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BUNDESLIGA 11×3 LIGA ESPAÑOLA

O Real Madrid bem que tentou e até conseguiu trazer emoção à sua série eliminatória contra o Borussia Dortmund, já o Barcelona sucumbiu de forma flagrante ao forte Bayern e os alemães liquidaram os espanhóis nas semifinais da UEFA Champions League. Sucesso da eficiência do poderoso time da Baviera e, principalmente, do time low budget sensação gerencial esportiva do momento, o Borussia Dortmund.

 

Real Madrid 2×0 Borussia Dortmund
Madri, Espanha

A missão madridista era mais tangível. Placar agregado em déficit de três gols (1×4) e a oportunidade de jogar em casa, no tradicional Estádio Santiago Bernabéu de Madri.
José Mourinho, talvez nos últimos suspiros no cargo de técnico do time, recuaria Sérgio Ramos para a zaga, ao lado de um de seus preferidos do elenco, o português Fábio Coentrão, visando resolver os problemas causados pela eficiente marcação pressão de saída de bola que Jürgen Klopp impôs ao Madrid em todos os confrontos entre as equipes na atual edição da UCL.

A partida acabou por apresentar características peculiares, já que o Real Madrid colocou fortíssima pressão sobre os alemães nas duas extremidades de tempo do jogo. Foram 15 minutos iniciais avassaladores com a torcida merengue urrando incessantemente a favor dos anfitriões e 10 minutos finais quase cataclísmicos para os visitantes.
Curiosamente, no restante da partida o Dortmund arrefeceu os ânimos da equipe local, levando consigo o ímpeto da torcida.
No predomínio madridista inicial, várias foram as chances desperdiçadas. Gonzalo Higuaín arrematou com defesa de Roman Weidenfeller. Na maior oportunidade e mais bela jogada, Mesut Özil concluiu incrivelmente para fora. Lance que causou reclamação de Cristiano Ronaldo por ter sido opção de passe em vez de conclusão do alemão Özil.
Cristiano Ronaldo demonstraria estar em noite apagada. Já Mario Götze sentiria lesão e seria substituído por Kevin Großkreutz.
Na 2ª etapa, o Dortmund teria suas chances de definir a partida. Robert Lewandowski teve grande oportunidade pela esquerda e Ilkay Gündogan teve chute incrivelmente defendido por Diego López.

José Mourinho partiu para as últimas cartadas ao promover a entrada de Ricardo Kaká no lugar de Fábio Coentrão, além de Sami Khedira no lugar de Xabi Alonso.
Aos 82 minutos de jogo, Karim Benzema abriria o placar após lançamento de Kaká para Özil que cruzou rasteiro para o francês concluir.
Verdadeiro incêndio tomou conta do Bernabéu quando Sergio Ramos afundou a bola para o gol alemão após jogada de Benzema.

O clima emocional envolveu o jogo quando o árbitro inglês Howard Webb decidiu acrescentar 6 minutos ao jogo. O Madrid pressionou, mas não conseguiu o gol da classificação.
Vaga para o Borussia Dortmund que alçou a condição de espécie de modelo de gerenciamento esportivo dentro do universo do futebol profissional europeu rodeado de cifras astronômicas entre os grandes clubes do Velho Continente.
Não é para menos. A equipe liderada dentro de campo pelo treinador Jürgen Klopp galgou etapas do sucesso de forma gradativa.
Inicialmente, a difícil missão da quebra de hegemonia do Bayern em território doméstico ao vencer a Bundesliga. Mas, os tropeços não cessaram por conta disso. Basta recordar a eliminação na fase de grupos amargada pelos aurinegros na edição anterior da UCL.

