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Taça Rio – Mais uma vez Flamengo X Botafogo


Confirmando a supremacia recente no Futebol do Rio De Janeiro, Flamengo e Botafogo disputarão a final do segundo turno do Campeonato do Rio de Janeiro – a Taça Rio – no próximo final de Semana. Caso vença, o Botafogo, campeão do primeiro turno (Taça Guanabara), sagrar-se-á o Campeão Carioca de 2009.

Ao Rubro-Negro resta somente vencer o jogo do próximo final de semana para faturar um dos turnos da disputa e forçar o jogo final.

O Fogão garantiu sua vaga na final da Taça Rio ao vencer com facilidade o Vasco da Gama no último sábado por 4×0. O largo placar foi surpreendente, uma vez que o time Cruz-Maltino vinha fazendo um ótimo Campeonato Carioca.

Por outro lado, o Flamengo também se mostrou amplamente superior ao Fluminense no jogo de ontem, ainda que tal vantagem não tenha ficado estampada no placar. O Rubro-Negro perdeu inúmeras chances ao longo da partida e garantiu s vaga na final com gol de Juan em falha (única) de Fernando Henrique na partida.

Os dois lados da moeda: Guerreiros rubro-negros fazem zigue-zigue-zá

Está marcado no meu celular: 20:14 o Sr. J.P. Tozo, um dos meus colegas nessa apaixonada iniciativa que é o FFC, me liga repleto de emoção palestrina: “Escreve ai sobre o jogo do Palmeiras. Eu não vou conseguir”. Eu, como bom companheiro, respondi que escreveria. Embebido de emoção rubro-negra, compreendi o pleito de uma análise menos envolvida feito pelo meu amigo.

Só não me liguei num detalhe: porra, eu não vi o jogo do Palmeiras!

Esse pequeno intróito quer demonstrar o que é o futebol para esses que vos escrevem. Procuramos levar aos nossos leitores a emoção do esporte, da nossa amizade de anos, entremeada pela musica e por tudo o que passamos juntos. Prometi ao meu amigo o impossível – talvez esse seja o fundamento de uma boa amizade.

Então essa carta aberta vai para meu amigo J.P.: bicho, o espaço é seu! Chore aqui sua lágrima alvi-verde também!

Para não descumprir a promessa, e enfatizando o titulo das minhas colunas, só posso registrar: no meio de semana disse que o Palmeiras não era melhor que as equipes mais destacadas do Brasil. Hoje reitero: também não é pior. Os dois lados da moeda.

Viva o Palestra!

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Torcer para um time do Rio em São Paulo tem dessas coisas: enquanto seus amigos estão assistindo a final do estadual paulista, eu, rubro-negro, estou ouvindo pelos streams da Internet a final do carioca. Acabo de rever o VT de Botafogo x Flamengo. Os rapazes do Flamengo vêm fazendo história – uma semana digna dos melhores dias do Mengão, coroada pelo sensacional segundo tempo da final do Campeonato Carioca, contra esse grande rival (embora as vezes chorão, rss…) que é o Botafogo.

O primeiro tempo foi alvi-negro. Não fosse a contusão de Wellington Paulista, diria que o Fogão teria ido para o intervalo com as melhores expecativas possíveis para a segunda etapa. O gol do Botafogo – numa infelicidade, diria eu, de Bruno – levaria a partida para os pênaltis.

Joel Santana, no entanto, surpreendeu novamente: voltou para o segundo tempo com quatro atacantes: sacou Christian e Ibson (que perdeu uma chance de gol claríssima na etapa inicial) em favor de Obina e Diego Tardelli, que uniram-se uniram-se a Souza e Marcinho. Meio-campo de ofício só o volante Toró.

E o destino presenteou a ousadia: dos pés dessas duas opções saíram os três gols que levaram, com sobra, o título para a Gávea.

O segundo tempo do Flamengo foi memorável. Afora alguns chutes de longa distância, o Botafogo pouco ameaçou a meta de Bruno. O rubro-negro, em compensação, mostrou muita garra. Obina corria aos 40 minutos como uma criança. Marcinho (que foi substituído por Kléberson) fez ótima participação. Souza não teve tanto destaque, mas foi importantíssimo no restante do campeonato. E o que dizer do Tardelli? Chegou causando na Gávea e tem sido bastante eficiente em suas participações.

A defesa esteve bem com o raçudo Angelim e o capitão (com “C” maísculo) Fábio Luciano. As laterais, que já foram o grande destaque do time, dividem os holofotes, mas não devem ser esquecidas. Hoje foi dia de uma grande partida de Juan. Leo Moura não jogou tanto quanto na última quarta contra o América do México.

Como dissemos no meio de semana, o grande trunfo do Flamengo, hoje, é o elenco. E Joel Santana sabe utilizar-se de inúmeras opções e formações para por o seu time em campo. Não só: percebe-se da parte dos jogadores do Flamengo uma enorme vontade de jogar pela equipe, mesmo que, para isso, tenham que “acumular funções”. Um bom exemplo é Obina, que invariavlemnte recua do ataque do Fla para marcar na área do próprio time. Papai Joel sabe como mexer com esses rapazes.

Um título com a cara do rubro-negro: em uma semana que se esperava enormes dificuldades em três jogos, uma viagem e um jogo no México, o Fla lava a alma com paixão que a torcida tanto exalta. Placar final: Flamengo 8 x 3 Adversários, o 30o. titulo carioca garantido e quase assegurados na próxima fase para a libertadores.

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Um destaque na equipe botafoguense: o jovem goleiro Renan. Seguro e frio, fez duas grandes partidas nas finais. Quanto ao time, parece sofrer de sindrome da Seleção da Inglaterra: todo mundo acha que é bom e confia, menos os próprios jogadores.

Os dois lados da moeda: A final do Estadual Carioca

A final do Campeonato Carioca reunirá, novamente, Flamengo e Botafogo. Como no ano passado, a promessa é de emoção até o minuto derradeiro do embate entre as duas equipes cariocas que tem apresentado o melhor futebol nos últimos anos.

O Fluminense tentou esse ano. Contratou três centro-avantes tops! A disputa por posições tão decantada no começo do ano acabou reservando uma grande surpresa aos tricolores! Leandro Amaral teve que voltar ao Vasco – voltar ainda que não tenha propriamente voltado. Dodô não pôde atuar contra seu ex-time. Restou Washington, Coração-de-Leão. Atacante de inegável talento, não decepcionou o campeonato inteiro mas, depois de uma lesão, em seu retorno ao time, estrela que restou solitária (que ironia!), talvez na ânsia de chegar à artilharia do campeonato, perdeu o pênalti que precipitou a classificação do Botafogo.

Acirrando a rivalidade recentemente reacendida, Botafogo e Flamengo farão um duelo de arrepiar. De um lado a garra rubro-negra com sua torcida que, certamente, botará fogo (trocadilho irresistível) no Maracanã. De outro, o time mais romântico do futebol carioca.

Que as luzes de Garrincha e Zico iluminem, mais uma vez, esse embate!

E o texto foi redigido ao som dos pianos carioquíssimos de Ivan Lins e Marcos Valle.