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VASCÃO E O BRASILEIRÃO

Incrível como o decorrer de uma boa história tem de vir com tamanho sofrimento, com direito a gritos entalados na garganta e assim soltos após a grande consagração. Era uma torcida que sentia falta, era uma palavra que faltava em suas comemorações no ano, mas finalmente conseguiram chegar a tudo isso, com o orgulho da faixa no peito, das estrelas que carregam a cruz de malta.

Após o apito final de um jogo nervoso desde o primeiro segundo, de onze guerreiros lutando por um ano melhor, repleto de sorrisos, e principalmente, de reerguer um gigante adormecido, que sonhava com as glórias que tanto marcaram este clube chamado Vasco da Gama, sua fama assim se fez, povo cruzmaltino, desde os idos difíceis em que um negro não tinha portas abertas para jogar. Ali naquele estádio, construído por grandes lusitanos se fez a primeira fama, depois títulos e mais títulos, o crescimento de uma torcida orgulhosa por vestir o preto e branco, carregando a cruz de malta no lugar mais cobiçado entre tantos seres humanos, no peito esquerdo.

Sua imensa torcida bem feliz gritou ‘Campeão’ com todos os méritos e luta frente um time que era temido. Até então pela longa invencibilidade em seu terreno. Esqueceram que estavam jogando contra um gigante, que não titubeou um segundo sequer, mesmo com o nervosismo e sofrimento de cada vascaíno que aqueles jogadores carregavam nas costas. Foram lá guerrear e assim voltar para o Rio de Janeiro com aquilo que muitos cobiçavam, muitos nunca sequer sentiram o gosto, outros milhares sentiam saudade. Podem gritar vascaínos, podem chorar de alegria, porque o título da Copa do Brasil é de vocês e isso, definitivamente, ninguém tira de um gigante do futebol mundial, o grito de CAMPEÃO.

Ao contrário de muitos, este título vascaíno só faz com que o futebol carioca figure sempre no topo, de onde jamais deveria ter saído. Parabéns, Clube de Regatas Vasco da Gama!

O campeonato brasileiro está começando, finalmente! São Paulo líder, com os co-irmãos Corinthians e Palmeiras atrás, já os cariocas parecem que não estão acordados para a vida. O Vasco após ressaca do título empatou com o Figueirense, aliás, tudo era festa: faixa de campeão, volta do magistral Juninho Pernambucano, mas o futebol apresentado e empatar dentro de casa não foram nada bons para o caminho vascaíno. A festa foi bonita pelo Rio inteiro, com direito a carreata no Centro, mas já estamos na quarta rodada, abrindo o olho, bacalhoada!

Outro que tem que abrir o olho é o Fluminense. Depois de uma longa e inédita espera por Abel Braga, eis que o mesmo estreia no Brasileiro com uma derrota, justamente contra o Corinthians, que tem tudo para ser um adversário direto para a briga do título. O time mostrou outra disposição e agressividade, mas somente no segundo tempo, já que a primeira etapa foi marcada por duas lambanças do arqueiro campeão do ano passado, Ricardo Berna. Tá na hora de valorizar o dinheiro gasto e voltar com o Cavalieri, hein…

 

O Botafogo parece estar encontrando um bom time. A vitória de ontem em cima do finado Coritiba mostrou que a contratação de Elkesson foi certeira, ainda falta chegar Renato. Parece que foi outro time que estreou de forma assustadora o brasileiro. Olho nesse time alvinegro! Pode fazer algum barulho. Não aponto como um candidato ao título, mas que pode fazer barulho pode sim.

E o Flamengo? Quando o Ronaldinho entra em campo de vez? No empate contra o Atlético Paranaense mostrou mais uma vez um time sem grande vibração, sem convencer até quando ganha um empate. Complicado, hein, Luxa….

 

Deixando aqui mil desculpas pelo longo período sem postagem, devido a problemas técnicos e um grande abraço a todos os vascaínos, vocês merecem!

http://www.youtube.com/watch?v=M0unLKSVAZA

CRUZEIRO x PALMEIRAS E AS PROJEÇÕES VICIADAS DOS COMENTARISTAS ESPORTIVOS

Após um sábado magistral com final de Champions League, o domingo nos reservava na telinha da TV o clássico dos Palestras – Cruzeiro X Palmeiras.

Guardadas as disparidades técnicas entre as partidas, o jogo do domingo tinha como atrativo buscar novos apontamentos para se ter uma idéia do que podem fazer palmeirenses e cruzeirenses com seus atuais elencos no BR11.

