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LARGADA PARA A BUNDESLIGA 2013-2014

Começou neste final de semana mais uma temporada da Bundesliga, a Liga Federal Alemã, com os favoritos FC Bayern e Borussia Dortmund vencendo seus jogos. Mas não se engane, o paradigma germânico dos últimos tempos, baseado na hegemonia do Bayern com a vice-liderança do Dortmund, pode ser quebrado agora, uma vez que Jürgen Klopp parece ter reinventado uma equipe anda mais forte sem Mario Götze e, acredite se quiser, com as primeiras cornetas bávaras soando contra Josep Guardiola por conta da chegada de Thiago Alcântara a Munique, além dos ensaios de mudança tática na equipe.

Borussia Dortmund surpreende novamente e promete força na temporada
Robert Lewandowski Borussia Dortmund surpreende novamente e promete força na temporada

Após a decisão da Supercopa Alemã, vencida pelo Borussia Dortmund por 4×2 contra o Bayern, uma certeza, pelo menos, o público de Dortmund teve: o Borussia do ótimo técnico Jürgen Klopp não havia perdido a motivação, a energia demonstradas nas duas últimas temporadas, apesar da derrota na final da UEFA Champions League para o próprio Bayern, sem mencionar a saída do astro Mario Götze do clube.

Chega a ser até certo ponto surpreendente, pois com a saída de Götze, além do assédio sobre outros astros do clube como Robert Lewandowski, a expectativa maior é a de relativa queda técnica dos vice-campeões europeus e alemães.

Inesperadamente, a sensação, neste início de temporada, é a de que Klopp está em vias de conseguir reinventar o time e, após a vitória na Supercopa local contra o rival, isso ficou evidente na estreia contra o FC Augsburg.

O gabanense recém contratado Pierre Emerick Aubemayang foi destaque com hat trick
O gabanense recém contratado Pierre Emerick Aubemayang foi destaque com hat trick

Jogando como visitante, o Dortmund fez tranqüilos 4×0 com hat trick do gabonense Pierre Emerick Aubameyang, novo companheiro de ataque de Robert Lewandowski contratado junto ao AS Saint Etienne francês por €13 milhões. Lewandowski marcaria o gol final.

Além do estreante de 24 anos no ataque, Klopp contou com o goleiro australiano Mitchell Langerak no lugar do suspenso Roman Weidenfeller. Outras ausências foram do defensor Lukasz Piszczek e do recém contratado Henrikh Mkhitaryan lesionados.

Que o bom trabalho de Jürgen Klopp e seu Borussia Dortmund tenham prosseguimento na atual temporada.

Já os campeões europeus do Bayern, já sob a batuta de Josep Guardiola, foram a campo contra o Borussia Mönchengladbach e impuseram tranqüilos 3×1 com gols de Arjen Robben, Mario Mandzukic e David Alaba, além de Dante Bonfim que, em aparente estado de dó do ex-clube, fez contra.

FC Bayern vence sem stress em Munique
FC Bayern vence sem stress em Munique

Até aí tudo bem pelos lados de Munique. Estreia com vitória tranqüila em casa.

Mas, insatisfações já são ouvidas Baviera afora.

Uma delas refere-se a possíveis descontentamentos dos jogadores do Bayern em relação a algumas mudanças no estilo de jogo que Guardiola tem tentado implantar na equipe.

Se for o que todos sempre imaginaram, Guardiola estaria tentando “barcelonizar” o Bayern. O Barcelona de Guardiola sempre caracterizou-se por toques incansáveis e perfeitos de bola, movimentação em procura de espaço para penetrar nas defesas adversárias e finalizar, tudo isso sem um atacante de ofício na área adversária. Algo recente que todos se recordam muitíssimo bem.

Já o Bayern de Jupp Heynckes possuía algumas características diversas. Tratava-se de equipe que jogava de forma bem mais intensa pelos lados, também com excelente toque de bola, porém igualmente adepta do jogo aéreo, com um lado direito muito forte e com atacantes claramente definidos.

Josep Guardiola
Josep Guardiola

Com a saída de Heynckes, mega campeão no Bayern, vem Guardiola com nível de comparação e exigência altíssimo ao passado recente. Aí vem a questão: como mudar time que está ganhando?

Guardiola bem que tentou na pré-temporada. Aí vieram as primeiras notícias de insatisfação no elenco.

