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REAL MADRID E PSG SEGUEM SEM VENCER NA EUROPA

Não é incomum no futebol. É isso mesmo que ocorre com dois dos mais endinheirados clubes europeus no início da atual temporada: Real Madrid e Paris Saint Germain jogaram três vezes cada um oficialmente e não venceram nenhuma de suas partidas. Só o futebol para proporcionar tais imponderabilidades.

 

O técnico do PSG Carlo Ancelotti. Três jogos e três empates.

LA LIGA

Getafe 2×1 Real Madrid

Getafe

Em Getafe, próximo a Madri, a equipe local virou o placar para cima do Real Madrid.

A partida teve maior posse de bola por parte dos visitantes. O gol sairia aos 28 minutos de jogo em assistência de Angel di María para Gonzalo Higuaín marcar.

O Madrid teve plenas possibilidades de liquidar a partida, ainda que não fizesse excelente atuação.

Cristiano Ronaldo não marcou em Getafe

O processo de castigo teve início aos 7 minutos do 2º tempo em cobrança de falta de Abdel Barrada que colocou na área para cabeceio de Juan Valera no segundo pau. Partida empatada.

Logo mais, José Mourinho decide lançar a equipe à frente ao trocar Lassana Diarra por Karim Benzema. O Madrid ficou mais próximo do segundo gol, mas deixou espaços atrás.

Aos 74 minutos de jogo, Adrian Colunga passou pela marcação de Albiol, lançou Barrada que tocou e marcou.

Foi a terceira partida do Real Madrid na temporada, duas pela Liga e uma pela Supercopa Espanhola e os Merengues amargam duas derrotas e um empate. É pressão sobre José Mourinho e seus comandados que terão que reverter placar agregado desfavorável em 3×2 contra o Barcelona na próxima quarta-feira no Estádio Santiago Bernabéu.

 

Osasuna 1×2 Barcelona

Pamplona

Jogando em Pamplona, o Barcelona perdia seu jogo debaixo de forte sol de verão graças a gol de Joseba Llorente.

Sem serem brilhantes, os catalães modificaram o placar em 4 minutos durante a 2ª etapa por conta de duas finalizações de Lionel Messi.

O empate foi obra de jogada de Alexis Sánchez, Pedro Rodríguez e Lionel Messi. No final, Pedro tocou para Messi concluir a gol e levantar os protestos do Osasuna referentes a possível impedimento do argentino.

A 10 minutos do final do jogo, Jordí Alba, que havia falhado na marcação do gol do Osasuna, cruza rasteiro para Messi bater no canto com categoria.

Os Blaugranas somam três vitórias em três jogos oficiais na temporada.

 

Valencia 3×3 Deportivo La Coruña

Valencia

Na melhor partida da rodada, o Valencia deixou escapar vitória em casa contra o recém retornado à divisão principal espanhola Deportivo La Coruña.

A dupla atacante valenciana Roberto Soldado e Jonas mostra serviço e é responsável por dois gols do jogo, mas do lado galego Abel Aguilar responde com também dois gols.

Os anfitriões venciam por 3×1, mas permitiram a recuperação dos visitantes na 2ª etapa.

Destaque para o belo gol de Roberto Soldado após lançamento de José Guardado para Jonas que serviu o artilheiro para fazer de voleio.

 

Classificação

Agora, na Liga polarizada entre Real Madrid e Barcelona, os catalães já abrem 5 pontos de vantagem sobre os madridistas. Vantagem nada desprezível.

O intruso da vez na corrida pelo título é o Rayo Vallecano que obteve duas vitórias em dois jogos. Confira:

1) Barcelona            6

2) Rayo Vallecano   6

3) Deportivo             4

4) Mallorca               4

5) Sevilla                  4

6) Málaga                 4

15) Real Madrid       1

 

 

BUNDESLIGA

Teve início a temporada alemã com sua tradicional e fortíssima Bundesliga, a Liga Federal do país.

Lewandowski do Borussia Dortmund. A fantástica Bundesliga com o Signal Iduna Park de Dortmund lotado para recepcionar os atuais campeões na 1ª rodada

E a dupla favorita confirmou as expectativas na rodada inaugural do torneio ao vencerem seus jogos.

 

Borussia Dortmund 2×1 Werder Bremen

Dortmund

Jogando para o fantástico público de 80 mil pessoas na Signal Iduna Park, os locais do Borussia Dortmund e o Werder Bremen fizeram a partida mais esperada da rodada.

E os anfitriões defensores do título marcaram logo aos 11 minutos com Marco Reus, contratado para suprir a ausência de Shinji Kagawa, negociado com o Manchester United.

O Bremen assustou aos empatar a 15 minutos do final com gol de Theodor Gebre Selassie. Situação que forçou o Dortmund a ter que partir para a vitória obtida com gol de Mario Götze aos 36 minutos.

