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O “MENOS PIOR” DOS PAULISTAS

O futebol paulista sempre tão forte e detentor de grande parte dos títulos nacionais e internacionais dos últimos tempos, hoje, parece enfrentar uma espécie de crise.

Pela primeira vez em 15 anos poderemos não ter um representante do estado na Taça Libertadores da América. Além disso, analisando o atual cenário do Brasileirão, pelo menos 2 clubes paulistas possuem grande chances de cair para a Série B, o que deixaria o certame do ano da Copa com apenas quatro clubes na elite (contando com a subida do Palmeiras).

A instabilidade e má fase dos clubes é tamanha, que o mais bem colocado na competição dentre eles, é justamente de quem menos se esperava nesse Brasileirão.

Com a saída de Neymar e a turbulenta troca de técnicos no início da competição, muitos passaram a apontar o Santos como um candidato ao rebaixamento, o que não era nenhum absurdo até então.

Somado a isso, o fato da equipe ser composta majoritariamente por garotos da base e ainda no início da competição ter sofrido um “baque” tão forte como os “8×0” diante do Barcelona corroboraram essa hipótese.

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Entretanto, mesmo oscilando bons e maus momentos, o Santos tem feito uma campanha de razoável para boa e os “3×0” no clássico, ao menos momentaneamente, recolocaram a equipe na briga pelo G4.

E talvez, mais do que o resultado diante de um rival, a disposição e a postura tática, após a expulsão do volante Alison, foram o que mais chamaram a atenção. De fato, o Santos jogou como nunca havia atuado nesse Brasileirão e mesmo em inferioridade numérica durante 50 minutos, não sofreu nenhum risco e ainda soube como “matar” o jogo no segundo tempo.

Em suma, ainda é cedo para cravar que o Santos está de vez na disputa por uma vaga na Libertadores, até porque o Brasileirão vive nos “pregando peças” e na atual situação da competição, uma vitória pode alterar repentinamente a condição de um clube.

Por fim, O G4 e o Z4 são logo ali e o “menos pior” dos paulistas mostra sua força, para que o “G” que hoje faz parte de sua realidade, não se torne o “Z” de seu rival.

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Voltando à rotina dos textos que discorrem sobre os clássicos do Santos, vamos às notas:

Aranha – Nas poucas ocasiões em que foi exigido respondeu bem. Vive grande fase. — Nota: 7

Cicinho – Talvez a sua melhor atuação com a camisa do Santos. O problema da lateral direita parece finalmente resolvido. — Nota: 8
Edu Dracena – Discreto lá atrás, eficiente lá na frente. Tem sido um dos mais regulares da equipe. — Nota: 7,5
Gustavo Henrique – Grata revelação da base. Tem contrariado a sina do Santos de não revelar bons defensores. — Nota: 7
Mena – Apareceu pouco. — Nota: 5

Alison – Foi expulso por excesso de vontade. Tem um grande futuro se for bem orientado. — Nota: 5
Arouca – Ainda não é o “velho” Arouca de outrora, mas tem evoluído.  — Nota: 5,5
Cícero – Melhor jogador da equipe na temporada. Dono do meio-campo santista. — Nota: 7
Leandrinho –
Correu muito e até se “virou” bem improvisado na armação. — Nota: 6,5
Léo –
Deixou sua marca no clássico, mas já está na hora de parar. — Nota: 6
Renê Jr. –
Pouco tempo em campo. — Sem nota

Willian José – Discreto até demais. Ontem, não comprometeu. — Nota: 5,5
Thiago Ribeiro – O melhor atacante do elenco (disparado) e um dos melhores em campo no clássico. — Nota: 7
Éverton Costa – O centroavante que não faz gols, talvez nem mereça um comentário. — Nota: 5

FEZ TODA A DIFERENÇA

 

Meus amigos, há algum tempo eu vinha dizendo a diferença que faz Danilo no time do Corinthians e como as suas atuações e posicionamento influenciam nos resultados do time ao longo dos campeonatos. Não vou tirar os méritos do nosso maestro, até porque ele é sim muito decisivo. Mas o ponto de equilíbrio da equipe do Adenor realmente é Paulinho. Tanto é assim que nos últimos dias, neste esquema que vem sendo adotado, o maior problema foi o fato do volante (?) ter atuado muito perto de Ralf, mais dedicado à marcação. Tite insistia em lançar Romarinho, jogador de maior explosão, ao invés de Jorge Henrique, mais marcador e tático do que técnico, embora também tenha seus momentos de habilidade. E eu não entendia a razão. Agora eu entendo. Havia um problema com o baixinho.

Uma das coisas mais emblemáticas deste Corinthians comandado por Tite sempre foi o propagandeado bom ambiente. Como sabe bem quem trabalha com gestão de pessoas, fatores determinantes para um bom desempenho de seus comandados são o clima  e a cultura organizacionais. Onde o clima é ruim e os colaboradores não estão engajados a respeito da cultura, dificilmente é possível obter um bom trabalho. O que se sabia do Corinthians até agora era isso. Com a exceção óbvia para Adriano, que todo mundo sabe que começou e terminou errado. O ex-Imperador já chegou ao Timão se despedindo, sejamos claros.

