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Chazinho de Coca – De quem é a culpa?

Penas de galinha e milhos espalhados por toda a área destinada a torcida do Corinthians, além de muros pichados com o termo“Galinhada” na área interna do estádio.


Foi o que encontraram os funcionários da limpeza do São Paulo às 9:00 do último domingo, quando chegaram ao estádio do Morumbi.

A Polícia Militar informa que na vistoria realizada na noite anterior não havia nada de errado no local. O setor era reservado apenas para torcedores corintianos, que só puderam entrar a partir das 14:15, isso para que a polícia e alguns funcionários pudessem dar uma “aliviada” na recepção preparada.

De toda forma, imagens mostradas hoje na TV Bandeirantes, além de fotografias espalhadas em alguns sites, dão conta de que ao entrarem os torcedores perceberam a “surpresa” e manifestaram sua revolta através de gravações via celular e câmeras digitais. Muitos perguntavam como teria sido possível a torcida são paulina ter tido acesso ao local antes da abertura dos portões.

De fato, é algo para se pensar. Se foram os torcedores tricolores, esses tiveram acesso liberado por alguém. Se não foi a torcida, então quem foi? A Polícia? A própria torcida corintiana? Certamente que não.

Do Populacho – Aí sim, Muricy!

Ao contrário das apostas da maioria dos especialistas em futebol e do empenho de Muricy em não deixar o adversário se classificar dentro do Morumbi, o Corinthians venceu. E como venceu.

De fato, o São Paulo se mostrou com mais vontade e mais jogo durante o primeiro tempo, porém sem conseguir realmente assustar o goleiro Felipe.

Alguma coisa aconteceu no intervalo.

O São Paulo veio mais disposto ao ataque, se expondo mais. Era tudo o que Mano queria para “amansar a fera”. Na arrancada de Douglas, “O” camisa 10, ao menos neste jogo, a bola chega em Ronaldo, que lança Jorege Henrique, que bate e…trave, mas Douglas já estava lá, se lembrado de quem disse que ele se esconde em jogo grande, e conferiu.

O Corinthians estava na frente por 1×0 e, menos de 2 minutos depois, Cristian lança Ronaldo, isso mesmo, o “ex-jogador gordo”, que corre mais do que seu marcador e, com um magnífico toque, acaba com as chances de defesa de Bosco e de classificação do São Paulo, que nesta altura tinha de fazer 3 gols para passar à final, o que, depois dos 2X0, parecia realmente impossível.

HOJE É DIA DE DECISÃO…

(Texto enviado pelo colaborador Guilherme Cruz).

Hoje o Corinthians tem tudo para manter a história e tradição, eliminando mais uma vez o seu maior rival nos últimos anos. O Timão tem vantagem no geral de confrontos contra o SPFC, mas é em decisão que a soberania corintiana põe por terra a soberba sãopaulina. Ainda mais quando a primeira partida é vencida pelo time alvinegro. Nas decisões, aonde o Timão venceu o primeiro jogo, apenas por uma vez o São Paulo conseguiu sagrar-se classificado ou campeão.

O majestoso desse domingo será mais um jogo brigado e truncado, com certeza haverá muita entrega dos dois lados, porém deve se cuidar para que luta e entrega não descambe para pancadaria. Os gestos de Cristian, do jogo passado, devem ser esquecidos por são paulinos, assim como não daremos importância a um gigante Morumbi com apenas 6 mil pagantes (lembrando que 4 mil serão corintianos).

Hoje é dia de decisão, hoje é dia de sofrimento e unhas roídas em frente a tv e tomara hoje seja dia de manter a escrita.

(Fonte foto: www.globo.com)

Chazinho de Coca – No Palestra Itália, derrota do cidadão.

O jogo nem havia começado, mas a derrota já havia acontecido – derrota do cidadão.

Fui ao Palestra Itália acompanhado de minha namorada para assistir a um grande clássico. Mas fomos impedidos, simplesmente por sermos o peixe(ops) pequeno da história.

A saga começou quando fomos adquirir nossas entradas no posto autorizado da loja MCS (POSTO TIM) DO SHOPPING ARICANDUVA. O inicio das vendas estava programado para as 10:00 do sábado e as 10:20 nós estávamos lá, quando fomos informados pelo atendente de que os ingressos só chegariam as 12:30. Bem, enrolamos do jeito que deu e retornamos no horário dito. Com um pouco de atraso, as vendas foram iniciadas.

Um cadastro tosco e realizado manualmente era feito. Comprei 2 entradas inteiras, no valor de R$40,00 cada.

Por volta das 16:30 estávamos na porta do Palestra Itália, e exatamente as 17:15 entramos, ou tentamos entrar.

Fila encarada, revista realizada, ingresso travado na catraca.

O ingresso da minha namorada não estava sendo aceito. Quando surge o primeiro personagem do capítulo Palestra, o “cara da catraca”.

Tentou uma, duas, três vezes e nada. Quando ele nos informou que o problema era da catraca e então tentou em uma outra, sendo mal sucedido mais uma vez. E então entra em cena o segundo personagem, “o Supervisor das catracas”.

