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ERROS E FATALIDADES

Duas grandes partidas repletas de grandes astros abriram as quartas de final da UEFA Champions League com destaque para erros e acasos determinantes em ambos os resultados finais.

 

 

Gianluigi Buffon: um dos vilões da derrota da Juventus frente ao Bayern
Gianluigi Buffon: um dos vilões da derrota da Juventus frente ao Bayern

Paris Saint Germain FC  2×2 FC Barcelona

Paris, França

Em verdadeiro desfile de craques no Estádio Parc des Princes, PSG e Barcelona fizeram uma das melhores partidas da temporada com ingredientes técnicos, táticos e individuais agradáveis para toda espécie de fã de futebol. O confronto do time montado à custa de muito dinheiro contra a equipe formada na base.

Lionel Messi, David Beckham e Lucas Moura (atrás)
Lionel Messi, David Beckham e Lucas Moura (atrás)

O técnico Carlo Ancelotti iniciaria a noite de surpresas com escalação relativamente surpreendente, dado o peso do adversário, ao abrir mão de Marco Verratti como marcador e promoção de David Beckham para povoar o meio de campo que contaria ainda com Blaise Matuidi e Javier Pastore, além de Lucas Moura.

Duelo de titãs: Lionel Messi marcado por Thiago Silva
Duelo de titãs: Lionel Messi marcado por Thiago Silva

No Barcelona, a grata novidade ficava por conta do retorno de Tito Vilanova ao banco blaugrana após temporada estadunidense de tratamento de saúde.

Messi conclui a gol antes de se contundir
Messi conclui a gol antes de se contundir

E, de fato, viu-se 1º tempo eletrizante em Paris com a equipe local impondo-se sobre os temidos visitantes em diversas ocasiões.

O PSG criaria situações de ouro com Ezequiel Lavezzi e Zlatan Ibrahimovic.

Daniel Alves: grande atuação em Paris
Daniel Alves: grande atuação em Paris

A defesa do Barça, em momentos pouco habituais, ver-se-ia em dificuldades em tentar parar o jovem e habilidoso Lucas Moura que mostraria grande utilidade ao esquema de Ancelotti ao jogar um pouco mais recuado em comparação aos tempos de São Paulo FC e mesmo em outras partidas do PSG neste ano. Recuo estratégico que foi demonstrado com ótimo contra-ataque puxado pelo brasileiro que resultou em assistência a Ibra chutando para fora.

Zlatan Ibrahimovic em posição fora de jogo no momento do cabeceio de Thiago Silva
Zlatan Ibrahimovic em posição fora de jogo no momento do cabeceio de Thiago Silva

Ibra é sempre útil em qualquer equipe. Não foi diferente dessa vez, mas o sueco mostrava-se um pouco lento nos reflexos frente a seus marcadores em alguns momentos.

Pelo lado do Barcelona, os cérebros e artistas do time eram todos muito bem vigiados pelo sistema defensivo parisiense. O destaque ficaria por conta dos duelos “mano a mano” entre Lionel Messi e Thiago Silva. Contudo, era algo que permitia boa liberdade para o lateral Daniel Alves atuar.

David Beckham
David Beckham

E foi com ele que surgiria o gol inaugural através de belíssimo lançamento para Messi, que se encontrava livre pela esquerda, para concluir na saída de Salvatore Sirigu. Barcelona na frente. Verdadeiro castigo para os anfitriões.

No 2º tempo, a partida perdeu em ritmo e intensidade. E perdeu mais com a saída de Lionel Messi lesionado. Sua presença no jogo de Barcelona é ainda incerta.

 

Momento do contato: Alexis Sanchez e Salvatore Sirigu
Momento do contato: Alexis Sanchez e Salvatore Sirigu

Mesmo sem Messi, o Barça imporia seu jogo, à base do “tiqui-taca”, com boas chances de ampliar o placar com Sergio Busquets, Xavi e Daniel Alves.

Somente no quarto final da partida, o PSG voltou a acelerar o ritmo.

