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NINGUÉM QUER SER O FLAMENGO DE 2009

Petkovic e Adriano festejam o Hexa do Flamengo, em 2009 (Imagem: Google)
Petkovic e Adriano festejam o Hexa do Flamengo, em 2009 (Imagem: Google)

E agora? Ninguém quer ganhar o BR14! O líder Cruzeiro, pelo visto, entrou em modo “stand by”, proporcionando oportunidades de ouro para que alguém tome sua liderança e conquiste seu título – semelhante ao que ocorreu lá em 2009, quando o Palmeiras, do presidente Belluzzo e dos técnicos Luxemburgo, Jorginho e Muricy chegou até a 38°rodada disputando o título e acabou fora da Libertadores.

O mais incrível é que esta fatalidade não acontecerá com o Cruzeiro, embora seja possível.

O que salta aos olhos é que desta vez não há nenhum concorrente que se assemelhe ao Flamengo, campeão daquele ano de maneira espetacular. Na época, o Rubro-Negro, regido pela dupla Petkovic e Adriano, no melhor estilo come-quieto sob a batuta do interino Andrade, abocanhou o hexa no embalo da torcida e, principalmente, no vacilo alheio, chegando a última rodada brigando com mais três, mas dependendo apenas de uma vitória simples para fazer a festa. No final, todos sabem o que aconteceu.

Voltando ao presente, o São Paulo, do quarteto que ultimamente vem desafinando em apresentações importantes, praticamente saiu de cena por errar a letra novamente. O empate sem gols em Chapecó tratou de confirmar o que tem sido a tônica neste campeonato da equipe do Morumbi: os inalteráveis sete pontos de diferença para o primeiro colocado. Só lembrando que em 2009, a esta altura, o Flamengo tinha 6 pontos de diferença para o líder Palmeiras.

E o que dizer do Internacional, que teve o título na mão a poucas rodadas? Logo após ser goleado pela Chapecoense, em seguida, o Colorado jogou pela honra contra o Fluminense, venceu sob lágrimas, empolgou a torcida mas voltou ao normal. Os últimos dois tropeços foram cruciais para, praticamente, liquidar às chances dos gaúchos de sair da fila. Nem a vaga para a Libertadores-15 virou uma certeza no Beira-Rio, já que a equipe de Abelão deixou o grupo dos quatro primeiros.

Após uma semana da eliminação histórica para na Copa do Brasil, o Corinthians emplacou dois bons resultados, um deles diante do Inter, fora de casa, e ocupa agora a terceira colocação, com 52 pontos. Teoricamente, ainda há esperanças. Em contrapartida, o futebol dentro de campo pouco empolga.

Dos outros três, talvez o único que carregue consigo meras semelhanças com o Fla-09 seja o próprio Galo, semifinalista, assim como rival local, da Copa do Brasil. Líder do segundo turno, com 21 pontos, o Atlético sofreu recentemente um tropeço frente ao Bahia, fora de casa, resultado que ainda o manteve no G4. Resta saber se a equipe de Levir Culpi reunirá forças para brigar e bicar os dois troféus.

Fato é que não existe razão que possa explicar tamanha irregularidade de elencos tão caros e, até certo ponto, qualificados (no papel) por sucumbirem de maneira tão pífia da briga por um título cada vez mais palpável.

O Cruzeiro, que agora necessita de apenas 4  vitórias para levar o bi, mostrou nas últimas partidas que não é o super time que muitos diziam ser imbatível, porém ainda assim consegue a proeza de ser regular até na sorte.

Aos concorrentes, somente uma sequência de vitórias que beire à perfeição para mudar a certeza. Para mudar a história.