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Quem tem um não tem nenhum

Gol do Sheik não evitou a derrota.

Sheik não é Liedson. Isso é fato, assim como o João Paulo já disse no “Post it” hoje. Posto isso, não é surpresa que o principal problema do Corinthians no jogo contra o Avaí tenha sido a finalização. Tudo bem que Emerson finalmente tenha conseguido desencantar, mas não foi suficiente para garantir a vitória contra o fraco time catarinense. Olha que coisa: há pouco tempo, todos discutiam como Tite iria se virar para colocar dois centroavantes, Adriano e Liedson, no mesmo time. No fim, deu no que deu. O “Imperador” sequer estreou, e atualmente reveza seu tempo entre a fisioterapia e a tentativa de perder peso. Ficou só o Levezinho como opção na área. Aí veio a lesão. E ficamos sem o finalizador.

Mas também não foi só isso que determinou o resultado do jogo. A formação inédita da zaga, com Leandro Castán e Paulo André, muitas vezes bateu cabeça, não se encontrou. O lateral esquerdo Fábio Santos tentou algumas esdrúxulas finalizações, e o nosso Morais parece ter entrado no jogo com o intuito único de perder a bola que gerou o terceiro gol avaiano.

Renan ainda não mostrou a que veio.

Por falar em avaiano, o goleiro egresso do time catarinense é outro exemplo da dificuldade de substituir um titular. Muitos diziam que Renan seria uma sombra para Julio César, e que no dia em que assumisse a posição, não sairia mais. Olha, o que vi ontem foi um goleiro inseguro e estabanado. Pode até se firmar, mas precisa melhorar muito.

Destaque mesmo foi Jorge Henrique, que correu o tempo todo e ainda conseguiu fazer um gol no final, embora já não fosse possível mudar o jogo.

No próximo compromisso, contra o América-MG, assim como o Avaí um sério candidato ao rebaixamento, teremos um adversário fragilizado pela saída do treinador Antonio Lopes, que havia assumido o time há menos de um mês. Em seu lugar, interinamente, o ex-goleiro Milagres. Esperamos que não faça jus ao nome.

Pra fechar, uma performance ao vivo do Them Crooked Vultures, tocando “Elephants”:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=P2XH5KrrPw8&feature=related[/youtube]

Raça, Timão!

Saudações alvinegras.

 

Em meio a discussões a respeito de estádio, influência ou não do governo e da CBF, dinheiro daqui e de acolá, Itaquera ou Higienópolis, ou até mesmo discussões acerca de contratações, Tevez ou não Tevez no Corinthians, de onde vem a grana, a Globo banca? Não vem por quê? Enfim, o Corinthians vem sendo o principal assunto das últimas semanas e eu pensei muito em escrever a respeito de algum desses temas, mas depois do jogo contra o Botafogo, sinto a necessidade de ressaltar algo que há muito tempo não via no todo-poderoso: raça!

Foi isso o que eu pedi ano passado depois da derrota (2×1 pra nós) para o Flamengo no Pacaembu. Enquanto metade da torcida apoiava aquele time apático, eu só gritava “Raça, Timão, você é tradição!”. Foi raça o que eu pedi ao time durante todo o brasileiro. Sentia falta da raça de Cristian e, por que não?, do próprio Carlitos.

Cristian em disputa de bola com Arouca.

 

Esse time de hoje já mostrava raça individualmente em alguns momentos, com Jorge Henrique, Ralf, Chicão… Mas o coletivo ainda não havia me convencido de que era algo além de um time mediano em boa fase.  Talvez não tenhamos os melhores jogadores, astros da seleção da CBF (vergonhosa), mas temos um time que está brigando a cada jogo, a cada lance. Nossa invencibilidade reflete o momento do time, que consegue vencer jogando bem e consegue se virar jogando mal. Não estou escrevendo nada baseado em resultados (por favor, entendam), mas os resultados são um prêmio aos esforços do time.

Quando vi o dedo do Julio Cesar completamente torto, já comecei a imaginar qual jogador da linha iria cobrir a nossa meta nos últimos instantes do jogo. A lesão era óbvia. Mas, ao ver nosso guarda-redes vestir sua luva e permanecer em campo, o time se inflamou, nossa torcida se inflamou, e o resultado apareceu.

Julio Cesar ao ver a lesão em seu dedo.

Sinto-me na obrigação de parabenizar o time por sua atitude em campo, personalizada na dor e no sacrifício de Julio Cesar e espero que eles realmente entendam que é isso o que a gente espera de cada atleta que veste o manto sagrado.

Para finalizar, uso as palavras do nosso arqueiro ao ser indagado sobre o porquê de permanecer em campo após a contusão: “Aqui é Corinthians!”