Os erros servem como experiência e como forma de não incorrer nos mesmos tropeços no futuro. Na atual temporada, o Dortmund praticamente abdicou da disputa do título alemão contra o poderoso Bayern para se concentrar no objetivo seguinte, a Europa.
Lição bem executada que pode soar óbvia, mas não assimilada por outros que vieram de caminhos tortuosos semelhantes que repetiram os erros. Leia-se Manchester City.
Estima-se que o time atual tenha sido montado com cerca de €38 milhões. Jogadores como Roman Weidenfeller, Lukasz Piszczek, Marcel Schmelzer, Sven Bender e Mario Götze chegaram a Dortmund a custo zero. Götze acaba de ser negociado para o rival Bayern por cerca de €37 milhões.
Outros atletas importantes vieram por valores que não fogem da faixa de €3 a €5 milhões. Estão nesse grupo Mats Hummels, Neven Subotic, Ilkay Gundogan e Jakob Blaszczykowski. Faixa de preço que indica diretrizes políticas e financeiras bem definidas.
A única grande exceção fica por conta de Marco Reus que custou €17,5 milhões aos cofres do clube pagos ao co-irmão Borussia Monchengladbach. Entretanto, Reus já é pretendido por gigantes da Premier League inglesa. Algo que pode trazer retorno financeiro em cima de investimento vultoso. Lembrando que transações envolvendo o Dortmund e o futebol inglês não são inéditas. O japonês Red Devil Shinji Kagawa foi campeão alemão vestindo as cores aurinegras.
Merece boas vindas o êxito do clube que escapa dos conceitos de altos orçamentos para formação de grandes equipes predominante entre os gigantes europeus. Se pode virar padrão, regra ou verdade absoluta? Nem tanto.

FC Barcelona 0x3 FC Bayern
Barcelona, Espanha

A missão já era inglória para o badalado Barcelona com placar agregado nos 4×0 para o Bayern.
E tudo piorou quando todos receberam notícia da ausência de Lionel Messi na equipe titular dos anfitriões.
Ainda assim, o Barcelona iniciou a partida com vontade e pensamento positivo. No entanto, as coisas ficariam claras para todos os mais de 95 mil presentes no Camp Nou, o time blaugrana seria incapaz de superar a forte marcação bávara.
Estava nítido, mais uma vez, a ausência de movimentação e precisão de passes de outrora. Tudo piorado com a falta do incisivo e vertical super craque Lionel Messi.

O Bayern levou a partida a banho-maria no 1º tempo e poucas emoções foram a tônica apenas com tentativas de chutes de longa distância por parte do Barça.
Na 2ª etapa, o Bayern “finalizou” o adversário com gol inaugural logo aos 48 minutos de jogo com jogada característica de Arjen Robben pela direita com direito a corte e chute cruzado colocado perfeito.
A partir daí, o público silenciou e o Barcelona não produziu mais quase nada.
Aos 72 minutos, Gerard Piqué, na tentativa de cortar cruzamento de Franck Ribery, fez autogol e, no final Thomas Muller transformou a derrota agregada do Barcelona em humilhação ao concluir de cabeça.
O ponto de interrogação ficou por conta do não aproveitamento de Lionel Messi que jogara contra o Athletic Bilbao pela Liga com golaço anotado.
As informações foram desencontradas. Messi estaria curado da lesão que contraíra na partida contra o Paris Saint Germain em Paris. Por outro lado, o argentino não estaria se sentindo bem e Tito Vilanova teria optado por aproveitá-lo somente em caso de chances reais de recuperação na série eliminatória. Situação que não trouxe alento ou resignação a muitos fãs.

Em defesa do Barcelona, as ausências, não somente de Messi, mas também de Carles Puyol e Javier Mascherano que desestabilizaram o sistema defensivo dos catalães, sobretudo contra equipe de ataque habilidoso, forte e alto como o Bayern.
O Bayern vai a Londres em busca do quinto título de Champions League, troféu que não volta a Munique desde a temporada 2000-2001. Ademais, os bávaros chegaram perto do título nas temporadas 2009-2010 (derrotados pela Internazionale) e 2011-2012 (derrotados em casa pelo Chelsea). Vice-campeonatos que aumentam a ansiedade dos fãs em busca do título europeu.

Diferentemente do Borussia Dortmund, o Bayern tem adotado a política de adquirir talentos revelados pelos clubes alemães da Bundesliga. È o caso de Dante e Mario Gómez, por exemplo, além do recém recrutado Mario Götze.
Trata-se de clube com maior poder de fogo financeiro que seus pares compatriotas, portanto, com maior vocação compradora.
Pelo fato de ter ganho a atual edição da Bundesliga com um pé nas costas (20 pontos de vantagem para o segundo colocado, o próprio Borussia Dortmund), o time da Baviera entra como favorito em Wembley.
A propósito, um pequeno aperitivo da grande final acontecerá no próximo sábado em partida válida pela 32ª rodada da própria Bundesliga quando o Borussia Dortmund recebe o Bayern no Signal Iduna Park de Dortmund.
De nebuloso no time do Bayern, a saída do técnico Jupp Heynckes. A versão inicial dava conta da aposentadoria do treinador, algo que o próprio Heynckes tratou de deixar em dúvida nas entrevistas coletivas de Barcelona. Estaria Jupp Heynckes sendo educadamente expurgado do comando técnico do Bayern em favor da vinda de Josep Guardiola? Em caso afirmativo, está disponível no mercado europeu do primeiro escalão um grande nome para treinador.

