Finalizado o período legal de transferências europeu e muitas foram as novidades de última hora na movimentação dos clubes para formação dos respectivos elencos visando as disputas já iniciadas da temporada 2013-2014, além das contratações já efetuadas previamente ao longo do período estival de férias no Velho Continente.
O mercado fechava as portas no último dia 3, segunda-feira (tardiamente, diga-se de passagem). Especulações voavam por todas as partes e, desde as compras milionárias, passando pelo grupo de jogadores insatisfeitos nos seus empregos, até os sem nenhum lugar ao sol onde estavam, enfim, todos se movimentavam às pressas para resolver a vida.
Iniciando com o esbanjador Real Madrid, que havia elegido o mais novo sonho de consumo: o galês Gareth Bale do Tottenham Hotspur. Digno de telenovela estilo dramalhão, a aquisição recorde do mercado da bola foi resolvida somente no apagar das luzes da janela de transferências e Bale transforma-se na grande esperança madridista de se tornar companheiro histórico de ataque do português Cristiano Ronaldo.
Já a vida de Ricardo Kaká, antigo objeto de desejo de Florentino Pérez que o tirou do Milan, nunca foi fácil como merengue.Para piorar as coisas, além de amargar a reserva durante quase todo o tempo em que esteve por Madri, não viu luz no fim do túnel sequer ao lado de Carlo Ancelotti (treinador do brasileiro no Milan campeão europeu de 2007). Para levar a vaca para o brejo em definitivo, Kaká viu nomes como o também ex-são-paulino e desacreditado Casemiro ganharem prestígio com o técnico italiano. Resumo da ópera: chega de esperar 2015, ano do término do vínculo contratual, a solução para Kaká foi forçar a situação e fazer o caminho de volta para o Milan. Resta agora saber como jogará no esquema tático de Massimiliano Allegri com Stephan El-Shaarawy e Mario Balotelli à frente.
Kaká era reserva de jogadores como o alemão Mesut Özil no Real Madrid, portanto a saída do brasileiro era lógica. Até certo ponto surpreendente foi a partida do próprio Özil, no último momento, e criticada por muitos em Madri e na Alemanha como o técnico da Seleção Joachim Löw o fez. Melhor para o Arsenal de Arsène Wenger, que possui justíssima fama de econômico no mercado da bola, e, finalmente, concretizou negociação de peso. Özil poderá ter papel preponderante em equipe que começou a temporada desacreditada, mas que recuperou-se a tempo e traz grandes esperanças aos torcedores Gunners.
Falando de times ingleses, esperava-se que o “lanterna” no quesito contratações seria o próprio Arsenal, mas parece que o troféu da categoria ficou por conta do poderoso Manchester United que, ao apagar das luzes, conseguiu apenas trazer o único bom reforço do belga Marouane Fellaini junto ao Everton.
O Everton ficou sem Fellaini e teve que se contentar com outro belga nos seus quadros para a temporada atual. Trata-se de Romelu Lukaku, ex-jogador do Chelsea, que pode ter decretado sua saída por empréstimo após perda de penalidade contra o Bayern na Supercopa da Europa.
Sim, o Chelsea, que trouxe de volta seu técnico ídolo, José Mourinho, e foi buscar o brasileiro Willian Borges da Silva, ex-Corinthians, que se destacara no Shakhtar Donetsk ucraniano com passagem pelo Anzhi russo.
Outro que saiu por falta de espaço como titular foi o alemão Mario Gómez que mudou-se em busca de ares renascentistas na Toscana ao assinar com a Fiorentina, um dos italianos que buscam exatamente um renascimento do futebol no país ao lado do Napoli, que supriu a saída do técnico Walter Mazzarri para a Internazionale com o espanhol Rafa Benítez e no ataque o franco-argentino Gonzalo Higuaín, outro debandado do Real Madrid.
Uns chegam e outros partem da Itália. Foi o caso de Kevin Prince Boateng que deixou o Milan e fechou com o Schalke 04 de Gelsenkirchen. Grande perda para os milanistas, ainda que Boateng tenha tido uma última temporada apagada.
