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Justo ou injusto, eis a questão!

Justiça: conceito abstrato que possui uma série de significados. Um deles, segundo o dicionário Houaiss, trata-se do “reconhecimento do mérito de alguém ou de algo”.

Trazendo tal significado para o universo futebolístico, não é incomum ouvirmos essa palavra nas discussões em relação ao futebol. O torcedor que vê o seu time perder, muitas vezes, contesta a justiça e o do placar ou do título adversário. O ganhador, quase sempre, ignora.

O fato é que: não haver justiça quando um clube conquista um campeonato, seja ele qual for, é muito improvável. Ser campeão significa dizer que o detentor da taça foi (talvez obviamente) o melhor time do campeonato. E, convenhamos, não importa se o mesmo foi o melhor tecnicamente, se fez a melhor campanha ou se marcou mais gols. O que vale mesmo é que a taça sempre estará nas mãos do melhor.

E foi justamente isso que aconteceu no mais equilibrado dos estaduais. O Estadual que, esse ano, viu os seus gigantes sucumbirem um a um em cada fase do torneio. O Estadual que coroou um clube dito pequeno, mas que, por coincidência, vem da terra das coisas gigantes. Justo?

Sim, justo! Mas e a melhor campanha do Santos, não deveria significar uma vantagem pra final? Certamente.

Contudo, a melhor campanha do Santos, que culminou em um vice campeonato, reflete e abre um parêntese para outra discussão, sobre regulamento e questões políticas daquela que administra o campeonato.  E isso não vem ao caso…

O assunto aqui é outro e o que nos cabe é simplesmente parabenizar aquele que botou o regulamento embaixo do braço, ignorou a estrutura inferior perante os grandes e se superou.  Aquele que cresceu no momento certo, fez o seu jogo (bonito ou não, mas efetivo) e mostrou um futebol de campeão, o futebol do melhor time do campeonato.

E não será o regulamento o responsável em tirar o brilho e a JUSTIÇA do título do Ituano. Afinal, o Santos teve em 180 minutos a chance de fazer a sua própria justiça, de melhor campanha do campeonato, e não foi feliz. Paciência…

Se tais coisas não acontecessem, provavelmente não seríamos loucamente apaixonados por esse tal de futebol. Um esporte tão simples e complexo, tão grato e ingrato, tão justo e injusto…

Parabéns, Ituano!
Com justiça, o grande Campeão Paulista de 2014.

o4i1943

DE QUEM É A CULPA?

Kleina segue no comando do Palmeiras na temporada (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)
Kleina segue no comando do Palmeiras na temporada (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)

O Palmeiras está eliminado do Paulistão 2014. Mais um vexame diante da torcida no Pacaembu. Desta vez, para o modesto Ituano, dono da melhor defesa do Estadual (10 gols sofridos), porém clube da Série D do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim o bom elenco alviverde não resistiu as baixas inesperadas de Fernando Prass, Alan Kardec e, principalmente, Valdívia e deu adeus ao sonho da conquista do título.

Embora a cabeça do palmeirense esteja inchada, o trabalho tem, e deve, continuar.

Após o apito final, notei certo conformismo com a derrota por parte de alguns torcedores.

Na volta, caminhávamos em direção à Avenida Paulista e a impressão que se tinha é que virou uma triste rotina o Palmeiras fracassar em decisões. O pessoal estava revoltado, mas não se ouvia um comentário sequer em tom de desabafo do amigo do lado. Apenas um melancólico silêncio. E isso é extremamente preocupante.

Por outro lado, o palestrino não deve se culpar. Afinal, durante esta maré de azar que insiste em não passar, não houve tempo ruim que o afastasse de fazer sua parte. Neste fatídico 30 de Março de 2014, foram quase 30 mil vozes que, a plenos pulmões, empurraram os comandados de Gilson Kleina em busca do principal objetivo: a vaga na final.

Não deu.

Mas, e agora? Quem culpar?

O técnico?

Os jogadores?

A Diretoria?

As Organizadas?

Se analisarmos pela ótica imediatista, algo natural na cultura do futebol brasileiro, Kleina realmente não ostenta de bons resultados até o momento em seus quase dois anos à frente de um dos maiores clubes do Brasil. Foram diversas eliminações, exceto a tranquila campanha na Série B de 2013, que não passou de obrigação. Fora isto, a trágica desclassificação para o Galo de Itu torna-se apenas mais uma na lista do atual treinador. Que tem seus méritos e é bom técnico, mas merece ser cobrado.

Alguns atletas que entraram em campo chamaram a atenção pela apatia e, sobretudo, falta de personalidade. Casos de Leandro e Bruno César. Principalmente o primeiro, que depois que virou jogador definitivo do Palmeiras esqueceu de jogar bola.

Totalmente inoperante.