 

Greuther Fürth 0x3 FC Bayern

Fürth

O FC Bayern entra na nova temporada para recuperar a hegemonia nacional perdida para o Borussia Dortmund e tentar chegar a nova final da UEFA Champions League e redimir-se da perda do título em casa para o Chelsea.

Para tanto, nada como iniciar com vitória incontestável sobre o recém chegado na 1ª divisão Greuther Fürth por 3×0 fora de casa.

Thomas Müller, Mario Mandzukic e o auto gol de Thomas Kleine garantiram o placar para o time da Baviera.

 

Outros resultados:

Borussia Mönchengladbach 2×1 TSG Hoffenheim

Freiburg 1×1 Mainz

FC Augsburg 0x2 Fortuna Dusseldorf

Hamburg 0x1 Nuremberg

Eintrach Frankfurt 2×1 Bayer Leverkusen

Stuttgart 0x1 Wolfsburg

Hannover 96 2×2 Schalke 04

 

 

SERIE A

Esvaziado pela saída de astros como Zlatan Ibrahimovic e Thiago Silva, além de combalido pelos mais recentes escândalos de manipulação de resultados investigados a fundo pela Justiça, teve começo a nova temporada do campeonato italiano, a Serie A.

E as surpresas já deram as caras com a derrota do Milan em casa e o empate da Roma também jogando perante sua torcida.

 

Juventus 2×0 Parma

Turim

Jogando no seu Juventus Stadium, a Juve desponta como a única força italiana com alguma possibilidade de fazer frente aos gigantes europeus na UEFA Champions League.

Andrea Pirlo agora com barba ao estilo “o mais velho e experiente da tribo”

Para iniciar a temporada repleta de expectativas internacionais, a Vecchia Signora, sem ter feito partida exuberante, não deu chances à zebra ao bater o Parma.

Os visitantes adotaram a estratégia de jogar fechado e explorar os contra ataques. Tudo sem sucesso.

A Juventus contou com grande atuação de Kwadwa Asamoah, ex-Udinese.

Stephan Lichsteiner e Andrea Pirlo selaram a vitória dos anfitriões.

 

Atalanta 0X1 Lazio

Bergamo

Com grande atuação de Miroslav Klose e belo gol de Hernanes, a Lazio inicia bem fora de casa e busca temporada ainda melhor que a última. O grupo é bom e a equipe romana pode produzir algo de positivo na temporada.

 

Milan 0x1 Sampdoria

Milão

O Milan teve infrutífera maior posse de bola. Sem objetividade nada conseguiu no 1º tempo.

Aos 59 minutos, Andrea Costa marcou para a Samp, forçando os anfitriões a pressionarem com direito a bola na trave de Kevin Prince Boateng.

Robinho saiu lesionado.

Temporada que pode ser frustrante para os rossoneri que leva elenco esvaziado a campo e deposita suas esperanças na boa vontade do presidente do Real Madrid, Florentino Perez, em ceder Ricardo Kaká e Lassana Diarra ao clube. Dia 31 de agosto é a data limite.

 

Palermo 0x3 Napoli

Palermo

Já sem Ezequiel Lavezzi, o Napoli causou boa impressão inicial ao impor contundentes 3×0 sobre o Palermo fora de casa, mostrando que pode manter o forte ritmo da temporada anterior.

O eslovaco Marek Hamsik foi o melhor em campo e abriu o placar no final do 1º tempo.

Christian Maggio e Edinson Cavani garantiram a vitória napolitana.

 

Pescara 0x3 Internazionale

Pescara

Mal havia começado o ano para a Inter e o time de Massimo Moratti já era cornetado em alto e bom som ao ter dificuldades em avançar na Pré-Champions League.

Eis que os Nerazzurri surpreenderam e fizeram três gols fora de casa por obra de Wesley Sneijder, Diego Milito e Phillipe Coutinho.

Vitória alentadora da Internazionale.

 

AS Roma 2×2 Catania

Roma

A Roma precisou buscar o resultado por duas ocasiões em casa para se livrar de derrota contra o Catania.

O drama se intensificou quando o empate definitivo veio somente aos 91 minutos de jogo através de Nicolas López.

 

Outros resultados:

Fiorentina 2×1 Udinese

Chievo Verona 2×0 Bologna

Genoa 2×0 Cagliari

Siena 0x0 Torino

 

 

LIGUE 1

 

Paris Saint Germain 0x0 Bordeaux

Paris

A liga francesa tem assunto único após três rodadas: o Paris Saint Germain. Inicialmente, devido às contratações milionárias do clube controlado pela Qatar Investment Authority (QIA), agora pelo jejum de vitórias.