Apontado por 10 em cada 10 analistas da bola com um dos favoritos, o Cruzeiro não conseguiu em momento algum ser dono do jogo. Quando chegou com perigo, São Marcos lá estava protegendo as traves alviverdes.

Aos poucos o esquema redondinho de jogo do Verdão começou a ganhar terreno. Assunção colocou-se como um arco, enquanto Luan, em tarde de rara inspiração, postou-se como a flecha do time.

Em grande jogada de ambos, Assunção colocou Luan em condições de chegar na entrada da área finalizando, o que o fez com uma maestria que não costuma ser sua. Golaço e justa vitória de um time mais acertado em campo.

Melhor time? Não necessariamente.

Depois o Cruzeiro veio para o abafa e conseguiu o empate.

Não é a discussão tática que me ponho a levantar aqui. Mas o porque de certas verdades absolutas e vícios de análise de certos comentaristas.

Em dado momento, o”amigo internauta” mandou uma das tantas perguntas “capciosas” as quais os analistas globais respondem ao logo da transmissão. A pergunta:

“Casão, com as chegadas de Maikon Leite e Martinuccio o Palmeiras passa a ter time para brigar pelo título?”

O que prontamente foi respondido: “De jeito nenhum”

Contundente o grande Casa. Mas sua explicação o lança em uma vala comum de analistas que parecem ter pasteurizado suas conclusões.

Complementou Casão: “Melhora bastante, mas briga no máximo por vaga na Libertadores e olhe lá! Enxergo Cruzeiro, São Paulo e Inter como os melhores elencos”.

Ato falho ao esquecer do Santos, com certeza.

Mas o mesmo Cruzeiro citado e jogando em casa, pastava para arrancar um empate exatamente do mesmo Palmeiras achincalhado. Detalhe: Com o time completo.

O Palmeiras foi a campo sem sua dupla de meias Valdívia e Lincoln e sem sua referência de área, Wellington Paulista.

Oras, se o time misto do Palmeiras encara o “poderoso” Cruzeiro de igual para igual, jogando na casa do adversário, o que faz Casão achar que o Verde está tão abaixo do Azul?

Vejo agora no LANCE! que Paulo Roberto Falcão, técnico do Internacional, outro time cantado como um dos favoritos, disse que com esse elenco o Inter não briga pelo título. E de fato, ontem o Inter perdeu em casa.

E o São Paulo? Exceto o meia Lucas, autor de gol salvador no último segundo de um jogo que caminhava para um modorrento empate sem gols, alguém enxerga um primor de técnica no time de Carpa?

As eliminações no Paulistão e na Copa do Brasil aconteceram para o SP nas mesmas fases que para o time de Felipão. O que os fazem tão superiores assim?

O Palmeiras tem peças importantes para retornar ao time titular, o que joga algumas das peças que ontem foram bem para o banco de suplentes e ainda tem novas contratações na ponta da agulha. Novas e boas contratações.

Que mania é essa de sempre elencarem os mesmo como favoritos e os mesmos como meros coadjuvantes?

E fico muito tranqüilo para cornetar o Casão. Na verdade essa é uma cornetada em boa parte da imprensa esportiva. Ainds assim sou fã confesso do Casagrande, costumo dar muita atenção ao que ele diz, ao que comenta e ao que corneta. É dos poucos que descem do muro, que não mordem e assopram e é contundente, o que prezo bastante em analistas. Mas dessa vez o vi se jogando na mesma valinha comum da mediocridade. Análise rasa demais para um cara tão bom como ele.

Óbvio que o Palmeiras não é super time. Mas apontar algum super alguma coisa no futebol brasileiro, que não seja o ataque do Santos é buscar pêlo em ovo.

Despeço-me da ferocidade com um petardo do Death Cab For Cutie – You Are Tourist

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=qkk5wViJo-I[/youtube]

Cheers,

These days

Do bonde para o bando.