Já o camisa 30 merece uma ressalva por ter acabado de chegar. Entretanto, este Bruno César não é nem sombra do efetivo jogador que se destacou no Santo André e Corinthians em 2010.

Precisa se condicionar o mais rápido possível.

Não vou nem citar Vinícius.

Por incrível que pareça, os únicos que, a meu ver, não tem culpa no fiasco é atual Diretoria.

Não há como negar que Paulo Nobre vêm realizando um bom trabalho no processo de reestruturação e reconstrução do clube. Aos poucos, tem obtido êxito. O problema é que o rombo é muito maior do que se possa imaginar. E, infelizmente, a pressão é refletida no campo quando o resultado não é o esperado.

Pior do que a eliminação, foi a atitude de alguns integrantes da Organizada, que, por sinal, é desafeta declarada do atual presidente.

Enquanto eu e meus amigos comíamos um lanche após a partida, fomos surpreendidos por um pequeno grupo que subia uma das ruas que dão acesso ao metro. O bando  entoava gritos de pura revolta contra à diretoria e, especialmente, sócios do Avanti. Como se a culpa pela derrota fosse de quem faz parte do programa. E, eles, torcedores exclusivos, “que acompanham o time aonde ele for”, fossem mais palmeirenses que todos os outros e, assim, estivessem no justo direito de cobrar e hostilizar o torcedor comum.

O verdadeiro palmeirense.  O maior patrimônio do clube.

Sou contra o fim das Organizadas, mas, muitas vezes, as atitudes de alguns membros, como esta e outras que são do conhecimento de todos, como os atos de violência, corroboram para que se forme uma opinião totalmente negativa quanto a eles.

E aí, torcedor alviverde? De quem é a culpa?

ENTREGOU?

O São Paulo perdeu para o Ituano na tarde deste domingo em pleno Morumbi por 1 tento à 0 e de quebra eliminou o arqui-rival Corinthians. O jogo no Morumbi era esperado pois a sequência do Corinthians no Campeonato dependia indiretamente deste jogo, e o tricolor “entregando ou não” acabou eliminando o Timão.

O torcedor tricolor comemorou a derrota para o Ituano, em uma tarde de domingo de chuva torrencial nas imediações do Morumbi. O time do Morumbi poupou alguns jogadores e não conseguiu segurar o ímpeto do time de Itu que conseguiu se classificar com uma rodada de antecipação já que o Corinthians empatou com a Penapolense e deu adeus ao sonho de conquistar mais um caneco do Paulistão.

De certa forma, fica nas “entrelinhas” a pergunta, o São Paulo entregou o resultado para o Ituano para eliminar o time do Parque São Jorge e se livrar de um confronto direto? Entre os torcedores do Corinthians a resposta é clara: SIM!. Já os torcedores do São Paulo comemoraram e muito a eliminação do rival.

Tendo em vista que nos últimos confrontos de mata x mata o Timão sempre levou a melhor perante o time do Morumbi, talvez realmente fosse mais viável eliminar o rival antes do confronto direto e tirar uma pedra do caminho, porém pensando de outra maneira, será que o próprio Corinthians não cavou sua cova quando perdeu pontos preciosos, inclusive diante do São Paulo no Pacaembu?

Fato é que levarão durante anos e anos a idéia de que o São Paulo entregou o jogo para eliminar o Ituano, assim como o atacante Grafite ficou marcado na história do São Paulo por ter feito os gols que mantiveram o Timão na Série A do Paulistão de anos atrás.

Agora os jogadores tricolores terão de provar no campo que estão prontos para batalha nos jogos de mata x mata.

Torcedores são paulinos com cartaz para "entregar" o jogo.
Torcedores são paulinos com cartaz para “entregar” o jogo.

PORTUGUESA DECEPCIONA NOVAMENTE NO PAULISTÃO.

Jogando um futebol burocrático, Portuguesa sai atrás e consegue empate no fim. Time sai vaiado de campo.
Sob vaias da torcida, a Portuguesa não passou de um empate em 1 a 1 com a equipe do Ituano, na noite do último sábado (4), no Canindé, em São Paulo. Chapinha (não a de cabelo) abriu o placar para a equipe do interior, enquanto Raí, que saiu do banco, empatou aos 28 da etapa final, para a Fabulosa.
Com o resultado, a Lusa se distancia do G-8, ocupando apenas a 10°colocação na tabela, com 6 pontos ganhos, em 5 jogos. Decepção total, para uma das equipes que mais criaram expectativa, não só em seus torcedores, como em todos que gostam de futebol. O Ituano segue ameaçado, e encontra-se estagnado na décima quarta colocação, com 4 pontos.
Ambos os times voltam a campo, quarta, pela sexta rodada da competição estadual. A equipe dirigida pelo técnico Jorginho, encara fora de casa, o Guarani, as 19h30, enquanto mais cedo, o time de Itu mede forças, sob seus domínios, contra a equipe do Bragantino.