O esforço dos locais seria premiado aos 79 minutos, mas de forma irregular, após cabeceio de Thiago Silva na trave e rebote para Ibrahimovic concluir em posição fora de jogo. Erro da arbitragem comandada pelo alemão Wolfgang Stark.

Victor Valdéz não conseguiu evitar o empate od PSG
Victor Valdéz não conseguiu evitar o empate od PSG

Aos 89 minutos, assistência fantástica de Cesc Fábregas para Alexis Sanchez penetrar na área, cavar e sofrer penalidade em precipitação do goleiro Sirigu. A reclamação dos parisienses foi intensa. Sanchez teria se jogado, mas o contato aconteceu.

Xavi fez 1×2 para o Barcelona e verdadeira onda de desânimo se abateu sobre os anfitriões. Tanto esforço para nada.

Aí, mais uma vez o destino entraria em ação, aos 93 minutos desta vez.

O árbitro Wolfgang Stark
O árbitro Wolfgang Stark

Assistência de cabeça de Ibrahimovic para Blaise Matuidi chutar bola que teve trajetória levemente desviada, o suficiente para enganar Victor Valdéz e entrar.

Empate final em 2×2 que mantém a disputa em aberto, ainda que com favoritismo para o Barcelona em sua casa.

Resultado fortemente influenciado por erros da arbitragem, do goleiro Sirigu ao não se furtar na tentativa bem sucedida de Alexis Sanchez cavar a penalidade, além das fatalidades em lesão de Lionel Messi e no chute final desviado de Matuidi.

 

 

FC Bayern 2×0 Juventus FC

Munique, Alemanha

 

Eis a partida decisiva onde mais se esperava equilíbrio e onde mais se viu predomínio de um time sobre o outro.

Thomas Müller marca o segundo gol do Bayern na Allianz Arena
Thomas Müller marca o segundo gol do Bayern na Allianz Arena

As coisas ficariam claras desde o início que não seria dia para os visitantes da Juventus, ocorrendo o inversamente proporcional para os locais do Bayern.

Após goleada histórica de 9×2 sobre o Hamburgo pela Bundesliga e enormes perspectivas de conquista do título nacional alemão de forma antecipada no próximo final de semana, a atmosfera não poderia ser mais favorável para os bávaros, certo?

Errado, poderia ser e foi ainda melhor!

David Alaba
David Alaba

Logo aos 25 segundos de jogo, Andrea Pirlo erraria passe, a posse de bola seria recuperada por Bastian Schweinsteiger que tocaria para o austríaco David Alaba arriscar de longe, a trajetória sofreria desvio em Arturo Vidal e entraria, fora de alcance para Gianluigi Buffon.

Franck Ribéry
Franck Ribéry

Prenúncio de noite perfeita para o Bayern e jornada infeliz para a Juventus.

Tudo estava tão favorável ao time da Baviera que, inclusive na adversidade, tudo acabou dando certo.

Aos 16 minutos de jogo, Toni Kroos deixa a partida lesionado, abrindo espaço para a entrada de Arjen Robben que teria participação muito positiva no domínio territorial dos anfitriões ao longo de toda a partida.

As ações foram todas controladas pelo Bayern na 1ª etapa, a ponto da Juve terminá-la sem finalizações a gol.

No 2º tempo, o quadro não seria muito diferente e o 2º gol surgiria em lance de erros de arbitragem e do consagrado goleiro Buffon.

Mario Mandzukic fora de jogo após chute de Luiz Gustavo e rebote concedido por Gianluigi Buffon
Mario Mandzukic fora de jogo após chute de Luiz Gustavo e rebote concedido por Gianluigi Buffon

Luiz Gustavo arriscou de longe contra o já desacreditado guarda-rede italiano àquela altura da partida, Buffon não agarrou a bola, concedendo rebote que teve a sobra de Mario Mandzukic, em posição fora de jogo, para tocar para Thomas Müller concluir.

Falha da arbitragem que não tirou o mérito da vitória alemã sobre uma Juventus que sequer teve ânimo para reclamar dada a fraca atuação da equipe.