Escrevendo este texto fiquei com muita vontade de ouvir Pennywise. Fica Bro Hymn pra vocês.

Vai, Corinthians!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=sjHYAVeFwGw[/youtube]

Plantão médico

Nota: nas últimas duas semanas, este que vos escreve fez exames de sangue, endoscopia e ecocardiograma. Mas se sente bem.

Inclusive, amigos, assisti ao jogo do Timão contra o Botafogo em pleno início de um jejum de 12 horas, como preparação para a endoscopia.

LiedSHOW vai desfalcar o Timão.

Mas foi um jogão! Tudo bem que o Corinthians perdeu muitos gols, inclusive um chute de cobertura inacreditável de Emerson Sheik, que caprichosamente foi em direção ao travessão. Mas é interessante constatar a raça com que esta equipe tem atuado. Especialmente hoje, tenho que dar destaque ao volante Paulinho, que sempre achei limitado em relação ao antecessor Elias, principalmente no que diz respeito às chegadas de fora da área. Mas é legal ver que o meio de campo se encontrou, até mesmo com o outrora cornetado por mim e por boa parte da Fiel, o experiente Danilo. O que dizer então do Julio César. Assim como muitos torcedores, também acho nosso goleiro de certa forma limitado. Porém, uma coisa que nunca lhe faltou foi raça. Ontem, deu susto na torcida, principalmente quando apareceu a imagem de seu sofrimento por conta do dedo mínimo, aparentemente fraturado. No fim, foi só uma luxação, que o afastará dos gramados por um mês, dando a chance do contratado Renan estrear. Mas foi bonito ver a atitude “Aqui é Corinthians” do arqueiro.

Ai meu dedo!!!

Outro que fará IMENSA falta ao time neste momento excelente que vivemos é o centroavante Liedson. Uma cirurgia no joelho o afastará dos jogos por pelo menos um mês e meio. Imagino que Tite optará por escalar o Sheik em seu lugar, já que – caso opte por avançar Jorge Henrique e colocar Alex junto com Danilo no meio, podemos até ganhar em armação, mas a finalização ficaria prejudicada. Mesmo sabendo que Emerson não é exatamente um centroavante, como é o Levezinho, tem mais condições de fazer esta função.

O mais importante de tudo isso, e talvez a explicação pela ótima fase: temos elenco, finalmente. Embora se saiba que é difícil substituir titulares absolutos, estamos bem servidos. Imagine se Renan não tivesse chegado. Estaríamos dependentes de Rafael Santos, que convenhamos, não tem a menor condição de assumir o posto.

Mas vamos que vamos, amigos.  Agora, temos pela frente o Cruzeiro, aqui no Pacaembu. Vamos com força tentar manter a boa fase. Vai, Corinthians!!!

P.S.: Tevez não veio. Mas que tal investir a grana em algum benefício para clube?

E fiquem com “Digging the grave”, do Faith no More, banda que graças a um esforço meu e de João Paulo Tozo, foi confirmada no SWU (piada interna, hahahaha):

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=3yVI3UgtvwU[/youtube]

 

COPA AMÉRICA: VENEZUELA BUSCA RESULTADO E MAICON SALVA TIME DA CBF

Maicon foi o cara

Em Copa América marcada pela ausência de gols, não deixou de ser alentador o grupo B encerrar suas atividades com 12 gols marcados na última rodada da fase preliminar.

 Em Salta, a ex-cachorro morto Venezuela encarregou-se das emoções da partida ao sair na frente contra o consistente Paraguai com gol de Salomón Rondón logo aos 5 minutos de jogo. Os paraguaios terminariam o 1º tempo empatados com o adversário graças ao gol de Anatolín Alcaraz aos 33 minutos.

 Tudo dentro da normalidade. No entanto, a etapa final reservaria boa dose de diversão.

Venezuela: never say die!

O Paraguai marcaria o segundo gol aos 23 minutos com Lucas Barrios e, aparentemente fechara o caixão venezuelano aos 41 com Cristian Riveros. Só que a seleção de Hugo Chavéz não recomendada para cardíacos diminuiria aos 45 minutos com Miku e empataria com Grenddy Perozo aos 48 na bacia das almas após escanteio com participação essencial do goleiro venezuelano Renny Vega que abandonou seu gol para tentar o milagre. E o milagre aconteceu. Final em Salta, 3 a 3. De quebra, a Venezuela saía com chances de terminar a fase como líder do grupo.

 Em seguida chegaria a hora da verdade para o time da CBF. Tão contestado quanto Argentina e Uruguai, o Brasil também chegava à última rodada com histórico de apenas dois empates. Vencer era mais que obrigatório.