Com as circunstâncias postas, Pep foi prudente, sábio e escalou um Bayern à moda Heynckes em Munique contra o Mönchengladbach. Lá estava na escalação inicial Mario Mandzukic, seguidos de perto por Toni Kroos e Thomas Muller.

Além da escalação já conhecida, havia outro fator importante que atende pelo nome de Thiago Alcântara.

O hispano-brasileiro chegou ao Bayern atendendo pedido especial de Guardiola.

Alcântara foi peça importante e promissora do Barcelona vencedor de períodos recentes e com o cartão de visitas da conquista do Euro Sub-21 pela Seleção Espanhola, além de recente convocação para a Seleção principal. Não à toa os bávaros pagaram €21 milhões pelo jogador.

Mas, no meio do caminho havia uma pedra e a imprensa alemã levantou a bola que colocou novo questionamento na contratação a pedido do treinador. Tudo por conta de Alcântara ter como representante Pere Guardiola, irmão de Josep.

Situação que gerou dúvidas, desconfianças e protestos na mídia alemã.

Somados o fator Thiago Alcântara e a possível mudança tática na equipe do Bayern encarada com certo ceticismo por parte dos jogadores, a temporada do Bayern tem um fator de imprevisibilidade não desprezível.

Hertha surpreende e goleia em Berlim
Hertha surpreende e goleia em Berlim

Encerrando os destaques da rodada inicial, o Hertha Berlim SC goleou o Eintracht Frankfurt por 6×1 no legendário Estádio Olímpico da capital alemã e é o líder.

Resultados e classificação:

FC Bayern 3×1 Borussia Mönchengladbach

Bayer Leverkusen 3×1 Freiburg

Hannover 96 2×0 Wolfsburg

Hoffenheim 2×2 Nuremberg

Augsburg 0x4 Borussia Dortmund

Hertha 6×1 Eintracht Frankfurt

Eintracht Braunschweig 0x1 Werder Bremen

Mainz 05 3×2 Stuttgart

Schalke 04 3×3 Hamburg

 

TIME

PG

J

V

E

D

GP

GC

SG

(%)

1Hertha

3

1

1

0

0

6

1

5

100

2Borussia Dortmund

3

1

1

0

0

4

0

4

100

3Bayer Leverkusen

3

1

1

0

0

3

1

2

100

4Bayern de Munique

3

1

1

0

0

3

1

2

100

5Hannover 96

3

1

1

0

0

2

0

2

100

6 Mainz 05

3

1

1

0

0

3

2

1

100

7Werder Bremen

3

1

1

0

0

1

0

1

100

8Hamburgo

1

1

0

1

0

3

3

0

33

9Schalke 04

1

1

0

1

0

3

3

0

33

10Hoffenheim

1

1

0

1

0

2

2

0

33

11Nuremberg

1

1

0

1

0

2

2

0

33

12Stuttgart

0

1

0

0

1

2

3

-1

0

13Braunschweig

0

1

0

0

1

0

1

-1

0

14Borussia Mgladbach

0

1

0

0

1

1

3

-2

0

15Freiburg

0

1

0

0

1

1

3

-2

0

16Wolfsburg

0

1

0

0

1

0

2

-2

0

17Augsburg

0

1

0

0

1

0

4

-4

0

18Eintracht Frankfurt

0

1

0

0

1

1

6

-5

0

A CHAMPIONS LEAGUE DE HEYNCKES E ROBBEN

Mais que a final alemã ou a consagração do FC Bayern em Wembley no último sábado, a partida final da UEFA Champions League 2012-2013 representou verdadeira redenção para dois personagens da decisão: o treinador Jupp Heynckes e o jogador holandês Arjen Robben.

Jupp Heynckes e Arjen Robben
Jupp Heynckes e Arjen Robben

Quando, em janeiro último, o Bayern anunciou a contratação de Josep Guardiola para o comando técnico do clube a partir da temporada 2013-2014, houve, quase de modo simultâneo, verdadeira prontidão em anunciar que Jupp Heynckes estava por aposentar-se. Assim, justificava-se a troca de comando de modo a acomodar egos mais sensíveis.

Contudo, a história não pareceu ser conforme contada de forma oficial em muitos momentos pós-anúncio.