Caberá à Juve buscar o déficit no placar agregado em Turim contra a fortíssima equipe de Jupp Heinckes. Trabalho para Antonio Conte montar sua estratégia não faltará.

ERA DIA DO CHELSEA

Em dia que tudo deu certo, além de repetir espírito guerreiro anteriormente apresentado contra o Barcelona, o novo rico inglês Chelsea FC conquistou sua primeira Champions League contra o FC Bayern em plena Munique, após empate por 1×1 e decisão em penalidades (4×3), em dia de redenção para seu proprietário bilionário, o russo Roman Abramovich.

Chelsea levanta a taça pela 1ª vezE como certas coisas são impossíveis de serem explicadas à luz da ciência no futebol!

O Chelsea chega à conquista de sua tão desejada UCL em temporada das mais fracas do clube na sua liga nacional, a English Premier League, desde a chegada do capital russo de Abramovich em 2003.

De fato, a temporada foi conturbada. No início, Abramovich contratara o badalado treinador português André Villas Boas, revelação continental na temporada anterior. Era a aposta em alguém que poderia se tornar o novo José Mourinho do futebol europeu.

 

Allianz Arena

Mas, a exemplo do que ocorrera em 2009 com o brasileiro campeão do mundo, Luiz Felipe Scolari, Villas Boas não caiu nas graças do núcleo duro do elenco, isto é, os jogadores líderes e mais influentes do Chelsea.

O resultado foi o mesmo de três anos atrás. A equipe londrina fazendo o “mínimo ético” dentro de campo, inclusive complicando-se contra equipes contra as quais jamais teria qualquer problema em passar por cima em condições normais de temperatura e pressão. Comportamento digno de ressalvas.

Bayern comemora gol aos 83 minutos de jogo. Cara de título, mas não rolou.

A gota d’água para a sobrevivência de Villas Boas no ambiente “infernal” do clube (como o próprio Scolari chamaria o clima organizacional do clube) viria nas partidas contra o Napoli, já pela fase eliminatória da UCL.

Enfrentando a torcida apaixonada da Itália meridional, o Chelsea levara sonoro 3×1 no Estádio San Paolo. A Champions estava por um fio. De quebra, os azuis estavam longe da disputa pelo título ou mesmo da zona de classificação para a próxima edição do torneio europeu na Premier League.

Drogba empata com cabeceio fulminante

Aí, no intervalo das pernas da eliminatória contra o Napoli, Abramovich mais uma vez interveio, e mais uma vez a favor do famoso núcleo duro de medalhões do time. Era o fim da linha para André Villas Boas.

Qual era a solução emergencial para o momento delicado do time na temporada? O simples. Efetivar, ao menos interinamente, o auxiliar ítalo-suíço Roberto Di Matteo, cujo segredo do sucesso seria não ir de encontro às vontades das estrelas do elenco que, até então, não justificavam a fama dentro de campo.

Eis que veio a partida da volta contra o Napoli em Stamford Bridge. No final, vitória por 4×1 do Chelsea e 4×3 no agregado. Parecia outro time dentro de campo, já sob a batuta de Di Matteo.

O ápice da temporada, já com a Premier League ida para o espaço havia tempos, viria contra o todo-poderoso Barcelona de Josep Guardiola e o gênio Lionel Messi.

Arjen Robben tem penalidade defendida por Petr Cech

Como dissera Frank Lampard, o Chelsea tinha “negócio inacabado” contra o Barcelona, referindo-se a derrotas anteriores que os Azuis haviam sofrido para os catalães mediante arbitragens repletas de dúvidas.

Jogando com muita raça e contando com sorte e incompetência do adversário superior, além de perfeito catenaccio à italiana de Di Matteo, o Chelsea superaria a máquina catalã.

Os Azuis prontos para as penalidades

O sonho da final em Munique estava realizado. Os obstáculos continuavam a ser enormes. Dessa vez, o nome dele era Bayern de Munique, menos pelo time, clamorosamente superado na Bundesliga e na Copa da Alemanha pelo Borussia Dortmund, mais pelo fato de ter chegado à decisão que seria em sua casa, a imponente Allianz Arena.

