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MAESTRO IBRA COMANDA GOLEADA MILANISTA. ARSENAL INEXISTENTE. WENGER NA LINHA DE FOGO. HENRY SE DESPEDE

Sob comando do atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, o Milan goleia o Arsenal por 4×0 num San Siro com gramado deficiente, um Arsenal inexistente, que só não faz o torcedor “rossonero” dar a classificação como certa devido ao trauma de 2004 contra o Deportivo La Coruña. Tudo isso na despedida de Thierry Henry da Europa.

Boateng, Robinho e Ibra

O esperado duelo entre Ibrahimovic e Robin Van Persie ficou para o jogo da volta em Londres, pelo menos por parte do holandês do Arsenal, menos por sua culpa e mais pela forma como sua equipe foi armada por Arsene Wenger, bem como o desempenho “Gunner” em geral.

Foi menos difícil que esperado para os italianos.

De negativo somente a contusão precoce de Clarence Seedorf que deu lugar a Urby Emanuelson, menos habilidoso, porém mais dinâmico em termos de movimentação.

Ibra logo mostrou que comanda o time do Milan. Movimentava-se pela direita, pela esquerda, assistia os companheiros e concluía.

Kevin Prince Boateng, sempre agressivo no ataque, abriu os serviços com golaço de voleio e chute violento pela direita.

Robinho jogava mal. Livrou-se de boa (já que é muito contestado na Itália, sobretudo pelas oportunidades de gol que desperdiça) ao aproveitar cruzamento de Ibra, após grande jogada do sueco, e fuzilar de cabeça para ampliar para os anfitriões.

No Arsenal, Theo Walcott não disse a que veio. A ausência de Per Mertesacker na zaga era sentida (teria feito grande duelo com Ibra) e, devido à improdutividade, Robin Van Persie não fazia nada. Em defesa dos “Gunners”, o estado do gramado de Milão, assolado por frio e neve fora problemas crônicos existentes desde as reformas para a Copa de 1990, prejudicava o jogo dinâmico e veloz, típico das equipes da Premier League.

Arsene Wenger preocupado

Para a 2ª etapa, Wenger introduz Thierry Henry, em clima de despedida, no lugar do apagado Theo Walcott. Ainda assim, as críticas não diminuiriam. O que fazia Alex Oxlade-Chamberlain no banco?

As esperanças inglesas foram para o espaço logo aos 4 minutos com chute certeiro de Robinho.

Com os 3×0, cabia ao Arsenal buscar um placar descente no agregado, já pensando na partida da volta.

Com Henry em campo, Van Persie começou a ser acionado, forçando Christian Abbiati a um par de grandes defesas.

Mas longe do Arsenal ter entrado no jogo, algo que nunca ocorreu em 90 minutos.

O castigo final veio em pênalti forçado sobre Ibrahimovic. Obra de Johan Djourou. A arbitragem até poderia ter deixado passar em branco, mas prevaleceu a malandragem de Ibra sobre a inocência do zagueiro suíço-marfinês do Arsenal.

A conversão dos 4×0 coloca o Milan a meio passo das quartas-de-final. Algo que não pode ser dado por certo pelo fato deste esporte ser o futebol e pela amarga lembrança milanista da edição 2003-2004 da UCL quando o Milan fez 4×1 sobre o Deportivo La Coruña no mesmo San Siro e, em seguida, conseguiu perder por 4×0 na Espanha e ser eliminado.

E triste despedida para Henry, que volta para o New York Red Bulls. Ou, pensando bem, nem tanto. Afinal, sair na iminência de provável eliminação não parece ser tão mau negócio assim.

 

Zenit 3×2 Benfica

 

Enquanto isso, em São Petersburgo, a 9 graus negativos, o Zenit fez 3×2 no Benfica em partida emocionante.

Os portugueses largaram na frente aos 20 minutos de jogo com Maximiliano Pereira.

Aí surgiu o futebol de Roman Shirokov que empatou logo aos 27 minutos.

Sergey Semak desempatou aos 26 minutos do 2º tempo.

As emoções ficaram para o final do jogo.

Aos 42 minutos, Oscar Cardozo empatou para o Benfica.

Com os portugueses contentes com o empate na gélida e distante São Petersburgo, eis que o destino armou das suas nos minutos finais e Roman Shirokov fez o terceiro do Zenit, fechando o placar.

Ainda que derrotado, os portugueses classificam-se em Lisboa com vitória por 1×0 ou 2×1. Poderia ter sido melhor, mas a situação do Benfica ainda é confortável.

AS SUPERCOPAS ITALIANA E INGLESA

Mais uma taça para o Man U de Alex Ferguson

Que tal iniciar a temporada futebolística de um país através de confronto em jogo único entre os campeões do campeonato nacional de pontos corridos e da copa nacional disputada em formato eliminatório? De pegar fogo, sem dúvida.

 É exatamente o que fazem Itália, Inglaterra e Espanha. Das três nações, duas realizaram, já no último final de semana, seus confrontos inaugurais do biênio 2011-2012 cheios de rivalidade.

