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TRAVEI E NÃO SEI O QUE DIZER.

Faz pouco menos de duas horas que a bola parou de rolar no Raulino de Oliveira.

Lembro-me que naquele 17 de novembro de 2002 (ou há 10 anos e hum dia), imediatamente após o apito final, um estranho zumbido tomou conta da minha cabeça.

A peculiaridade naquele momento é que não me adiantou tapar os ouvidos. Não adiantou aumentar o volume do rádio para escutar o lamentar de José Silvério – a mesma voz do lamento que me fez companhia nesse 18 de novembro de 2012.

O zumbido vinha da alma, vinha da anulação do processo de compreensão dos fatos. Era como uma pane geral.

10 anos depois e novamente anular esse processo me preocupa. Hoje eu tento combinar palavras que mensurem meus anseios e opiniões que aqui escrevo. Dou voz a razão de torcedores por vezes, já em outras peno em ser o contra senso do meu próprio sentimento.

Hoje não há zumbido. Há sim um travamento da alma em tentar não aceitar tudo aquilo outra vez. Em não querer escrever o que a razão me obriga compreender.

Se daquela vez o golpe final foi fatal, dessa vem seguindo um roteiro frio, triste, cheio de uma crueldade e que já ultrapassou a barreira do imoral.

Corre agora por pés de terceiros e quartos a pá de terra final.

Olho 10 anos no passado e noto que nada mudou, a não ser o modo e a razão pela qual a tristeza se faz presente. Embora ela seja a mesma, agindo sempre de modo a me anular onde mais temo.

Naqueles tempos em encarar a insaciável volúpia destrutiva dos amigos rivais. Nos de hoje em anular a minha própria volúpia em construir minhas válvulas de escape.

Ver mais uma vez o Palmeiras percorrer caminhos que não são os seus e não poder criar a mim mesmo planos de expectativa positiva é decepcionante.

Embora saibamos quais sejam, onde e no que o clube precisa mudar para a própria alcunha poder sustentar. Neste momento o meu lamento é comigo mesmo.

Travei e não sei o que dizer.

 

 

 

FESTA DO TÍTULO

POR MAGNO DA ADIDAS
Coritiba 1×1 Vasco
o coxa acaba de toma uma tunda de laço e o vasco nao ganha ha uns 5 anos que jogo
Santos 2×0 Figueirense
mais um dos tantos jogos que nao vale nada
Flamengo 0x1 Palmeiras
digamos que o palmeras ainda respira com aparelhos mas nem isso é verdade já era
Fluminense 2×1 Cruzeiro
um desfile de volantes na festa do titulo quase rouba a cena
São Paulo 2×0 Náutico
praticamente garantido na libertadores agora o sao paulo se volta pra tenta a sul americana
Atlético-MG 3×0 Atlético-GO
termina campeonato brigando pra ser vice nao é exatamente a disputa que os atletico queriam mas neh
Bahia 1×1 Ponte Preta
a ponte ja se safo so que uns vacilo desses ai complica as coisas pro bahia
Inter 2×0 Corinthians
um duelo que viro classico depois do zveitao 2005 nessa ediçao nao empolga nem o mais aficcionado torcedor
Portuguesa 0x1 Grêmio
parecia que a lusa tava livre da degola porem nao esta
Sport 1×1 Botafogo
os resultados tudo ajudando chega na hora do vamo ve e é isso que temos na ilha do retiro

BOLA NA REDE

O atraso é culpa do Tozo.

POR MAGNO DA ADIDAS

Botafogo 2×1 Portuguesa
tava tudo tranquilo pelas bandas lusitanas mas nao ta mais

AtlétiGO 1×2 Santos
tem quem ache que o dragao nao faz mais nenhum ponto

Corinthians 1×1 Coritiba
o clima de mundial ja tomo conta do parque sao jorge e essa partida ja viro zuera

Vasco 1×3 Atlético-MG
a 12344ª derrota seguida do vasco no campeonato é um novo recorde

Palmeiras 2×1 Fluminense
jogo intenso e vitoria gloriosa pra parmera tenta ressurgi depois da goleada nos tribunal

Grêmio 2×2 São Paulo
duelo de tricolor pode anteve o duela na sul americana mas no final das contas so mostra que nao se sabe nada

Cruzeiro 1×0 Bahia
aiaiai bahea se cuida meu filho

Ponte Preta 1×2 Inter
aquela piada sobre o sonho de disputa a libertadores é novamente ventilada nos escombros do beira rio

Figueirense 1×1 Sport
o figuera ja rebaxado afunda o sport que fica cada vez mais dentro da rabera

Náutico 1×0 Flamengo
poucas coisas representam menos do que o jogo entre o 12o e o 11o colocado por isso nao perderei tempo falando

CHUVA DE GOLS

A noite chuvosa de sábado não foi suficiente para esfriar os ânimos do Timão no Pacaembu. Pelo contrário: serviu para lavar a alma. Com o placar de 5 x 1, o Corinthians venceu o Coritiba e chegou aos 53 pontos. Nada que seja tão relevante a esta altura, mas novamente foi uma boa chance de Tite fazer seus testes rumo à definição da equipe que disputará o Mundial de Clubes. Desta vez, o grande privilegiado foi Guerrero. Com ótima atuação, colocou mais uma dúvida na cabeça do treinador, a respeito de se usar ou não um centroavante na equipe titular. Sua boa atuação foi premiada com um golaço no segundo tempo, após um ótimo lançamento de Danilo, que havia acabado de entrar no jogo, no lugar de Martínez. Antes disso, aos cinco minutos do 1º tempo, teve um pênalti marcado a seu favor, em lance duvidoso (as imagens mostram que Guerrero se desequilibrou, já antes de entrar na área). Chicão bateu e abriu o marcador.