Jupp Heynckes
Jupp Heynckes

Sempre houve certo descontentamento por parte de Heynckes com a situação. A sensação era de que o treinador estava sendo educadamente convidado a se retirar, verdadeiro eufemismo para a velha e dolorida demissão, o próprio desprezo em favor do badalado Guardiola.

Mas eis que o Bayern de Jupp Heynckes da atual temporada às vésperas de seu epílogo, mostrou-se mais forte e ousado que na temporada anterior, quando perdeu o título da Bundesliga para o próprio Borussia Dortmund, adversário derrotado na final europeia do último sábado, e, ainda mais tragicamente, deixou escapar pelas mãos a própria Champions League em casa para o Chelsea.

Desta vez, o que se tem visto é um Bayern campeão nacional com 20 pontos de vantagem sobre o maior concorrente, mais uma vez o Dortmund, campeão europeu de forma brilhante ao eliminar adversários de peso tais como Juventus e Barcelona com total autoridade na sua trajetória rumo a Londres e, de quebra, na iminência de faturar também a Copa da Alemanha contra o Stuttgart, fechando a sonhada Tríplice Coroa.

Talvez aí esteja a grande vingança de Heynckes, caso não se confirme a anunciada aposentadoria. Passar o bastão para o sucessor com o time no topo, tornando a missão de Josep Guardiola mais difícil que o esperado, afinal, já diz o velho ditado popular que mais difícil que chegar ao topo é manter-se por lá. Tudo que Guardiola fizer que terminar em resultados inferiores aos atuais será o suficiente para comparações negativas frente ao antecessor.

Arjen Robben na final da Copa do Mundo defendendo sua Holanda contra a Espanha
Arjen Robben na final da Copa do Mundo defendendo sua Holanda contra a Espanha

Outro remido na final da UCL de Londres é o holandês Arjen Robben. Não à toa que o craque comemorou com toda emoção o gol definitivo do Bayern ao apagar das luzes do tempo regulamentar em Wembley, verdadeiro gol do título.

Basta recordar os reveses recentes que Robben sofreu na carreira, estigmatizando-o de forma injusta no mundo da bola.

Na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, a Holanda de Robben foi derrotada na grande final do Mundial ao levar gol de Andres Iniesta aos 117 minutos de jogo, a 3 do final da prorrogação. Duro golpe para quem havia atravessado difícil percurso até a final.

Robben e seu Bayern contra a Internazionale em Madri
Robben e seu Bayern contra a Internazionale em Madri

No Bayern, a coleção de fracassos na reta final era maior.

No mesmo ano de 2010, a equipe bávara comandada por Louis Van Gaal partia para a final da UEFA Champions League em Madri contra a Internazionale do treinador José Mourinho que havia conseguido bater a equipe nova sensação do momento: o Barcelona de Josep Guardiola e do fantástico Lionel Messi. E lá estava Arjen Robben, mas lá estava também Diego Milito que marcaria duas vezes e selaria os 2×0 finais. Novo insucesso para Robben.

A falsa sensação de sucesso do bayern de Robben frente ao Chelsea
A falsa sensação de sucesso do Bayern de Robben frente ao Chelsea

Mas, os contratempos na vida nunca estão sozinhos e eis que no ano de 2012 o Bayern teria a raríssima chance de disputar uma final de UCL em casa, na Allianz Arena de Munique. O adversário era o limitado Chelsea de Roberto Di Matteo que quase havia sido eliminado pelo Napoli na competição antes da demissão de André Villas Boas.

Chance obtida, chance desperdiçada. Após gol aos 83 minutos de jogo anotado por Thomas Muller e empate de Didier Drogba aos 88, as equipes foram para as penalidades com êxito inglês. Novo drama para o já verberado Robben.

Arjen Robben: consagração total contra o Dortmund
Arjen Robben: consagração total contra o Dortmund

Para sorte do neeerlandês, o mundo dá voltas… pelo menos ele deu suas voltas para o contestado craque e o destino lhe reservou a glória dos deuses no palco londrino de Wembley, e com requintes de emoção, já que o gol do título surgiria aos 89 minutos de jogo.

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Bayern conquista o título europeu pela 5ª vez
Bayern conquista o título europeu pela 5ª vez

Reviravolta positiva para Arjen Robben. Não por acaso tamanha comoção na celebração do gol final.