 

O JOGO

Ambas as equipes entraram desfalcadas para a grande final devido às suspensões por acúmulo de cartões amarelos. Regulamento contestado por muitos, porém acertado como forma de coibir o jogo violento nas semifinais.

Bastian Schweinsteiger lutou muito, mas foi punido com perda de pênalti no final

A maior surpresa na escalação ficou por conta do Chelsea. Roberto Di Matteo vinha com Ryan Bertrand, com apenas 22 anos, na lateral esquerda.

O Bayern dominaria as ações no 1º tempo.

De fato, os alemães desperdiçariam inúmeras oportunidades de gol durante os 90 minutos, não definindo o jogo no tempo regulamentar e abrindo brechas para a ação fatal do perigosíssimo Chelsea.

Drogba converte penalidade final

No final do 1º tempo, Mario Gomez seria virtualmente cornetado nas redes sociais em todo o mundo por perder grande oportunidade.

O Chelsea acordaria para a vida somente aos 34 minutos do 1º tempo com chances perdidas por Juan Mata e Salomon Kalou, que forçaria boa defesa de Manuel Neuer.

Era o típico jogo perigoso para o time da casa. O Bayern jogava mais, possuía maior volume de jogo, mas não liquidava a fatura. Do outro lado, o Chelsea, que sobrevivera a verdadeiras guerras contra oponentes mais fortes na competição, era o típico adversário “difícil de matar”, aquele time que ao imaginar que está morto, ressurge das cinzas como fênix.

Aos 83 minutos de jogo, veio o gol que pareceria ser o do título do Bayern, após cabeceio no chão de Thomas Muller, a bola passaria por Petr Cech, tocaria o travessão e entraria.

A partir daí, como imaginar que o abalado e cansado Chelsea encontraria forças para reagir a poucos minutos do final?

Mas, como foi dito, o Chelsea é aquele adversário “difícil de matar”, o famoso “time encardido”, no jargão do futebol brasileiro.

Aos 88 minutos, escanteio para os ingleses cobrado por Juan Mata e concluído com cabeceio fulminante de Didier Drogba.

Era o empate do tempo extra de 30 minutos.

De mais relevante na prorrogação, a penalidade cometida sobre Franck Ribery e a chance de ouro da consagração de Arjen Robben e do Bayern. Mas, já tudo transparecia para não ser dia do Bayern e Petr Cech faria a defesa.

 

A final da UCL parou a reunião do G8 em Camp David, Estados Unidos

Nas penalidades, tudo começaria bem para o Bayern com a primeira série da sequência de cinco penalidades sendo desperdiçada pelo Chelsea.

Mas, a punição para os bávaros foi impiedosa. Ivica Olic teve sua cobrança defendida por Cech e, como ápice do castigo, Bastian Schweinsteiger, após grande atuação durante os 120 minutos, chutou na trave.

Na cobrança derradeira, Didier Drogba consagrar-se-ia com o quarto e decisivo gol da decisão.

Chelsea FC grande campeão, pela primeira vez, da UEFA Champions League, na temporada 2011-2012.

Grande campeão proveniente da Inglaterra, novo rico com dinheiro russo do bilionário Roman Abramovich. Claro, até aí outros clubes importantes do país também recebem enormes aportes financeiros de outras regiões do globo como Estados Unidos, países árabes, etc.

Mas, ainda resta longo caminho para os Azuis atingirem patamar de importância e tradição na história do futebol inglês que já possuem clubes como o Liverpool (com 5 Champions League) ou mesmo o Manchester United.

De qualquer forma, sempre há um começo para tudo. Ainda assim, Roman Abramovich deveria lidar com a questão das lideranças do elenco de seu time, caso contrário, muito treinadores terão problemas ao trabalhar no clube. Mas, por ora é momento de festejar em azul.

ESPANHÓIS A PERIGO?

