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RESPIRANDO E SONHANDO!

Após bater o Cuiabá por 4 a 0 na última quarta, pela Copa do Brasil, a Portuguesa venceu o Comercial por 3 a 0 em casa, em jogo válido da 15° rodada do Campeonato Paulista e voltou a sorrir e, principalmente, respirar. Com o resultado, a Lusa subiu uma posição na tabela de classificação e está agora, à 6 pontos do oitavo colocado, que neste momento é o Bragantino, com 23.

O mais importante dos dois feitos positivos conquistados pela rubro-verde, foi que a confiança voltou a equipe. A disposição e a garra apresentada pelos jogadores impressionaram. Já estava na hora disto acontecer, ora pois!

Guilherme, um dos jogadores mais cobrados pelos torcedores e mais importantes do elenco, disse que o time ainda está devendo.

“Estamos devendo para o torcedor, mas ainda dá tempo de recuperar. Temos que torcer para os rivais perderem e fazer a nossa parte. Mostramos um futebol que o torcedor esperava. Se não der para classificar, vamos aproveitar para entrosar o time para o Brasileiro”, declarou o jogador na saída do campo, após a vitória sobre o Comercial, sábado, no Canindé.

Como tenho dito aqui, o time em si não é ruim, tem qualidade. Merecia uma posição melhor, porém as coisas não estavam se encaixando. O fantasma do “tal rebaixamento” que sondava o Canindé, se foi. Agora o discurso é outro. Tanto jogadores, como comissão técnica, não prometem a classificação, mas deixam no ar que vontade e raça nestes últimos quatro jogos não vão faltar, e não devem.

O que o torcedor da Portuguesa tem que entender, é que as duas vitórias, tanto na Copa do Brasil, como no Paulistão, não servem como parâmetro para cravar que o time se encontrou, mas sim, tirar o peso dos resultados ruins e da tal “crise” que ameaçava constantemente o cotidiano lusitano.

Saberemos se a boa fase realmente voltou na próxima quarta, as 19h30, quando a equipe treinada por Jorginho enfrentará a Ponte Preta, sétima colocada, no Moisés Lucarelli, em Campinas. Parada dura!

Se vencer, a Lusa tem chances reais de se classificar. Se perder, pode dar adeus ao Paulistão e se dedicar apenas a Copa do Brasil e ao Campeonato Brasileiro, competição mais difícil que terá no ano. Inclusive, a diretoria do clube tem encontrado grandes dificuldades para reforçar o elenco para o restante da temporada. A falta de verba tem atrapalhado. Falta um jogador protagonista à equipe.

Jogadores da Portuguesa se abraçam para comemorar vitória sobre o Comercial, no Paulistão.

Até a próxima!

PEDRA NO SAPATO

O clássico entre Santos x Palmeiras marcou um duelo interessante entre a eficiente e pouco vazada defesa alviverde contra o ataque mais positivo do campeonato de Neymar e Cia. Infelizmente prevaleceu a violenta marcação palmeirense que manteve nossos rivais na liderança do Paulistão e prolongaram o jejum de vitórias santistas para 6 jogos.

A partida não fugiu da característica das duas equipes, o Palmeiras jogou conforme sua proposta corriqueira de se defender e aproveitar o talento de Kléber, já o Santos partiu pra cima, teve as melhores chances, mas não foi tão incisivo como seu adversário.
Porém, apesar da derrota, certamente o que mais incomodou o torcedor santista foi a atuação de Ganso, que mostrou sua total falta de comprometimento com o clube além de ignorar o fato de que a camisa 10 que ele veste é simplesmente a mais pesada do mundo.

Lamento tudo que está acontecendo entre o meia e o clube e também tenho a consciência de que um meia como o Ganso faria falta pra qualquer equipe do mundo, mas é muito melhor contar com um jogador comum motivado do que com um gênio em sua zona de conforto, totalmente desinteressado.

Daqui pra frente vou procurar enaltecer quem realmente merece e respeita a camisa do Santos, como por exemplo o atacante Neymar que se não fez a melhor das partidas, pelo menos buscou alternativas, arriscou dribles, brigou e correu o jogo todo.