BUNDESLIGA 11×3 LIGA ESPAÑOLA

O Real Madrid bem que tentou e até conseguiu trazer emoção à sua série eliminatória contra o Borussia Dortmund, já o Barcelona sucumbiu de forma flagrante ao forte Bayern e os alemães liquidaram os espanhóis nas semifinais da UEFA Champions League. Sucesso da eficiência do poderoso time da Baviera e, principalmente, do time low budget sensação gerencial esportiva do momento, o Borussia Dortmund.

 

Real Madrid 2×0 Borussia Dortmund
Madri, Espanha

A missão madridista era mais tangível. Placar agregado em déficit de três gols (1×4) e a oportunidade de jogar em casa, no tradicional Estádio Santiago Bernabéu de Madri.
José Mourinho, talvez nos últimos suspiros no cargo de técnico do time, recuaria Sérgio Ramos para a zaga, ao lado de um de seus preferidos do elenco, o português Fábio Coentrão, visando resolver os problemas causados pela eficiente marcação pressão de saída de bola que Jürgen Klopp impôs ao Madrid em todos os confrontos entre as equipes na atual edição da UCL.

A partida acabou por apresentar características peculiares, já que o Real Madrid colocou fortíssima pressão sobre os alemães nas duas extremidades de tempo do jogo. Foram 15 minutos iniciais avassaladores com a torcida merengue urrando incessantemente a favor dos anfitriões e 10 minutos finais quase cataclísmicos para os visitantes.
Curiosamente, no restante da partida o Dortmund arrefeceu os ânimos da equipe local, levando consigo o ímpeto da torcida.
No predomínio madridista inicial, várias foram as chances desperdiçadas. Gonzalo Higuaín arrematou com defesa de Roman Weidenfeller. Na maior oportunidade e mais bela jogada, Mesut Özil concluiu incrivelmente para fora. Lance que causou reclamação de Cristiano Ronaldo por ter sido opção de passe em vez de conclusão do alemão Özil.
Cristiano Ronaldo demonstraria estar em noite apagada. Já Mario Götze sentiria lesão e seria substituído por Kevin Großkreutz.
Na 2ª etapa, o Dortmund teria suas chances de definir a partida. Robert Lewandowski teve grande oportunidade pela esquerda e Ilkay Gündogan teve chute incrivelmente defendido por Diego López.

José Mourinho partiu para as últimas cartadas ao promover a entrada de Ricardo Kaká no lugar de Fábio Coentrão, além de Sami Khedira no lugar de Xabi Alonso.
Aos 82 minutos de jogo, Karim Benzema abriria o placar após lançamento de Kaká para Özil que cruzou rasteiro para o francês concluir.
Verdadeiro incêndio tomou conta do Bernabéu quando Sergio Ramos afundou a bola para o gol alemão após jogada de Benzema.

O clima emocional envolveu o jogo quando o árbitro inglês Howard Webb decidiu acrescentar 6 minutos ao jogo. O Madrid pressionou, mas não conseguiu o gol da classificação.
Vaga para o Borussia Dortmund que alçou a condição de espécie de modelo de gerenciamento esportivo dentro do universo do futebol profissional europeu rodeado de cifras astronômicas entre os grandes clubes do Velho Continente.
Não é para menos. A equipe liderada dentro de campo pelo treinador Jürgen Klopp galgou etapas do sucesso de forma gradativa.
Inicialmente, a difícil missão da quebra de hegemonia do Bayern em território doméstico ao vencer a Bundesliga. Mas, os tropeços não cessaram por conta disso. Basta recordar a eliminação na fase de grupos amargada pelos aurinegros na edição anterior da UCL.