Estivemos ausentes por estes dias, tanto eu quanto o camarada Felipe Phil, que divide este espaço comigo, não só por causa de falta de tempo, mas também porque o Corinthians começou o Brasileirão um tanto apagado ou ofuscado por outros acontecimentos no mundo do esporte, e também por ainda estar em fase de transição. Mas vamos às últimas do Timão:

Muita coisa aconteceu desde minha última coluna. Devo dizer que, embora tenha conseguido uma boa virada contra o Grêmio, acho que o time ainda vai (e precisa) mudar muito no decorrer do campeonato, especialmente com a entrada de Alex, assim que for autorizada sua estreia. Enquanto isso, falemos do extracampo:

Nas minhas recomendações da coluna, não pude inclusive mandar meu recado ao recém-chegado Émerson Sheik, que acertou com o Timão logo após a última publicação. A ele, peço que – caso queira cantar algo pra animar a turma – que comece agora a decorar o poropopó e os demais gritos da nossa Fiel. Nada de “Bonde do Mengão” e coisas do tipo, por favor. De resto, acho boa a contratação do Sheik, desde que ele consiga passar mais tempo em campo do que no Departamento Médico. Embora mais velho, considero que o jogador leva certa vantagem em relação ao seu antecessor Dentinho, em termos de talento para finalizar. Fará boa dupla com Liedson, enquanto Adriano não estréia.

Falando no Imperador, esta semana ele voltou a ser comentado, por ter sido flagrado em sua primeira balada (pelo menos a primeira a ter sido divulgada) após a lesão da qual se recupera. No dia seguinte, cumpriu sua agenda de tratamento. Seria o caso de acender o sinal amarelo no Parque São Jorge? Sim, mas se você cria uma cobra, tem que estar ciente de que pode tomar uma picada a qualquer momento. O Corinthians deve saber com quem está lidando.

Devo dizer que continuo com a mesma opinião a respeito do pouco calmo Morais. Porém, vou tentar acreditar que nosso treinador consiga algum resultado razoável colocando o diametralmente oposto Danilo ao seu lado. Um é rápido e afobado, o outro é lento e calmo, segura um pouco mais a bola. Resta esperar que acertem os passes. Temos pela frente o Coritiba, um time em excelente fase. No entanto, o Coxa, classificado para a final da Copa do Brasil (e favorito, na minha opinião), deve poupar jogadores neste confronto com o Timão, para evitar possíveis desfalques na decisão.

Enquanto isso, nosso folclórico e fanfarrão presidente Andrés Sanchez vem caprichando nas declarações e atitudes polêmicas, o que chama um pouco os holofotes, mas nada digno de atenção. Andrés diz que quer ver Ronaldo jogando pelo Corinthians no Brasileirão, uma hipótese no mínimo equivocada. Apostar num jogador aposentado, mesmo que seja bom para o marketing do clube, pode ser um tiro no pé em se tratando de um campeonato de pontos corridos.

É Torino, não Tolima.

Esta semana, o Corinthians apresentou seu novo uniforme número 3: como forma de homenagear o time do Torino, foi projetada a camisa na cor grená, com São Jorge, padroeiro do clube estampado na frente. Achei bonita a camisa, embora já tenha adversário dizendo que a homenagem na verdade é ao Tolima, nosso algoz na pré-Libertadores. Fornecer subsídio para piadas dos rivais, eis o talento de nossa diretoria, hahaha!

Por fim, a última polêmica envolve o carro pilotado por Antonio Pizzonia na Fórmula Superliga. Patrocinado pelo governo do Amazonas, o modelo foi projetado com a cor verde predominando. Heresia! Se um detalhe em verde já é considerado inaceitável, imagine o carro todo. No fim das contas, acho que as coisas se acertam, embora nem ache que seja relevante a participação do Corinthians nessa categoria. Confira o desenho divulgado do carro:

Aqui, a música que mais gostei de “Wasting Light”, disco mais recente do Foo Fighters. Fique com “These Days”, que escolhi para dar nome à coluna de hoje:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=zPHzknP7jNQ[/youtube]

EM MEIO COPA E SUAS HISTÓRIAS ENFADONHAS, O BR11, O TRIO D EFERRO E UMA EXACERBADA ALVIVERDE.

O Brasileirão 2011 teve início em meio a todo o turbilhão de polêmicas em torno dos pseudo- estádios de nossa infelizmente certa Copa em 2014. Muita cortina de fumaça, muitas datas jogadas aos ventos, muitos atrasos, muitas mentiras, muitas e enormes cifras. Há também as acusações de pagamento de propina por parte de Ricardinho Teixeira e de Havelange, envolvendo também a cúpula da Fifa e toda aquela centelha de pessoas “idôneas” que comandam o planeta bola.