Não cabe aqui ficarmos especulando o motivo, até porque só interessa ao clube e a ele. O jogador já admitiu que errou. Mesmo assim, o clima é de despedida, Tite e a direção parecem irredutíveis, e a tendência é que ele seja negociado.

Fato é que – voltando ao início da nossa conversa, pela falta de um marcador no meio de campo, sobrou a função para Paulinho, um “todo campista”, como definiu Mauro Beting. E Paulinho foi marcador. Mas não foi armador, não foi finalizador. E o Corinthians penou. Chegou à final sem brilho algum, na disputa por pênaltis contra o São Paulo, onde ninguém jogou bem.

Contra o Santos, a mudança foi a seguinte: a escalação permaneceu a mesma, mas Tite mudou um detalhe. Não promoveu aquela rotação no meio de campo. Danilo se manteve por dentro, com Emerson e Romarinho partindo dos lados e Guerrero isolado na frente. Com um meio de campo sem muitas variações, Paulinho pôde partir de trás e por vezes formar a linha com os demais jogadores no meio. Linha esta que sufocou o Santos. Só deu Timão no primeiro tempo.

Se o meio de campo do Corinthians atuou com eficiência, não podemos dizer o mesmo sobre o do Santos. No improviso, sem o cara do setor (Montillo, que também não vinha atuando com maestria), Muricy Ramalho teve de se virar com Arouca na armação ao lado de Cícero, com Marcos Assunção e Renê Júnior de volantes. Não deu liga, e o Peixe viu o Corinthians abrir o placar aos 41 minutos do primeiro tempo com Paulinho, depois de falta cruzada na área e com vacilo de Assunção. Teve mais aos 29 do segundo tempo, com belo chute de Paulo André. Mas Muricy deu um jeito no Santos na segunda etapa. Com Felipe Anderson substituindo Marcos Assunção, colocou Arouca em sua real posição, acertou um meio de campo um pouco mais “clássico” e liberou Neymar para aparecer um pouco mais. Na cobrança de falta de Felipe Anderson, aos 36 do segundo tempo, surgiu a chance que Durval aproveitou. E equilibrou a disputa. Agora está tudo aberto novamente, e o Peixe pode muito bem sonhar com o título na Vila. Não dá pra duvidar. Mesmo que o Corinthians seja um time com muito mais identidade em termos de elenco.

Mas precisa?

Causa estranheza a notícia de que o Corinthians pensa em contratar Maldonado, que vem se recuperando no clube. Daquelas contratações que a gente não consegue entender muito bem para que servem. Ao estilo do que foi a passagem de Anderson Polga pelo Timão.

Peixe fora de sintonia

A equipe do Santos viajou até Porto Alegre para enfrentar o Grêmio no Estádio Olímpico. As duas equipes tentam se estabilizar no campeonato, já que estão com uma campanha inconstante. O peixe tenta encontrar a equipe ideal para o Mundial no final do ano no Japão. Já o Grêmio, está deixando a torcida empolgada diante dos últimos resultados e ainda mantém a esperança de conquistar uma vaga na Libertadores – 2012.

O Santos que não contava com a presença de Neymar, que está com a Seleção Brasileira, teve algumas tentativas, porém ainda não engatou uma sequência de bons jogos e chegou a terceira derrota seguida na competição.

O atacante Borges, que tem parte do salário pago pela equipe Gremista não obteve o sucesso dos últimos jogos e passou em branco diante de seu antigo time.

Os problemas da equipe não param por ai, já que para o clássico diante do Verdão neste final de semana não poderá contar com Elano novamente machucado, que se junta a P.H Ganso no Departamento Médico e Edu Dracena e Arouca que receberam o terceiro cartão amarelo.

 

Elano vive um dilema com frequentes lesões Foto: Alexandre Loureiro (Lancenet)

 

Já o Tricolor Gaúcho, conseguiu mais três pontos e segue na briga por uma vaga na Copa Libertadores 2012. Brandão que foi contratado para substituir Borges, aproveitou sobra na área fez a festa da torcida Gremista. O resultado foi suficiente para quebrar uma série de resultados negativos diante dos santistas.

 

Brandão dá vitória ao Grêmio Foto - Ricardo Rimoli (Lancenet)

 

Para o próximo jogo contra o Coritiba no sábado, o Tricolor Gaúcho não contará com Douglas que recebeu o terceiro cartão amarelo e cumprirá suspensão automática. Sem suspenses, o Técnico Celso Roth definiu que Marquinhos terá a responsabilidade de armar as jogadas da Equipe.

A boa notícia na baixada é que P.H Ganso deve voltar a treinar na semana que vem. O meia é a esperança para trazer de volta o bom futebol da equipe no Primeiro Semestre.

