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NO CANINDÉ, QUEM MANDA É A LUSA

Antes de tudo, superando a paixão, escrevo este texto logo após meu time ser derrotado pela Lusa por 3 a 0 e se enraizar na zona do inferno!

Pois bem. Entre segunda e terça-feira, muito se dizia que era questão de honra o Palmeiras vencer a Portuguesa para conseguir deixar a zona de rebaixamento. O Verdão entrara como favorito. Porém, o principal problema é que todos se esqueceram que a Portuguesa, apesar de ter perdido para a Ponte Preta no último sábado, vinha de uma série invicta de oito jogos no Brasileirão. Portanto, não seria tarefa das mais fáceis para o time de Felipão obter êxito no Canindé. E, de fato, não foi.

Com a bola rolando, como deve ser, vimos uma Lusa que demonstrou durante os 90 minutos uma aplicação tática formidável, além de um contra-ataque velocíssimo, não dando chances em nenhum momento ao Palmeiras e, assim, afundando-o de vez no lamaçal da zona da degola.

Com uma ótima atuação de Ananias, dois gols do artilheiro Bruno Mineiro (o primeiro, uma bela cabeçada) e um de Moisés, a equipe do técnico Geninho se firmou na parte intermediária da tabela e retomou a boa fase na competição.

O que faltou de raça ao Palmeiras, sobrou para a Rubro-Verde.

E MAIS: invicta nos clássicos neste BR-12, a Lusa quebrou mais um tabu em sua história: desde de 2005 não vencia o Palmeiras. Até então foram 9 jogos, com 4 vitórias do rival e 5 empates. Boa, Lusa!

Como salientei no último post onde mostrei cálculos e caminhos para fugir do descenso, o fator Canindé + torcida seriam fundamentais para a permanência do clube paulista na elite do esporte bretão nacional. Hoje vimos um exemplo disto. Embora em menor número em sua própria casa, a massa lusitana compareceu, fez barulho e apoiou a equipe do início ao fim, mostrando realmente que o Canindé é, de fato, vermelho e verde. E quem manda nele de verdade é a Portuguesa, ora pá!

Sei que ainda é cedo para cravar que a Lusa não caí, porém aos que no início disseram que sim, neste momento devem estar queimando a língua e vendo que futebol se decide mesmo dentro de campo.

Como deve ser e sempre será!

Bruno Mineiro decide mais uma vez para a Portuguesa (Foto: Ale Vianna / Agência Estado)

 

SEGUNDO TURNO: HORA DA MATEMÁTICA

Finalizado o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, resta agora ao torcedor da Lusa começar a fazer as contas para a possível permanência do clube na elite do futebol nacional.

Após desempenhar uma campanha satisfatória, levando-se em consideração o elenco limitado, a equipe paulista entrará nesta segunda metade do certame com uma missão um pouco indigesta: vencer mais em casa e, principalmente, fora.

No último sábado 25, diante da Ponte Preta, em Campinas, os comandados de Geninho defendiam uma série invicta que já durava incríveis 8 jogos. Porém, sem apresentar um bom futebol, a Portuguesa acabou derrotada pela Macaca, adversária direta na briga contra o rebaixamento. Gian Carlo, estreante no ataque da equipe campineira , marcou os gols dos donos da casa. Um deles, o primeiro da vitória por 2 a 1, um golaço! Uma meia-bicicleta com estilo!

De positivo, fica a certeza de que a cada jogo Bruno Mineiro dá sinais de que, enfim, resolveu o problema da camisa 9 lusitana. Mais um gol para a conta do artilheiro.

Segundo o Professor Kmarão (matemático do Diário Catarinense), para não cair, os times que rondam a zona da degola terão que fazer entre 43 e 44 pontos. Portanto, no caso da Portuguesa, com seus atuais 22, podemos dizer que 7 vitórias nos próximos 19 jogos seriam suficientes para manter o clube na primeira divisão.

Ou seja, um aproveitamento de 36,85%. Nenhum primor de desempenho, fato. Entretanto, basta ser regular em casa e complicar fora. Algo possível neste incerto Brasileirão. Em tese, basta usar o primeiro turno como modelo: 22 pontos em 57 possíveis. Traduzindo em números, 38,59%.

De fato é que no projeto de permanência na Série-A, o Canindé e a torcida serão fatores preponderantes para obtenção do sucesso rubro-verde. Pena que a “inteligente diretoria” não pense assim, insistido no ingresso a R$ 40,00.