Não estaria em minha sã consciência se ficasse aqui cobrando amor a camisa por parte dos jogadores, pois lamentavelmente esse sentimento está em extinção no futebol moderno, mas RESPEITO deve ser cobrado, ou melhor, exigido pelo torcedor que é e sempre será o único que nunca abandonará o time do coração.

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Abaixo uma avaliação sobre a atuação da equipe santista:

RAFAEL – Quase não teve trabalho, sem culpa alguma no gol sofrido. — Nota: 5,0

PARÁ – Raçudo como sempre, apenas isso. — Nota: 5,0

EDU DRACENA – Partida discreta. — Nota: 5,0

DURVAL – Ganhou todas pelo alto e quase anotou um tento. — Nota: 6,0

LÉO – Corre muito e não produz nada. — Nota: 4,5

ADRIANO – Melhor jogador santista em campo, deu carrinho, desarmou, correu e lutou muito. — Nota: 6,5

DANILO – Será que ainda não se tocaram que ele é lateral e não volante ? — Nota: 4,0

ELANO – Há tempos não apresenta um bom futebol. — Nota: 4,0

GANSO – Precio falar alguma coisa ? — Nota: zero

FELIPE ANDERSON – Pouco tempo para mostrar alguma coisa. — Sem nota

ZÉ EDUARDO – Apagadissímo. — Nota: 4,0

NEYMAR – Buscou e criou as melhores oportunidades de ataque, apanhou o jogo todo. — Nota: 6,0

KEIRRISON – Ele adentrou o gramado ? — Nota: 1,0

Com Adilson, só rezando…

Como podem ver, Rafael já está fazendo sua parte, rezando muito, pois com o nosso ”querido” Adilson Batista inventando e insistindo em jogadores medíocres que não rendem há muito tempo fica difícil sonhar com o tão almejado tri campeonato da Libertadores. Não sou nenhum profeta, ou mãe Diná, mas lancei uma grande desconfiança e alertei para os possíveis revezes que a contratação de Adilson poderia trazer ao Santos há alguns meses atrás. (http://www.ferozesfc.com.br/folha-seca-so-nos-resta-torcer/).

De fato, se formos analisar apenas números não tem coerência crucificar o treinador, já que o time conheceu a primeira derrota na temporada após 10 jogos, porém analisando friamente o futebol que o Santos tem apresentado nas últimas partidas até o torcedor mais otimisa fica desconfiado com o prosseguimento da equipe no 1° semestre. Como o clubismo não é minha característica, devo reverenciar a bela atuação do nosso rival, que não tem culpa alguma dos erros de Adilson e simplesmente neutralizou o Santos durante a maior parte do jogo, saindo de campo merecedor do placar.

Para ilustrar melhor a crítica que faço ao treinador Adilson Batista refrescarei a mente dos santistas. Quem não se lembra das 3 primeiras rodadas do campeonato onde o Santos goleou seus 3 adversários (um deles o atual vice-líder da competição) e voava em campo mesmo sem seus principais jogadores. Pois bem, o esquema utilizado por Adilson na ocasião era o 4-3-3, tal formação tem a cara da equipe e funciona muito bem com as peças que o Santos tem em seu elenco, prova disso foi o desempenho inicial do time no campeonato.

No entanto, o treinandor santista resolveu inventar e a queda no rendimento da equipe foi explícita, sobretudo na partida de estréia da Libertadores, na qual Adilson escalou 3 volantes e um deles improvisado ainda por cima, deixando o Santos sem poder de criação. Fora as alterações bisonhas no esquema tático o treinador insiste em alguns jogadores que, convenhamos, não merecem sequer0 vestir o manto alvinegro, casos de Adriano, Róbson e Diogo.

Se o problema fosse a falta de opções no elenco eu até entenderia a postura do treinador, mas não é isso que justifica as infelizes atuações de Adilson comandando a equipe. Um time que tem Zé Love e Maikon Leite (um dos artilheiros da competição) para atuarem ao lado de Neymar e Alan Patrick para suprir a ausência de Ganso não pode entrar com Diogo e Róbson na equipe titular. A atuação do atacante foi medonha, sem produzir absolutamente nada, além de errar praticamente todos os lances que tentou, ele ainda teve a capacidade de entregar um gol ao Corinthians.

