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DEU CORINTHIANS NO CLÁSSICO

Texto: João Paulo Tozo

Do alto de toda a isenção que a situação me propiciava, às 17:00 horário de Brasília me sentei diante da TV para acompanhar ao clássico São Paulo X Corinthians.

Surpresa só no narrador escolhido pela detentora dos direitos de transmissão dos jogos – Milton Leite. Milton é hoje, ao lado de João Palomino e Paulo Andrade, ambos da ESPN Brasil, o melhor narrador esportivo de televisão no país. Bacana, gostei.

Encerraram-se aí as surpresas. Em campo o aguardado aconteceu.

O São Paulo que por pouca coisa poderia brigar nesse BR10, tornou-se agora praticamente mais um dos muitos “espectadores” do campeonato. As chances existem, mas são remotas.

Mais remotas ainda pelo futebol tricolor ao longo de toda a temporada. A hegemonia exercida nos últimos 7 anos acabou. Daquele time, só a figura ainda imponente de Rogério Ceni.

O meio campo são paulino carece de alguém pensante. Que até poderia ser Jorge Vagner, mas é por vezes do ainda inconstante Lucas. Quando o garoto não consegue ser decisivo, a acefalia mostra-se presente. Fernandão é só uma sombra do ótimo jogador que já foi. Ricardo Oliveira está mais preocupado em reclamar de passes de letra dados pelo adversário e que resultam em gol, do que tentar ele fazer o mesmo. Dagoberto briga, tenta e continua tentando. Sozinho pouco pode fazer.

Contra um Corinthians quase completo é muito pouco.

Completo não, com um jogador a menos. Ronaldo merece meu respeito pelo histórico, mas hoje mais atrapalha o esquema do que ajuda.

Ainda assim deu Corinthians e com sobras. Elias e Jucilei estão sobrando e cobrem a “ausência” de Ronaldo em campo.

Alessandro, que não vinha bem, ontem teve atuação tática importante. Resignou- se muitas vezes a fazer a cobertura para as subidas de Elias e Bruno Cesar. Por ali o São Paulo pouca coisa fez.

Digo isso há tempos. O time do Corinthians é muito forte. Falta elenco, faltam peças de reposição. E isso ficou muito claro no momento conturbado do time sem vitórias, com futebol pífio. Mas com a volta de todos complica e é difícil batê-los.

Ao São Paulo sobra o papel de “fiel da balança”. Pega ainda o Fluminense, o principal rival corintiano ao título. Sem ter pelo que brigar no ano, pode se dar “ao luxo” de demandar “pouca atenção” ao jogo. Não acredito em entregas de jogos. Mas que a volúpia não é a mesma não é. E nem se pode esperar o contrário.

A Copa do Brasil em 2011 pode servir para o SP rever seus conceitos, seus sobressaltos, seu elenco.

Ao Corinthians resta a opção de vencer e torcer muito contra o Fluminense, que como ele voltou a se acostumar com as vitórias.

Cheers,

SULAMERICANA É O OBJETIVO

Texto: João Paulo Tozo

Enquanto o Palmeiras sonha com o retorno do meia Alex para a temporada 2011, na atual temporada o time praticamente despediu-se das chances de brigar pela vaga na próxima Libertadores através do Brasileirão.

Sejamos francos. Mesmo que vencesse ontem e chegasse aos 50 pontos, a classificação dentro do G3 já era bem pouco provável. Mesmo que matematicamente ainda possa acontecer. O G4 é hipotético e é exatamente pela possibilidade dele próprio colocar essa 4ª vaga no bolso através da Sulamericana, onde, por outro lado, tem todas as chances e é apontado como favorito (ou um deles). Então Felipão já deu o recado: Vai poupar jogadores contra o Guarani já na próxima rodada.

Que assim seja!

Na partida de ontem pelo Brasileirão, um 1º tempo muito bom. Incrível como Palmeiras e Atlético PR sempre encaixam bons jogos, sobretudo na Arena.

Mas as deficiências de elenco de ambos já eram flagrantes.

