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EXÓRDIO DE GALA PARA TITO VILANOVA

Na rodada inaugural da Liga, o fantástico Lionel Messi, que marcou duas vezes, conduz o FC Barcelona a goleada por 5×1 sobre a Real Sociedad no Camp Nou em dia de estreia oficial do técnico Tito Vilanova no comando do time catalão. De quebra, David Villa, após fratura na tíbia e longo afastamento, entra no 2º tempo e encerra os trabalhos do dia.

 

Tito Vilanova, Lionel Messi e David Villa

Não poderia ter sido melhor para Vilanova.

Após merecido descanso estival, o Barcelona iria a campo com craques recuperados e mostraria a mesma atitude vencedora das temporadas anteriores.

Logo aos 4 minutos de jogo, o capitão Carles Puyol, que ficara fora da Eurocopa por lesão, abriria o placar através de cabeceio em cobrança de escanteio.

A Real Sociedad empataria em contra-ataque aos 9 minutos com Chory Castro, mas sem efeitos maiores para o Barça.

Dois minutos mais tarde, em jogada pela esquerda de Cristian Tello, com cruzamento, Messi não consegue dominar, a bola sobra na direita para Pedro Rodríguez que serve novamente o argentino. A capacidade de dribles desconcertantes de Lionel Messi é exibida novamente pelo astro ao passar por dois marcadores e concluir a gol.

Em cinco minutos, novo gol de Messi, mais uma vez após cruzamento de Tello. Era o terceiro do Barça e o segundo de Messi.

E Cristian Tello dava as cartas pela esquerda do ataque catalão. Em nova jogada do Barça, antes do final do 1º tempo, que culminaria por aquele lado, o jovem talento executaria nova assistência, desta vez diretamente para Pedro Rodríguez que concluiria para marcar o quarto gol de sua equipe.

Na 2ª etapa, o Barcelona deu-se ao luxo de diminuir o ritmo. Com o resultado garantido, Tito Vilanova promoveu o retorno de David Villa ao time no lugar de Pedro. E a recompensa viria para Villa com o gol derradeiro do jogo após jogada de Andrés Iniesta.

Vitória maiúscula do Barcelona que serve de aviso a todos. Os blaugranas estão de volta para reconquistar a dinastia perdida na última temporada. Para isso, além do retorno de craques lesionados e do melhor do mundo Lionel Messi, o Barça ainda conta com Jordí Alba, campeão europeu pela Espanha e com o camaronês Alex Song, contratado frente ao Arsenal por 19 milhões de euros.

 

REAL MADRID 1×1 VALÊNCIA

Madri

Se o Barcelona mostrou força em casa, o atual campeão espanhol Real Madrid falhou ao deixar escapar dois importantes pontos na corrida pelo título da Liga contra os catalães ao empatar em 1×1 contra o Valência.

Real Madrid 1×1 Valencia. Cristiano Ronaldo.

Sim, o adversário do Real Madrid era mais difícil, ainda assim, perder pontos em casa, em campeonato de duas equipes gigantescas, não é bom presságio para o título.

Aos 9 minutos, Angel Di Maria lançaria Gonzalo Higuaín em posição legal limite para tentar três disparos com defesas parciais do goleiro Diego Alves. Na terceira tentativa, o gol inaugural.

O Real Madrid teve a posse de bola a todo instante, mas não concretizou em oportunidades claras de gol e arriscou alguns chutes de longa distância quando poderia ter tentado alguma jogada.

O castigo veio aos 41 minutos quando o brasileiro Jonas Gonçalves concluiu de cabeça após cruzamento de bola parada na área. Iker Casillas saiu mal do gol e chocou-se com Pepe. O luso-brasileiro lesionou-se na cabeça e foi removido ao hospital para exames. Prejuízo absoluto para o Madrid no lance. As notícias sobre Pepe são de que o madridista recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira.

Na 2ª etapa, ainda haveria lance polêmico de impedimento do atacante Roberto Soldado do Valência. Lance que poderia ter comprometido ainda mais a estreia do Real Madrid.

 

Confira os resultados da 1ª rodada da Liga Espanhola com a rodada encerrando-se hoje:

Deportivo La Coruña x Osasuna (hoje)

Rayo Vallecano x Granada (hoje)

Zaragoza x Valladolid (hoje)

Levante 1×1 Atlético Madrid

Barcelona 5×1 Real Sociedad

Real Madrid 1×1 Valência

Athletic Bilbao 3×5 Real Betis

Celta 0x1 Málaga

Sevilla 2×1 Getafe

Mallorca 2×1 Espanyol

ESPANHA SUPERCAMPEÃ: MUITO “TIQUI-TACA” PARA POUCO “CATENACCIO”

E foi mais fácil que o esperado. A Espanha conquista novamente o Euro, mantendo o título em suas mãos, após fácil vitória sobre a Itália por 4×0 em Kiev, Ucrânia.

