Arquivo da tag: Dagoberto

Um bom começo!

Mesmo com todas as desconfianças depositadas no time por conta do clima que ficou depois da desclassificação da Copa do Brasil, e de uma zaga titular totalmente desfalcada, o São Paulo estreou bem no campeonato brasileiro batendo o Fluminense, atual campeão, no estádio de São Januário, pelo placar de 2 a 0.

O técnico Carpegiani, famoso pelos seus inventos, dessa vez fez o simples. Armou o time atras, protegendo a defesa e com uma marcação forte jogou no contra-ataque, aproveitando a velocidade de Lucas e Dagoberto.

Na primeira etapa, cada time teve só uma oportunidade clara de gol. Deco perdeu, Dagoberto marcou.

Diferente do que vinha acontecendo em outros jogos, o São Paulo continuou empolgante no segundo tempo e acabou ampliando o placar com um lindo gol do Lucas, que acabou matando o jogo.

O tricolor paulista continuou atraindo o time carioca, criando e desperdiçando pelo menos mais duas oportunidades.

O que ficou claro nessa estreia, foi o quanto determinada a equipe estava, jogando de uma maneira compacta nos noventa minutos, com os jogadores fazendo suas funções e jogando com muita vontade.

Os destaques positivo da partida realizada no começo de noite do domingo foram os jogadores Dagoberto e Lucas pelos gols e por colocarem fogo na partida, o menino Wellington que fez uma marcação cerrada e neutralizou o habilidoso Conca e o jovem Casemiro que talvez tenha feito sua melhor partida com a camisa tricolor.

O destaque negativo foi a contusão do goleiro Rogério Ceni, que aos 10 minutos do segundo tempo teve que ser substituído pelo reserva Dênis. O exame de ressonância magnética, realizado nessa segunda feira, não apontou lesão grave e o capitão são paulino tem chance de participar do jogo contra o Figueirense, sábado, às 21 horas, no Estádio do Morumbi, pela segunda rodada do Brasileirão.

Que a tranquilidade da primeira vitoria permaneça pelos lados do Morumbi e que essa vontade mostrada na estréia continue jogo a jogo em busca do sétimo nacional.

Parece que o tricolor jogou ouvindo Kasabian – Club Foot

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=BIs_TXhXKlg[/youtube]

La Mano de Dios – O Chicabon

O Chicabon

Estava frio ontem no Morumbi. Como ventava nas arquibancadas! E mesmo assim a torcida não parava de gritar, pois vencer o América de Cali, que veio ao Brasil com apenas 15 jogadores e um time com 5 reservas, faria o torcedor esquecer um pouquinho a amarga eliminação para o Corinthians.

Infelizmente, nem toda a vibração da torcida serviu para acordar o São Paulo no começo do jogo. Na segunda bobeada da defesa na noite, aos 8 minutos, o atacante Parra recebe um bonito passe nas costas da zaga e marca: 1×0 América de Cali.

Mas a torcida não parou de cantar. E eu, que não sou lá muito otimista, já esperava o pior. Só que o São Paulo acordou. Meio torto, é verdade, mas o time da casa foi empurrando o adversário cada vez mais para seu campo de defesa, e lá pelos 20 minutos já tínhamos um jogo de um time só. Mas faltava qualidade, e o gol não saía…

Tostão disse uma vez, “atacante fixo na área só é bom para a defesa adversária, que sabe sempre onde o jogador vai estar”. Pois é, Washington é esse tipo de jogador. Pouca movimentação, um jogador limitado a meia dúzia de jogadas, que não vem atravessando uma boa fase. O camisa 9 pouco fez mais uma vez. Borges bem que tentava, mas também não resolvia. Coube a Jorge Wagner, Jean e Hernanes criarem as jogadas mais insinuantes do time. Quando o São Paulo joga com a bola nos pés, a coisa anda, o jogo flui. Chega de depender da cabeça de Washington, pouco iluminada atualmente. Fora o gol bisonho que ele perdeu, daqueles que minha avó manca faria.

O primeiro tempo acabou, o São Paulo saiu perdendo no placar e vaiado por parte da torcida. Tudo que o time não precisava. Mas o jogo era do “maldito” Dagoberto. Dagoberto, que chegou há alguns anos com o selo de futuro craque, mas que não se firmou no time titular. Dagoberto, que aos poucos foi adquirindo a fama de coringa do time, mas que é a opção de poucos quando os 11 primeiros tricolores são cantados. Pois bem, o baixinho ontem foi a reserva moral do time. Muita movimentação, caindo pela direita, quase um ala das antigas, sem muitas obrigações na marcação. Só que o bicho ainda peca nos arremates, erra aquele famoso “último toque”.

E o São Paulo só atacava. E num lance de raça do mais uma vez ótimo Jean, num cruzamento rasteiro, eis que a bola fica no pé de Dagol. E é gol. O empate que tirou o caroço do peito de todo mundo, que inflamou ainda mais a torcida, sempre cantando. 1×1, 12 minutos do segundo tempo, ainda dava. E deu. Num daqueles lances que se eu contar em casa ninguém acredita, o zagueiro do América, pressionado por Dagoberto na saída de bola, resolve recuar para o goleiro. O pobre colombiano, assustado com a chegada do atacante são paulino, decide então dar aquela clareada, mandando a bola para o ataque. Só que ele não contava com o ímpeto de Dagol e nem com a sorte tricolor, aquela sorte sem a qual não seria possível nem chupar um Chicabon, como diria certo Rodrigues. 2×1 no placar, todo mundo feliz, 21 do segundo tempo.

A bem da verdade, dava para ter sido mais, mas 2×1 é vitória. O time não foi aquela beleza de vitrine, mas mostrou que precisa jogar com a bola no pé, trocar passes, envolver o adversário. Chuveirinho a gente deixa para time da terceira divisão inglesa. E Dagoberto tem que ser titular. Tá na hora desse baixinho mostrar a que veio.

Ao som de Charles Mingus – Better Git It In Your Soul. Já ouviu o álbum Mingus, Ah Um? Não? Como você está vivo até hoje?

Rapidinhas: Sport classificado, Cruzeiro também, Grêmio passou também e o São Paulo sacramentou sua vaga para a próxima fase com bela pontuação. Resta ao Palmeiras, que só depende de si, vencer o Colo-Colo lá em Santiago. Se fosse o Palmeiras do começo da competição, eu não acreditaria. Mas para o Palmeiras dos dois últimos jogos, é possível.

São Paulo e Cruzeiro ficaram entre os melhores na tabela de classificação, com 13 pontos, atrás apenas do Boca (sempre o Boca), que tem 12 pontos mas ainda faz dois jogos. E dá-lhe Brasil na Libertadores!