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ATRAVESSOU A PONTE!

Não deixo de pensar que é um tanto perigoso esse estilo do Corinthians de Tite, de iniciar os jogos um tanto disperso, apagado, para reagir em seguida e incendiar as partidas mais para o final da primeira etapa ou início da segunda. Mas é também verdade que a estratégia tem dado certo. Com um elenco invejável, a meu ver o melhor do país, o treinador tem acertado muito nas substituições. Nestas quartas de final do Campeonato Paulista, mais uma vez deu certo.

A pressão do time da Ponte Preta veio logo no início, e o Timão sentiu. A Ponte jogava de forma organizada, embora também não fosse brilhante. Mas a estratégia de Tite funcionou, o time soube administrar a partida, roubar bolas no meio de campo e armar bons contra-ataques. Numa dessas roubadas de bola, Guerrero tabelou bem com Danilo e  exigiu boa defesa de Edson Bastos. Mas Romarinho estava atento e mandou para a rede, abrindo o placar. Daí em diante, só deu Corinthians. O segundo gol, ainda no primeiro tempo, veio de um inesperado chute de Sheik, indefensável para o goleiro. Guerrero, em pênalti contestado pelos campineiros (Sheik caiu dentro da área em lance duvidoso), deixou sua marca aos dez minutos do segundo tempo. Até porque o centroavante merecia fazer o seu, pelo grande esforço em campo.

Pato fechou a goleada com belos dribles e um golaço.
Pato fechou a goleada com belos dribles e um golaço.

Daí por diante, o time da Macaca não soube conter o nervosismo, especialmente com Baraka, expulso de campo por pisar em Romarinho, e também com Chiquinho, que sedento por mostrar que poderia ter tido mais chances no Corinthians (não conseguiu mostrar), foi afobado e sem objetividade.

Se pelo lado da Ponte havia Chiquinho reclamando da falta de oportunidades que teve no time da capital, pelo nosso lado havia Pato, ainda reserva neste time do Corinthians, mas que não desperdiçou a chance quando entrou em campo, levou perigo duas vezes ao goleiro Edson Bastos, e na terceira tentativa, em drible que entortou quase metade do time de Campinas, marcou o seu golaço. Em pouco mais de 15 minutos em campo, dividiu com Emerson o título de melhor em campo.

Agora, com a vaga na semifinal e o adversário definido (enfrentará o São Paulo), é hora de pensar no Boca Juniors. Lá, encontra mais um que reclamou de falta de oportunidades enquanto esteve no Timão, o atacante Martinez. Este estaria também com a mesma sede de vingança? Veremos.

As novidades no Corinthians ficam por conta da possível negociação do goleiro Julio Cesar com o Vasco e a inusitada inscrição de Zizao na Libertadores, no lugar de Guilherme Andrade, que ficará seis meses sem jogar, por causa de grave lesão. Uma inscrição para fazer número e marketing, certamente.

zizao
“Libeltadoles da Amélica”

SEMPRE ALTANEIRO!

Segundo o dicionário Houaiss:

altaneiro

1    que se eleva muito, que permanece em grande altura
2    que voa a grandes altitudes
Ex.: falcão a.
3    cheio de altivez; soberbo, orgulhoso
Ex.: sorriso a.
4    elevado, guindado, empolado
Ex.: estilo a.

 

04 de julho de 2012. Dia da Independência dos Estados Unidos da América. E o dia em que o Corinthians conquistou a América. O dia em que o Corinthians calou o Boca Juniors e outros tantos milhões de bocas, inclusive de alguns de seus próprios torcedores. Se você pesquisar os textos deste que vos escreve, perceberá que neste momento estou com a língua mais do que queimada. E estou feliz por ter sido calado por Paulinho (que eu considerava que não tinha a habilidade necessária pra substituir Elias à altura. Fez mais do que substituí-lo: superou), Leandro Castán (que eu achava que avançava demais e deixava a defesa descoberta. Hoje é visto como um dos principais zagueiros do Brasil e está deixando o Corinthians, negociado com a Roma), Danilo (que eu achava que não podia ser titular, por conta de sua lentidão. A calma de Danilo foi fundamental para a conquista da Libertadores) e até Alessandro (que, se não tem mesmo muita habilidade, compensou com a raça que a camisa alvinegra pede. Foi premiado levantando a taça).

O Corinthians foi campeão invicto da Libertadores.

 

Quem também calou a minha boca foi o treinador Tite. Bancado pela diretoria, mesmo com o fracasso na pré-Libertadores de 2011 contra o Tolima, implantando um estigma que agora jaz, o pacato Adenor Leonardo Bacchi já havia provado o valor de sua “treinabilidade” ao conquistar o Brasileirão de 2011. Agora, a conquista da Libertadores alça o treinador ao topo da lista de grandes treinadores brasileiros.

 

Especialmente no jogo final, a estrela de Emerson se fez presente. O Sheik jogou tudo o que sabe, se firmou como um dos principais jogadores em atividade e deixou duas vezes sua marca: primeiro após um passe de calcanhar de Danilo (lembrando o saudoso doutor Sócrates, que coincidentemente foi o primeiro que vi falando das qualidades do meia, quando este ainda começava sua carreira no Goiás). Depois, o Sheik ainda foi presenteado por um Schiavi em dia de Guinei e arrancou pra marcar o segundo gol, selando a entrada do Timão para o seleto grupo de campeões da América.

 

Vamos então comemorar tudo isso: a inteligência de Tite, a calma de Danilo, a precisão de Emerson, a regularidade de Paulinho, a segurança de Cássio, a grata surpresa de Romarinho, a vontade de todos.

 

De hoje até a próxima semana, convidei alguns amigos a escreverem sobre a conquista do título inédito e irei publicando aqui. Um abraço e #VaiCorinthians!