 

Espanha campeã do Euro 2012

A Espanha apenas fez mais do mesmo que está acostumada a fazer, uma vez que possui uma seleção com total base e influência no Barcelona. Foi aquele futebol de toques precisos, com muita movimentação, apenas aguardando o momento certo de dar o bote, ou seja, o verdadeiro tiqui-taca.

Já a Itália, talvez por empolgação, talvez por ousadia de Cesare Prandelli, deixou totalmente de lado seu futebol pragmático fortemente baseado no catenaccio, isto é, o ferrolho, marcação forte e incessante até o fim.

Ousadia que custaria caríssimo para a Azzurra.

Os 4×0 espanhóis vieram com tanta naturalidade que mais lembraram a goleada pelo mesmo placar imposta pelo Barcelona, maior influência da Roja, sobre o Santos no mundial de clubes da FIFA, e não somente pela coincidência no placar, mas também pela facilidade de fluidez do jogo espanhol.

O primeiro gol teve a assinatura do grande Andrés Iniesta ao lançar Cesc Fábregas que efetuou cruzamento para conclusão alta de cabeça de David Silva aos 14 minutos de jogo.

A Itália ainda tentaria voltar ao jogo em jogadas de bola parada de Andrea Pirlo, mas sem sucesso. O veterano meia da Juventus mostraria estar em noite apagada, bem como seu companheiro atacante, o Citizen Mario Balotelli, que apenas tentaria chutes de longa distância sem direção.

Todos teriam a forte sensação de que a partida estava praticamente decidida aos 41 minutos de jogo quando Jordi Alba ampliaria para a Espanha. Uma vantagem de dois gols a ser revertida em 45 minutos seria demais para a Itália.

No 2 º tempo, o golpe de misericórdia para os italianos. Prandelli promove a entrada de Thiago Motta no lugar de Riccardo Montolivo. Era a terceira substituição italiana. Para infelicidade azzurra, o ítalo-brasileiro se lesiona três minutos mais tarde e é forçado a deixar a partida. A Itália é forçada a terminar sua melancólica final com 10 jogadores em campo contra o rolo-compressor espanhol.

Daí em diante, o tiqui-taca da Roja apenas intensificou-se. A Itália não tinha mais nada a fazer. Os dois gols finais sairiam com naturalidade de jogo treino, além das oportunidades perdidas.

Aos 39 minutos, Fernando Torres, colocado em jogo por Vicente Del Bosque no 2º tempo, faria o terceiro gol e pouco depois Juan Mata encerraria as atividades espanholas completando o placar.

Vitória de uma verdadeira dinastia contra uma seleção que ousou fugir das suas características históricas e pagou caro preço. É a velha lei econômica aplicada ao futebol: quanto maior o risco, maior o retorno ou maior a perda.

Ao final de mais uma competição de clubes, pairam as dúvidas no ar: quem poderá superar a Espanha? A Alemanha de Joachim Löw, cujo jogo, historicamente, não se encaixa contra os italianos, mas não se sabe como seria contra os espanhóis? Ou a Argentina de Lionel Messi, principal astro do time base da Espanha? Certo é que a Espanha, por ora, comanda o futebol mundial de seleções.

A EURO 2012 PROVOU O ÓBVIO AO DESCRENTE.

Rápido e sorrateiro.

A final da Euro 2012 nos mostrou duas situações:

1ª – Bem como na Copa do Mundo em 2010, ainda que viesse do título da Euro e de exibições exuberantes em amistosos e demais torneios, a derrota na estréia para a Suíça colocou –  injustamente – na testa espanhola o selo do fracasso adquirido pelos anos de muita “Fúria” e pouco brilho. Aos que acompanhavam aquele time mais de perto não foi surpresa a recuperação e o título daquela edição do Mundial.

Dois anos mais tarde, já com status de campeã mundial, além de detentora da Euro e ainda que sem ser derrotada até a final da atual edição, a desconfiança mais uma vez recaiu injustamente sobre os ombros espanhóis.  O discurso do “jogo sem brilho” ganhou espaço e a coesa campanha da surpreendente Itália, ainda que tenha vindo de um fiasco histórico no mundial de 2010, colocou para muitos a Azzurra como favorita.