Portuguesa sofreu para empatar em casa, com Ituano por 1 a 1. (Jefferson Coppola/Folhapress)

Problemas de criação
Desde a saída de Marco Antonio, vendido junto ao Grêmio, no final do ano passado, o meio de campo da Portuguesa tem sofrido com a falta de criação e qualidade nos passes. Com a venda de Edno para o México, que teóricamente era um meia de origem, porém costumava atuar como atacante, Jorginho não tem em seu elenco, nenhum jogador com características parecidas com a de seu ex-camisa 10.
Jorginho terá que se virar com as peças que tem a disposição, pois como muitos dizem por aí: “quem não tem cão, caça com gato”. Este será o lema a ser seguido daqui para a frente pelo treinador rubro-verde, para o restante da temporada. A salvação poderá vir justamente do Olímpico. A diretoria da Portuguesa segue tentando a contratação do meia Marquinhos, ex-Santos e Avaí, que atualmente é reserva na equipe de Caio Junior.
Ferdinando troca Portuguesa por futebol coreano.
O volante Ferdinando, de 31 anos, trocou a Lusa pelo Incheon United-COR. O jogador assinou contrato até o fim deste ano. A Portuguesa acertou a rescisão de contrato com atleta, na última quinta feira (2). Ferdinando já realizou exames, e logo menos estará apto a estrear pelo novo clube. Ivo, que marcou o gol do acesso à primeira divisão em 2011, também atua no clube coreano e será companheiro do volante recém chegado.
Bom meus amigos, é isso. Até mais e…VAMOS ACORDAR, LUSINHA!

 

Chazinho de Coca – Exageros em Itu.

Itu é uma cidade muito interessante, conheço bem o lugar. Ruelas com clima histórico, população educada e que costuma te receber muito bem. Itu ostenta a fama de ser a cidade onde tudo é grande, exagerado. Na principal praça da cidade, você se depara com um orelhão maior que muita seringueira, encontra uma loja que vende escovas, pentes, clipes, lápis, tudo gigantesco.

Na cidade onde tudo é exagerado, o Palmeiras exagerou em errar. O Ituano acertou 4 bolas na trave durante a partida, talhando com machadadas de irônia, a escrita iniciada na partida contra o Santos, no mesmo estádio, quando o Peixe meteu 7 bolas na trave do adversário. É o estádio do “quase gol”, dos quase muitos gols.

Luxemburgo levou novamente a campo uma equipe composta em sua maioria por reservas. Segundo o técnico, existe um “desgaste” devido ao excessivo número de jogos.

Meu Deus! Me lembro e não faz tanto tempo assim, que os clubes que disputavam a Libertadores também brigavam pela Copa do Brasil. O mesmo Palmeiras, em 1999, chegou as quartas de final da Copa do Brasil, a final do Paulistão e a final da Libertadores. Foi campeão continental, vice paulista, tendo jogado a 1ª partida com o time todo reserva, aí sim justo pois disputava na mesma semana a final da Libertadores. Era um exagero de jogos, é fato. Mas hoje não há esse exagero todo e ainda assim os jogadores se “desgastam” muito facilmente. E não só do Palmeiras, que fique bem claro.

Luxa disse que esse time atingiria seu ápice no 2º semestre. Depois de toda a reformulação, trata-se de um diagnóstico normal. Mas o time mostrou que pode atingir um patamar próximo do ideal antes disso, só que agora esbarra nessa de “desgaste”.

Enfim, foi um jogo duro de assistir, com a zaga errando tudo, com Marquinhos fazendo valer a perseguição da torcida, com Jumar sendo expulso ainda na 1ª etapa e Bruno, o melhor em campo ao lado de Armero, tendo que se desdobrar para evitar que as bolas insistentemente desviadas pela sua zaga entrassem. Quando passava por ele, não passava pela abençoada trave alviverde.

Na 2ª etapa Luxa promoveu a entrada de Cleiton Xavier, Keirrison e Pierre. Pierre entrou muito bem, mas os outros não. Ainda assim a equipe melhorou substancialmente e chegou a dominar a partida em alguns momentos, mas errava todo bendito último passe.

Os gols? Bem os gols foram assinalados ainda no 1º tempo. Alex Afonso, “aquele”, ajudado por um dos vários desvios da zaga alviverde e que matou Bruno. E Lenny pelo Palmeiras, depois de grande jogada de Armero.

O time é bom, quando completo é garantia de grande atuação ofensiva. Mas a zaga, ahhhh essa zaga. Ouso dizer que se não melhorar minimamente, o time não vai chegar a lugar algum esse ano.

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O som que embala esse post todo exagerado é também um mar de exageros, belíssimos exageros. Da linda Scarlett Johansson, com a linda Falling Down, do discaço Anywhere I lay my head.

Cheers,