E o Atlético Madrid, bem treinado pelo argentino Diego Simeone, foi buscar revelação holandesa do Ajax. Toby Alderweireld de 24 anos esteve a um passo do Liverpool, mas o clube inglês chegou atrasado na negociação bem sucedida dos espanhóis.
Agora é esperar e conferir quem acertou e quem errou nos reforços de elencos.
É o maior clássico do futebol inglês, a rivalidade mais efervescente. Na verdade, rivalidade de clubes que expõe rivalidade entre cidades. Mas, hoje, a distância técnica entre Manchester United FC e Liverpool FC é flagrante e no clássico de Old Trafford não poderia ter havido outro vencedor além dos anfitriões por 2×1 em partida válida pela 22ª rodada da Premier League.
E foi exatamente isso. Tratou-se de confronto onde a rivalidade esteve mais aflorada que aspectos técnicos, dada a dimensão do jogo.
O motivo? Basta recordar que, de um lado, estava em campo equipe super gigante, liderando a liga mais badalada do mundo com folga e com treinador que já tem sua história confundida com o clube que dirige. Eis o Manchester United de Alex Ferguson. Do outro lado, um Liverpool em reconstrução nas mãos do técnico Brendan Rodgers. O maior campeão inglês da Champions League paga o preço da entressafra.
O quesito de maior equilíbrio no clássico ficou por conta dos artilheiros Robin Van Persie (16 gols) pelo lado do United e o polêmico Luis Suárez (15 gols) do Liverpool.
Item do pacote que tratou de ser vencido por Van Persie que abriria o placar aos 18 minutos de jogo. Impressionante a capacidade do craque holandês em marcar. Já são 17 gols na atual temporada da Premier (apenas 1 gol de pênalti).
Nemanja Vidic ampliou no 2º tempo, mas o recém chegado do Chelsea, Daniel Sturridge, recolocaria os visitantes no jogo em apenas 3 minutos.
Sturridge ganhou a oportunidade de voltar a viver na sua cidade natal e teve chance de ouro de consagrar-se na nova casa ao receber bola na área para concluir, mas arrematou acima do gol a 5 minutos do final.
Manchester United líder na mesma condição confortável.
A vitória Red Devil no clássico colocou pressão no arquirrival Manchester City que também precisou encarar um clássico na rodada. Em missão ainda mais difícil, os Citizens foram a Londres enfrentar o Arsenal no Emirates Stadium.
E os Gunners voltaram a exibir limitações e sucumbiram em casa perante adversário de envergadura.
É bem verdade que os visitantes encontraram maior facilidade após expulsão de Laurent Koscielny ao cometer penalidade em Edin Dzeko que perderia a cobrança.
Assim, O City utilizou-se da vantagem numérica de jogadores para definir o placar no 1º tempo.
O Arsenal somente teria oportunidade de jogar em igualdade a 15 minutos do final da partida quando Vincent Kompany também foi expulso por entrada em Jack Wilshere.
A equipe de Arsène Wenger até demonstrou espírito de luta, mas foi pouco para reverter quadro desfavorável perante os atuais campeões nacionais.
Os campeões europeus do Chelsea FC recuperaram a 3ª posição do campeonato ao bater o Stoke City graças a ótimo 2º tempo dos Blues e dois gols contra marcados pelo desafortunado Jonathan Walters em vitória por 4×0. Foi a primeira derrota do Stoke como anfitrião na atual temporada da Premier League.
Além da goleada imposta fora de casa, o Chelsea foi ajudado pelo empate entre Queens Park Rangers e Tottenham Hotspur por 0x0. Empate conquistado pelo QPR graças a forte sistema defensivo montado pelo técnico Harry Redknapp, além de duas magníficas defesas do goleiro brasileiro Júlio César. Confira.
Em outra partida de maior relevância na rodada, o Everton do treinador David Moyes recebeu os galeses do Swansea City. Apesar da expectativa, ficaram sem gols.