Milan fazendo a festa na China

 No último sábado, o atual campeão italiano Milan enfrentou o atual vencedor da Copa Itália, a arquirrival Internazionale.

 Como tem ocorrido nas últimas edições do evento, os italianos organizaram sua supercopa muito longe da Bota. De olho no mercado que mais cresce no mundo, a partida foi realizada no Estádio Nacional de Pequim, na China, para cerca de 70 mil pagantes.

 A Internazionale começou em ritmo frenético, puxada pelo talento do atacante holandês Wesley Sneijder.

 O Milan responderia com o sueco Zlatan Ibhahimovic, sempre o melhor jogador da equipe e Robinho, sempre perdendo muitas oportunidades de gol.

 Aos 22 minutos, Sneijder não perdoou. Tiro certeiro no ângulo. Sem chances para o goleiro Christian Abbiati.

Ibrahimovic: o melhor rossonero

 No 2º tempo, o Milan voltou com determinação e o quarteto Kevin Prince Boateng, Clarence Seedorf, Robinho e Ibrahimovic faria a diferença.

 Aos 15 minutos, Ibra, após jogada de Robinho com Seedorf empataria.

 Se o quarteto milanista já aprontava das suas, Massimiliano Allegri tratou de turbiná-lo com a entrada de Alexandre Pato no lugar de Robinho. E o turbo surtiu efeito. Após chute cruzado potente de Pato, desviado por Julio César, a bola toca a trave e Boateng conclui a gol aos 24 minutos.

 E foi isso. O Milan inicia a nova temporada com título sobre o maior rival. Ficam as interrogações sobre as equipes de Milão para a temporada.

 O Milan é o time italiano mais preparado no momento para suportar o chumbo grosso europeu que vem adiante. Dentro do universo decadente do futebol do país, é o time que tem mais envergadura para tentar fazer frente aos favoritíssimos FC Barcelona, Real Madrid e Manchester United na Champions League. Contudo, ainda é muito dependente do futebol de Ibrahimovic. Robinho precisa melhorar o fundamento da conclusão a gol e Pato é esperança após temporada de contusões. No geral, Allegri faz bom trabalho no clube rubro-negro.

 A Internazionale começa mal o ano sob comando de Gian Piero Gasperini. Não se sabe ainda o que o dono do time, Massimo Moratti, pretende fazer com Sneijder. O holandês tem proposta para sair e diz que o clube meio que força a barra para negociá-lo, pois precisaria de grana no caixa. Fato é que Sneijder mostrou do que é capaz na partida. Sua ida significaria grande perda de competitividade para a equipe.

Duelo de Manchester em Londres

Se o jogo foi bom em Pequim, foi melhor ainda em Londres, mais precisamente no Estádio de Wembley. No derby de Manchester, o campeão da Premier League, Manchester United, buscou resultado adverso de 2 a 0 para derrotar o campeão da FA Cup, Manchester City, por 3 a 2 e sagrar-se campeão da FA Community Shield, a Supercopa da Inglaterra.

 O 1º tempo encaminhava-se para o 0 a 0 quando, aos 38 minutos de jogo, Joleon Lescott abriria o placar para o City em cabeceio após cobrança de falta pela direita.

 O United até que era melhor. Só que o futebol possui peculiaridades inexplicáveis e, antes do intervalo, Edin Dzeko, em chute de longa distância, marca o segundo gol do City em falha do goleiro David de Gea.

 A situação era complexa para Alex Ferguson e seus asseclas na 2ª etapa.

 As coisas ficariam menos complicadas a partir dos 7 minutos. Em cobrança de falta, Chris Smalling conclui ao esticar-se todo para alcançar lançamento para a área em cobrança de falta. Falha defensiva do City que não acompanhou a penetração do jogador “Red Devil”.

 Para salvar o dia do United eis que surgiria o português Nani. Em grande trama do ataque, Wayne Rooney toca para Tom Claverley deixar o craque lusitano na área para concluir a gol e empatar a partida aos 13 minutos. Tudo nos eixos novamente para o campeão inglês antes da metade do 2º tempo. Não poderia ser melhor para quem vinha de déficit de dois gols.

Lance do 3º gol do United com Nani, Kompany e Hart

O castigo final para o City chegaria da forma mais cruel nos acréscimos. Aos 48 minutos, o zagueiro Vincent Kompany falha, Nani recupera a bola, avança e faz o gol do título.

 Delírio do United e desolação do City. Manchester United campeão da FA Community Shield.

 Foi a enésima celebração de Alex Ferguson no Man U. Foi a enésima decepção do Manchester City contra o rival. Impressionante como a equipe do City falha sistematicamente nos momentos decisivos contra o United. Esqueça os investimentos vultosos do proprietário do clube, Xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan. No momento crítico, falhas fatais ocorrem. Ninguém marcou Smalling no primeiro gol do United. Kompany errou grosseiramente no terceiro gol marcado por Nani. Parece faltar camisa para o novo rico Manchester City no momento de enfrentar o tradicional rival local.

 Roberto Mancini era o retrato da desolação. E fez com que seus jogadores assistissem a premiação e a festa do United. Dura lição para o time azul que não será facilmente esquecida.