Sem Kleber e Valdívia, Felipão mandou Lincoln na armação e apostou na dupla Luan e Tadeu – muito pouco para um time como o Palmeiras. Mas na base da empolgação e nas boas tramas pelo meio o time chegava.

Mas perigo mesmo quem levou foi o Furacão. Só que aí a grande fase de Deola foi mais uma vez notória. O goleiraço, que começa a pavimentar a sua possível longa trajetória como titular alviverde, só foi vencido quando Nieto acertou um canudo, no ângulo e dentro da pequena área, já nos minutos finais da partida. Antes os donos da casa haviam tentado todo tipo de disparo, mas sem sucesso contra o ótimo sucessor de São Marcos.

Antes, ainda na 1ª etapa, o juiz Wallace Nascimento e os auxiliares Dibert Pedrosa e Fabiano Silva tiveram tempo suficiente para voltar a dar razão as reclamação do planeta bola em relação ao péssimo e lamentável momento da arbitragem nacional. 1º com gol de Tadeu mal anulado e depois com um de Paulo Baier, também muitíssimo mal anulado.

Afastá-los como fizeram com o arbitro de Cruzeiro e São Paulo vai adiantar? Vai nada!

No lugar entra outro com as mesmas deficiências. A mudança tem que acontecer lá em cima, em quem manda e forma esses árbitros. Mas lá ninguém é suspenso.

Voltando ao jogo e já ao 2º tempo. A impressão foi de que só os donos da casa acreditavam na possibilidade de ainda brigar por algo na competição. De fato, para eles, só sobrou a remota esperança via BR10.

Mas o Verdão voltou apático. Lincoln mostrou sua recorrente omissão, enquanto Luan e Tadeu tropeçavam nas próprias pernas. Sem faltas cometidas próximas da área atleticana para um possível petardo certeiro de Assunção, o time de Felipão sucumbiu a pressão quase que por osmose do Atlético e não fosse pela fase fantástica de Deola e pela dura marcação da natureza em cima, principalmente de Iván González, e o placar poderia ter sido mais elástico pelo que foi a 2ª etapa.

Com Valdívia e Kleber em campo o Palmeiras é outro. É aquele que encaixou uma sequencia de 9 jogos de invencibilidade. Agora pode contar com o retorno de Everthon, que bem ou mal é muito superior a Luan, por exemplo.

Que Felipão deixe de lado o entrevero com a imprensa e foque todas as ações do time na Sulamericana. Discussãozinha com imprensa é coisa de Dunga e do time da CBF. E nós sabemos bem no que isso deu. Felipão sabe também. Mestre que é, saberá dar ao time a característica brigadora que uma competição mata-mata como a Sulamericana necessita ter.

Que venha a Sulamericana e a vaga à Libertadores através dela.

Vou me despedindo do feroz que me acompanha ao som do Muse – Undisclosed Desire

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Cheers

CHAZINHO DE COCA – SOBRE RIVAIS, REVIVALS E A QUEDA DO CORINTHIANS

Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Lancenet

Com 29 rodadas já disputadas, o Campeonato Brasileiro mostra a deterioração de um time que vinha sendo apontado por muitos como favorito ao título. E não por acaso. Essa situação foi adquirida em campo, com boas atuações e destaques individuais com nível de seleção. Vide seus dois jogadores convocados e a iminência de outros serem chamados.

Mas com 29 rodadas e restando somente 9 para o término da competição, o que era certo, passa a ser duvidoso, para não dizer tenebroso.

Liderança. Vaga no G3 da Libertadores. Tudo isso passou a ficar ameaçado desde o declínio técnico, além claro, dos inúmeros desfalques que vem se acumulando. Sem falar da deficiência no elenco, que não possui peças de reposição em condição de suprir a ausência dos titulares.

É amigo, para quem acha que estou descrevendo a situação do Corinthians no BR10, saiba que a história acima citada passou-se em 2009 e o protagonista dela foi o Palmeiras.

