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UMA BELA PELADA

Uma bela pelada. Assim que defini a partida Santos x Flamengo. Pera lá, quem disse que é pejorativo? Não mesmo, afinal existem peladas dignas de partidas de futebol, assim como ao contrário também. Quando digo isso é pela quantidade de gols, de grandes jogadas, de arte, de dois times buscando a vitória incessantemente, que jogo, oops, que pelada! Confesso não ter visto o jogo como gostaria de ter feito, estava em um compromisso pra lá de poético, em uma noite no espaço Sérgio Porto, participando do CEP 20.000, evento do digníssimo poeta Chacal. A noite estava pra lá de ótima, mais ainda com as gritarias nos prédios do Humaitá, bairro em que estava.

Ao sair do evento e caminhar pelas ruas deste bairro, me deparei com um bar e lá a tevê ligada estava no jogaço, não acreditei quando vi o placar em 4 a 4, mesmo usando meus óculos, apertei bem os olhos, falei para amigos “me belisca!”. Queria ir para um bar o mais rápido possível, sentar e ficar de olho neste jogo. Acabei fazendo isso na COBAL (famoso lugar da boemia e gastronomia carioca), não pensei em qual cerveja beber, apenas ver um pouquinho daquele espetáculo que perdi. Sim, vi o quinto gol do Ronaldinho, aquele que chegou ao Brasil com pompa de popstar, mas ontem ele foi jogador de futebol, e aí meu amigo, com esse cara não se brinca nem um pouco, que gol, que fechamento de noite!

Os gritos eufóricos de flamenguistas só contagiaram mais o ambiente. Fico feliz pelo futebol, opps, pela pelada. Remeteu-me tempos áureos, numa época que nem existia ainda, mas em conversas, vídeos e tantos relatos de pessoas mais velhas falavam das espetaculares partidas de muitos gols, os times não se importando em tomar gol, sem trezentos brucutus na cabeça de área, era jogo limpo, sem pancada, com gols, com arte, como toda boa pelada deve ser. A diferença é que temos os vts, melhores momentos que me fizeram ficar encantado, mesmo usando esse recurso dos tempos de hoje.

Era uma noite que estava prevendo um acontecimento máximo, eram meus poemas lidos para uma casa cheia e ao lado de feras e também outros peladeiros de primeira, era o encontro do passado que jamais dormiu, ele é Ronaldinho. Que esbarrava com o presente, ele é Neymar, como duas pérolas, mostraram seus brilhos, seu valor. Uma pena que outra grande pérola não brilhou, este foi Ganso, mas também se esse tivesse jogado bola mesmo, vou te contar, o juiz seria proibido de dar o apito final.

E me desculpem os puristas de plantão, mas pelada boa mesmo foi essa de quarta, o resto é jogo de futebol…

E o futebol do Rio continua lindo? O Vasco está ali, em quinto. Pode chegar mais, pode sim! Botafogo? Como diz o querido Márcio Guedes, da ESPN Brasil, se o Harry Potter (Caio Jr.) não continuar inventando, quem sabe belisca uma colocação melhor. O Fluminense? Acho melhor o Abel preparar esse time para o ano que vem, porque tem gás, muito gás, mas não para esse momento. Uma vaga na Libertadores faria a torcida feliz.

 

 

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essas imagens por si só já faz música.