O pobre BR11 parece ficar de escanteio em meio a tudo isso. Mas ele também tem suas polêmicas. A janela de transferência internacional e o pedido de alguns clubes para que seja feita alteração dessa data, tendo em vista a possibilidade de já utilizar jogadores contratados, mas que só poderiam estrear em agosto. Não deveria, mas parece que a solicitação será acatada. Claro que para todos. Mas obviamente para beneficiar uns e outros.

Mas não quero falar de polêmicas e confusões de bastidores. Quero falar sobre minhas expectativas dentro de campo. Sobre situações que sei, serão vividas e sentidas até o final do ano.

Não vou falar sobre condição técnica de times, sobre quem é favorito ao título ou a queda. Vou falar sobre o que eu quero que aconteça. É como se fosse o meu pedido de natal, ainda em maio.

Quero revitalização do futebol paulista. Quero as rivalidades tinindo ao máximo de suas freqüências. Quero todo mundo forte como hoje está forte o Santos.

Palmeiras, Corinthians e São Paulo começaram bem, com vitórias importantes. Mas estão bem o suficiente para terminar como começaram?

Acho que caminharão bem. Como se sabe, os elencos mudam demais ao longo do campeonato.

O São Paulo é cantado por muitos como sendo um elenco numeroso, o que em torneios de pontos corridos pode ser determinante. Numeroso sim, mas de qualidade?

Já se sabe que sem Lucas a acefalia toma conta. Rivaldo quer jogar, mas Carpa não quer deixar, e mesmo que deixe, terá o veterano condições de qualificar o time da maneira necessária?

Alex Silva foi dispensado. Miranda sai ao final de julho. A zaga titular vai para o espaço ainda no 1º turno. Reza a lenda que Lugano pode voltar.

No Corinthians, apesar da boa vitória contra o horroroso Grêmio, o time atual é fraco, não tem nenhuma grande referência técnica. Mas terá. Alex já fechou. Sheik, desde que inteiro, é ótimo jogador. Cristian fica no chove e não molha, mas se voltar pode formar um meio campo de respeito. É outro time que em breve será completamente diferente – e para melhor. O elenco ainda assim é reduzido. Mas prefiro um time qualificado a um elenco meramente numeroso.

E o Palmeiras que é a maior das incógnitas. O fervor dos bastidores que sempre abalam o time de um modo que não se vê em nenhum outro clube, continua fervilhando as cabeças de todos por lá. Quando não é a Arena Palestra e os pseudo palmeirenses que tentam melar tudo o que é em benefício ao clube, são os personagens que deveriam acalmar as coisas em campo que entram em rota de colisão. Noitadas, lesões, twitteres, entrevistas dadas em off sem o devido pedido para que assim permanecesse.

Sem Valdívia, a salvação da lavoura é com Kleber. Foi assim na estréia, mas sabemos que não dá e nem pode ser sempre assim. Também sabedores disso, Felipão e direção correm atrás para dar mais força ao time. Com a sáida de Danilo, Thiago Heleno pode ganhar a companhia de Henrique. Uma troca na qual o time saira ganhado evidentemente. Se Valdívia não se decide se quer ser determinante ou só mais um na história alviverde, os argentinos Martinuccio e Fabbro devem chegar cheios de vontade em ser o que o Mago não tem com seguido ser. Além desses, Maikon Leite já contratado no início do ano chega ao final de julho.

Com a consistência tática que Felipão já deu ao time, se qualificá-lo da maneira devida e como se apresenta, pode ser sim um Palmeiras diferente – para melhor.

E precisa ser. Não apenas pelo torcedor da arquibancada, do radinho, do sofá, que merecem ver o time voltar a ter o brilho verde que sua história lhe compete ter. Mas também pelo torcedor do gramado, que ao final do ano irá se juntar aos outros citados.

Já escrevi aqui há algum tempo. O fim da carreira do goleiro Marcos será com certeza um dos momentos mais tristes de minha vida de torcedor. Meu maior ídolo dos gramados, o único santo para o qual eu rezo direcionando a palavra, a personificação do torcedor palmeirense revestido de atleta. Tudo o que prezo e dignifico em um cidadão alviverde eu encontro em São Marcos.

Marcão não merece levar 6. Merece erguer taça. Merece terminar a carreira com taça. Merece terminar em alta. No alto, como sempre esteve. O melhor goleiro que vi jogar. Seja no BR11 ou na Sulamericana. O fim de ano do Palmeiras precisa ter título. Por Ele (clube) , por Ele (Marcos) e por nós.