Terminada a primeira perna das semifinais da UEFA Champions League e com ela levantam-se dúvidas, possivelmente com dose de exagero, a respeito do favoritismo da dupla espanhola para a grande final de Munique em maio próximo.

De qualquer forma, a empolgação dos rivais não é para menos, afinal as vitórias de Bayern Munique por 2×1 sobre o Real Madrid na Alemanha e de Chelsea por 1×0 sobre os campeões do Barcelona na Inglaterra jogam sobre as costas dos gigantes espanhóis a responsabilidade de vitórias em terras ibéricas.

 

Didier Drogba, o nome do jogo comemora o gol único

LA BESTIA NEGRA

Sim, ela deu as caras novamente, “la bestia negra”.

Mas afinal, por que e para quem tal alcunha tão incisiva?

Sim, caro leitor, trata-se do Bayern de Munique, e o apelido pegou em espanhol mesmo!

Tudo isso devido a tabu existente entre os bávaros e os merengues do Real Madrid.

Que tabu? Nada menos que dez jogos entre estes dois gigantes realizados em Munique com nove vitórias dos anfitriões alemães e um empate. Ou seja, o Real Madrid nunca venceu o Bayern em Munique lá pelas bandas germânicas.

O jogo desta terça-feira válido pela UCL foi o décimo da referida lista e mais uma vez o Bayern mostrou superioridade sobre o Madrid, colocando o time de José Mourinho em situação, senão delicada, preocupante para a volta no Santiago Bernabéu.

Bayern, la bestia negra, quer estragar a festa do Real Madrid

O Madrid até que começou melhor graças a erro de Bastian Schweinsteiger que cedeu a posse de bola para Angel Di Maria que tocou para Karim Benzema bater e forçar Manuel Neuer a fazer grande defesa, colocando a bola para escanteio.

Mas em seguida os anfitriões começaram a controlar as ações e o gol inaugural não tardaria com Franck Ribery após falha de Sergio Ramos que teria noite desastrosa na Alemanha.

O Madrid conseguiria o empate somente na 2ª etapa aos 7 minutos em boa troca de passes merengue rondando a entrada da área bávara até que Cristiano Ronaldo cruzou para Mesut Özil concluir.

A partir daí, o Madrid adotaria postura mais conservadora. Estratégia arriscada que provocaria pressão dos anfitriões até o último minuto.

E foi exatamente aos 44 minutos que veio o gol da vitória do Bayern em belíssima jogada de Philipp Lahm pela direita, deixando outra fraca figura da defesa madridista para trás, o português Fábio Coentrão, e cruzando para Mario Gomez fazer seu 12º gol na Champions atual.

Vitória bávara que trouxe à tona a mística do tabu sobre os madridistas em Munique, obrigando-os a vencer por 1×0 em casa na próxima quarta-feira.

Estadia blanca cujos prejuízos não ficaram somente no placar adverso, já que a delegação do clube teve três pares de chuteiras, duas de Cristiano Ronaldo e uma de Mesut Özil furtadas na Allianz Arena, além de uma camiseta também do artilheiro português. Evento que se tornou caso de polícia em Munique.

 

DROGBA PERFEITO

Em noite de gala do atacante Didier Drogba e má pontaria dos jogadores do Barcelona, o Chelsea conseguiu destronar parcialmente o supercampeão Barcelona no Estádio Stamford Bridge de Londres.

A proposta de jogo do Chelsea não diferiria muito daquela apresentada pelo Milan nas quartas de final para enfrentar os blaugranas: time fechado, congestionamento total na intermediária e na entrada de sua área e busca do contra-ataque, ou seja, o mais puro catenaccio italiano, afinal o técnico da equipe é Roberto Di Matteo.

Os primeiros exemplos de má pontaria dos catalães viriam logo no 1º tempo com Alexis Sanchez ao tentar encobrir Peter Cech e colocar no travessão.

O bombardeio barcelonista teria sequência com cabeceio de Lionel Messi entre outras jogadas, além de lance polêmico de possível penalidade de Gary Cahill em Andrés Iniesta.