QUESTÃO DE LÓGICA

Favoritos vencem nas quartas de final da UEFA Champions League com destaque para o Bayern que derrotou a Juventus com autoridade. Os resultados reduzem a competição europeia a confronto entre Espanha e Alemanha e expõem as fragilidades e limitações das equipes italianas, conforme apontou o técnico Antonio Conte.

 

 

Belo mosaico da torcida do Borussia Dortmund
Belo mosaico da torcida do Borussia Dortmund

Juventus FC 0x2 FC Bayern

Turim, Itália

 

Era consenso por parte de todos do lado da Vecchia Signora que a melhor chance de buscar o placar agregado desfavorável em dois gols após a partida de Munique seria anotando um gol rapidamente.

Celebração bávara em Turim
Celebração bávara em Turim

Mas o gol precoce não veio e a Juventus não conseguiu ter desenvoltura ou domínio territorial, características que predominaram por parte do Bayern na 1ª perna da série eliminatória.

Sim, houve aquele momento impetuoso inicial promovido pelos anfitriões, mas nada que pudesse bater os comandados de Jupp Heynckes, recém campeões nacionais.

Para piorar, a Juventus ia a campo sem os suspensos Arturo Vidal e Stephan Lichtsteiner, dando oportunidade para o montenegrino Mirko Vucinic jogar desde o início.

De concreto para a Juve somente uma cobrança de falta batida por Andrea Pirlo com grande defesa de Manuel Neuer.

Na 2ª etapa, o Bayern continuou seu processo de superioridade e finalizou a série com gols de Mario Mandzukic aos 64 minutos e Claudio Pizarro no apagar das luzes.

Classificação inquestionável do Bayern, a equipe que obteve o resultado mais contundente nas quartas de final da UCL. Agora, os bávaros buscam redenção após deixar escapar pelos dedos o título continental no ano passado jogando em casa.

Já pelos lados piemonteses, a derrota da Juventus por 4×0 no placar agregado escancara de vez o momento delicado pelo qual passa o futebol italiano.

Tal é a gravidade da crise italiana que basta relembrar ser a Juventus, recentemente reestruturada após envolvimento em escândalos seguido de rebaixamento, o melhor que a Bota produz em termos futebolísticos na atualidade.

De fato, a Itália não vê nenhum de seus clubes chegarem ao topo desde os idos de 2010 quando a Internazionale de José Mourinho derrotou os poderosos Barcelona e o próprio Bayern na reta final daquela edição do torneio.

Situação calamitosa que motivou o treinador da Juve, Antonio Conte, a fazer declarações fortes no pós-jogo desta quarta-feira. Eis algumas delas:

 

Infelizmente, a situação é esta: não vejo a possibilidade de sucesso na Champions por parte de nenhuma equipe italiana por muitos anos. Criou-se um gap enorme.”

 

“Faz-me rir quando ouço que, com duas ou três contratações, seja possível vencer a Champions. O futebol italiano está parado e isso deve ficar claro para todos. No exterior, eles fazem investimentos e projetos, entre nós fala-se de árbitros e da atriz com a qual algum jogador sai. Quando venci a Champions com Lippi, a equipe de referência era o Ajax que trabalhava com os jovens. Agora, o Ajax não existe: há as superpotências como o Real, Bayern, Barcelona, PSG, equipes que têm um faturamento de 400 milhões. Creio que todos juntos devemos mudar o futebol italiano: e quando digo “todos”, penso em nós, nos clubes, nos torcedores, na mídia, nas instituições. Caso contrário, não se chegará a lugar algum. A última copa foi ganha pela Inter há 3 anos. A última semifinal a quando se remete? Esperamos que a Lazio elimine o Fenerbahce, mas a situação é essa. E é melhor olhar a realidade em vez de pensar em bobagens”.

 

Antonio Conte
Antonio Conte

Antonio Conte colocou o dedo na ferida. Agora, faz-se mister que todos os envolvidos no espetáculo ajam para que o calcio retome os caminhos de seus tempos de glória de outrora. Caso contrário, os italianos continuarão a ver as fases agudas dos torneios europeus de clubes pela televisão.