Ibra tentou, mas não quebrou o encanto de ausência de vitórias do PSG

Fato não inédito no mundo da bola, onde determinado clube investe pesado na formação de uma equipe de craques sem o resultado esperado, o PSG amarga três jogos com três empates. Sim, não perdeu, mas também não venceu e a lei econômica básica reza que maior o risco (investimento), maior o retorno. Claro, o próprio nome já diz: risco. Algo que pressupõe, por outro lado, tombo.

O ponto nevrálgico é a cobrança natural sobre o clube que investiu forte na equipe.

Sim, Thiago Silva, um dos astros em questão, ainda não estreou, ainda assim, empates contra Lorient, Ajaccio e Bordeaux não são indicativos de grandes expectativas para a Champions League, por exemplo.

Na partida de ontem, o melhor do PSG de Carlo Ancelotti foi a tentativa de Zlatan Ibrahimovic em chute rente à trave. Pouco para o novo rico europeu. Paciência será necessária, mas há paciência no mundo dos negócios e do esporte de competição?

 

Resultados:

Evian Thonon Gallard 1×1 Olympique Lyon

OGC Nice 2×2 LOSC Lille

AS Nancy Lorraine 0x1 Toulose FC

ES Troyes Aube Champagne 2×2 FC Lorient

Stade de Reims 1×0 Sochaux

Stade Rennais FC 3×2 SC Bastia

Valenciennes FC 3×0 AC Ajaccio

AS Saint Etienne 4×0 Stade Bertois 29

Montpellier HSC 0x1 Olympique Marseille

 

Classificação:

1)     Olympique Marseille 9

2)     Olympique Lyon        7

3)     Valenciennes             7

4)     Bordeaux                   7

5)     Toulose                     7

15)  PSG                              3

BARÇA SAI NA FRENTE NA SUPERCOPA ESPANHOLA

 Sim, o Barcelona largou na frente contra o arquirrival Real Madrid no confronto de ida e volta do campeão da Copa do Rei contra o campeão da Liga no Estádio Camp Nou de Barcelona. Mas, o erro final do goleiro Victor Valdez resultou no segundo gol dos visitantes, transformando os confortáveis 3×1 provisórios em 3×2 finais, deixando a disputa em aberto para a partida de Madri.

Victor Valdez falha e Ángel di María não perdoa

O 1º tempo começou de forma trivial nas partidas do Barça. Muito ímpeto do adversário tentando mostrar serviço contra o time a ser batido. Tudo isso dura até o momento em que o Barcelona consegue colocar a bola no chão e iniciar seus trabalhos de amplo domínio de possa de bola.

Tito Vilanova repetiria a formação tática (3-4-3) da partida contra o Real Sociedad, tendo como única alteração inicial a escalação de Alexis Sánchez no lugar de Cristian Tello.

No Madrid, José Mourinho vinha com escalação defensiva que incluía o contestado Fábio Coentrão atrás, um meio de campo povoado por Callejón, Mesut Özil, Sami Khedira e Xabi Alonso, deixando Cristiano Ronaldo isolado à frente.

E Mourinho conseguiria seu objetivo na 1ª etapa ao tornar a partida monótona e truncada após alguns minutos de jogo, apesar da tradicional maior posse de bola dos locais.

Xabi Alonso levaria amarelo por falta em Sergio Busquets, Fábio Coentrão desarmaria Alexis Sanchez na área levando o público a reclamar penalidade e Alberloa também levaria amarelo por carga também sobre Busquets. Definitivamente, o jogo tornara-se demasiado físico àquela altura.

 

Fábio Coentrão exercendo marcação cerrada sobre Lionel Messi. Jogo mais físico que técnico no 1º tempo.

As maiores emoções estavam reservadas para o 2º tempo.

Logo aos 9 minutos, escanteio para o Real Madrid onde Cristiano Ronaldo surpreenderia a defesa blaugrana ao vir detrás e cabecear no primeiro pau e marcar.

Alegria merengue que duraria um minuto. Na saída de bola, Javier Mascherano lança Pedro Rodríguez à direita com perfeição que deixa Coentrão para trás na corrida e bate cruzado sem chances para Iker Casillas.

Aos 68 minutos de jogo, Sergio Busquets derruba Andrés Iniesta na área. Lionel Messi bate para desempatar.

Andrés Iniesta se converteria no verdadeiro maestro do jogo ao executar belíssima jogada e lançar Xavi para ampliar.

Os 3×1 davam larga margem de conforto para os catalães na melhor de dois jogos, mas em recuo de bola, o goleiro Victor Valdez perderia posse de bola para Angel di María, promovido ao jogo por Mourinho, para diminuir.

Grande vitória do Barcelona, a primeira de Tito Vilanova nos superclásicos, mas que recebeu ducha de água fria com o segundo gol inesperado do Real Madrid que conseguiu levar a decisão para o Santiago Bernabéu na próxima semana.