Até que surgiria a sonhada chance do contra-ataque mortal para os anfitriões. Messi tentaria jogada individual sem sucesso, Ramires controlou, partiu pela esquerda e encontrou Drogba penetrando na área servindo o atacante em cruzamento rasteiro. Gol de Drogba e vantagem parcial dos azuis no intervalo.

 Os catalães produziriam 70% de posse de bola no 2º tempo, tamanhas eram as possibilidades de empate do Barça.

Xavi e Messi tentaram de falta. Alexis Sanchez perderia outro gol incrível na cara do gol.

No Chelsea, grandes atuações de Cahill e John Terry, ligados nas velozes trocas de passes do adversário na entrada da área.

No final, duas novas chances claríssimas para os campeões do mundo: Messi bate falta na cabeça de Carles Puyol que obriga Peter Cech a efetuar sensacional defesa. Em seguida, Pedro Rodriguez tem rebote para chutar cruzado e rasteiro na trave de Cech com direito a rebote para Sergio Busquets desperdiçar ao chutar alto para fora.

No final, 1×0 para o Chelsea. Vitória de raça dos azuis de Londres. Algo que fez lembrar declaração de Frank Lampard a respeito do time catalão: “temos um negócio inacabado com o Barcelona”. Frase que remete aos confrontos entre ambos pelas semifinais da UCL 2008/2009 quando, após empate em 0x0 no Camp Nou, o Barça classificou-se ao empatar por 1×1 em Londres em partida marcada por penalidades a favor dos ingleses não anotadas pela arbitragem.

Terá chegado a hora do troco? Muito difícil. O Chelsea terá que realizar nova partida defensiva perfeita, desta vez como visitante contra uma equipe que possui volume de jogo absurdamente alto. Fica difícil imaginar um Barcelona sem marcar gols em casa.

Fato que traz à tona a questão do risco da Europa ficar sem uma final espanhola em Munique.

Bom, se na chave Barcelona-Chelsea, o favoritismo permanece com os campeões, no outro lado da tebela a missão do Real Madrid é matematicamente mais fácil (vitória por 1×0 o classifica em 90 minutos), mas historicamente mais difícil, já que não à toa, o Bayern é a asa negra do Madrid, ou como ficou consagrado em toda a Europa, la bestia negra.

Correm muitos riscos os espanhóis na perna decisiva das semifinais?

HINOS DE IMPACTO

 

França x EUA no Stade de France

Mais duas datas FIFA tiveram início nesta quinta-feira mundo afora e as seleções nacionais partiram para nova série de amistosos.

 Apesar de repetitiva, a coluna insiste: no mundo civilizado, datas FIFA, além de significar aquele momento das seleções nacionais entrarem em campo, apresentam como condição para sua realização a parada total das atividades clubísticas, bem como seus campeonatos.

 Claro, no mundo civilizado.

 E eis que a data FIFA corrente começou justamente com aquele que não a respeita: sim, claro, o time da CBF.

 O escrete da gloriosa confederação foi a Libreville enfrentar a seleção anfitriã do Gabão e venceu por 2×0 em gramado ruim e sob chuva.

 

Loïc Remy ilumina a noite de Paris

Já no Stade de France de Paris, a seleção francesa do técnico Laurent Blanc enfrentou os Estados Unidos do treinador alemão Jürgen Klinsmann.

 A julgar pelos 45 minutos iniciais da partida, o melhor momento, até então, ficou mesmo para a execução dos hinos nacionais americano e francês, sempre impactantes e motivacionais para seus respectivos cidadãos. Tudo isso adicionado pelo minuto de silêncio concedido em memória dos veteranos de guerra de ambos os países. Agora, jogo mesmo…quase nada, exceção feita à conclusão de letra de Franck Ribery fora do alvo após cobrança de escanteio.

 Para os 45 minutos finais, os franceses vieram mais decididos a liquidar a fatura.

 E conseguiram com gol de Loïc Remy aos 28 minutos.