O placar final não reflete a realidade italiana, mas mostra para parte do mundo que ainda não acreditava que essa Espanha já é uma das grandes da história da pelota, que para eles basta precisar. É o futebol na medida certa, de acordo com a oferta. Foi ao longo da Euro “apenas” eficiente”. Na final precisou brilhar e a exuberância do jogo de Xavi e Iniesta deu o tom daquela que é hoje a melhor seleção do mundo. Da seleção do século XXI.

Reafirmou não somente o estrelismo da dupla Xavi e Iniesta, mas também a letalidade de um elenco que tem no banco um centroavante como Torres. Um verdadeiro espelho da eterna desconfiança do mundo em relação ao futebol espanhol. Decisivo sempre que necessário, foi dele o gol do título da Euro em 2008 e novamente na final da Euro de 2012 mais uma vez guardou o dele, decretando ali o título espanhol e ainda dando assistência no gol de Mata. Um real paralelo de seu selecionado, onde ambos vivem para provar o valor que os resultados dos gramados já lhes conferem.

2º – A Itália não merecia a derrota do tamanho que foi. Ainda que em campo não tenha conseguido ser a Itália que foi ao longo de toda a Euro e sobretudo na semifinal contra a Alemanha. Fruto do baixo rendimento individual de alguns, mas sobretudo pela pressão das avançadas linhas espanholas que afundaram Pirlo e o mantiveram longe da faixa de campo onde poderia armar o ataque com Balotelli e Cassano. Mas manteve-se ainda viva até a alteração precipitada de Prandelli e o azar de Tiago Motta. Poderia ter sido mais Itália em uma final onde o foi somente na execução dos hinos. Mas foi Itália na superação de mais um momento conturbado politicamente e após fracasso na Copa. Mostrou ter grupo e trabalho fortes. Suficientes para que o mundo esteja de olho na Azzurra na próxima Copa das Confederações, mas principalmente na Copa de 2014.

JOGARAM COMO NUNCA, PERDERAM COMO QUASE SEMPRE E A FINAL DO EURO

Parece uma sina, e talvez seja de fato, mas Espanha e Itália, que decidem a Eurocopa logo mais, derrotaram seus grandes e respectivos rivais, Portugal e Alemanha, mais uma vez, enfatizando o estigma de certas dinastias existente no mundo do futebol de seleções.

 

Mario Balotelli fuzilando contra Manuel Neuer

PORTUGAL 0 (2) X (4) 0 ESPANHA

Donets’k, Ucrânia

Portugal e Espanha fizeram na última quarta-feira em Donets’k a primeira semifinal do Euro. Não saíram do zero.

Os portugueses chegavam à partida com altas esperanças depositadas no craque artilheiro Cristiano Ronaldo. A Espanha vinha com sua base catalã do Barcelona em dois pilares no meio de campo, Xavi e Andrés Iniesta.

Mas, a semifinal de Donets’k apresentaria algo de novo em relação a Roja: a impaciência de todos com o futebol incansável de toque de bola à espreita do melhor momento de atacar.

A partida apresentou a já esperada maior posse de bola e algumas oportunidades a mais para os espanhóis. Portugal foi mais incisivo em alguns de seus ataques, como a grande chance de gol de Cristiano Ronaldo pouco antes do final da partida.

Após 90 minutos de jogo com direito a mais 30 minutos de prorrogação, a decisão do primeiro finalista ficaria para as penalidades.

Na primeira série, Xabi Alonso foi parado por Rui Patrício, o mesmo acontecendo com José Moutinho em relação a Iker Casillas.

A sorte lusitana foi selada quando Bruno Alves perdeu sua oportunidade e Cesc Fábregas converteu para a Espanha.

No confronto ibérico, somam-se agora 8 partidas, com a Espanha chegando a 4 vitórias, contra somente uma dos portugueses, além de 3 empates.

Curiosamente, Portugal tinha como ponto forte, no histórico negativo contra os rivais, o fato de permanecerem invictos no retrospecto de Eurocopas. Estatística inútil, pois sem perder, ainda assim Portugal sucumbiu novamente perante os vizinhos que defenderão neste domingo o título europeu.

 

ALEMANHA 1×2 ITÁLIA

Varsóvia, Polônia

Mario Balotelli tem seu dia de consagração ao marcar duas vezes em Varsóvia e levar a Itália a novo triunfo sobre a favorita Alemanha.

Os gols de Balotelli, o primeiro de cabeça após cruzamento de Antonio Cassano e o segundo em contra-ataque e conclusão fulminates, transformaram o encaminhamento da partida, forçando os alemães a partirem incessantemente ao ataque e os italianos executando o velho catenaccio com contra-ataques que poderiam ser decisivos.