 Sem fazer nada tão diferente das outras partidas, os brasileiros iniciaram buscando o gol, mas enfrentavam adversário sem medo de efetuar suas investidas.

 A posse de bola começou a ficar mais com os brasileiros e o primeiro gol saiu após bom cruzamento do contestado André Santos aos 28 minutos. Alexandre Pato se adianta e fuzila de cabeça após cruzamento do jogador do Fenerbahce.

O goleiro e o frango

O gol deveria ter trazido paz e desafogo para os brazucas. Deveria. Logo após bela jogada de Maicon, que começara a mostrar suas cartas, e chute na trave de Robinho, Felipe Caicedo bate e empata graças a frango de Julio César em jogada que nasceu na reposição do goleiro Marcelo Elizaga. Lance fortuito que repôs o stress em campo para o time da CBF.

 Somente no 2º tempo sairia o desempate brasileiro. Neymar Jr. recebe de Paulo Henrique Ganso pelo meio e chuta com força para marcar. A dupla do Santos FC finalmente mostra serviço trabalhando para a CBF. Adeus stress para os brasileiros em definitivo? Não foi bem assim.

Felipe Caicedo

Aos 14 minutos, Felipe Caicedo bate na entrada da área e Júlio César aceita. Repeteco do 1º tempo, apreensão de volta e nova falha do goleiro da Internazionale.

 Mas desta vez duraria pouco o sofrimento dos favoritos. Neymar chuta forte, Marcelo Elizaga bate roupa e Alexandre Pato aproveita o rebote para fazer o terceiro.

 Para alívio de Mano Menezes e Ricardo Teixeira, o quarto gol brasileiro veio aos 27 minutos com Neymar. Méritos para Maicon que puxou o ataque pela direita e cruzou. Os 4 a 2 garantiriam classificação e liderança no grupo B. E assim terminou.

 O que se viu em Córdoba pelo lado brasileiro foi Maicon praticamente tomando a posição de lateral direito de Daniel Alves. Melhor em campo, o lateral da Internazionale mostrou força, velocidade e capacidade de movimentação em campo. Claro, enquanto Alves enfrentou marcadores paraguaios, Maicon pegou pela frente o adversário mais fraco do grupo, mas deverá ser confirmado para a próxima partida.

 Júlio César teve seu dia de cão. Cedo ou tarde, todos o tem. Como dizia Vicente Mateus, “quem está na chuva é para se queimar”. Rola em todas as profissões. É aquele dia que, ao terminar, você diz para si mesmo: “não deveria ter saído da cama!” Quiçá o goleiro. Só para ficar entre os brasileiros, além de Júlio César da Internazionale, Rogério Ceni, Marcos, Júlio César do Corinthians, Felipe do Flamengo, Cláudio Taffarel entre os aposentados e assim vai. De herói a vilão e de volta a herói em dois tempos.

Pato e Neymar mandaram bem

Boas atuações de Alexandre Pato e Neymar Jr. O genro de Silvio Berlusconi mandou bem de atacante estilo centroavante das antigas (só Fred é especialista na posição no time da CBF de Mano Menezes). O que é bom, já que não é exatamente como ele joga no AC Milan, time do sogrão. E Neymar deixou de lado a firula. A objetividade do cabeça de galo santista ajudou demais seu time.

 Apesar da assistência em lance de gol, quem ainda fica devendo é o craque Paulo Henrique Ganso.

 Pois é, Pato, Ganso e, no caso de ontem, peru e frango, haja pena e ave no time da CBF!

As quartas-de-final ficam: Colômbia x Peru, Argentina x Uruguai, Brasil x Paraguai e Chile x Venezuela.

 Copa do Mundo feminina: Estados Unidos x Japão na final

 E rolaram ontem na Alemanha as semifinais da Copa do Mundo de futebol feminino.

 Jogando em Mönchengladbach, os Estados Unidos passaram pela França por 3 a 1.

Abby Wambach fazendo o 2º gol

Sofrendo as conseqüências físicas da batalha contra o Brasil nas quartas-de-final, o time americano conseguiu abrir o placar com Lauren Cheney logo aos 9 minutos de jogo. Vantagem que permitiu que as americanas recuassem e esperassem as francesas em seu campo.

 E foi o que aconteceu, a França tomando a iniciativa na maior parte do jogo, com os Estados Unidos se esforçando na marcação e a sempre destemida goleira Hope Solo mostrando que domina os fundamentos da posição. A França teve sua recompensa no 2º tempo em cruzamento de Sonia Bompastor pela esquerda que não achou ninguém. Bola direto no gol. Nem mesmo Hope Solo pôde evitar.