 

Me despeço dos companheiros com um clássico da banda Skid Row

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=dFECH3ekLoo&feature=related[/youtube]

 

 

A maré subiu

Saudações alvinegras,

Hoje não vou chover no molhado e fazer somente comentários pós-jogo de um Corinthians x Santos que foi surpreendentemente desanimador, pois acredito que seja hora de pensar no campeonato como um todo e, para isso, vou me inspirar no time praiano como exemplo.

Há várias rodadas, meia dúzia pelo menos, o todo-poderoso vem brincando no fundo do mar. Saímos da zona de conforto, com a água na barriga, e nem vimos o tempo passar. Agora a maré subiu, a água está no pescoço, nós estamos sangrando os pontos e tudo o que vemos são tubarões ao nosso redor, dois deles já estão à nossa frente e pelo menos mais uns três estão esperando o melhor momento para abocanhar até mesmo uma eventual vaga na Libertadores da América.

Será que o Tite não sabe nadar? Será que nosso salva-vidas, Liedshow, vai conseguir nos tirar do fundo do mar com vida?

Liedson, a esperança alvinegra

A nossa fiel torcida, a grande onda que nos empurra nos momentos mais difíceis, também pode nos afogar nesse momento de pressão e desespero. Ontem alguns integrantes de uma das nossas organizadas tiveram uma reunião com alguns dos nossos principais jogadores (Julio Cesar, Alessandro, Chicão, Ralf) para pressionar e mostrar que nesse mar do brasileirão não podemos ficar boiando, é preciso ter fôlego e força de vontade para nadar até o limite de cada atleta, sempre.

O momento é tão complicado que até mesmo o nosso capitão está disparando tiros de canhão para cima. Primeiro um gol contra no clássico do fim de semana; agora foi tirado do time titular e nem sequer foi relacionado para o clássico de hoje à noite. Antes mesmo da batalha no mar, perdemos boa parte das nossas forças, sem um lateral esquerdo e sem nosso capitão e principal zagueiro. Será que o Tite vai inventar mais alguma surpresa? O torcedor só pode esperar que dê tudo certo, independentemente de quem esteja nos representando em campo.

Daqui a pouco teremos um duelo de vida ou morte contra um desses tubarões e é imprescindível a vitória. Ou será que vamos nadar, nadar e morrer no fundo do mar por mais um ano consecutivo?

Vai, Corinthians!

 

Ficamos com o som de Millencolin, Penguins and Polar Bears

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Sonífero

 

Danilo e Elano disputando a bola em um jogo morno. Foto: Ale Vianna.

Amigos, na quarta-feira cheguei cedo em casa.  Ouvi as notícias pré-jogo no rádio, li um pouco, preparei o jantar para mim e para a patroa. Jantei, separei alguns petiscos e uma caixa de suco (estou em jejum etílico forçado). Me preparei, tv ligada, controle remoto na mão, netbook no colo. Acompanhei o primeiro tempo do jogo, tweetei alguns comentários. Observei que o Timão atacava mais do que o Santos, mas não acertava as finalizações. Peguei no pé do Fábio Santos, que insistia em cair pelo meio, deixando uma avenida na lateral esquerda. Minutos depois, ele saía de campo, machucado, sendo substituído pelo improvisado Welder, que não comprometeu, ficando mais restrito à marcação. De positivo mesmo, a boa atuação de Danilo Fernandes, o que deve jogar para longe a chance de Renan no time principal. E havia quem dissesse que o garoto, ex-Avaí, seria uma ameaça para Julio César… sem chance!

Estaria faltando o e-qui-lí-brio à equipe de Adenor? Foto: Ale Vianna.

Eis que subitamente resolvo desligar o netbook e me dedicar ao jogo. Foi aí que aconteceu: deitado no sofá, peguei no sono, e quando acordei, a Globo já transmitia as cenas finais de “O Astro” (devo ter perdido as cenas picantes do episódio também). Lendo o jornal na manhã seguinte, a impressão que tive é de que não fui o único. As duas equipes também parecem ter pegado no sono, e o segundo tempo não foi muito diferente do primeiro. Com o resultado, o Corinthians voltou à liderança do Brasileirão. Mas não convenceu nem um pouco, e ainda denotou aquilo que venho repetindo seguidamente por aqui: Emerson e Willian não sabem fazer o papel de centroavantes, e isso tira a referência no ataque. A falta de alguém fixo na área prejudica demais o esquema do Tite. Aí fica difícil.

Se levarmos em conta que o Santos tinha este homem de referência (Borges), o empate acabou saindo barato para o Corinthians.

Borges também não conseguiu deixar sua marca. Foto: Ale Vianna.

Agora a parte bacana: o Ale Vianna (não é parente), novo colaborador fotográfico dos Ferozes FC, tirou fotos bem bacanas do clássico, e são elas que ilustram este post.

Pra fechar, uma das minhas bandas prediletas Manic Street Preachers (não é a primeira nem será a última vez que postarei algo deles, haha) fazendo cover de Chuck Berry, “Rock and Roll Music”.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=pAC-ikFMxww[/youtube]

Abraços.