 

 

 

 

 

TÁ TUDO EM CASA!

Amigos, nada como um dia após o outro. Se os reservas do Timão fizeram feio contra o Grêmio no domingo, a postura da equipe titular foi muito boa. O cenário que eu previa era de um problema para marcar Neymar, já que nossas laterais não são exatamente o ponto forte do time, embora haja dedicação. E a dedicação se fez presente, em especial naquele belíssimo passe de Paulinho para a perfeita finalização de Emerson Sheik. Que foi herói e vilão, já que além de marcar o único gol da partida, acabou sendo expulso por um carrinho um tanto irresponsável em Neymar. O próprio jogador admitiu que entrou forte na jogada.

Mas Emerson e Paulinho não foram os únicos que brilharam: a defesa corintiana foi precisa, e após o gol, como já é de praxe no estilo de Tite, o time todo se fechou, bloqueando a maioria das tentativas dos santistas de chegar ao empate.

Show à parte deu o goleiro Cássio, ainda sem tomar gol na Libertadores desde que assumiu a titularidade. Mesmo assim, num jogo em que o time ganha, ver o goleiro ser eleito o melhor do time ainda é um pouco estranho. Mas há explicação, já que o Corinthians jogava fora de casa, e conseguir ficar sem tomar gol foi uma coisa que o time buscava mesmo. Cássio foi preciso.

Alessandro tentando marcar Neymar. E conseguindo.

A marcação cerrada do Corinthians foi também suficiente para deixar Neymar irritado, inclusive entrando duro em algumas jogadas. Poderia até ter sido expulso, mas não me deixo levar por esta impressão. Em jogo de Libertadores, as coisas não funcionam bem assim. E o juiz Marcelo de Lima Henrique acabou prejudicando as duas equipes.

Além da irritação, o fato de ter que voltar muito para o meio de campo para armar jogadas, já que toda vez que o ataque do Santos tinha a posse de bola era facilmente bloqueado pela defesa adversária, acabou por descaracterizar um pouco o estilo do atacante. Ganso, surpreendentemente recuperado em tempo recorde, ainda sofreu pela falta de ritmo, e não chegou a oferecer perigo.

Aos 37 minutos do segundo tempo, a iluminação da Vila Belmiro se apagou, e o jogo teve de ser paralisado. Nesse momento, foi possível observar o cansaço do craque santista, que deitou-se para tentar ganhar um pouco mais de fôlego para prosseguir.

Aliás, para alimentar ainda mais a polêmica, o presidente santista Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro acusou o Corinthians de ser privilegiado por não ter jogadores convocados pela Seleção comandada por Mano Menezes, ex-Corinthians. É até compreensível a acusação, mas não neste momento: o Corinthians não tem jogadores “selecionáveis” com idade olímpica, que são hoje o alvo dos testes de Mano. Além disso, no ano passado o Santos teve acatado seu pedido de adiamento de alguns jogos pelo Brasileiro, enquanto disputava a Libertadores. Não estou dizendo aqui que CBF e Corinthians são compostos por escoteiros ou coroinhas em suas diretorias, só acho que ainda é cedo pra se ficar procurando justificativas para uma eliminação que ainda não ocorreu (e pode não ocorrer, ou alguém duvida da capacidade do Santos de reverter este resultado?). Para estar focado em uma competição, caberia ao jovem jogador se poupar um pouco da vida social, não? Pois bem.

Mesmo sob protesto desta coluna, Tite deve continuar poupando jogadores nos jogos do Brasileiro. Contra a Ponte Preta, no próximo domingo, o treinador deve fazer mais “testes” com o elenco. Seria a hora de voltar a usar Liedson?

Aliás, tudo indica que o substituto de Sheik no ataque no segundo jogo contra o Santos, no Pacaembu, será Willian. Mais uma vez jogaremos sem centroavante. Eu sinceramente gostaria de ver o Levezinho atuar pelo menos por alguns minutos neste jogo, mas tenho dúvidas se Tite o tirará do castigo.

Emerson comemora seu golaço.

Goleada

Saudações alvinegras,

Quem assistiu ontem ao jogo entre Corinthians e Corinthians de Salvador (só tem jogador ou ex-jogador do todo-poderoso por lá) viu aquele jogo morno, sem muitas emoções e sem muitos gols, mas com 3 pontos garantidos e a vice-liderança retomada.

Com a ausência de Liedson, sofremos para finalizar. Willian parece ter perdido a confiança do começo do brasileirão, enquanto Alex e Danilo se enrolavam com tentativas imprecisas. Sheik, apesar das boas apresentações com a camisa do timão, é muito fraco no arremate; ainda assim, foi dos pés dele que saiu o único tento da partida.

Sheik marca e decide o jogo no Pacaembu.

Fim de jogo, 1×0 para o Timão. Goleada no Pacaembu. 3 pontos valem ouro em um campeonato com disputa muito acirrada pela liderança. Qualquer combinação de resultados pode representar queda de até 3 posições em uma rodada e desta vez só não foi perfeito para a fiel porque o Vasco goleou o Cruzeiro, já que São Paulo e Botafogo empataram e ambos perderam suas posições para o Corinthians.

Para o fim de semana…
É notório o momento ruim vivido pela equipe do Corinthians. O reflexo em campo é evidente. Domingo que vem teremos uma disputa de 6 pontos contra o atual líder do campeonato, o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. Chicão volta à equipe, provavelmente no banco de reservas. Para este jogo é bom ter em mente a raça e a superação que fazem parte da tradição alvinegra, pois, em caso de revés, a crise tende a aparecer.

Vai, Corinthians!

 

Pra começar a semana, Rancid: Time Bomb

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