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La Mano de Díos – Uma segunda-feira de campeões

Uma segunda-feira de campeões

Meus colegas de fórum estão merecidamente de ressaca comemorando os títulos de seus respectivos times e, como o meu Tricolor atualmente só vem me dando resfriados, assumo aqui a tarefa de falar um pouco sobre os não menos campeões do Brasil nessa segunda-feira.

Vamos começar pelo Sul. Não foi um, nem dois, nem três, nem cinco, nem sete, mas oito. Oito! O Inter aplicou uma senhora sacolada no Juventude, talvez para punir o despeito de já ter sido derrotado pelo mesmo Juventude três vezes esse ano.

Até o Clemer fez gol…

Alguém ainda duvida do Internacional? Grande favorito ao título nacional, na minha modesta opinião.

E o Coritiba está mesmo de volta. Nem com uma derrota para o Atlético Paranaense na casa do adversário o título saiu das mãos do time coxa. É o 33o. título do Coritiba, doze a mais que o rival Atlético, com direito a volta olímpica na casa do adversário.

Em Santa Catarina o Figueirense levou o caneco no sufoco, depois de perder por 3x1para o Criciúma. O resultado levou o jogo para a prorrogação e Bruno Santos garantiu a vitória do figueira. A distância em títulos para o Avaí aumentou. Agora são quinze contra treze.

E na Bahia o Vitória levou o caneco. No quadrangular final a goleada por 5×1 contra o Itabuna no Barradão garantiu o título ao Vitória. Vale dizer que Vitória e Bahia estavam empatados em pontos e vitórias, mas um gol fez toda a diferença. São vinte e quatro títulos para o Vitória e muita festa no Barradão.

Pelo Goiano o Itumbiara goleou mais uma vez o capenga Goiás e sagrou-se campeão pela primeira vez em sua história.
Parece que Caio Jr., cansado de tanta derrota, mudou-se de vez para o Flamengo. É, duas lavadas em menos de uma semana deve ser dureza de aguentar…

No Ceará o Fortaleza venceu o Icasa por 4×2 e sagrou-se bicampeão cearense em pleno Castelão. Paulo Isidoro guardou o dele.

Minas gerais está azul. Depois do sonoro 5×1 da semana passada, o Cruzeiro administrou a vantagem e venceu o Atlético Mineiro por 1×0. Feita a lição de casa, resta agora vencer o Boca Junior no Mineirão no meio da semana para passar de fase na Libertadores. Tarefa nada impossível para o rolo compressor azul-celeste!

Pois é, meus amigos, acho desnecessário falar alguma coisa sobre as merecidas vitórias de Palmeiras e Flamengo. Nada que eu diga será mais relevante do que as palavras de meus amigos, transcritas nas colunas abaixo.

E se seu time é campeão, grite para todo mundo ouvir, vista o manto sagrado e sorria, porque você merece. Se seu time não venceu, lembre-se, essa é a alegria do futebol: a certeza de que, cedo ou tarde, você também irá comemorar!

Aquele abraço!

La Mano de Díos – Tudo verde e amarelo nas Américas!

Tudo verde e amarelo nas Américas!

Pois é, camaradinhas, meus amigos de blog me pouparam da árdua tarefa de comentar todos os jogos de ontem. Por isso, falarei aqui daqueles jogos que ainda não tiveram nenhum devido pitaco desse bando de ferozes.

Antes de tudo, devo dizer que, por pior que esteja me sentindo, minha doença foi providencial. Estando de molho desde segunda-feira, consegui acompanhar quase todos os jogos dessa que foi a quarta-feira mais animada dos últimos tempos, futebolisticamente falando.

Vamos primeiro falar do jogo que mais me animava ontem, Boca Juniors x Cruzeiro. Realmente não entendi o que o Adilson Batista inventou para essa partida. Jogando na Bombonera, contra o sempre perigoso Boca, o Cruzeiro entrou com um time completamente diferente daquele que vinha jogando nas últimas partidas. Jogadores fora de suas posições, acanhado, desorganizado, não demorou muito para o Boca abrir o placar com um chute de Riquelme, livre no meio da área cruzeirense.

O jogo logo aos seis minutos já tinha cheiro de goleada.