Rodada que manteve a distância abissal do Manchester United sobre o rival City, recolocou o Chelsea no 3º posto à frente do Tottenham e provocou pequeno distanciamento do Everton sobre o Arsenal. Ambos ainda sonham com vaga na próxima edição da UEFA Champions League.
Em semana de UEFA Champions League, as principais equipes europeias foram a campo pelos seus campeonatos nacionais no sábado e protagonizaram momentos que variaram desde a renovação de esperanças para alguns até a percepção de que nem tudo são flores para outros. Entre os maiores destaques estão desde a expulsão de Zlatan Ibrahimovic na França até o polêmico pedido da camisa de Robin Van Persie por parte de André Santos na Inglaterra.
Premier League
O maior destaque da 10ª rodada do Campeonato Inglês ficou por conta do clássico entre Manchester United e Arsenal em Old Trafford com vitória final dos anfitriões Red Devils por 2×1 sobre os Gunners.
Os holofotes estavam sobre o atacante holandês Robin Van Persie que enfrentava pela primeira vez sua ex-equipe, lembrando a polêmica saída do craque da equipe de Londres.
E foram necessários menos de 3 minutos para que Van Persie marcasse contra seu ex-clube. Mas, não bastassem as faíscas que voavam ao redor do confronto, eis que o brasileiro André Santos resolveu acender de vez a fogueira e iniciar o mega incêndio que se alastrou no mundo do futebol inglês ao pedir a camisa do artilheiro holandês como recordação logo após o final do 1º tempo de jogo.
Procedimento mais que corriqueiro na América do Sul, trata-se de algo pouco ou nada compreendido no mundo europeu, ganhando ares de revolta por parte dos jogadores e da torcida do Arsenal devido à fraca atuação do brasileiro e do restante do time na partida seguida da derrota final.
Wayne Rooney perderia penalidade e, no 2º tempo, Patrice Evra ampliaria para o United com os visitantes marcando seu gol de honra nos acréscimos com Santiago Cazorla.
Ao final, liderança isolada para o United na EPL e princípio de crise pelos lados do Arsenal.
O técnico Arsène Wenger, também criticado, precisou vir a público nesta segunda-feira para defender André Santos. Antes de tudo, o ex-corintiano desculpou-se pelo ato perante o grupo. Em seguida, Wenger tentou colocar panos quentes no imbróglio.
Segundo o treinador francês, a intenção é não fazer tempestade em copo d’água em relação ao episódio, já que ele está ciente da prática comum de troca de camisas entre os sul-americanos. Contudo, deixou claro que é algo que um inglês ou um francês (como ele, Wenger) têm dificuldade de entender.
De resto, Wenger elogiou o comportamento de André Santos ao afirmar ser o brasileiro um jogador que se importa, sério e querer fazer bem as coisas.
Panos quentes e rasgações de seda à parte, a imprensa inglesa noticia que André Santos deverá perder a vaga na lateral esquerda contra o Schalke 04, em partida válida pela Champions League, para Thomas Vermaelen, que será deslocado para a esquerda, com Laurent Koscielny na zaga central.
Menos pela troca de camisas e muito mais pela má atuação contra o Manchester United, desculpas pedidas não foram suficientes para manter o brasileiro no time titular por ora.
Ainda de relevante na rodada, o Tottenham Hotspur de André Villas Boas foi derrotado em casa pelo Wigan Athletic por 1×0, causando mal estar em relação ao trabalho do treinador português pelos lados de White Hart Lane. Chelsea e Manchester City perderam o ritmo em relação ao Manchester United e somente empataram em seus jogos. Os campeões europeus foram a Gales e ficaram no 1×1 com o Swansea City e os campeões ingleses ficaram sem gols contra o West Ham.
Empate do City que causou polêmico desabafo do técnico Roberto Mancini. Segundo o italiano, o City ainda não está preparado para vencer a Champions League. Lembrando a crítica situação pela qual o time passa na competição europeia.