Com uma pequena diferença. Na 29ª rodada do BR09 o Palmeiras era líder com 54 pontos e 5 de vantagem sobre o São Paulo, então vice-líder. Hoje o Corinthians é “apenas“ o 3º colocado com 49 pontos, somente 2 a mais que o Internacional.

Pior que isso é a crise que se instalou no clube desde a saída de Mano Menezes para assumir a seleção. Adilson Batista chegou e desandou um time que vinha caminhando muito bem e foi demitido – ainda acho que precipitadamente. As opções naturais para preencher a vaga não aceitaram o convite (até o encerramento dessa coluna). O interino estreou levando de dois do Vasco – lucro, tendo em vista o volume de jogo dos cariocas e a ausência corintiana em campo.

Não é possível enxergar nesse time condição de mudar drasticamente esse cenário em tão pouco tempo restante para o final do BR10. Mais ainda pelo fato de os times que vem logo atrás estarem em momento técnico bem superior ao do Corinthians. O próprio Palmeiras, que parece ter aprendido a lição, começa a reagir ainda em um momento que pode lhe propiciar brigar na parte de cima do campeonato. Isso sem falar do Santos, que sobe a cada rodada e já é o 5º colocado, apenas 4 pontos atrás do Corinthians.

Todo o resto da história é quase um revival de 2009. O Verdão tinha Diego Souza e Cleiton Xavier na seleção brasileira e mais cinco desfalques entre contundidos e suspensos. Levou de 3X0 do Náutico, nos Aflitos e demarcou ali a mais surpreendente decadência técnica de uma equipe favoritíssima ao título. Ao menos até o BR09.

Resta saber se o restante dessa história irá se repetir. O Palmeiras chegou à última rodada de 2009 ainda sonhando com título, mas acabou fora até da Libertadores, causando uma crise técnica e interna que se arrastou até recentemente.

A queda do Corinthians dá-se praticamente no mesmo momento do campeonato. Mas ao contrário do maior rival na temporada passada, o alvinegro não tem a chamada “gordurinha” para queimar.

Tendo em vista o atual momento, mais ainda após a péssima partida de ontem, pode-se dizer que o Corinthians tem sorte por estar onde está ou encontrar o BR10 em sua reta final. Tivesse ainda mais rodadas e a briga do time seria outra e bem mais ingrata.

CHAZINHO DE COCA – PALMEIRAS ATROPELA O AVAÍ E PINTA DE VERDE OS RETROVISORES ALHEIOS.

Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Tom Dib (p/ o lancenet)
O Palmeiras vinha de 4 jogos de invencibilidade, obtendo três vitórias e um empate, este fora de casa, no clássico contra o Santos.

Fora de casa também vinham acontecendo os melhores resultados do time. Alguém se lembra da última derrota do Verdão fora de seus domínios? Pois eu refresco a memória do amigo feroz – Foi contra o Avaí, na estréia – em campo – de Felipão no Palmeiras – 4X2 para os donos da casa e uma boa atuação de Rivaldo, que lhe credenciou a vir vestir a camisa do Palmeiras.

Ou seja, meu camarada, o Palmeiras está a um turno inteiro sem perder como visitante. Uma campanha digna do que? De campeão. Sim. E que não me venham com cara feia, pois isso nada mais é do que uma reação de seu organismo a necessidade de ingerir alimentos. Grato.

O que fazia com que o time permanecesse na 2ª metade da tabela de classificação?

“Sapo enterrado”, “A bruxa do 71”, “zica corintiana – os caras ficam agourando nosso time, pô”

Chegaram a dizer que Felipão estava ultrapassado. Que Valdívia não vale o investimento. Ih, rapaz, cada absurdo.

Um time de futebol não se faz do dia para a noite. Nenhum comandante consegue dar liga às suas peças num passe de mágicas. Mais ainda quando elas chegam a prazo. Mas uma hora, vira.

Se quatro eram os jogos de invencibilidade. Quatro eram também o tanto de partidas sem vitória no Pacaembu. Eram…

Felipão vem acertando o time de trás para frente. E faz certo. O sistema defensivo do Verdão vem há tempos sofrendo poucos gols. O apagão aéreo de outrora já não atormenta mais.