E não mudou muito. Muito mal na defesa e pouco ineficaz no ataque, era questão de tempo para o Cruzeiro tomar o segundo gol, que só não saiu pois Palacio estava em noite pouco inspirada. Porém, logo no começo do segundo tempo, depois de mais um passe brilhante de Riquelme, Datolo deixa o zagueiro cruzeirense e o goleiro Fábio no chão, marcando o segundo do Boca. Aí, meu amigo, parecia que a porteira estava aberta.

O drama só não aumentou pois Palermo, que fez tudo certo, encontrou a trave em seu caminho, e o lateral direito do Boca, que tinha uma avenida para jogar, chutou mal, desperdiçando o rebote. E pra completar, Palacio perdeu mais um…

O Cruzeiro se segurava como podia e já agradecia por só perder de dois… mas eis que num chute meio que no ou vai ou racha Fabrício dá a sorte de uma bola desviada na zaga e o goleiro Caranta não pode fazer nada a não ser olhar a bola dormir no fundo da rede argentina. O 2×1 era comemorado pelos cruzeirenses como goleada vitoriosa…

A partir daí o Cruzeiro até tentou impor ritmo ao jogo, mas já era tarde. Depois de uma pedra que atingiu o bandeira, o juiz resolveu terminar o jogo sem dar os acréscimos ao segundo tempo.

2×1 não é de todo ruim, e se o Cruzeiro jogar no Mineirão como vinha jogando até ontem, tem todas as condições de sair com a vaga.

No Uruguai vimos o São Paulo mais uma vez jogar aos trancos e barrancos, frente a um Nacional que não tinha time para impor pressão. Mesmo assim, o jogo foi um festival de passes errados, jogadas violentas e chutões para o alto. Só o Falcão gostou da atuação do São Paulo ontem…

Richarlyson está conseguindo ir mal em todas as posições que joga. Periga ir mal até de gandula, se tiver a oportunidade. Indisciplinado, violento, não acerta um lance e ainda dá piti com o juiz. Vergonhoso. Ontem, nem Jorge Wagner jogou bem, e o time dependia do talento de Hernanes, da vontade do Imperador e da qualidade de Miranda e Alex Silva – esses nunca desapontam. E por pouco Rogério não toma outro frango…

No segundo tempo o jogo parecia luta-livre, com o juiz sendo conivente em muito lances horríveis. Acabou como começou, um 0x0 de muita correria e pouca técnica. O São Paulo com a bola no chão era muito mais time, mas não conseguiu mostrar isso em campo. O impressionante é que Hugo até que jogou bem…

Frente ao que o Tricolor vem apresentando até agora na Libertadores, esse 0x0 foi uma vitória. Não acredito que o fraco time do Nacional consiga fazer alguma coisa no Morumbi semana que vem, e tudo indica que teremos uma quartas-de-final tricolor no Brasil.

River e San Lorenzo fizeram um clássico portenho ontem no estádio Novo Gasometro. Jogo brigado, muito pegado e com alguns bons lances. Valeu a pena ver Ortega voltar ao time no meio do segundo tempo e Falcão Garcia jogar muita bola. Dois jogadores diferenciados.

Mas não deu para o River. No fim do segundo tempo o San Lorenzo de D’Alessandro fez o segundo gol, sacramentando o placar de 2×1. O River, que tem o Superclássico contra o Boca pelo Clausura no fim de semana, tem tudo para virar o placar em Nuñez semana que vem, mas com certeza vai ser um jogo muito disputado.

Rapidinhas: Nunca é demais falar bem de alguns jogadores. Ontem Riquelme mostrou que é com certeza o melhor jogador em atividade na América, quiçá no mundo. Camisa 10 à moda antiga, cerebral, organiza as jogadas e entrega a bola de bandeja para que os companheiros marquem os gols. Passes brilhantes e milimétricos, além de ser ótimo na bola parada. Esse é craque!
Outro que rouba a cena é o Ramires, pelo Cruzeiro. O cara joga no campo todo, ajudando o time na defesa quando o Cruzeiro não tem a posse de bola e levando perigo no ataque com ótimas arrancadas e chutes a gol. Sem dúvida o melhor em campo, mais uma vez, ontem pelo lado brasileiro na Bombonera.
E também nunca é demais falar mal de outros cabeças de bagre. Richarlyson já foi devidamente espinafrado, mas Fábio Santos merece a parte dele. O mané não acerta um passe, é lento na marcação e tem péssimo passe. O tipo de jogador que só atrapalha… não é porque veio do chato campeonato francês que tem a obrigação de jogar no São Paulo. Abre o olho, Muricy!