Na próxima quarta, abrindo o segundo turno e com o ingresso possivelmente cobrado ao valor de 40 moedas, a Portuguesa entrará em campo, no Canindé, às 20h30, para enfrentar o Palmeiras de Felipão, mais um adversário direto, que atualmente também faz contas para escapar do descenso.
(Acompanhe aqui o texto de João Paulo Tozo sobre os riscos alviverdes: http://www.ferozesfc.com.br/reage-palmeiras/)

A batalha está lançada. Sobrará quem errar menos. Que seja a Lusa…

 

CONSOLIDAÇÃO DA BOA FASE

No inconstante e confuso Brasileirão, quem conseguir o mínimo de regularidade possível certamente alcançará seus objetivos ao final da competição.

Sabendo disto, a Portuguesa, que vinha de um empate em casa contra o Botafogo, na última rodada, conquistou ontem, contra o Grêmio, no Olímpico, sua primeira vitória longe do Canindé. E não foi qualquer vitória não. Foi uma “grande vitória”!

Uma vitória de peso, que dá moral, que consolida a grande fase que atualmente atravessa a equipe dirigida por Geninho. Que evidencia destaques individuais, como a boa fase vívida pela dupla Bruno Mineiro-Ananias – autores dos dois gols da vitória em solo gaúcho. Do firme sistema defensivo, liderado por Dida. Do meio campo pegador, do raçudo Léo Silva. Do bom lateral Marcelo Cordeiro, um dos líderes da equipe. Enfim, este é o time da Portuguesa. Que não conta com “super-stars da bola”, mas busca na limitação de seu elenco a força para alcançar, jogo a jogo, o sucesso, a permanência na elite.

Com 21 pontos ganhos e uma confortável 11°colocação alcançada, a próxima batalha lusitana será diante do forte Internacional, domingo, às 18h30, no Canindé. Caso o resultado seja de vitória, não se surpreenda: a “lusinha” encorpou e ainda vai aprontar muito por aí! Que o diga o Grêmio, não?

Ananias celebra o primeiro gol da Portuguesa (Foto: Wesley Santos / Futura Press)

Até a próxima!

ASCENSÃO

Em um ano aonde as coisas não tem andado muito bem, o atual momento da Lusa no Campeonato Brasileiro deve ser comemorado e, muito, por sua fanática torcida.

No último sábado (4), a Portuguesa enfrentou o lanterninha Figueirense, no Canindé, e conquistou sua segunda vitória consecutiva na competição. Apresentando um convincente futebol à seus adeptos, que compareceram em grande número ao charmoso estádio localizado na Marginal Tietê, o time comandado pelo “Pequeno Gênio” deu um salto significante na tabela de classificação, ultrapassando, inclusive, o pomposo Flamengo de “Paty Amorim”.

Essa foi a primeira vez que a Rubro-Verde conseguiu dois êxitos seguidos no Nacional. No total, são quatro vitórias em 14 jogos, com 16 pontos ganhos e a 12°colocação alcançada.

Além da calmaria e boa fase que andavam distantes do CT do Parque Ecológico, a Lusa finalmente parece ter resolvido um problema crônico que tirava o sono de seu torcedor: a falta de gols e, principalmente, de um autêntico camisa 9.

Bruno Mineiro, contratado por empréstimo junto ao Atlético-PR, chegou, vestiu o manto e foi para o jogo. Resultado? Gol.
Discreto, o centroavante experiente aproveitou uma das únicas chances que teve durante a partida e deixou sua marca, sendo decisivo para a conquista dos importantes três pontos. Ananias, jogador querido pela torcida, também deixou o seu, em grande estilo, fechando o placar( 2 a 0).

O momento é de ascensão, mas também de incerteza. A pergunta que não quer calar é: será que este time manterá o embalo até o final do certame? Creio que não, obviamente. O campeonato é longo, é necessário ser regular, algo muito difícil no sistema de pontos corridos. Por conta disto, Geninho não pretende estipular metas e, sim, focar jogo a jogo, buscando superar as dificuldades e se manter longe da zona de rebaixamento, objetivo principal do clube.

Buscando agora a primeira vitória fora de casa, a Lusa enfrenta o Bahia, em Salvador, quarta-feira, às 20h30.
Se vencer, o sonho por uma vaga na próxima edição da Sul-Americana pode começar a se tornar possível.

Até a próxima!