ARGENTINA FAVORITA PARA 2014?

Na rodada ao estilo pré-temporada das seleções, a Argentina de Lionel Messi foi a Frankfurt e atropelou a anfitriã Alemanha ao fazer 3×1 sem dificuldade. Em Berna, Suíça, a Inglaterra venceu a Itália de virada por 2×1 e a França, que estreou Didier Deschamps no comando técnico, não saiu do zero contra o Uruguai. Ah, claro, teve o Brasil que encerrou as atividades do Estádio Rasunda de Estocolmo com vitória sobre a Suécia.

 

Messi, sempre o melhor

ALEMANHA 1×3 ARGENTINA

Frankfurt, Alemanha

Que pesem o início de temporada, o time de garotos lançado por Joachim Löw pelo lado alemão, além da expulsão do goleiro Ron Robert Zieler, mas é fato que a Argentina do super craque Lionel Messi é uma das mais fortes seleções de futebol do mundo. Algo evidenciado ontem em Frankfurt.

A Argentina teve mais volume de jogo em quase todo o tempo.

Tarefa facilitada aos 30 minutos quando Zieler comete penalidade em José Sosa e é expulso.

Mas aí começaria a movimentação do amistoso.

Bola na marca de pênalti e Messi para bater…para a consagração do jovem terceiro goleiro da Seleção Alemã, Marc Andre Ter Stegen, do Hannover, que faz a defesa.

Aos 46 minutos, novo erro alemão. Sami Khedira tenta interceptar após cobrança de escanteio e faz contra.

Na 2ª etapa, Lionel Messi, mesmo após ter penalidade defendida, iniciaria seu show de praxe.

Aos 52 minutos, o craque o Barcelona conclui com perfeição após cruzamento de Gonzalo Higuaín.

Messi ainda lembraria a todos neste pós férias que ele é o melhor do mundo ao iniciar suas jogadas de dribles seqüenciais e conclusões de cobertura. Só faltou melhor pontaria.

Aos 73 minutos de jogo, Angel di María encerraria os trabalhos portenhos ao arriscar chute e fazer golaço da intermediária.

Os alemães fariam o gol de honra com Benedikt Höwedes do Schalke 04.

A Argentina mostrou novamente que possui ótima equipe, sobretudo do meio para frente. Afinal, o que dizer de quem tem Angel di María, Fernando Gago, Javier Mascherano para carregar o piano e Gonzalo Higuaín. Tudo isso sem mencionar Lionel Messi.

Sim, Lionel Messi. No alto dos seus 25 anos. Terá, portanto, 27 na Copa do Mundo do Brasil. O auge da forma física e técnica do atleta profissional de futebol, salvo algum problema de contusão. O futebol do craque Messi, além do restante da equipe de Alejandro Sabella, colocam a Argentina como favorita ao título no Brasil. Quem se habilita a segurá-los?

 

FRANÇA 0x0 URUGUAI

Le Havre, França

Foi o amistoso que apenas terá marcado a estreia de Didier Deschamps no comando técnico dos Azuis e nada mais.

Karim Benzema teve algumas oportunidades e, de resto, valem registro as participações de Diego Forlán e Sebastian Abreu. Menos pela diferença que fizeram na partida e mais pelo fato de militarem no futebol brasileiro (Internacional e Figueirense, respectivamente) que, por sinal, não aprende a lição e continua a ter calendário irracional, com tempo demais da temporada dedicado a campeonatos estaduais por parte da elite local, isto é, os times das Séries A e B do campeonato nacional. Resultado: competição maior do País espremida e desrespeito total às datas FIFA.

 

INGLATERRA 2×1 ITÁLIA

Berna, Suíça

Mais um amistoso internacional que os treinadores usaram para testar novos talentos ou jogadores não aproveitados nas seleções nacionais até então.

Nomes como Kyle Walker, Leighton Baines, Ângelo Ogbonna e Stephan El-Shaarawy estiveram em campo.

De resto, a Inglaterra, que havia sido eliminada do Euro pela Itália há pouco tempo, obteve vitória de virada.

Após o gol inaugural de Daniele de Rossi para os italianos, Phil Jagielka e Jermaine Defoe fizeram para os ingleses.

Uma pequena vingança para Roy Hodgson e seus comandados.

 

SUÉCIA 0x3 BRASIL

Estocolmo, Suécia

Foi apenas um amistoso comemorativo para marcar o encerramento das atividades do Estádio Rasunda, glorioso palco da conquista da primeira Copa do Mundo por parte do Brasil, em 1958.

Pelé homenageado no Estádio Rasunda de Estocolmo

As presenças de Pelé (para o pontapé inicial simbólico), José Altafini e Pepe foram os melhores momentos do dia em Estocolmo.