Despeço-me dos ferozes ao som dos Beatles – Revolution

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Imb4tYOk8GE[/youtube]

Cheers,

A próxima página

Corintiano desde criancinha.

Meu caro Tite, me perdoe, por favor, se eu não te faço um elogio*. Se o Corinthians tivesse a sorte de ganhar o Campeonato Paulista, o título da coluna seria outra referência a Chico Buarque: “Apesar de você”. Porque Tite, por mais que eu não considere você mau técnico (pelo contrário, acho que tua primeira passagem, em 2004, foi heróica), achei que desta vez você teve comportamento apático e desinteressado. E isso de certa forma refletiu no modo do Corinthians jogar. Claro que não é só demérito seu. A diretoria contratou mal. Tomou atitudes pra lá de estranhas, como o afastamento de Bruno César (ok, talvez ele tenha feito algo muito errado, mas o time é limitado e precisava dele em campo). Porém, meu caro Tite, nada explica tua insistência em colocar Jorge Henrique numa posição em que ele não é meia, nem atacante. Ele próprio não soube explicar a posição em que estava atuando. Também não entendi muito o fato de você preferir o Leandro Castán ao Paulo André, mesmo depois de ele ter se recuperado, mas nessa você deu sorte ao menos uma vez: Castán arrebentou no primeiro jogo da final. Faltou alguém para finalizar. Mesmo assim, parabéns por ter chegado à final do campeonato. Chegamos longe. Venceu o melhor time do Brasil, treinado pelo melhor técnico. Deu a lógica, como disse o santista Greg em sua coluna. Agora, meu recado a alguns dos coadjuvantes desta história:

Julio César, obrigado. Você alternou bons e maus momentos. Pessoalmente, acho que tua falha no Domingo foi puro azar. O fato de não ter dado uma volta por times menores antes de alcançar a titularidade no Corinthians talvez te prejudique. Pense nisso.

Ramirez, obrigado pelo golaço contra o São Bernardo. Já serve para colocar o link do youtube no portfolio. Mas omita aquela sua expulsão-relâmpago contra o Tolima, senão dá problema. Você já tem a passagem pelo Corinthians no currículo. Veja com teu empresário um time legal para jogar.

Morais: CALMA, CALMA, CALMA!!! Pense antes de tocar a bola. Não é difícil, sério. O Mirandinha dizia que não conseguia correr e pensar ao mesmo tempo, mas os tempos são outros.

Dentinho: sucesso pra você na Ucrânia. Já providenciou uma incubadora para adaptar a planta? Me disseram que samambaia queima no frio. Olha, falando sério: tua passagem pelo Corinthians foi muito boa. Mas era a hora de mudar de ares, para não se tornar um novo Gil, como supus certa vez.

Liedson: continue assim, mas me deixe sugerir: talvez tua inabilidade para cobrar pênaltis seja falta de treino. Pense nisso.

Adriano: jogue bola.

Moradei, Moacir, Fábio Santos: o mercado imobiliário está aquecido. Já pensaram em mudar de profissão?

Edno: tchau.

Willian: bom trabalho, mas ainda não dá pra avaliar se pode ser titular, ou  se é melhor continuar como talismã. Pode ser um diferencial, como foi Tupãzinho.

Alex: seja bem-vindo. Espero que consiga atender às expectativas. Ah, o discurso “tenho família palmeirense, mas sempre fui corintiano” era dispensável. Apenas corresponda em campo, que a torcida agradece.

Cristian: me avise o dia em que você chega, que eu mando te buscar no aeroporto e desembarcar no Parque São Jorge.

Ralf manteve tanta regularidade no time, que até esqueci de citá-lo.

Gilberto: espero que você saiba o que está fazendo.

Edenilson, Nenê Bonilha, Weldinho: surpreendam.

Fábio Simplício, Doni: fiquem em Roma.

Ronaldo: cuidado para não deixar que teus interesses pessoais interfiram no futebol do clube.

Andrés Sanchez: o Corinthians não se resume ao estádio da Copa, nem aos direitos de transmissão dos jogos. Muito menos é pano de fundo para picuinhas. Passemos à próxima página.

Em homenagem às recentes atuações do Timão, fiquem com “O morno”, da banda paranaense Nevilton. Abraços.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=uKYt1xSsPQc[/youtube]

* a primeira frase do texto é uma adaptação de “Meu caro amigo”, de Chico Buarque.