Pois é, meus amigos, acho que ando meio ranzinza por causa dessa infecção na garganta, por isso me despeço esperando melhores dias, ao som de Amy Winehouse – Rehab. É brincadeira o que canta essa moça!

Aquele abraço!

La Mano de Díos – E lá vêm os campeões!

E lá vêm os campeões!

Pois é, meus camaradinhas, domingo tivemos muitos jogos decisivos de diversos estaduais pelo Brasil. Se em grande parte deles vimos a consagração de algumas coisas que todos já esperavam – até certo ponto -, em outros tivemos algumas surpresas não tão felizes.

Em Minas Gerais
Que sapecada! O Cruzeiro empreendeu a maior goleada da história do clássico mineiro em cima de seu maior rival, o Galo. Cinco a zero em um jogo de final, uma vitória indiscutível e incontestável, de um time infinitamente superior no momento. Destaques para Wagner e Ramirez, dando baile na zaga atleticana.

Com esse resultado o Cruzeiro vai cheio de moral para Buenos Aires enfrentar o sempre temível Boca Juniors amanhã, em partida da Libertadores.

E fica a pergunta: será que o torcedor atleticano vai se lembrar do Centenário como o “ano da goleada vergonhosa”?

No Rio de Janeiro
O primeiro jogo da final carioca foi uma aula de xadrez. O Flamengo quase completo pegou o desfalcado Botafogo e venceu pelo magro placar de um a zero, em partida em que Joel Santana deu um “nó tático” em Cuca ao escalar um time mais ofensivo, forçando o time alvinegro a jogar mais na defensiva, estilo que não é a sua praia.

Mesmo com um primeiro tempo chato, muito brigado mas pouco criativo, o jogo fez a alegria das duas torcidas. Primeiro a do Flamengo, que coloca uma mão na taça. Depois a do Botafogo, que com muitos reservas em campo conseguiu sair com um placar que deixa tudo em aberto para o próximo fim de semana.

Lembrando que o Flamengo joga amanhã no México contra o América, uma partida desgastante, que pode ajudar muito o Botafogo no domingo. Mas time grande é isso, joga diversas competições simultaneamente e tem sim a responsabilidade de sair bem classificado em todas.

Em São Paulo
Deu o esperado. A Ponte não conseguiu segurar o Palmeiras em Campinas e saiu com um gol na sacola. É necessário dizer que, além dos méritos do alviverde, a Macaca muito contribuiu para o resultado. A Ponte Preta se comportou como time pequeno.

Com muita nervosia e pouca criatividade, o time de Campinas abusava das ligações diretas da zaga ao ataque, dando espaço para o Palmeiras se organizar. Não que o time da capital tenha jogado brilhantemente – longe disso! – mas fez o bastante para sair com a vitória.

Tenho que ser honesto: esse jogo me deu sono. Tanto sono que saí no final do primeiro tempo para ver o show do Ultraje à Rigor na Virada Cultural. Aproveitando essa minha doença que me deixou de cama ontem, assisti ao segundo tempo e percebi que fiz a escolha certa no domingo. Não perdi nada largando o jogo pela metade.

Domingo está tudo mais do que certo para o Palmeiras comemorar seu título paulista depois de nove anos de fila. Por mais que o Verdão historicamente perca títulos no Palestra contra times do interior, acho muito difícil a Ponte fazer dois gols na casa do adversário. Mesmo com o jogo de amanhã pela Copa do Brasil, onde o Verdão irá pegar o Sport na Ilha do Retiro.

Palmeiras, 22 títulos paulistas na sala de troféus. Ponte Preta, o eterno vice.

Pois é, meus camaradinhas, me despeço aqui com muita coriza e muito catarro, ao som do Ultraje à Rigor – Filha da Puta. Porque o futebol está cheio deles, principalmente na cartolagem.

Aquele abraço!