De resto, a Suécia iria a campo sem seu principal astro, Zlatan Ibrahimovic, do Paris Saint Germain, devido a lesão no pé.

No Brasil, o técnico Mano Menezes efetuaria mudanças em relação ao time olímpico. No entanto, causaram mais impacto os cortes de Bruno Uvini e Paulo Henrique Ganso do que a chegada de Daniel Alves ou de Alexandre Pato.

Leandro Damião marcaria aos 32 minutos e a partida se arrastaria no 1×0 até quase o seu final.

Alexandre Pato faria de pênalti e depois ampliaria para fechar o placar e a história do Rasunda.

Menezes deve se garantir no cargo, ao menos ganhou novo fôlego.

OS “ALTOS E BAIXOS” DO BARÇA NA LIGA

David Villa lutando com Alejandro Arribas na vitória do Barça sobre o Rayo Vallecano

Causou espécie a 14ª rodada do campeonato espanhol no último final de semana. Mais especificamente, a derrota do Barcelona para o modesto Getafe por 1×0 fora de casa. Tudo isso após grande vitória do time catalão sobre o Milan, também como visitante, pela UEFA Champions League.

Claro, para o super time do Barcelona de Josep Guardiola, o nível geral de expectativa tornou-se elevadíssimo. E não é para menos. Afinal, os títulos, o futebol total de videogame e a presença do extraordinário Lionel Messi têm encantado o mundo da bola.

Mas aí, eis que um belo dia surge a derrota. E derrota para um pequeno. E após grande vitória sobre um gigante.

Bem, vamos aos fatos para tentar justificar o acontecimento.

Messi contra Diego Castro em Getafe

É óbvio que derrota, ainda que pelo placar mínimo, significa que a apresentação de determinada equipe não tenha sido das melhores. De fato, o volume de jogo do Barça não está na lista dos dez mais inspiradores do time.

Ainda assim, Messi e companhia tiveram suas oportunidades para sair de Getafe com vitória.

Guardiola jogou no 4-3-3, com o retorno de Gerard Piqué e Daniel Alves na zaga ao lado de Maxwell e Eric Abidal. No meio, Thiago Alcântara tentaria repetir a boa atuação contra o Milan, tendo Sérgio Busquets e Xavi por perto. E no ataque, Messi tinha a companhia de David Villa e Alexis Sánchez.

E foram umas duas oportunidades perdidas pelo craque argentino no 1º tempo: cobrança de falta para fora e chute com a intervenção salvadora do goleiro anfitrião Miguel Moyá.

Na etapa final, Messi mais vez. Agora com a conversão a gol efetuada e posição de impedimento duvidosa confirmada pela arbitragem.

O gol dos locais veio aos 22 minutos, com cabeceio de Juan Varela após escanteio.

No final, nova peripécia de Messi, que acertou a trave do gol do Getafe.

Só que ficou nisso, vitória do time da casa.

O que não deu certo no futebol do Barça?

Bom, excetuando bolas na trave, intervenções providenciais do goleiro adversário e possíveis erros de arbitragem, houve um perigoso resquício de “Messidependência” em Getafe.

Thiago Alcântara não esteve à altura de Andrés Iniesta como ocorrera em Milão, Alexis Sánchez também não correspondeu às expectativas, fora que os zagueiros catalães nunca foram excepcionais. É notório que o grande trunfo defensivo do time de Guardiola é a altíssima porcentagem de posse de bola em média por jogo. Sem bola nos pés do adversário para jogar, sem ataque para fazer jogador de retaguarda suar. Simples assim.

Evidentemente, recorrendo ao chavão “mais difícil que chegar ao topo é manter-se por lá”, não dá para exigir aquele nível de motivação que se observa em confrontos contra Milan ou Real Madrid.

Mas se a pernada até Getafe não foi das mais agradáveis, eis que três dias depois o Barcelona teria a chance de apagar a má impressão. E no seu Camp Nou, contra o também humilde Rayo Vallecano, em partida adiantada pela 17ª rodada.

Sim caro leitor, o “intocável” calendário europeu foi ligeiramente modificado, não pela primeira vez obviamente, para que os campeões europeus possam viajar ao Japão e tentar confirmar, de forma oficial, a alcunha de melhor time do mundo no mundial de clubes da FIFA.

E, já no jogo desta última terça-feira, Guardiola variou o esquema tático da equipe. Aliás, o treinador tem adotado o 3-4-3 em algumas oportunidades.

O que a volta de uma peça-chave não pode permitir ao seu técnico? Pois é, lá estava no meio Andrés Iniesta formando o cérebro do time com Xavi, tendo Javier Mascherano e Seydou Keita na marcação, além de Villa, Sánchez novamente e Messi para azucrinar o adversário.