 

 

FC Barcelona 1×1 Paris Saint Germain FC

Barcelona, Espanha

 

Após empate em 2×2 no Parc des Princes de Paris, o poderoso Barcelona deparar-se-ia com situação inusitada: a ausência do maestro Lionel Messi, além dos desfalques no sistema defensivo como o capitão Carles Puyol.

Chute fulminante de Pedro Rodríguez para marcar
Chute fulminante de Pedro Rodríguez para marcar

Tito Vilanova viu-se obrigado a lançar Cesc Fábregas a campo como fizera no 2º tempo do jogo de Paris. O Barça mostrou-se, até certo ponto, acéfalo, sem referência e, apesar da tradicional posse de bola superior, teve que conviver com oponente atrevido, que buscou atacar os temidos anfitriões. Algo de novo e inusitado se forem resgatados pela memória os desempenhos de outros adversários em condições semelhantes.

Boas atuações de Ezequiel Lavezzi, Lucas Moura e Javier Pastore, além de Zlatan Ibrahimovic efetuar a função de pivô em diversas ocasiões.

Lucas Moura marcado por Gerard Piqué e Jordí Alba
Lucas Moura marcado por Gerard Piqué e Jordí Alba

E foi com Javier Pastore que surgiu o gol do PSG em rápido contra-ataque após assistência de Ibrahimovic aos 50 minutos de jogo. Início auspicioso de 2º tempo para os visitantes.

Gol que obrigou Tito Vilanova a lançar Messi no jogo, ainda que em condições físicas precárias devido à contusão surgida em Paris.

Leo Messi não estava no melhor da forma, mas fez o suficiente para participar de forma importante no gol da classificação do Barcelona. Em troca de passes na região da área parisiense, Messi achou Pedro Rodríguez que fuzilou chute no canto do goleiro Salvatorte Sirigu.

Lionel Messi teve que entrar em campo sem condições para resolver
Lionel Messi teve que entrar em campo sem condições para resolver

No final, classificação do Barcelona, justa sim, mas com maiores dificuldades que em ocasiões anteriores.

Viu-se na equipe eliminada do PSG nítida evolução em comparação ao início da temporada atual. Méritos para o experiente treinador Carlo Ancelotti que está transformando um amontoado de grandes nomes em time de verdade. O PSG é time para vencer futuramente. Agora, cabe aos parisienses confirmarem o favoritismo no âmbito doméstico ganhando a Ligue 1.

 

 

Galatasaray AS 3×2 Real Madrid CF

Istambul, Turquia

 

Com folgado placar agregado de 3×0 a seu favor, o Real Madrid aparentemente finalizou a série contra o Galatasaray quando o artilheiro da UCL, Cristiano Ronaldo, marcou logo aos 7 minutos de jogo.

Galatasaray 3x2 Real Madrid
Galatasaray 3×2 Real Madrid

Entretanto, como diria mais tarde o técnico José Mourinho, o Real Madrid enfrentou não somente 11 jogadores do Galatasaray, mas 50 mil, referindo-se aos torcedores mais que fanáticos do clube turco.

O Madrid ainda levaria o 1º tempo a banho-maria, mas sentiria a força dos fãs na etapa final, sem mencionar toda a habilidade de alguns dos mais experientes jogadores do time anfitrião colocada em ação.

Três belos gols fizeram o quase impossível que foi recolocar o Galatasaray na disputa pela vaga semifinal.

Aos 58 minutos, o marfinês e ex-Arsenal Emmanuel Eboue finalizou verdadeiro míssil no gol de Diego López.

O momento de pico de pressão dos anfitriões viria entre os minutos 25 e 30 da etapa final com dois belíssimos gols de Didier Drogba e Wesley Snijder.

José Mourinho e Fatih Terim
José Mourinho e Fatih Terim

A dois gols de conseguir uma classificação histórica e presenciar verdadeiro fiasco das mesmas proporções, José Mourinho necessitou mexer para fortalecer a defesa. Para tal utilizou-se dos serviços de Raúl Albiol.

Daí em diante, o Madrid voltou a controlar o adversário e concluiu a disputa com novo gol de Cristiano Ronaldo nos acréscimos.

O craque português torna-se artilheiro isolado da edição atual da Champions com 11 gols.

O Real Madrid segue adiante com méritos, mas o Galatasaray do técnico Fatih Terim mostrou que não se deve desistir nunca.