O grande destaque da Ligue 1 francesa foi a derrota do endinheirado Paris Saint Germain em casa para o Saint Etienne por 2×1. Não somente pelo resultado, a surpresa também ficou por conta da expulsão do atacante Zlatan Ibrahimovic que, em dividida, aplicou verdadeiro chute marcial no goleiro adversário, Stéphane Raffier.
Tanto a expulsão de Ibrahimovic quanto a apatia do time do técnico Carlo Ancelotti resultaram na derrota dos anfitriões. Demonstração de que há longo caminho a percorrer pelos lados de Paris. Dinheiro ajuda, e muito, mas não é tudo neste mundo.
Com a derrota do PSG, o campeonato embolou na briga pela liderança graças às vitórias do Olympique Lyon por 5×2 contra o Bastia e do Olympique Marseille fora de casa contra o Ajaccio por 2×0.
Pelos lados da bota, a cidade de Turim assistiu atônita a Internazionale visitar a Juventus e vencer por 3×1 de virada.
A surpresa ficou por conta da virada interista, bem como o surgimento do contraponto da campeã Juventus na Itália.
Juventus Stadium lotado e o emocionante hino dos anfitriões cantado pelo público, o início não poderia ter sido melhor com o gol inaugural de Arturo Vidal com 19 segundos de jogo.
Mas, no clássico da rodada, a Juve empacou no 1×0 parcial e, no 2º tempo, a Inter achou seu caminho com dois gols de Diego Milito (o primeiro de pênalti) e Rodrigo Palácio finalizando com os donos da casa aos 43 minutos.
Ruim para a Juventus, que está em relativa dificuldade na Champions League, e ótimo para a Inter que traz competição para a Série A italiana.
O Milan ensaia ressurgir. A equipe de Massimiliano Allegri, sempre ameaçado no cargo de técnico, fez impiedosos 5×1 no Chievo Verona com destaques para Ricardo Montolivo e Stephan El-Shaarawy.
Outro tradicional que tenta reerguer-se é a Roma. Desta vez, os Gialorossi não decepcionaram em casa e fizeram 4×1 no Palermo.
Já o arquirrival local, a Lazio, decepcionou e foi goleada pelo Catania por 4×0.
No outro clássico da rodada, o Napoli recebeu o outrora gigante Torino. O time anfitrião levou duro castigo no Estádio San Paolo de Nápoles ao sofrer gol de empate de Gianluca Sansone nos acréscimos após gol inaugural de Edinson Cavani.
Na Espanha, Barcelona e Real Madrid venceram seus jogos, mas os astros Lionel Messi e Cristiano Ronaldo não marcaram.
O Barcelona fez 3×1 no Celta Vigo e o Real Madrid goleou o Zaragoza por 4×0, mas o principal jogo da rodada ficou por conta de Valência e Atlético Madrid.
Roberto Soldado continua a mostrar ótimo futebol e marcou o primeiro gol do Valência na vitória por 2×0. Haedo Valdéz encerrou o placar nos acréscimos. A decepção ficou por conta de Radamel Falcão García que não marcou desta vez.
Foi a primeira derrota do time de Diego Simeone que permitiu o descolamento do líder Barcelona na classificação.
Na Bundesliga alemã, o atual campeão Borussia Dortmund não conseguiu derrotar o Stuttgart no Signal Iduna Park lotado com 80 mil fãs e ficou apenas no 0x0.
O vice-líder Schalke 04 perdeu como visitante para o TSG Hoffenheim em grande partida decidida com gol de Saven Schipplock nos acréscimos. O goleiro Tim Wiese também contribuiu para a vitória dos anfitriões.
Melhor para o Bayern que foi à cidade portuária de Hamburgo para derrotar a equipe local por 3×0 com gols de Bastian Schweinsteiger, Thomas Müller e Toni Kroos.