O acerto no meio campo levou tempo. Mas na mesma medida em que o futebol de Valdívia cresce, o rendimento do time também salta em qualidade. Ainda que com três volantes – não é o esquema que nos enche os olhos, mas para um time que ainda padece de acerto, funciona bem.

Se pouco sofria gols, os mesmos não eram depositados na conta do ataque. Kleber, isolado taticamente (e tecnicamente), recebia só tijolos para arredondar. Isso antes de Valdívia entrar efetivamente no time.

Os 4X1 aplicados ontem contra o Avaí sugerem um jogo fácil. Não no 1º tempo, onde o Avaí teve as melhores chances de gol, sendo atraído ao ataque pelo exageradamente defensivo esquema armado – ou aplicado – na 1ª etapa.

Rivaldo, o mesmo que fez bonito – pelo Avaí – na última derrota Verde fora de casa, não pode ser titular de um time que pode contar com Lincoln. Talvez seja minha única ressalva as escolhas de Felipão.

Mas se não deu no coletivo, deu no individual. Deu no diferencial. O Avaí não o tem. O Palmeiras sim. Tem o chileno Valdívia, que achou um gol de cabeça, de costas, com seu metro e meio de altura, em meio a 417 beques catarinenses.

O primeiro gol do Mago em seu retorno ao time. Era só o começo.

O gol aumentou o ritmo do time, mas curiosamente foi nesse período que o Avaí chegou a seu gol – em impedimento – lance difícil, mas “apitável” – difícil, como todo bandeirinha e arbitro deve saber antes de escolher a profissão – e é só para isso que eles lá estão, mas ainda assim erram em demasia.

E então veio a 2ª etapa e com ela o diferencial predominou, arrebentou com o jogo.

Quando Valdívia chegou ao Palmeiras, em 2006, sua maior deficiência era o arremate a gol. Parece que os anos lhe endireitaram o pé.

Logo aos 4 minutos ele dominou na intermediária, cortou fácil o zagueiro e emendou um petardo, no ângulo esquerdo do Avaí. Um golaço! Arrisco-me a dizer que o mais bonito de seus 26 gols pelo Palmeiras.

Na sequencia outro lance polêmico. Esse um lance nada “apitável”.

Rivaldo entrou na área, cortou pela direita e caiu – sozinho – não foi pênalti. Ou foi o tipo de pênalti que só a juizada brasileira apita.

Se foi compensatório ou não, pouco sei. O que sei é que Kleber cobrou displicentemente e errou – “Ótimo! Grande goleiro! cheio de méritos!

Se esse era o lance para fazer o Avaí ressurgir, o tal do Zé Carlos tratou de afundar o Titanic catarinense ainda mais.

Após a defesa, o figura foi até Kleber e o agrediu. Sem maiores motivos, sem nenhum tipo de explicação. Uma situação patética. Mais ainda por ter o Avaí em seu banco de reservas o ótimo goleiro Renan, que já foi inclusive convocado para a seleção do Mano.

Patacoadas à parte, o juiz acertou uma – Aleluia! – expulsou o fanfarrão e anotou nova penalidade. Dessa vez Kleber não deu vacilo e marcou.

Em uma noite onde tudo deu certo, até Gabriel Silva arriscou seu petardo de fora da área e marcou outro golaço na noite estrelada do Palmeiras.

O Avaí que venceu no 1º turno por 4X2, tomou o revés no 2º por 4X1. Fosse mata-mata e o Verdão estaria classificado (#sulamericanafeelings).

Sulamericana que continua sendo o canal ideal para o Palmeiras chegar a Libertadores do ano que vem.

A.I.N.D.A que o crescimento do time no BR10 salte aos olhos de qualquer um.

Acabou a zica do Pacaembu e o que resta são as 5 partidas de invencibilidade, sendo quatro delas vitórias. Resta analisar que com 42 pontos ganhos, restam ainda 30 em disputa e 10 de diferença para o líder do campeonato.