 

 

Borussia Dortmund 3×2 Málaga CF

Dortmund, Alemanha

 

Após o 0x0 de Málaga com muitas chances desperdiçadas e evitadas pelo goleiro Willy Caballero, as expectativas eram de que o Dortmund concluiria seu trabalho com mais facilidade na Alemanha.

Momento de joia do Dortmund com gol final
Momento de joia do Dortmund com gol final

Errado, tudo mostrou-se diferente do esperado quando Júlio Baptista encontrou Joaquín Sánchez que abriu o placar.

A partir daí, qualquer empate significaria eliminação para os alemães.

A apreensão tomou conta do Signal Iduna Park e os fãs gritaram gol somente aos 40 minutos com Robert Lewandowski após assistência soberba de letra de Marco Reus.

bvb 3-2 mcfNo 2º tempo, a equipe espanhola manteve sua magnífica disciplina tática ao forçar os anfitriões a efetuar lançamentos de longa distância ineficazes. Quando o sistema defensivo não dava conta do recado, Caballero, em nova atuação de gala, resolvia a questão com grandes defesas.

As esperanças iam-se em Dortmund quando Eliseu, em posição fora de jogo, concluiu a gol. Desatenção do Málaga no posicionamento de seu atacante que poderia ter sido evitada. Para sorte do time espanhol, a arbitragem confirmou o gol.

Offside 1: Eliseu à frente da linha da bola
Offside 1: Eliseu à frente da linha da bola

A virada fantástica do time do técnico Jürgen Klopp chegaria nos acréscimos.

Martín Demichelis fazia partida perfeita até os 90 minutos de jogo quando errou o tempo de bola e não interceptou lançamento de longa distância pelo alto. Marco Reus empatou. Resultado que ainda classificava o Málaga.

Gol mal confirmado para um lado, gol mal confirmado para o outro lado.

Cruzamento da esquerda para a área com toda a linha de ataque Schwarzgelben em posição fora de jogo. A jogada prossegue com Felipe Santana empurrando a bola a gol. Delírio final em Dortmund com a classificação impossível alcançada.

Offside 2: todo o ataque do Borussia à frente da defesa do Málaga no cruzamento que originou o terceiro gol
Offside 2: todo o ataque do Borussia à frente da defesa do Málaga no cruzamento que originou o terceiro gol

Manuel Pellegrini diria que a arbitragem do escocês Craig Thompson ignorou qualquer lance faltoso após o segundo gol dos anfitriões. A imprensa espanhola tomou as dores do clube malaguenho, tendo como maior reclamação os impedimentos do terceiro gol do Borussia Dortmund, mas, fato é que dois gols foram irregulares, um para cada lado.

Mais um passo dado pelo treinador Jürgen Klopp e sua equipe rumo ao engrandecimento continental do clube.

As semifinais serão definidas por sorteio na próxima sexta-feira (12/4).

Será o confronto entre duas filosofias: a Liga Española, capaz de produzir verdadeiro futebol vencedor com uma infinidade de talentos atuando na própria Espanha ou na Inglaterra, mas que precisa resolver a questão do abismo financeiro e técnico atual existente entre a dupla Real Madrid-Barcelona e o restante dos clubes. Ainda que os clubes espanhóis estejam fazendo bela figura nas competições europeias, o campeonato nacional beira a monotonia em termos de disputa de título, quase sempre relegado à poderosa dupla. E a Bundesliga, que rivaliza com a Premier League inglesa o posto de melhor do mundo, tendo verdadeira estrutura à moda alemã de disciplina e eficiência na sua organização que se baseia em rigor administrativo, onde qualquer loucura financeira não é permitida e vivendo muito bem sem nenhuma espécie de mecenato estrangeiro.

Quem vencerá o duelo?

EXÓRDIO DE GALA PARA TITO VILANOVA

Na rodada inaugural da Liga, o fantástico Lionel Messi, que marcou duas vezes, conduz o FC Barcelona a goleada por 5×1 sobre a Real Sociedad no Camp Nou em dia de estreia oficial do técnico Tito Vilanova no comando do time catalão. De quebra, David Villa, após fratura na tíbia e longo afastamento, entra no 2º tempo e encerra os trabalhos do dia.

 

Tito Vilanova, Lionel Messi e David Villa

Não poderia ter sido melhor para Vilanova.

Após merecido descanso estival, o Barcelona iria a campo com craques recuperados e mostraria a mesma atitude vencedora das temporadas anteriores.

