E lá vêm os campeões!
Pois é, meus camaradinhas, domingo tivemos muitos jogos decisivos de diversos estaduais pelo Brasil. Se em grande parte deles vimos a consagração de algumas coisas que todos já esperavam – até certo ponto -, em outros tivemos algumas surpresas não tão felizes.
Em Minas Gerais
Que sapecada! O Cruzeiro empreendeu a maior goleada da história do clássico mineiro em cima de seu maior rival, o Galo. Cinco a zero em um jogo de final, uma vitória indiscutível e incontestável, de um time infinitamente superior no momento. Destaques para Wagner e Ramirez, dando baile na zaga atleticana.
Com esse resultado o Cruzeiro vai cheio de moral para Buenos Aires enfrentar o sempre temível Boca Juniors amanhã, em partida da Libertadores.
E fica a pergunta: será que o torcedor atleticano vai se lembrar do Centenário como o “ano da goleada vergonhosa”?
No Rio de Janeiro
O primeiro jogo da final carioca foi uma aula de xadrez. O Flamengo quase completo pegou o desfalcado Botafogo e venceu pelo magro placar de um a zero, em partida em que Joel Santana deu um “nó tático” em Cuca ao escalar um time mais ofensivo, forçando o time alvinegro a jogar mais na defensiva, estilo que não é a sua praia.
Mesmo com um primeiro tempo chato, muito brigado mas pouco criativo, o jogo fez a alegria das duas torcidas. Primeiro a do Flamengo, que coloca uma mão na taça. Depois a do Botafogo, que com muitos reservas em campo conseguiu sair com um placar que deixa tudo em aberto para o próximo fim de semana.
Lembrando que o Flamengo joga amanhã no México contra o América, uma partida desgastante, que pode ajudar muito o Botafogo no domingo. Mas time grande é isso, joga diversas competições simultaneamente e tem sim a responsabilidade de sair bem classificado em todas.
Em São Paulo
Deu o esperado. A Ponte não conseguiu segurar o Palmeiras em Campinas e saiu com um gol na sacola. É necessário dizer que, além dos méritos do alviverde, a Macaca muito contribuiu para o resultado. A Ponte Preta se comportou como time pequeno.
Com muita nervosia e pouca criatividade, o time de Campinas abusava das ligações diretas da zaga ao ataque, dando espaço para o Palmeiras se organizar. Não que o time da capital tenha jogado brilhantemente – longe disso! – mas fez o bastante para sair com a vitória.
Tenho que ser honesto: esse jogo me deu sono. Tanto sono que saí no final do primeiro tempo para ver o show do Ultraje à Rigor na Virada Cultural. Aproveitando essa minha doença que me deixou de cama ontem, assisti ao segundo tempo e percebi que fiz a escolha certa no domingo. Não perdi nada largando o jogo pela metade.
Domingo está tudo mais do que certo para o Palmeiras comemorar seu título paulista depois de nove anos de fila. Por mais que o Verdão historicamente perca títulos no Palestra contra times do interior, acho muito difícil a Ponte fazer dois gols na casa do adversário. Mesmo com o jogo de amanhã pela Copa do Brasil, onde o Verdão irá pegar o Sport na Ilha do Retiro.
Palmeiras, 22 títulos paulistas na sala de troféus. Ponte Preta, o eterno vice.
Pois é, meus camaradinhas, me despeço aqui com muita coriza e muito catarro, ao som do Ultraje à Rigor – Filha da Puta. Porque o futebol está cheio deles, principalmente na cartolagem.
Aquele abraço!