Sem esforço, o Barça fez 4×0 no Rayo Vallecano, desta vez com grande atuação do chileno que marcou dois gols. Villa e Messi concluíram o placar.

Com a vitória, o Barcelona, com um jogo a mais, aproximou-se do líder Real Madrid na classificação com 31 pontos.

CR e seu novo visual contra os marcadores do Atletico Madrid

Real Madrid que teve seu rival local pela frente no derby da cidade.

E bem que o primo pobre tentou engrossar para os anfitriões no Estádio Santiago Bernabéu.

Adrián abriu o placar para o Atlético Madrid aos 15 minutos de jogo.

Tudo ilusão que se diluiu nos gols de Cristiano Ronaldo (que marcaria duas vezes), Ángel di Maria e Gonzalo Higuaín. Vitória do Real por 4×1 no fim das contas e liderança com 34 pontos.

Agora é a dúvida que fica: o futebol dos campeões da Champions caiu em comparação à última temporada?

Uma coisa é certa, manter os níveis de motivação e concentração em qualquer atividade humana nunca foi fácil. Pode haver uma pitada desse ingrediente na atual conjuntura. Pode não haver absolutamente nada.

De qualquer maneira, há uma sensação geral de que a diferença técnica entre Barcelona e Real Madrid tenha diminuído em comparação à temporada passada.

Não há dúvida que José Mourinho, ainda que pesem todas as críticas à sua personalidade, tem obtido progressos com a equipe.

Fato é que o campeonato nacional de dois times, a Liga Espanhola, terá a prova ou a negação do sentimento que paira no ar no próximo dia 10 em Madri, quando realizar-se-á mais um superclássico entre Real Madrid e Barcelona. Partida que atrairá a atenção do mundo do futebol sem dúvida.

Quem não deixa dúvida no ar é o incansável Iggy Pop.

Em 2009, o americano lançou o álbum “Préliminaires”, uma tentativa do velho roqueiro de escapar no barulho sem sentido de guitarras que o rodeava.

Em “Préliminaires”, Iggy flertou com jazz de Louis Armstrong, bossa nova de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e música francesa de Yves Montand e Edith Piaf, mas não abandonou o velho e bom rock’n’roll de qualidade.

E é na vertente que o consagrou que a coluna se encerra. Confira “Nice to be dead”.

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QUANDO A METAFÍSICA ENTRA EM CAMPO

Retrato de Argentina x Uruguai

A filosofia aristotélica já tratava do assunto há séculos. Etimologicamente, metafísico é algo que vai além da física. Em sentido mais coloquial, popular, trata-se de algo abstrato, sutil e dotado de razão oculta. Traduzindo: quando o improvável acontece por alguma razão qualquer.

 Agora, imagine tudo isso aplicado à inexatíssima ciência do futebol. É prato cheio para o imponderável. E foi exatamente o que aconteceu no final de semana. Seja na Copa América, seja na Copa do Mundo feminina, os deuses do futebol deram as caras para determinar finais que desafiariam a vã e falível lógica humana.

 Copa América: favoritos fora

 Nas quartas-de-final da Copa América, alegria para Peru, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

 Colômbia 0x2 Peru

 Que tal uma seleção chegando às quartas-de-final invicta e sem gols sofridos? Ainda mais quando essa seleção sai do grupo dos favoritíssimos anfitriões do evento, após tê-los enfrentado de igual para igual e, em muitos momentos, jogando melhor. Barbada! É a favorita. Bom, não é bem assim, não é Colômbia?

Colômbia e Peru em Córdoba

 

 Jogando em Córdoba, os colombianos entraram em campo com o mesmo planejamento de jogo de partidas anteriores, especialmente contra a Argentina. Só que esqueceram de avisá-los que o adversário do dia, o Peru, não era a Argentina e sequer jogava em casa. Portanto, o jogo colombiano de esperar o adversário no seu campo não funcionaria contra um time que também não queria saber de sair para jogar.

 A Colômbia se ligou da nova realidade somente no 2º tempo quando resolveu ir à luta e se lançar.

 Aos 20 minutos, Falcão García desperdiça pênalti. Dayro Moreno e Fredy Guarín bombardearam o gol peruano. Nada de gol. Prorrogação neles.

 No tempo extra, o Peru começou a gostar do jogo. Principalmente, quando Carlos Lobatón abre o placar aos 10 minutos, ainda na 1ª parte. Juan Vargas fechou o caixão colombiano aos 6 minutos do 2º tempo.

 Encerrada a aventura colombiana por terras porteñas. Outra vez, nadou e morreu na praia. A velha história de sempre: quando se imagina ser possível confiar na Colômbia, vem o tombo fatal. Peru classificado.