Logo aos 4 minutos de jogo, o capitão Carles Puyol, que ficara fora da Eurocopa por lesão, abriria o placar através de cabeceio em cobrança de escanteio.

A Real Sociedad empataria em contra-ataque aos 9 minutos com Chory Castro, mas sem efeitos maiores para o Barça.

Dois minutos mais tarde, em jogada pela esquerda de Cristian Tello, com cruzamento, Messi não consegue dominar, a bola sobra na direita para Pedro Rodríguez que serve novamente o argentino. A capacidade de dribles desconcertantes de Lionel Messi é exibida novamente pelo astro ao passar por dois marcadores e concluir a gol.

Em cinco minutos, novo gol de Messi, mais uma vez após cruzamento de Tello. Era o terceiro do Barça e o segundo de Messi.

E Cristian Tello dava as cartas pela esquerda do ataque catalão. Em nova jogada do Barça, antes do final do 1º tempo, que culminaria por aquele lado, o jovem talento executaria nova assistência, desta vez diretamente para Pedro Rodríguez que concluiria para marcar o quarto gol de sua equipe.

Na 2ª etapa, o Barcelona deu-se ao luxo de diminuir o ritmo. Com o resultado garantido, Tito Vilanova promoveu o retorno de David Villa ao time no lugar de Pedro. E a recompensa viria para Villa com o gol derradeiro do jogo após jogada de Andrés Iniesta.

Vitória maiúscula do Barcelona que serve de aviso a todos. Os blaugranas estão de volta para reconquistar a dinastia perdida na última temporada. Para isso, além do retorno de craques lesionados e do melhor do mundo Lionel Messi, o Barça ainda conta com Jordí Alba, campeão europeu pela Espanha e com o camaronês Alex Song, contratado frente ao Arsenal por 19 milhões de euros.

 

REAL MADRID 1×1 VALÊNCIA

Madri

Se o Barcelona mostrou força em casa, o atual campeão espanhol Real Madrid falhou ao deixar escapar dois importantes pontos na corrida pelo título da Liga contra os catalães ao empatar em 1×1 contra o Valência.

Real Madrid 1×1 Valencia. Cristiano Ronaldo.

Sim, o adversário do Real Madrid era mais difícil, ainda assim, perder pontos em casa, em campeonato de duas equipes gigantescas, não é bom presságio para o título.

Aos 9 minutos, Angel Di Maria lançaria Gonzalo Higuaín em posição legal limite para tentar três disparos com defesas parciais do goleiro Diego Alves. Na terceira tentativa, o gol inaugural.

O Real Madrid teve a posse de bola a todo instante, mas não concretizou em oportunidades claras de gol e arriscou alguns chutes de longa distância quando poderia ter tentado alguma jogada.

O castigo veio aos 41 minutos quando o brasileiro Jonas Gonçalves concluiu de cabeça após cruzamento de bola parada na área. Iker Casillas saiu mal do gol e chocou-se com Pepe. O luso-brasileiro lesionou-se na cabeça e foi removido ao hospital para exames. Prejuízo absoluto para o Madrid no lance. As notícias sobre Pepe são de que o madridista recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira.

Na 2ª etapa, ainda haveria lance polêmico de impedimento do atacante Roberto Soldado do Valência. Lance que poderia ter comprometido ainda mais a estreia do Real Madrid.

 

Confira os resultados da 1ª rodada da Liga Espanhola com a rodada encerrando-se hoje:

Deportivo La Coruña x Osasuna (hoje)

Rayo Vallecano x Granada (hoje)

Zaragoza x Valladolid (hoje)

Levante 1×1 Atlético Madrid

Barcelona 5×1 Real Sociedad

Real Madrid 1×1 Valência

Athletic Bilbao 3×5 Real Betis

Celta 0x1 Málaga

Sevilla 2×1 Getafe

Mallorca 2×1 Espanyol

O PÊNALTI DA DISCÓRDIA

Com mais futebol, volume de jogo, posse de bola e lance controvertido de penalidade máxima que talvez tenha alterado os rumos da partida, o Barcelona derrotou o Milan por 3×1 no Estádio Camp Nou nesta terça-feira e deu gigante passo para chegar a mais uma final de UEFA Champions League.

 

O lance capital do jogo. Pênalti?

Sim, final, pois em relação à semifinal vindoura, além de ser a quinta consecutiva do clube catalão, o adversário não parece assustar tanto assim como o Milan. Será?