Mas perai, o Adilson tentou mudar o time colocando o Zé Love. Porém com um ”singelo” atraso, AOS 35 MINUTOS DO 2° TEMPO !

Torcedores do Cruzeiro e do próprio Corinthians sabem muito bem do que estou falando, tanto que em Minas ele ganhou o apelido de Professor Pardal, ilustríssimo personagem da Disney que é conhecido por suas invenções mal sucedidas. O fato é: temos um excelente elenco, jogadores decisivos e geniais, porém se Adilson Batista continuar a insistir em suas formações medíocres e incoerentes o sonho do Tri da América ficará cada vez mais longe.

ABRE O OLHO ADILSON !

Para finalizar !
As notas dos jogadores santistas no clássico.
Não preciso nem colocar a de Adilson né ???

RAFAEL – Sem culpa alguma nos gols – Nota 5

DANILO – Pouco produtivo, fora os buracos que deixou no lado direito – Nota 4

EDU DRACENA – Estabanado, nada poderia defini-lo melhor na partida – Nota 4

DURVAL – Discreto como sempre, sem vibração, além de perder um gol feito – Nota 4.5

LÉO – Raçudo como sempre, porém assim como Danilo pouco produziu – Nota 5.0

AROUCA – Escalado fora de posição (2° volante e não 1° como de costume) pouco pode fazer – Nota 5.0

POSSEBON – Nem pinta de jogador esse cara tem – Nota – 3.0

RÓBSON – Como esse cara veste a 10 do Santos, Alguém pode me explicar ? – Nota 3.0

ADRIANO – Entrou e jogou as esperanças da vitória no lixo com um penâlti bisonho – Nota 1.0

ELANO – Fez o gol, ponto final. Mas tem créditos com a torcida – Nota 6.0

NEYMAR – Entrou em campo ?… Porém, assim como o Elano tem muito crédito – Nota 2.0

MAIKON LEITE – Tá com a cabeçinha no Palmeiras – Nota 3.0

ZÉ LOVE – Pouco tempo para fazer algo – Sem Nota

Calma garotada! Do outro lado tambem tem um gigante!


É assim que posso traduzir o que foi o primeiro jogo da semi final que ocorreu neste domingo. De um lado a alegria trazida de volta pelos meninos da Vila, e do outro o até então gigante adormecido do Morumbi!

Um começo de jogo tenso, muita correria dos dois lados, aquele São Paulo que todos criticavam pela inanição nas partidas deu lugar a outro time, mais guerreiro, mais brioso, porém nem essas qualidades resgatadas impediram o time praiano de marcar os dois primeiros gols do jogo, o primeiro num cruzamento de Léo e uma infelicidade do lateral Junior César, “auxiliando” a zaga jogou no canto de Rogério Ceni, pelo jeito o São Paulo vem treinando muitos gols contras durante a semana não é (Alex Silva tambem marcou no clássico diante do Corinthians)!? E o segundo numa jogada de Neymar, André estufa as redes da casa mais uma vez!

O que já estava ruim pro time da casa piorou quando Marlos foi expulso! Mas ai veio o segundo tempo.

E o São Paulo mostrou aquele São Paulo que todos ja estavam se esquecendo, cresceu, se engrandeceu e num belo chute de Hernanes mandou o primeiro gol pras redes santistas, e num lance de Cicinho, que havia entrado muito bem no lugar de Washington, Dagoberto, outro que lutava bravamente, empatou a partida, o que havia acontecido com o time do Santos? Nao se ouvia mais falar o nome de Neymar, nem de Robinho, nem de Ganso, cansaram? Não aguentavam a marcação do time tricolor?

Percebendo isso, Dorival Junior coloca Madson e Zé Eduardo, nos lugares de Neymar e Marquinhos, com novo gás o Santos volta a comandar as ações, parte pra cima, ate o zagueiro Durval encara a missão da vitória sofrendo a falta e cabeceando a bola pro fundo das redes, ai já não dava mais pros sãopaulinos, final São Paulo 2 Santos 3, e o final dessa história saberemos no próximo Domingo, quando os times voltam pra segunda partida.