 Outras incríveis oportunidades foram desperdiçadas pelos franceses. Algumas graças às intervenções do goleiro Tim Howard do Everton e outras devido à má pontaria anfitriã.

 No final, 1×0 para a França, que mostra futebol feio mas consistente nas mãos de Laurent Blanc. Para quem já teve Zinedine Zidane na linha de frente é muito pouco, sem dúvida. Por outro lado, quem viu e não esqueceu o papelão de 2010 na África do Sul não pode se dar por insatisfeito. Blanc continua bem no trabalho de reconstrução da França.

 

Jürgen Klinsmann: sem sonho americano por ora

Já na seleção estadunidense, os maiores paradoxos. Os caras pareciam ter alcançado certo nível de maturidade e competitividade na mesma Copa da África do Sul ao alcançar as quartas-de-final do evento. Sucesso que chamou a atenção da galera na América, sempre reticente com o “soccer”. Agora, parece m ter regredido alguns anos. O time até que vai bem defensivamente na era Klinsmann, mas inexiste no ataque. Ou seja, não incomoda ninguém. Foi o quarto revés por 1×0 nos tempos do comando do alemão.

 Quem disse que seria fácil conquistar a América, Jürgen Klinsmann?

 Já a Itália foi a Wroclaw (ou Breslávia, em português) para enfrentar os poloneses donos da casa.

 Com gols de Mario Balotelli e Giampaolo Pazzini, a Itália fez 2×0 mostrando o bom trabalho do técnico Cesare Prandelli, que tem encarado bem o emprego sempre complicado de treinador da “azzurra”. De quebra, houve pênalti defendido por Gianluigi Buffon.

 A Ucrânia recebeu a forte Alemanha em Kiev e conseguiu o empate por 3×3.

 De positivo para os alemães foi o poder de reação. A equipe de Joachim Low perdia por 2×0 aos 36 minutos de jogo e por 3×1 aos 20 do 2º tempo. Buscou o empate. 3×3 no final.

 A Holanda decepcionou ao receber a Suíça no Amsterdam Arena e não sair do 0x0.

 E no clássico nórdico, a Dinamarca recebeu a Suécia e fez 2×0, mesmo com Zlatan Ibrahimovic em campo do lado sueco.

 Os amistosos continuam hoje.

 E já que o Black Sabbath acaba de anunciar em Los Angeles novos álbum e tour com a formação original, nada melhor que encerrar com o clássico dos clássicos. “Paranoid” ao vivo em vídeo original dos anos 70. A essência do hard rock!

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INTERNAZIONALE RENASCE COM RANIERI

Inter vence bem em Moscou

Diz o velho dito popular: rei morto, rei posto. Bom, o velho e sábio jargão pode ser aplicado à equipe da Internazionale. Mal foi exonerado Gian Piero Gasperini do comando técnico “nerazzuro”, eis que surge Claudio Ranieri.

 

Claudio Ranieri

E com Ranieri parece que tudo mudou na atmosfera interista.

 Em final de semana que teve os principais times da Europa atuando no sábado por causa da rodada vindoura da UEFA Champions League, a Inter venceu o Bologna fora de casa por 3×1 pelo campeonato italiano e emendou a mudança de fase com vitória sobre o CSKA Moscou por 3×2 também como visitante, já pelo grupo B da própria UCL.

 Jogando em Moscou, a Inter saiu na frente com gol do zagueiro Lúcio, ampliou com Giampaolo Pazzini, sofreu dois gols marcados por Alan Dzagoev (em falha do goleiro Júlio César) e Vagner Love e marcou o gol da vitória logo em seguida com Mauro Zarate que entrara no 2º tempo.

 Se a Inter havia jogado no incinerador seus três pontos iniciais em disputa contra o Trabzonspor em Milão, acabou de recuperá-los na sempre incômoda viagem para Moscou. Ponto para Ranieri que busca a confiança de Massimo Moratti e da torcida “nerazzura”.

 Na outra partida do grupo, o Trabzonspor recebeu o LOSC Lille e empatou em 1×1 e, surpreendentemente lidera com 4 pontos contra 3 de Inter e Lille e 1 do CSKA.