Partida que contava com a volta de Cesc Fábregas no time titular escalado por Josep Guardiola em vez de Seydou Keita, como no jogo de ida em Milão. Mudança que significava mais ofensividade por parte dos anfitriões.

A partida começaria com o mesmo roteiro de San Siro: o Barça com maior posse de bola e o Milan atentamente observando a troca de passes catalã em verdadeiro exercício de paciência e concentração.

A primeira perfuração no ferrolho italiano ocorreria antes dos 10 minutos de jogo em jogada de Daniel Alves, passe de primeira de Fábregas que havia chamado a atenção de toda linha de zaga milanista que largou Lionel Messi e conclusão para fora do melhor do mundo.

Aos 10 minutos, o primeiro pênalti: bola roubada por Messi em falha de Philip Mexes. O argentino avançou, tocou, a bola foi interceptada por Luca Antonini, que ao ver Messi retornando de posição fora de jogo, correu desesperadamente até o argentino para corrigir o erro, mas cometeu penalidade. A dúvida ficou em suposto impedimento de Messi, mas como houve passe de Antonini, intencional ou não, o árbitro não pode ser criticado pela marcação.

Messi bateu no canto de Christian Abbiati e fez o primeiro.

Em seguida, o Milan fez o que deveria ter feito ao não desistir de sua proposta de jogo de marcar os anfitriões a todo custo.

O prêmio pela concentração milanista viria aos 32 minutos em boa jogada de Robinho que tocou para Zlatan Ibrahimovic que fez o pivô para Antonio Nocerino penetrar pela direita e bater na saída de Victor Valdéz.

Empate milanista que classificaria os visitantes. Era a pressão sobre os donos da casa que Massimiliano Allegri queria.

De fato, a partida encaminhar-se-ia para o intervalo com o 1×1, resultado que traria ingredientes de dramaticidade para a 2ª etapa, até que o árbitro holandês Bjorn Kuipers assinalou falta dentro da área de Alessandro Nesta em Sergio Busquets quando o italiano agarrava a camisa do espanhol. Tudo isso com Carles Puyol também empurrando Nesta quase que simultaneamente.

Marcação que causou surpresa até mesmo para os blaugranas, sem mencionar a revolta dos italianos.

Lance que fez com que Messi anotasse os 2×1 em Camp Nou. Lá estava o Barça novamente em vantagem, lá estava o Milan novamente tendo que buscar forças para recomeçar.

A disputa se encerrou aos 8 minutos do 2º tempo com lançamento perfeito de Messi para Andrés Iniesta concluir.

A questão referente ao segundo pênalti estava relacionada mais com o fato de a trajetória da partida ter sido alterada.

Uma virada de tempo em 1×1 daria mais competição e emoção à segunda etapa.

Significaria que o Milan teria vencido? Talvez, mas ainda assim com maior possibilidade para o “não” como resposta. Algo óbvio de se deduzir considerando a qualidade de ambas as equipes.

O que já foi exaustivamente dito e escrito deve ser repetido com o intuito de enfatizar caso haja qualquer sombra de dúvida: o Barcelona é o melhor time do mundo que possui em seus quadros o melhor jogador do mundo.

O Milan de Allegri, sabedor da dura realidade, adotou o velho e bom jogo italiano baseado no catenaccio, ou seja, o ferrolho, a mais pura retranca. Está no sangue do italiano, defender-se no futebol é uma arte. Só que isso não era suficiente. Era necessária maior qualidade na saída de bola milanista, algo que faltou. Somente Kevin Prince Boateng partia para cima quando detinha a posse de bola.

Contudo, funcionou em Milão. Poderia ter funcionado em Barcelona também, mas aí houve o pênalti marcado por Kuipers, dando outro desfecho para o jogo que teria sido muito melhor no 2º tempo em verdadeiro duelo de escolas de futebol. Quem teria vencido? Não dá para saber, apesar do favoritismo e superioridade do Barça.

Foi algo que disse Allegri na coletiva pós-jogo: “um pênalti nós os presenteamos, o árbitro os presenteou com outro.

No outro lado, festa em Barcelona pela quinta semifinal em sequência do time da cidade. Nada mal mesmo!

E a porteira está aberta para o Barça nas semifinais que agora enfrentará o Chelsea que derrotou o Benfica por 2×1 em Stamford Bridge nesta quarta-feira em boa atuação dos portugueses.

A questão é: o que este Chelsea de Roberto Di Matteo poderá fazer contra o todo-poderoso Barcelona? Não muito possivelmente.