Aliás, líder e vice-líder que vem tropeçando tudo o que podem e estacionaram em suas pontuações.

Ainda que o discurso de Felipão seja o de ter os pés no chão, no que ele está coberto de razão, a subida do Palmeiras já começa a esverdear o retrovisor do pessoal da frente.

Barbas de molho? Sinal vermelho aceso?

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Por falar em sinal vermelho, o feroz que nos acompanha também deve vir acompanhado de bom gosto musical, creio eu. Então vou deixá-los na Cia agradabilíssima de Siouxsie & The Banshees com a minha predileta deles: Red Light:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ilBjc3wWwDA&feature=player_embedded[/youtube]

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Cheers,

CHAZINHO DE COCA – PROFº ASSUNÇÃO DÁ AULA SOBRE COBRANÇAS DE FALTA E O PALMEIRAS SOBE.

Texto: João Paulo Tozo
Imagem: Tom Dib (p/ o Lancenet)

“Quando a falta é de muito longe, tem de bater forte. Busco fazer a bola quicar perto do goleiro. Se ele pegar a chance de dar rebote é grande”.

E tem mais.

“A chuteira tem de estar certinha, bem amarrada, o meião bem posto. O bico da bola fica virado para o gramado”.

Dicas de como se cobrar faltas, dadas por um cara que faz do Palmeiras o time com a bola parada mais eficaz do futebol brasileiro. De um cara que determinou mais um excelente resultado do ascendente Palmeiras no BR10 e dessa vez em casa, contra um dos candidatos ao título.

Os 2X0 demonstram o bom futebol do Verdão contra o Inter, mas não retrata a dificuldade que foi a partida. Tanto que as duas primeiras oportunidades de gol foram dos visitantes.

Mas além de Assunção, Valdívia e Tinga começam a encaixar seus jogos no meio campo. As antes retangulares bolas que Kleber recebia no ataque começaram a ficar arredondadas. A aproximação do meia chileno no camisa 30 tornou o time ofensivamente muito mais eficaz. A prova disso foi o aumento significativo dos gols do time. Contra o Inter foi a 3ª vitória consecutiva, com 6 gols marcados e só 1 tomado.

Os gols foram de Assunção, ambos em cobranças de falta. Mas um dos lances mais sensacionais da partida mostra o que afirmo acima.

Partindo com bola dominada em meio a 6 marcadores do Inter, Valdívia fez grande jogada, passou por todos e ainda viu Kleber abrir sozinho, sem marcação. Rolou a bola para o atacante, que completamente livre, perdeu gol feito. Tipo da jogada que não acontecia no “antigo” Palmeiras, que vivia praticamente de um “bumba-meu-boi” sem organização alguma.

O problema nunca foi a zaga. Parece que não é mais o ataque.

Enquanto isso Tinga mostrava o futebol que o tornou objeto de desejo de muitas grandes equipes do futebol brasileiro. Aplicou chapéu, deu rolinhos, armou belas jogadas e talvez explique a razão de Felipão ainda não achar ser a hora de Lincoln jogar ao lado de Valdívia.

Com 38 pontos o Palmeiras chega a 8ª colocação no BR10. Sábado enfrenta o Santos, 7º colocado com os mesmos 38 pontos, a frente por ter uma partida a menos e duas vitórias a mais. Se mantiver o bom momento e voltar a vencer, o Verdão pesca mais essa colocação de um rival direto.

Voar mais alto nesse BR10 é possível, mas antes é preciso cortar as asas daqueles que já voam acima das cabeças alviverdes. A distância ainda é grande. Para o G3 são 9 pontos. Só que mais do que pensar nesse Brasileirão, as boas partidas do Palmeiras devem animar o torcedor para a Copa Sulamericana, onde o time tem toda a condição de obter o sonhado êxito.

Despeço-me do camarada que me acompanha com o petardo musical do dia. Dinosaur Jr – Over It:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=TiiWxhGnYJU&feature=player_embedded[/youtube]

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