Americanas comemoram classificação

Duas substituições promovidas pela técnica sueca dos Estados Unidos, Pia Sundhage, e a equipe começou a ter a posse de bola. Abby Wambach, especialista em jogo aéreo e salvadora contra o Brasil com gol de empate em cima da hora, fez o segundo de cabeça após escanteio aos 34 minutos. Alexandra Morgan, recém promovida em campo, faria o terceiro aos 37. Estados Unidos classificados para mais uma final de Copa do Mundo.

 Em Frankfurt, a surpreendente seleção do Japão derrotou de virada a Suécia também por 3 a 1.

 As suecas saíram na frente com Josefine Oqvist logo aos 10 minutos. Prenúncio de sucesso para as nórdicas que terminaram em primeiro lugar na fase de grupos à frente dos Estados Unidos.

E as japonesas também comemoram

Só que as japonesas estavam com moral de ter eliminado as favoritas donas da casa nas quartas-de-final. De quebra tinham uma das artilheiras da competição, a meio campista Homare Sawa.

 Em noite inspirada, Nahomi Kawasume empatou logo aos 19 minutos. Sawa alcançaria Marta na artilharia da Copa com 4 gols aos 15 minutos do 2º tempo ao marcar o segundo gol das nipônicas. Quatro minutos depois, Kawasume liquidaria a fatura. Japão na final.

 Gol de goleiro

Já que a coisa está feia para nossos gloriosos guarda-redes, a coluna mostra hoje algo para aliviar a barra dos nobres profissionais de vida dura onde a grama mal cresce.

 Amistoso entre San Jose Earthquakes dos Estados Unidos e West Bromwich da Inglaterra. David Bingham, o goleirão do time americano, repõe a bola em jogo, dá um chutão e gol. No outro lance, o já citado Renny Vega que, ao escorar de cabeça, deixou a bola na cara do gol para Perozo empatar para a Venezuela. É só conferir.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=05VhDBSQ8JQ[/youtube]

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ncN9Poy5SSE[/youtube]

Obrigado!

Saudações alvinegras,

Não tenho palavra melhor para intitular meu texto sobre um dos clássicos mais importantes do mundo, o dérbi paulista. Todos os clássicos entre Corinthians e Palmeiras são jogos atípicos, recheados de detalhes que dão ao jogo um sabor que cativa até mesmo os torcedores de outras equipes. E ontem não poderia ser diferente, tivemos tudo o que uma grande decisão pede, inclusive pênaltis!

Voltando ao título desta coluna, é impossível até mesmo para o mais fanático dos Corinthianos dizer que nossa equipe foi superior em campo.

– O Kléber entrou em campo querendo confusão, obrigado!
– O Danilo achou que poderia novamente ser violento e sair impune, obrigado! (Quem não se lembra da falta dele em cima do Jorge Henrique pouco tempo atrás)
– O Valdívia resolveu chutar o ar enquanto corria, numa cena bizarra que acabou em contusão, obrigado!
– O Felipão perdeu a cabeça, obrigado!
– O Deola falhou feio no lance do nosso gol (e a zaga também), obrigado e obrigado!
– Pra finalizar, o João Vítor bateu o pênalti muito mal e nosso pequeno gafanhoto, Ave César!, conseguiu pular pro outro canto e pegar a cobrança, obrigado!

O time do Corinthians, mesmo com um a mais, foi apático. Não demonstrou nem de longe a raça que teve contra a fraca equipe do Oeste. Tite diz na coletiva que a expulsão foi ruim para o esquema dele (Como assim?!?). Liedshow não pegou na bola. Dentinho ficou plantando samambaia. Enfim, fomos inferiores com um jogador a mais e só digo que merecemos vencer por falta de méritos do nosso adversário, sério!

Julio César comemora sua defesa.
Dois jogadores merecem um ponto positivo depois do fraco jogo de ontem: Julio Cesar, que parece ter recuperado a boa fase depois de fechar o gol contra nossos arquirrivais; e Willian, que quer tomar o posto outrora de Tupãzinho, o talismã da fiel.

Pois bem, espero que para a final o time se arrume e, principalmente, jogue com raça e com o coração. Que seja Corinthians. Que conquiste o título. Amém.

PS.: Para evitar o óbvio, não é necessário fazer mimimi dizendo que eu deveria agradecer ao árbitro da partida, pois ele não determinou de forma alguma o resultado. Vide a lista de agradecimentos.

 

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Hoje terei o prazer de participar do Podcast do Ferozes FC. Espero boas discussões sobre o clássico e os outros jogos da rodada.

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Deixo vocês ao som de Bad Religion enquanto vejo as últimas notícias sobre a morte do Obama, digo, Osama.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=12kcpP-8jfM[/youtube]