Os erros servem como experiência e como forma de não incorrer nos mesmos tropeços no futuro. Na atual temporada, o Dortmund praticamente abdicou da disputa do título alemão contra o poderoso Bayern para se concentrar no objetivo seguinte, a Europa.
Lição bem executada que pode soar óbvia, mas não assimilada por outros que vieram de caminhos tortuosos semelhantes que repetiram os erros. Leia-se Manchester City.
Estima-se que o time atual tenha sido montado com cerca de €38 milhões. Jogadores como Roman Weidenfeller, Lukasz Piszczek, Marcel Schmelzer, Sven Bender e Mario Götze chegaram a Dortmund a custo zero. Götze acaba de ser negociado para o rival Bayern por cerca de €37 milhões.
Outros atletas importantes vieram por valores que não fogem da faixa de €3 a €5 milhões. Estão nesse grupo Mats Hummels, Neven Subotic, Ilkay Gundogan e Jakob Blaszczykowski. Faixa de preço que indica diretrizes políticas e financeiras bem definidas.
A única grande exceção fica por conta de Marco Reus que custou €17,5 milhões aos cofres do clube pagos ao co-irmão Borussia Monchengladbach. Entretanto, Reus já é pretendido por gigantes da Premier League inglesa. Algo que pode trazer retorno financeiro em cima de investimento vultoso. Lembrando que transações envolvendo o Dortmund e o futebol inglês não são inéditas. O japonês Red Devil Shinji Kagawa foi campeão alemão vestindo as cores aurinegras.
Merece boas vindas o êxito do clube que escapa dos conceitos de altos orçamentos para formação de grandes equipes predominante entre os gigantes europeus. Se pode virar padrão, regra ou verdade absoluta? Nem tanto.

FC Barcelona 0x3 FC Bayern
Barcelona, Espanha

A missão já era inglória para o badalado Barcelona com placar agregado nos 4×0 para o Bayern.
E tudo piorou quando todos receberam notícia da ausência de Lionel Messi na equipe titular dos anfitriões.
Ainda assim, o Barcelona iniciou a partida com vontade e pensamento positivo. No entanto, as coisas ficariam claras para todos os mais de 95 mil presentes no Camp Nou, o time blaugrana seria incapaz de superar a forte marcação bávara.
Estava nítido, mais uma vez, a ausência de movimentação e precisão de passes de outrora. Tudo piorado com a falta do incisivo e vertical super craque Lionel Messi.

O Bayern levou a partida a banho-maria no 1º tempo e poucas emoções foram a tônica apenas com tentativas de chutes de longa distância por parte do Barça.
Na 2ª etapa, o Bayern “finalizou” o adversário com gol inaugural logo aos 48 minutos de jogo com jogada característica de Arjen Robben pela direita com direito a corte e chute cruzado colocado perfeito.
A partir daí, o público silenciou e o Barcelona não produziu mais quase nada.
Aos 72 minutos, Gerard Piqué, na tentativa de cortar cruzamento de Franck Ribery, fez autogol e, no final Thomas Muller transformou a derrota agregada do Barcelona em humilhação ao concluir de cabeça.
O ponto de interrogação ficou por conta do não aproveitamento de Lionel Messi que jogara contra o Athletic Bilbao pela Liga com golaço anotado.
As informações foram desencontradas. Messi estaria curado da lesão que contraíra na partida contra o Paris Saint Germain em Paris. Por outro lado, o argentino não estaria se sentindo bem e Tito Vilanova teria optado por aproveitá-lo somente em caso de chances reais de recuperação na série eliminatória. Situação que não trouxe alento ou resignação a muitos fãs.

Em defesa do Barcelona, as ausências, não somente de Messi, mas também de Carles Puyol e Javier Mascherano que desestabilizaram o sistema defensivo dos catalães, sobretudo contra equipe de ataque habilidoso, forte e alto como o Bayern.
O Bayern vai a Londres em busca do quinto título de Champions League, troféu que não volta a Munique desde a temporada 2000-2001. Ademais, os bávaros chegaram perto do título nas temporadas 2009-2010 (derrotados pela Internazionale) e 2011-2012 (derrotados em casa pelo Chelsea). Vice-campeonatos que aumentam a ansiedade dos fãs em busca do título europeu.

Diferentemente do Borussia Dortmund, o Bayern tem adotado a política de adquirir talentos revelados pelos clubes alemães da Bundesliga. È o caso de Dante e Mario Gómez, por exemplo, além do recém recrutado Mario Götze.
Trata-se de clube com maior poder de fogo financeiro que seus pares compatriotas, portanto, com maior vocação compradora.
Pelo fato de ter ganho a atual edição da Bundesliga com um pé nas costas (20 pontos de vantagem para o segundo colocado, o próprio Borussia Dortmund), o time da Baviera entra como favorito em Wembley.
A propósito, um pequeno aperitivo da grande final acontecerá no próximo sábado em partida válida pela 32ª rodada da própria Bundesliga quando o Borussia Dortmund recebe o Bayern no Signal Iduna Park de Dortmund.
De nebuloso no time do Bayern, a saída do técnico Jupp Heynckes. A versão inicial dava conta da aposentadoria do treinador, algo que o próprio Heynckes tratou de deixar em dúvida nas entrevistas coletivas de Barcelona. Estaria Jupp Heynckes sendo educadamente expurgado do comando técnico do Bayern em favor da vinda de Josep Guardiola? Em caso afirmativo, está disponível no mercado europeu do primeiro escalão um grande nome para treinador.