 

Franck Ribery contra a marcação do Manchester City

O FC Bayern de Munique passeou na Allianz Arena contra o Manchester City. Fez 2×0 e poderia ter feito outros gols. Mario Gomez foi o autor de ambos.

 Jogando com pleno domínio territorial, atacando com facilidade e com grande atuação de Franck Ribery e Bastian Schweinsteiger, os bávaros fizeram o goleiro do City, Joe Hart, trabalhar como nunca. Só que Hart sozinho não poderia parar o time alemão. Além do domínio, todos os rebotes dos chutes a gol eram alemães. Os ingleses pareciam dormentes em campo, não viram a cor da bola e foram incapazes de organizar jogadas de ataque. Vitória justa da equipe de Jupp Heynckes.

 Para piorar as coisas do lado do City, Carlos Tevez, escalado como reserva, recusou-se a ir a campo ao ser chamado pelo técnico Roberto Mancini. Resultado: a crise estourou no clube. Por um lado, o argentino insatisfeito por não ser utilizado como gostaria e desafiando seu treinador, por outro, Roberto Mancini afirmando que foi o fim da linha para o jogador. Imbróglio dos graves para o Manchester City. Eis o momento da chamada de Mancini e da recusa de Tevez.

 [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=PQIW7o_7D-g[/youtube]

 A exemplo do Bayern, o Napoli recebeu o Villarreal e venceu também por 2×0.

 Em clima emocional, a equipe campanhola voltava a mandar um jogo de Champions League em seu estádio San Paolo. Marek Hamsik e Edinson Cavani de pênalti definiram o placar logo no 1º tempo.

 O Bayern lidera soberano o grupo A com 6 pontos, o Napoli fica com 4, Manchester City é a decepção com 1 e o Villarreal continua no zero.

 

Manchester United sofreu stress inesprado em Old Trafford

Surpresa no grupo C. O Manchester United vencia o FC Basel da Suíça por 2×0 com tranqüilidade em Old Trafford com dois gols em sequência de Danny Welbeck. Aí veio o 2º tempo e Alexander e Fabian Frei empataram também em dois gols seguidos e o stress tomou conta do experiente e desfalcado time de Alex Ferguson.

 Alexander Frei bateu pênalti aos 31 minutos e a surpresa tomou conta do Old Trafford. Virada no placar.

 O United se lançou ao ataque desesperadamente. Empatou na bacia das almas dos 45 minutos com Ashley Young e safou-se de derrota desastrosa em casa. Placar final de 3×3.

 Com o tropeço do United, o maior beneficiado foi o Benfica que foi a Bucareste, Romênia, e venceu o Otelul Galati por 1×0.

 Agora, na classificação, Basel e Benfica ficam com 4 pontos, Manchester United com apenas 2 e o Otelul Galati com zero. O Man U de Ferguson terá que correr mais que o previsto contra os campeões romenos para retornarem à disputa por vaga na próxima fase da Champions.

Real Madrid sem problemas frente ao Ajax

 Com grande atuação e gol de Ricardo Kaká, além de Cristiano Ronaldo e Karim Benzema, o Real Madrid venceu facilmente o AFC Ajax por 3×0 no Estádio Santiago Bernabéu. Jogo entre duas equipes que, em outros tempos, era um dos principais clássicos do futebol europeu.

 Kaká teve boa atuação e continua na luta pela recuperação técnica após sobreviver a inferno astral de lesões e cirurgias. O brasileiro foi substituído e elogiado no 2º tempo após José Mourinho e o resto do Bernabéu certificarem-se que a fatura estava ganha.

 Na França, o Olympique Lyon fez 2×0 no Dinamo Zagreb. Resultado garantido no 1º tempo que garantiu o 2º lugar dos franceses no grupo D com 4 pontos, deixando para trás Ajax (1 ponto) e Dinamo Zagreb (sem pontos). O Real Madrid lidera com 6 pontos sem dificuldades.

 Amanhã rola o complemento da rodada.