Do outro lado da chave, o confronto Real Madrid x Bayern foi confirmado com nova vitória dos bávaros por 2×0 sobre o Olympique Marseille em Munique.

Já os comandados de José Mourinho se divertiram contra o APOEL e fizeram 5×2 no Estádio Santiago Bernabéu.

Tudo se encaminha para uma final entre Barcelona versus Bayern ou Real Madrid, mostrando o maior equilíbrio na chave bávaro-merengue.

 

 

A DECIDIR EM BARCELONA

Aplicando jogo defensivo eficiente, o Milan consegue parar o ataque do Barcelona e garante 0x0 no Estádio San Siro de Milão.

Lionel Messi bloqueado por Massimo Ambrosini e cia.

Em partida movimentada, vários foram os protagonistas da perna inicial da chave.

A começar pelos 25 minutos iniciais avassaladores dos anfitriões que culminaram com duas oportunidades incríveis perdidas por Robinho que chutou longe e Zlatan Ibrahimovic em bola roubada na intermediária e grande defesa de Victor Valdéz.

Já a segunda metade do 1º tempo ficou sob as regras do Barcelona.

No primeiro lance polêmico, Alexis Sanchez divide bola com o goleiro Christian Abbiati. Lance que o árbitro sueco Jonas Eriksson interpretou como legal, mas que provocou uma infinidade de reclamações do Barcelona.

A essa altura da partida já estava identificado outro vilão da partida, velho  e conhecido vilão: o gramado do San Siro que provocava escorregões e passes e domínios de bola imperfeitos, algo que prejudicava a todos, mas sobremaneira os visitantes catalães.

O Barça tocava a bola pacientemente aguardando o momento ideal do bote, nada de novo em se tratando do melhor time do mundo.

A novidade estava na defesa milanista, muitíssimo bem postada com excelente atuação de Massimo Ambrosini, Alessandro Nesta, Luca Antonini e Daniele Bonera.

Para a 2ª etapa a postura não mudou tanto assim.

No Barcelona, Josep Guardiola mostrou traços de certa teimosia. O treinador blaugrana havia iniciado a disputa com Seydou Keita no lugar de Cesc Fábregas no meio. Preocupações talvez excessivamente defensivas que tornaram a equipe menos incisiva. Nada de Fábregas em campo.

O cansaço começava a tomar conta dos milanistas, ainda assim Nesta dava aula de como marcar sem violência ou catimba, o mais puro catenaccio italiano, onde marcar é uma arte.

Cansaço milanista que fez retornar o grande problema do elenco na temporada: a série de contusões. Robinho e Nesta foram substituídos por falta de condições de prosseguir.

Ibrahimovic pouco fez na 2ª etapa.

Carles Puyol seria puxado pela camisa durante cruzamento concluído com cabeceio pelo próprio capitão. Era o segundo lance gerador de reclamações por parte dos catalães.

Cristian Tello entraria para causar sustos na torcida local na parte final do jogo, mas ouviu reclamações de Messi por não ter servido o argentino.

No final 0x0, com reconhecimento da torcida pelo esforço defensivo do Milan, reclamações justas dos visitantes a respeito do gramado cronicamente ruim de San Siro e pelos duvidosos lances de penalidade ignorados pelo árbitro.

Agora a decisão vai para o Camp Nou de Barcelona, onde seguramente a postura do Barça será outra, com gramado perfeito, menos preocupações defensivas de Guardiola e com um Milan que tentará repetir a partida defensiva perfeita, sabendo-se lá com quais jogadores poderá contar o técnico Massimiliano Allegri.

 

Olympique Marseille 0x2 Bayern Munique

Não seria fácil para o 9º colocado da Ligue 1 francesa segurar o todo-poderoso Bayern, nem mesmo jogando em casa, no Estádio Vélodrome de Marselha, parcialmente interditado para reformas.

O Bayern construiu o placar de forma tranquila, com um gol em cada tempo a cargo de Mario Gomez e Arjen Robben.

Com o placar, o Bayern praticamente se garantiu nas semifinais para fazer duelo de titãs contra o Real Madrid.

A ressaltar o momento certeiro de recuperação dos bávaros na temporada. A equipe do técnico Jupp Heynckes teve início de época avassalador, viu seu desempenho cair vertiginosamente, perdendo a liderança da Bundesliga para o Borussia Dortmund, mas volta a jogar seu melhor futebol na hora certa.

Na próxima semana a 2ª perna dos confrontos de quartas de final.