repetiu o placar do Barça: 2×0 e mais três pontos na classificação.

O técnico Massimiliano Allegri optou pela formação de frente com Zlatan Ibrahimovic e Antonio Cassano e promovendo a volta de Kevin Prince Boateng no meio, deixando Robinho no banco.

Os “rossoneri” quase vêem as coisas se complicarem quando Mark Van Bommel erra e força Christian Abbiati a fazer grande defesa após chute de Renan Bressan.

Daí em diante, o Milan acordou para a vida e Ibrahimovic abriu o placar aos 33 minutos.

Robinho entrou no 2º tempo e Boateng acertou petardo no gol de Aleksandr Gutor aos 25 minutos do 2º tempo para ampliar.

A vitória milanista mostra evolução no volume de jogo da equipe. O retorno dos lesionados (como Robinho e Boateng) contribui para a melhora.

De quebra, o Milan mantém perseguição firme ao favoritíssimo Barcelona na classificação, ambos com 7 pontos com o Barça  liderando pelos critérios de desempate.

A dúvida do fã rubro-negro é até onde poderá chegar o time na UCL, já que não é segredo para ninguém que Barcelona, Real Madrid, Manchester United e Bayern estão à frente em termos de qualidade.

Tudo pela ordem no grupo H. Viktoria Plzen e BATE Borisov, quase sem chances, ficam com 1 ponto cada.

Fernando Torres e Raul Meireles

Pelo grupo E, o Chelsea goleou impiedosamente o Genk belga por 5×0 em Londres com grandes atuações de Fernando Torres e Raul Meireles.

O placar foi construído no 1º tempo, restando somente o gol final para a 2ª etapa. Torres fez dois após Meireles abrir o placar. Branislav Ivanovic e Salomon Kalou também marcaram.

Contrariando as expectativas, o Chelsea é o melhor inglês na Champions até o momento.

Na outra partida do grupo, o Bayer Leverkusen suou para derrotar o Valencia de virada por 2×1 em casa.

O ex-gremista Jonas surpreendeu os alemães ao abrir o placar aos 24 minutos de partida.

O jovem técnico espanhol Unai Emery queria o erro forçado dos alemães, encurralando-os em seu campo. E funcionou durante todo o 1º tempo.

O Leverkusen necessitou do talento do jovem Andre Schurrle para empatar, além da categoria do veterano Michael Ballack. O gol da vitória chegaria quatro minutos após o empate, aos 11 minutos do 2º tempo, com Sidney Sam.

Na classificação, o Chelsea lidera com 7 pontos, seguido de perto pelo Laverkusen com 6. Complicada ficou a situação do Valência que tem apenas 2 pontos e terá sérias dificuldades para passar. O Genk fica com 1 ponto.

Se as equipes de Manchester dominam a Premier League, os londrinos têm melhor desempenho na Champions. E não é somente o Chelsea.

 

Robie Van Persie exulta com gol no final em Marselha

Jogando em Marseille, o Arsenal conquistou importante vitória contra o Olympique por 1×0 com gol de Aaron Ramsey no apagar das luzes dos acréscimos. Castigo para a equipe de Didier Deschamps.

Decepção é o Borussia Dortmund. A equipe do técnico Jürgen Klopp não consegue impor sua condição de campeã alemã na competição continental. O algoz foi o azarão do grupo, o Olympiakos grego, que fez 3×1 em Atenas.

Com o resultado, a equipe de Dortmund amarga a lanterna do grupo com 2 pontos. O Arsenal lidera com 7, o Olympique Marseille caiu para segundo com 6 e o Olympiakos sobe para terceiro com 3 pontos.

No embolado grupo G, aquele com cara de Liga Europa, os cipriotas do APOEL foram a Portugal e conseguiram bom empate de 1×1 contra o FC Porto.

Hulk abriu o placar no Estádio do Dragão, mas logo em seguida Ailton empatou.

O Shakhtar Donetsk recebeu o Zenit e apenas empatou por 2×2.

A classificação surpreende. O APOEL lidera com 5 pontos. Zenit e Porto têm 4 e o Shakhtar fica com 2. Tudo pode acontecer no grupo e o esperado domínio do FC Porto não acontece.

A próxima rodada da fase de grupos da UCL ocorre nos dias 1 e 2 de novembro.