 Argentina 1 x 1 Uruguai

 O clássico mais antigo do mundo. Eis a reputação do duelo na cidade de Santa Fé que revivia a Copa América de 1987 disputada na própria Argentina. Clássico antigo, porém precoce nesta edição do evento, já que ambos passaram apenas em segundo lugar em seus grupos.

Argentina x Uruguai - momentos ásperos

 

 E foi jogão. Digno de todas as tradições de Argentina e Uruguai.

 Os visitantes abrem o placar com Diego Pérez logo aos 5 minutos de jogo. A partida prometia.

 Os argentinos não tardariam na reação. O gol de empate chegaria com Gonzalo Higuaín aos 17 minutos, de cabeça, após tentativa de Lionel Messi. O jogo pega fogo definitivamente.

 O Uruguai faz jus às suas tradições de garra e não se intimida com a atmosfera de pressão de Santa Fé.

 Aos 35 minutos, os uruguaios têm gol anulado. Aos 38, o autor do gol inicial, Diego Pérez, é expulso com segundo cartão amarelo. Aos 44 minutos, Diego Lugano encerra 1º tempo de gala com cabeceio no travessão.

 No 2º tempo, a Argentina volta com mais atitude. Lionel Messi, em boa apresentação, testa o goleiro Fernando Muslera. Angel di María faz o mesmo logo a seguir. O Uruguai era perigoso no jogo aéreo. Lugano quase chega lá com outro cabeceio aos 40 minutos. A seguir, Javier Mascherano é expulso. Fim dos 90 minutos de tirar o fôlego.

 Na prorrogação, os uruguaios voltaram a colocar as mangas de fora em duas oportunidades com Álvaro Pereira e Luis Suarez.

 Nos pênaltis, Carlos Tevez, que entrara no 2º tempo regulamentar, perde sua cobrança. Uruguai classificado, Argentina fora. Assim como em 1987, quando o Uruguai encarou e derrotou por 1 a 0 a Argentina de Diego Maradona através de gol de Antonio Alzamendi que pode ser revisto abaixo.

 Para a Argentina fica a indagação: Demitir Sergio Batista? Recolocar Diego Maradona no cargo? Nada contra Maradona, mas o “Pibe” mostrou-se perdido nas convocações e escalações em diversas ocasiões nas últimas eliminatórias. A Argentina de Batista venceu importantes amistosos contra Espanha e Brasil. Precipitação no calor da eliminação.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=E3a65F1FQ7k[/youtube] 

 Time da CBF 0x0 Paraguai

 La Plata mais uma vez recebia o time da CBF. Mais uma vez os brasileiros enfrentariam os paraguaios. Empate por 2 a 2 na fase de grupos em jogo equilibrado.

Os milagres de Villar

 

 Mas, se naquela oportunidade o Paraguai fizera frente aos brasileiros, o que se viu no último domingo foi um bombardeio amarelo no gol de Justo Villar. E foi Villar, e somente ele, que fez frente aos brasileiros dessa vez.

 Chances de gol criadas com Alexandre Pato, Neymar, assistências de Paulo Henrique Ganso, egoísmo de André Santos. Todas as investidas brasileiras paradas nos pés e nas mãos de Villar ou na trave paraguaia.

 Justiça seja feita, o time da CBF fez boa partida. Só que futebol não é apenas isso. A bola tem que entrar. E os brasileiros pecaram na conclusão a gol. Final 0 a 0.

 As penalidades foram episódio à parte na odisseia brasileira em terras argentinas. Sim, gramado ruim, região da área onde está a marca penal ainda pior. Areia demais em campo para esconder defeitos no gramado. Fato surpreendente em se tratando de Argentina. Afinal, não é o que se vê em partidas do campeonato local ou da Libertadores. Clima de inverno adverso? Pode ser, mas sempre foi assim lá nesta época do ano. Portanto, sem desculpas para o gramado. Falha de organização.

 Elano jogou a bola em Plutão. Coisa para os astronautas da Atlantis chamarem a base na Terra ao melhor estilo “Houston, we have a problem!”. Falharam também Thiago Silva, André Santos e Fred. Foi o grotesco em exposição. Se houve algo digno de vergonha para os brazucas, que fique claro, foram as penalidades toscas.

 Os paraguaios se adaptaram mais rapidamente ao gramado. Na dúvida, bateram forte. Nada de chutes colocados com pose de firula à brasileira. Foram duas cobranças na raça de Cristian Riveros e Marcelo Estigarribia. Paraguai classificado para delírio de Larissa Riquelme. A metafísica entrou em ação, quiseram os deuses do futebol que passasse o Paraguai sem ter sido o melhor.