BUNDESLIGA 8×1 LIGA ESPAÑOLA

Após duas contundentes vitórias alemãs sobre os espanhóis, eis o placar parcial da peleja semifinal da UEFA Champions League: 8×1. Vantagem sólida construída em território alemão por FC Bayern e Borussia Dortmund contra FC Barcelona e Real Madrid CF, respectivamente, com maestria, superioridade técnica flagrante e certa dose de polêmica acompanhada por choradeira típica por parte do lado perdedor.

 

fbc-bvbBorussia Dortmund 4×1 Real Madrid CF

Dortmund, Alemanha

Não há a menor dúvida em apontar o nome do polonês Robert Lewandowski como o grande protagonista do duelo semifinal de Dortmund, afinal poucos foram dignos de tamanho feito na história da UCL. Lewandowski junta-se a nomes do quilate de Marco Van Basten, Ruud Van Nistelrooy, Andriy Shevchenko, Mario Gomez, além de Lionel Messi. Atletas que marcaram quatro gols ou mais em partidas da UCL.

Robert Lewandowski
Robert Lewandowski

Contudo, verdade seja dita, o grande nome do pré-jogo entre Borussia Dortmund e Real Madrid não era o atacante polonês, mas Mario Götze. Menos por alguma jogada de classe dentro das quatro linhas executada pelo jovem craque alemão e mais pelo vazamento da transferência do atleta para o Bayern às vésperas do início da decisão semifinal.

Além de balançar as estruturas do mundo da bola germânico, muita coisa estava em jogo na informação.

 Não sem razão, a ideia geral seria de uma torcida levantando-se contra Götze, sugerindo aquela velha história de traição, etc. Tudo isso em momento crucial do time na temporada.

Borussia Dortmund x Real Madrid
Borussia Dortmund x Real Madrid

Nada disso se viu em campo e, para sorte de Jürgen Klopp, Robert Lewandowski assumiu o papel de protagonista da partida na parte ofensiva.

De resto, o que se viu no Signal Iduna Park de Dortmund foi o mesmo jogo moderno do time Klopp, com muita marcação de saída de bola do Madrid e anulação de peças-chave do time de José Mourinho.

Como exemplo, basta recordar de Mario Götze sempre próximo a Xabi Alonso. Nem mesmo a talentosa dupla Luka Modric e Mesut Özil conseguiu faze o jogo madridista fluir.

Impressionante como o jogo desse Real Madrid de José Mourinho não se encaixa na formação da equipe do Dortmund de Jürgen Klopp. Mourinho já foi capaz de reduzir e até mesmo neutralizar o abismo que separava sua equipe da superioridade do Barcelona, mas não achou a fórmula ideal de jogar com eficiência contra o time de amarelo e preto da Alemanha.

Nunca é demais lembrar a fase de grupos da atual edição da UCL. Jogando no Grupo D, ambos os semifinalistas se enfrentaram duas vezes com vitória do Dortmund por 2×1 em Dortmund e empate em Madri por 2×2. Ademais, o gol único marcado por Cristiano Ronaldo nesta quarta-feira em Dortmund foi obra de falha individual de Mats Hummels.

Que os espíritos estejam preparados pelos lados de Dortmund. Muito dão por certa outra transferência para o Bayern, além de Mario Götze: o próprio Robert Lewandowski. Mais uma encomenda de Josep Guardiola?

José Mourinho terá a difícil missão de achar a saída mágica para fazer o jogo do Madrid fluir com o agravante de buscar um placar de 3×0.

Se for de motivação que o Real Madrid necessita, um grande e semelhante momento histórico deve ser resgatado na Copa da Europa 1975-1976 quando os Merengues enfrentaram o Derby County inglês e classificaram-se após derrota inicial por 4×1 na Inglaterra e vitória por 5×1 na Espanha. Dificuldades à parte, por que não sonhar?