O Santos vai mostrar que realmente é o melhor time do Brasil hoje?

Ou o São Paulo, vai ter o mesmo espirito na Vila Belmiro e mostrar num raro momento de sua história recente que pode ser a zebra da ocasião?

Domingo veremos!

PS. Por motivos de gripe maior do nosso comentarista tricolor, a coluna sobre a semi foi especialmente escrita por esse que vos escreve!

Vou aproveitar e mandar essa beleza do Ladytron!

Top 5 – Finais Históricas do Paulistão

Continuando a saga das finais históricas do Paulistão, trago hoje a histórica FINAL CAIPIRA.
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BRAGANTINO 1X1 NOVORIZONTINO – 1990

Se em 1986 nós tivemos a Inter de Limeira como 1º time do interior campeão Paulista, em 1990 nós acompanhamos a 1º final inteiramente interiorana. A final caipira, como ficou conhecida.

Bragantino e Novorizontino surpreenderam os grandes do estado e tornaram-se os grandes daquele ano.

O Braga vinha de uma temporada já vitoriosa em 1989, quando se sagrou campeão da série B nacional e credenciou-se para jogar na elite pela 1ª vez em sua história. A equipe era comandada pela revelação entre os técnicos do país, Wanderley Luxemburgo e contava em sua equipe jogadores que brilharam no cenário da bola, como Gil Baiano, que depois jogou no Palmeiras e chegou até a seleção brasileira. O Volante Mauro Silva, que em 1994 foi titular no tetracampeonato com a seleção. Além do centroavante Silvio,que depois seria vice-campeão da Copa América com a seleção.

Do outro lado estava o Novorizontino, treinado pelo também jovem treinador, Nelsinho Batista. Um duelo de treinadores que ganha capítulos até os dias de hoje.

O título para o time de Bragança Paulista veio depois de 2 resultados iguais. No “Jorjão”, em Novo Horizonte, empate em 0X0.

Na 2ª e decisiva partida, no estádio Marcelo Stéfani (hoje estádio Nabi Abi Chedid) novo empate, dessa vez por 1X1.

O Novorizontino pressionou ao longo do jogo. Em jogada de escanteio, Fernando testou forte e abriu o placar. Mas Tiba, pouco tempo depois empatou a partida.

O jogo seguiu mais pegado e equilibrado, mas o placar permaneceu inalterado. O resultado levou o jogo para a prorrogação. O Bragantino podendo empatar, não quis saber de garantir o placar e partiu pra cima e perdeu chances incríveis.

O apito final coroou o melhor time, o melhor trabalho. O Bragantino era o 2º clube do interior a se tornar o melhor time do estado, fazendo valer o apelido de “Lingüiça Caipira” – referências a Holanda de 1974 e ao fato de Bragança Paulista ser conhecida por ser a “Terra da Lingüiça”.

Na temporada de 1991 o Braga perdeu Wanderlei Luxemburgo e trouxe para o seu lugar Carlos Alberto Parreira. O treinador levou o time a final do Campeonato Brasileiro, que viria perder para o São Paulo. Até 1995 o clube esteve sempre na linha de frente de todos os campeonatos que disputou.

Já o Novorizontino não teve a mesma sorte. Em 1994 ainda conquistou a série C do Brasileirão. Mas em 1996 o time disputou a 1ª divisão do Paulista pela última vez. Em 1998 fez sua última exibição no profissionalismo, na derrota para a Paraguaçuense por 4X0. Em 1998, sem dinheiro, o clube não pagou as taxas para a FPF e viu sua história receber um ponto final.

Relembre como foi a final caipira do Campeonato Paulista:

Bragantino: Marcelo, Gil Baiano, Junior, Carlos Augusto e Biro-Biro; Ivair, Mauro Silva (Franklin), Robert e Tiba; Mário (Silvio) e João Santos.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Novorizontino: Maurício, Odair, Fernando, Válter e Jerônimo; Luis Carlos Goiano, Tiãozinho (Marcão) e Édson; Paulo Sérgi0, Barbosa e Róbson (Edmílson).
Técnico: Nelsinho Baptista

Local: Estádio Marcelo Stéfani
Público pagante: 15.000