 Time da CBF fora e vem o de sempre no pós-eliminação: avalanche de críticas. Assim como no caso argentino, pontos a ponderar: demitir Mano Menezes? Exagero. Menezes mostrou serviço no Corinthians e no Grêmio. Passa pelas agruras de técnico-funcionário da CBF como todos os seus antecessores. Todos questionados em algum momento. É o preço do cargo. Talvez seja o caso de admitir que o futebol brasileiro não seja mais o melhor tecnicamente. Não pela partida contra o Paraguai do último domingo. Tivesse passado o time da CBF, a conversa geral seria outra agora. A questão é o processo de assassinato da galinha dos ovos de ouro a conta-gotas. O modelo brasileiro de fabricação de talentos para exportação começa a se esgotar. Algo deve ser feito para reverter o fluxo. A economia do País já permite passos iniciais. Falta livrar-se de mazelas políticas do futebol local.

 Chile 1×2 Venezuela

 O jogo entre a seleção visitante com torcida mais apaixonada contra a  seleção sensação do torneio. Era o que prometia o jogo de San Juan.

Vizcarrendo para marcar

 

 A Venezuela foi melhor no 1º tempo, justificando a boa fase. O gol do time ex-cachorro morto da América do Sul veio aos 34 minutos com Oswaldo Vizcarrendo em cabeceio preciso.

 O Chile não tinha ligação para o ataque. Problema corrigido pelo técnico Cláudio Borghi na 2ª etapa com o palmeirense Jorge Valdívia em campo.

Os chilenos passaram a dominar o jogo. Valdívia quase fez ao acertar o travessão. Em seguida, Humberto Suazo recebe na área e acerta o alvo. Tudo igual em San Juan.

 Mas era dia venezuelano novamente. Gabriel Cíchero, aos 35 minutos, aproveita sobra de bola após falta de Arango, ninguém tocar na bola e o goleiro Claudio Bravo rebater. Gol fortuito, mas que garantiu a manutenção da surpresa. Venezuela nas semifinais.

 Copa do Mundo feminina: Japão campeão na superação

 Estados Unidos e Japão fizeram a final da disputada Copa do Mundo feminina na cidade de Frankfurt, Alemanha.

Japão levanta a taça: never say die!

 

 Liderada pela bela e competente goleira Hope Solo, a seleção estadunidense entrou em campo com o favoritismo de bicampeãs do mundo e notória aplicação tática em campo.

 As japonesas eliminaram a favorita e anfitriã Alemanha e a boa seleção da Suécia.

 E foi domínio total dos Estados Unidos no 1º tempo. Diversas oportunidades perdidas. Seleção americana jogando de forma diferente dos jogos contra Brasil e França. Se antes as americanas esperaram as adversárias no seu campo e marcaram muito, contra o Japão a iniciativa de jogo foi a tendência.

 Terminar o 1º tempo no 0 a 0 foi o primeiro grande pecado americano na final. O jogo poderia ter sido definido em 45 minutos. Não foi o que aconteceu.

Saki Kumagai converte sua cobrança. Hope Solo tentou sua mágica. Sem sucesso para a americana

As estadunidenses continuaram melhores na 2ª etapa, mas as japonesas começaram a gostar do jogo também e já davam sinais de vida. Hope Solo, que não viu a bola no 1º tempo, começou a se movimentar.

 Os Estados Unidos abriram o placar aos 24 minutos em bela conclusão de Alex Morgan aproveitando lançamento de longa distância. Parecia o fim do Japão.

 Mas, a defesa americana, sólida até então, bateu cabeça e Aya Miyama pôs para o gol aos 35 minutos. O Japão conseguira sobrevida e novo ânimo.

 Na prorrogação, os Estados Unidos ainda atacavam, mas não mais tão incisivamente como antes. Abby Wambach, mestre no jogo aéreo, fez mais um de cabeça. Parecia novamente o fim das japonesas.

Solo aplaudida, acena desolada para a galera

Aí surgiu o talento de Homare Sawa. Gol marcado após corner. Quase sem ângulo. Tudo isso a 3 minutos do final. As japonesas conseguiram levar o jogo para as penalidades.

 Neste momento, o lado metafísico deu as caras em Frankfurt. É como se o poder superior dissesse: “ei Estados Unidos, todos viram que vocês têm o melhor time, mas hoje vai dar Japão, afinal o país já sofreu demais neste ano! Elas merecem!”

 E foi o que aconteceu. Shannon Boxx, Carli Lloyd e Tobin Heath erraram as cobranças. Hope Solo ainda fez sua mágica ao defender penalidade de Yuki Nagasato. Em vão. Japão campeão.

 Méritos para a seleção que enfrentou e derrotou ao menos três seleções favoritas no mundial. Que o título traga alento para o país do sol nascente, vitimado por tragédias naturais (terremotos e tsunami) e nucleares (vazamento da usina de Fukushima).