Quem mantinha boa campanha, mas tropeçou na rodada, foi o Eintracht Frankfurt. A equipe recebeu o modesto Greuther Fürth e ficou no 1×1 final.
Com uma partida a mais realizada, os campeões europeus do Chelsea FC lideram a English Premier League. São três jogos e três vitórias para os Azuis londrinos. Campanha perfeita até o momento. Já em Manchester, Robin Van Persie faz seu primeiro gol como jogador do United e Shinji Kagawa, além de também marcar, faz outra ótima partida pelos Red Devils.
Jogando em Stamford Bridge, o Chelsea de Roberto Di Matteo fez nova partida segura contra o bom Newcastle.
Justamente pelo bom retrospecto do visitante havia grande expectativa sobre a partida em Londres, mas os anfitriões mostraram porque são os campeões da Europa e fizeram 2×0 com gols de Fernando Torres e Eden Hazard. O belga, aliás, foi novamente o destaque da partida e continua a garantir a titularidade do time, empurrando Oscar dos Santos para o banco. A propósito, Di Matteo não lançou o brasileiro no decorrer da partida.
O Stoke City recebeu o Arsenal e os Gunners mostraram ainda não ter superado a partida de Robin Van Persie. Para piorar, os novos integrantes do elenco comandado por Arsene Wenger, Lukas Podolski e Olivier Giroud, além de Gervinho e Theo Walcott não deram conta do recado e o jogo terminou sem gols no Britannia Stadium.
Falando em Robin Van Persie, o holandês marcou seu primeiro gol pelo Manchester United na vitória por 3×2 sobre o Fulham. Mais que isso, o japonês Shinji Kagawa mostrou novamente que veio para ficar no futebol europeu ao repetir grande atuação e, desta vez, com gol. Ainda assim, o Fulham foi um bravo adversário ao sair na frente no placar e ainda reduzir o déficit para 3×2 no 2º tempo. Rafael marcou o terceiro gol do United. Damien Duff e Nemanja Vidic fizeram para os visitantes.
No clássico da rodada, o Liverpool, pós choque elétrico em 220 volts levado por autoria do West Bromwich, teve compromisso difícil em casa contra os campeões nacionais do Manchester City. Martin Skrtel fez o gol único da etapa inicial. Yayá Touré empataria aos 18 minutos do 2º tempo. Alegria que duraria três minutos, já que Luis Suárez faria o segundo gol dos anfitriões. Mas, a 10 minutos do final, Carlos Tevez conseguiria o empate e o importante ponto para os Citizens em Liverpool.
Quem mantém a passada forte por ora é o Swansea City do técnico Michael Laudrup. Os galeses receberam o West Ham e fizeram 3×0 com gols de Angel Rangel, Michu e Danny Graham. O Swansea é sempre uma grata surpresa na EPL. Resta saber até quando durará o fôlego galês.
Se o Liverpool está claudicante, o rival local Everton continua bem no início da temporada. Jogando em Birmingham, nova vitória, agora por 1×3 contra os anfitriões do Aston Villa. Vitória que marcou a quebra de tabu de 7 anos sem vencer no Estádio Villa Park.
Em White Hart Lane, o Tottenham Hotspur teve domínio do jogo, conseguiu seu gol com dificuldade somente aos 29 minutos do 2º tempo e, quando os três pontos pareciam garantidos, James Morrisson empatou a partida o West Bromwich. O 1×1 final foi um castigo para os Hotspurs e as primeiras cornetas já começam a ser captadas no aparelho auditivo de André Villas Boas. O gol dos anfitriões foi marcado por Benoit Assou Ekoto.
Confira os resultados da 2ª rodada e a classificação com o Chelsea com três jogos realizados e a partida entre Sunderland x Reading adiada devido às chuvas.
Sob comando do atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, o Milan goleia o Arsenal por 4×0 num San Siro com gramado deficiente, um Arsenal inexistente, que só não faz o torcedor “rossonero” dar a classificação como certa devido ao trauma de 2004 contra o Deportivo La Coruña. Tudo isso na despedida de Thierry Henry da Europa.