O Timão foi impondo sua velocidade, e o Coxa sofria para marcar, não só pelo campo molhado, mas também pela diferença de nível técnico. O Corinthians já é o segundo melhor time deste turno, em campanha inferior somente ao Fluminense, candidato ao título. Não fossem os tropeços no início do campeonato, quando a prioridade era a Libertadores, o alvinegro estaria na briga pela liderança.

Ainda no primeiro tempo, Fábio Santos e Paulinho ampliaram, em lances em que a bola ainda desviou na zaga, enganando o goleiro Vanderlei. Deivid fez o seu, e garantiu o único gol do Coritiba na partida.

Guerrero fez um golaço de cabeça.

No segundo tempo, veio a redenção de Guerrero, já citada no início do texto e mais um gol de Paulinho, depois de cobrança de escanteio de Douglas. E o placar poderia ter sido mais amplo, não fosse por um detalhe: Tite substituiu Guerrero por Romarinho, que botou ainda mais velocidade no jogo, mas ficou sem a referência na área, e a bola passeou bastante na frente do gol, mas não encontrou quem a empurrasse para a rede. E o peruano, sem um reserva na posição, vai se tornando imprescindível na equipe. No finalzinho de jogo ainda houve tempo para a expulsão de Pereira, do Coritiba, após tomar o segundo amarelo por falta em Jorge Henrique e uma bisonha escorregada de nosso velho conhecido Sergio Escudero, que quase ocasionou o sexto gol corintiano.

O próximo compromisso do Timão é contra o Internacional, no Beira-Rio, no domingo, dia 18.

Pra finalizar, fiquem com Jimi Hendrix, tocando “Fire”. Um abraço.

http://www.youtube.com/watch?v=cP6Xagoiafw

NOSSO CALENDÁRIO FORJA CAMPEÕES SEM BRILHO.

Por mais que pareça absurdo, ainda existem os que são contrários a adequação do calendário da pelota verde e amarela ao europeu.

Ainda que eu possa compreender os que gostam de que a temporada 2012 termine em 2012 e não em 2013, não dá pra aceitar que existam os que estejam felizes com as coisas do jeito que estão. A não ser o empresariado da bola que fazem seus pés de meias nas pré-temporadas européias, que são exatamente no meio das nossas.

Quem gosta de futebol não pode gostar do calendário atual.

No Linha de Passe da ESPN da última segunda-feira, Fernando Calazans comentou algo dito por outro jornalista, que me foge agora o nome, mas que dizia algo como: “Falta agora ao já campeão Fluminense apresentar enfim um futebol de campeão”.

A frase solta aos ventos não traz grande significância, mas trazida aqui para nosso contexto sim.

O Fluminense não apresentou até o presente momento um futebol de “campeão” simplesmente por não ter precisado.

Quem precisou foi o Atlético MG e este sim fez partidas de um grande campeão, ainda que tudo indique que não será.

Do goleiro ao centroavante o Fluminense é mais time que o Galo. O tricolor é mais time que Grêmio e São Paulo também. Mas não é mais que o Corinthians, por exemplo.

Se estivesse o Corinthians verdadeiramente no páreo e aí sim o Fluminense seria obrigado a fazer ao menos duas partidas de campeão. As duas contra o campeão da Libertadores. Não que o Galo não pudesse ter sido mais adversário do que vem sendo, mas ai já entramos em outros méritos técnicos. O São Paulo dessa reta final também poderia ser, o que não vejo no Grêmio.

O alvinegro paulistano não disputou o título pois o calendário fez com que as fases decisivas da Libertadores acontecessem exatamente quando o BR12 estava em suas primeiras rodadas. Só que as primeiras rodadas de um torneio de pontos corridos valem tanto quanto todas as outras. Abdicou de usar sua força máxima no início do BR12 para centralizá-la na Libertadores. Deu certo, mas eliminou qualquer chance de briga pelo bicampeonato nacional.

O calendário atual pune a competência. Pune os diferentes. Que o diga também o Santos, que com Neymar servindo a insossa seleção da CBF, atuou sem o seu diferencial em quase metade do campeonato. A média do time com sua estrela em campo dá margem para acreditarmos que o Peixe poderia estar brigando por Libertadores, pelo menos.

O Palmeiras não brigaria pelo título do BR 12, mas o invicto Campeão da Copa do Brasil é melhor que pelo menos metade dos times envolvidos. Não utilizou tantos reservas assim no início do BR 12, já que o elenco não permite, mas nitidamente tirou o pé do acelerador nas primeiras rodadas, enquanto nas fases finais da Copa do Brasil entrou com a faca entre os dentes. Depois por uma série de erros próprios, mas muito também devido aos insucessos do começo de BR12, hoje se vê diante de iminente rebaixamento.

Em 2011 assim também ocorreu e o Corinthians campeão não precisou ter um embate direto contra o Santos, então campeão da Libertadores e melhor time do país.

O titulo do Fluminense, se vier (e deve vir) será justíssimo. O time de Abel Braga atuou como precisou, da maneira com que a competição se apresentou. Não precisou brilhar, mas sim ser eficaz.  Precisasse ser e certamente teria sido. Precisasse fazer frente ao Corinthians ou qualquer outro dos prejudicados pelo calendário e certamente teria feito.

O calendário agrada somente ao que se aproveita por ora. Hoje ao torcedor tricolor, isso basta. Ao torcedor de futebol , isso é bosta.