A essa altura, a minha preocupação era a de que eles alegassem de que eram entradas falsas. Mas o buraco era ainda mais embaixo.

O Supervisor, cheio de astúcia, verificou os ingressos e repreendeu o pobre catraqueiro. Não era falso, era para a partida errada. Nos venderam entradas para o jogo contra a LDU, pela Taça Libertadores, em jogo a se realizar na próxima terça-feira, sendo que tais ingressos só terão suas vendas iniciadas nesse domingo. É mole?

LDU, aí vamos nós!

Já sentindo que seria lesado, busquei algum responsável e que pudesse resolver a situação, sem que nós torcedores, consumidores, pessoas de bem, fossemos prejudicados pela falha, pela falta de responsabilidade alheia. E então entra o terceiro personagem da saga, “o representante da federação paulista”.

O escalão dos personagens aumentava a cada nova investida, mas a resolução apresentada era cada vez mais pífia, cada vez mais cretina.

Esse personagem disse que pouco poderia fazer, mas me aconselhou a buscar um tal de “chefe dos representantes da federação”. Por um minuto achei que fosse falar com o Del Nero, mas que nada. Na verdade esse quarto personagem era uma espécie de supervisor desses senhores que não sei o que faziam por lá. E seguindo a tendência de resoluções patéticas apresentadas, esse senhor disse que nada poderia fazer, mas que eu tentasse falar com o segurança de não sei qual setor, para que ele me permitisse conversar com não sei qual responsável, de não sei qual departamento.

Ah tá, agora sim.

Já estava quase na hora do jogo e nós já sabíamos qual seria o desfecho do caso, mas era patético, vergonhoso e humilhante nos ver naquela situação, de mãos atadas devido a incompetência alheia, sendo que era para estarmos devidamente bem instalados nas arquibancadas.

Antes, porém, apareceu um personagem coadjuvante, já que nem soube me dizer que função lhe cabia. Só disse que iria resolver uma questão e voltaria para me ajudar – devo estar lá esperando ele até agora.

Por fim o quinto personagem, “o segurança do tal setor”.

Obviamente que ele nada poderia fazer, era apenas um segurança, mas pelo simples fato de ter sido o único a me dar ouvidos, apesar de ser o único desses todos que estava efetivamente dando um duro danado, conversando com torcedores mal educados e pessoas com dúvidas, passou a ser o único digno de ser chamado de profissional, no meio de tantos personagens inúteis, setores desnecessários e uma empáfia dos diabos.

O Palmeiras não merece tamanha desorganização, nós cidadãos, torcedores e consumidores não merecíamos tamanho descaso.

Coube nos recolher a nossa insignificância e ir para nosso bar predileto, assistir confortavelmente ao jogo, sendo servido da forma como merecemos.

E claro, não vou me esquivar de nossa responsabilidade no caso. Afinal, fomos desatentos ao não olhar o detalhe da discórdia. Mas caramba, será que além de passar por tudo isso, ainda devo nos achar culpados? Desatentos, apenas isso.

Os ingressos? Bem, nós somos os únicos no mundo que já temos entradas para o jogo de terça contra a LDU.

E por sorte poderemos ir ao jogo. Mas e se não pudéssemos? Quem iria no ressarcir? De quem é a culpa?

Um golaço da desorganização, um golaço da falta de vergonha na cara. Dá-lhe derrota da cidadania.

La Mano de dios – Um clássico alvinegro

Um clássico alvinegro

Esqueçamos a mais uma vez péssima atuação de Sálvio Spinola e dos bandeiras. Esqueçamos a entrada maldosa de Ronaldo em André Dias e a cabeçada de Miranda, impedido em 20 centímetros (depois das câmeras tira-teima é fácil ver esse tipo de lance). Vamos falar aqui do que fez o Corinthians merecer a vitória no clássico de domingo.

Primeiro de tudo, o São Paulo não jogou como o São Paulo. Não teve posse de bola, não dominou o meio de campo e não se arriscou no ataque. Além disso, não teve Rogério Ceni numa noite inspirada, falhando novamente em dois lances que poderiam ter dado tons de tragédia à partida.

Mas não foi uma derrota do São Paulo, e sim uma vitória do Corinthians. No papel o Tricolor é mais time, mas em campo o Timão jogou com doze, dada a entrega e a vontade de seus jogadores. Essa raça toda dominou a partida, com o Corinthians mais perigoso durante grande parte do jogo. E foi um gol de raça aquele de Elias ainda no primeiro tempo, e de muita entrega e oportunismo o de Christian, roubando a bola de Jorge Wagner no meio campo, aos 47 minutos do segundo tempo.

Foi uma vitória para corinthiano nenhum botar defeito.

Ao som de Fela Kuti – Zombie. Isso é afrobeat.

Rapidinhas: desnecessária e vergonhosa a comemoração de Christian após o gol. Quando o jogador comporta-se como marginal, não dá para exigir educação da torcida. E o que fará o TJD? Mais uma vez, ficará só olhando…