O esperado duelo entre Ibrahimovic e Robin Van Persie ficou para o jogo da volta em Londres, pelo menos por parte do holandês do Arsenal, menos por sua culpa e mais pela forma como sua equipe foi armada por Arsene Wenger, bem como o desempenho “Gunner” em geral.
Foi menos difícil que esperado para os italianos.
De negativo somente a contusão precoce de Clarence Seedorf que deu lugar a Urby Emanuelson, menos habilidoso, porém mais dinâmico em termos de movimentação.
Ibra logo mostrou que comanda o time do Milan. Movimentava-se pela direita, pela esquerda, assistia os companheiros e concluía.
Kevin Prince Boateng, sempre agressivo no ataque, abriu os serviços com golaço de voleio e chute violento pela direita.
Robinho jogava mal. Livrou-se de boa (já que é muito contestado na Itália, sobretudo pelas oportunidades de gol que desperdiça) ao aproveitar cruzamento de Ibra, após grande jogada do sueco, e fuzilar de cabeça para ampliar para os anfitriões.
No Arsenal, Theo Walcott não disse a que veio. A ausência de Per Mertesacker na zaga era sentida (teria feito grande duelo com Ibra) e, devido à improdutividade, Robin Van Persie não fazia nada. Em defesa dos “Gunners”, o estado do gramado de Milão, assolado por frio e neve fora problemas crônicos existentes desde as reformas para a Copa de 1990, prejudicava o jogo dinâmico e veloz, típico das equipes da Premier League.
Para a 2ª etapa, Wenger introduz Thierry Henry, em clima de despedida, no lugar do apagado Theo Walcott. Ainda assim, as críticas não diminuiriam. O que fazia Alex Oxlade-Chamberlain no banco?
As esperanças inglesas foram para o espaço logo aos 4 minutos com chute certeiro de Robinho.
Com os 3×0, cabia ao Arsenal buscar um placar descente no agregado, já pensando na partida da volta.
Com Henry em campo, Van Persie começou a ser acionado, forçando Christian Abbiati a um par de grandes defesas.
Mas longe do Arsenal ter entrado no jogo, algo que nunca ocorreu em 90 minutos.
O castigo final veio em pênalti forçado sobre Ibrahimovic. Obra de Johan Djourou. A arbitragem até poderia ter deixado passar em branco, mas prevaleceu a malandragem de Ibra sobre a inocência do zagueiro suíço-marfinês do Arsenal.
A conversão dos 4×0 coloca o Milan a meio passo das quartas-de-final. Algo que não pode ser dado por certo pelo fato deste esporte ser o futebol e pela amarga lembrança milanista da edição 2003-2004 da UCL quando o Milan fez 4×1 sobre o Deportivo La Coruña no mesmo San Siro e, em seguida, conseguiu perder por 4×0 na Espanha e ser eliminado.
E triste despedida para Henry, que volta para o New York Red Bulls. Ou, pensando bem, nem tanto. Afinal, sair na iminência de provável eliminação não parece ser tão mau negócio assim.
Zenit 3×2 Benfica
Enquanto isso, em São Petersburgo, a 9 graus negativos, o Zenit fez 3×2 no Benfica em partida emocionante.
Os portugueses largaram na frente aos 20 minutos de jogo com Maximiliano Pereira.
Aí surgiu o futebol de Roman Shirokov que empatou logo aos 27 minutos.
Sergey Semak desempatou aos 26 minutos do 2º tempo.
As emoções ficaram para o final do jogo.
Aos 42 minutos, Oscar Cardozo empatou para o Benfica.
Com os portugueses contentes com o empate na gélida e distante São Petersburgo, eis que o destino armou das suas nos minutos finais e Roman Shirokov fez o terceiro do Zenit, fechando o placar.
Ainda que derrotado, os portugueses classificam-se em Lisboa com vitória por 1×0 ou 2×1. Poderia ter sido melhor, mas a situação do Benfica ainda é confortável.