 

FC Bayern 4×0 FC Barcelona

Munique, Alemanha

Quando se trata de partida do Barcelona, a curiosidade aguça-se e o primeiro pensamento é verificar as estatísticas, mais precisamente o item “posse de bola”.

Bayern celebra gols de Thomas Müller
Bayern celebra gols de Thomas Müller

Se não foi o primor dos 70% já alcançados em outros momentos, o Barça manteve nada desprezíveis 63% de posse de bola contra os 37% restantes para o Bayern.

Resultado das contas, posse de bola 37%x63% a favor do Barça e placar final 4×0 a favor do Bayern. Pergunta que não quer calar: como pode se um dos segredos do sucesso desta era hegemônica do Barça é exatamente a maior posse de bola em forma de goleada? Resposta clara a esta altura do campeonato: não se trata apenas disso.

O que se viu na Allianz Arena foi o tique-taca de sempre, mas sem efetividade desta vez.

Em defesa do Barcelona, as ausências de Carles Puyol, Javier Mascherano (o substituto imediato), além das condições físicas precárias de Lionel Messi. Toda a responsabilidade defensiva ficou a cargo do jovem Marc Bartra que acabou por ser parcialmente culpado pelo desempenho da equipe. São muitos os problemas para Tito Vilanova na reta final da atual temporada.

Lance do 1º gol do Bayern: preferência pelo lado direito
Lance do 1º gol do Bayern: preferência pelo lado direito

De resto, a imprensa espanhola reclama de três gols supostamente irregulares, apesar de reconhecer a supremacia bávara sobre os catalães. Se houve três lances capitais por um lado, deve-se incluir outras duas possíveis penalidades a favor dos anfitriões por outro.

No primeiro gol, Dante teria feito falta em Daniel Alves. Lance tipicamente marcado no Brasil, nem tanto na Europa. Já no segundo gol, marcado por Mario Gomez, haveria sutil posição fora de jogo do alemão. Para terminar a polêmica, no quarto gol, Thomas Müller teria obstruído Jordi Alba na tentativa de combater Arjen Robben, lance típico do basquete. De resto, Gerard Piqué envolveu-se em toque de braço interpretativo dentro da área, o mesmo acontecendo com Alexis Sánchez.

Lionel Messi: noite para esquecer
Lionel Messi: noite para esquecer

Polêmicas à parte, nada apaga os méritos da vitória do Bayern. Trata-se de equipe com absoluta noção do que faz dentro de campo, curiosamente com tendência de quase sempre inverter o jogo para o lado direito, fortíssimo com a presença do lateral Phillipp Lahm.

A pergunta que fica é a respeito do futuro treinador do Bayern, Josep Guardiola. O que terá a fazer o catalão nessa equipe do Bayern? O trabalho final de Jupp Heynckes é monumental e, continuando as coisas como estão, Guardiola iniciará seu trabalho em alto nível de cobrança.

Quanto ao Barça, terá que repetir atuação de gala que teve contra o Milan nas oitavas de final. Quem sabe sob pressão os catalães ganhem motivação para reeditar os melhores momentos de sua era hegemônica. É aquela velha dificuldade humana: mais difícil que atingir o topo é manter-se por lá.

RELEMBRANDO ROMÁRIO

Neste dia de aniversário natalício de Romário de Souza Faria, nada como recordar algumas obras primas de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro e mundial.

Barcelona 5×3 Atlético Madrid (11-3-1994)

Nos idos de 1994, Romário andava pelos lados da Catalunha a desfilar sua arte pelo FC Barcelona do técnico holandês e também legenda do futebol Johan Cruijff.

Protótipo do atual Barcelona montado por Josep Guardiola e atualmente dirigido por Tito Vilanova, o Barça de 20 anos atrás era uma equipe de busca incessante pela perfeição no passe. Não à toa que Guardiola era peça importante naquele Barça de Cruijff.

E foi exatamente de Guardiola que surgiu o passe para o aniversariante do dia Romário fazer esse golaço contra o Atlético Madrid na vitória de 5×3 dos catalães no dia 11 de março daquele mesmo 1994 em partida tensa que o próprio Romário classificaria como uma das mais importantes de sua carreira. Relembre o gol.

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