Por isso, a maior posse de bola e o maior número de conclusões dos alemães na partida.

Os alemães diminuiriam apenas nos acréscimos com gol de pênalti anotado por Mesut Özil.

A vitória italiana estava selada. Mais que isso, é a constatação de um estilo de jogo eficientíssimo dos alemães que, contudo, não se encaixa e não supera o pragmatismo italiano.

Na história são 18 jogos entre ambas as seleções com nada mais que 11 vitórias da Azzurra.

Números que mostram que, no futebol, certas coisas podem ser explicadas, outras não. Haja vista, além dos confrontos Itália x Alemanha e Portugal x Espanha, determinados duelos que mostram grandes seleções se apequenarem perante outras de forma específica.

Que tal os confrontos entre Brasil e França? Depois de 1958, quando o Brasil fez 5×2 nos franceses nas semifinais da Copa do Mundo da Suécia (com uma França com 10 jogadores em campo na maior parte do tempo devido a contusão de seu principal jogador, o artilheiro Just Fontaine, e sem previsão de substituições nas regras da época), foram somente sucessos franceses sobre os brasileiros.

Coisas do futebol que Itália e Alemanha levam ao pé da letra.

 

A decisão

E, finalmente, neste domingo será jogada a grande decisão da Eurocopa em Kiev, Ucrânia.

O favoritismo é espanhol, afinal a Roja é apenas a atual campeã europeia e do mundo, tendo como base o super time do Barcelona. Suas esperanças ficam nos pés de Xavi e Iniesta, mas não somente. Não é qualquer equipe nacional que possui em seus quadros nomes como Sergio Ramos ou David Silva, além da opção de Fernando Torres.

As críticas sobre o futebol paciente de toques? Isso pouco importa para o técnico Vicente Del Bosque.

A Espanha quer manter a hegemonia entre as seleções nacionais.

A Itália…bem, a Itália está sempre ressurgindo do nada, preferencialmente pós-escândalos que abalam a credibilidade do futebol local e do país em geral.

Foi assim na Copa do Mundo de 1982, está sendo assim no Euro atual.

Pois que, há um mês, o assunto na ordem do dia de toda a imprensa especializada era o mais novo escândalo de manipulação de resultados envolvendo jogadores, dirigentes e treinadores, o tal do Calcioscomesse, com direito a Polícia e Justiça batendo à porta da concentração da Seleção Italiana às vésperas da competição continental.

A opinião era quase unânime após o desastroso amistoso contra Rússia (vitória russa por 3×0): sem chances para a Itália no Euro.

E quem é finalista? Sim, a Squadra Azzura.

Itália que tem suas esperanças no maestro Andrea Pirlo, recém campeão nacional pela Juventus e dispensado na temporada anterior pelo Milan (um dos maiores erros de Silvio Berlusconi e companhia). Agora, o meia de 34 anos conduz a Itália à final, muito bem auxiliado pelo astro pop Mario Balotelli, recém campeão nacional pelo Manchester City.

Eis os ingredientes da grande final de Kiev de logo mais. Nada mal para o encerramento latino da Eurocopa.

EURO: A ESTRADA ATÉ AS SEMIFINAIS

Definidas as semifinais da Eurocopa, as expectativas do Velho Continente voltam-se para os confrontos vindouros entre Espanha e Portugal, fazendo o clássico ibérico, e Alemanha e Itália, nada menos que sete títulos mundiais reunidos em uma única partida.

 

Cristiano Ronaldo desperta no Euro

E foi assim que as quatro seleções chegaram até a fase aguda do torneio europeu de nações.

 

República Tcheca 0X1 Portugal

Varsóvia, Polônia

Cristiano Ronaldo despertou de vez para o torneio europeu e isso é problema sério para os adversários.

O artilheiro da Ilha da Madeira conduziu sua seleção às semifinais fazendo o gol decisivo da partida, despachando os tchecos do goleiro do Chelsea Petr Cech.

O jogo começou com ambas as equipes relutantes em se arriscar no ataque, tanto que a melhor chance do 1º tempo ficou reservada somente para os acréscimos quando Cristiano Ronaldo acertou a trave tcheca.

Já na 2ª etapa, Portugal retornou com mais agressividade e se lançou ao ataque.

A equipe de Paulo Bento criaria diversas oportunidades, encurralando a equipe tcheca no seu campo, limitando-os a jogar defensivamente. Petr Cech teria trabalho.

O gol era questão de tempo, ainda que ele passasse rapidamente e a prorrogação já despontava como possível.

Até que a 11 minutos do final João Moutinho executa cruzamento e Cristiano Ronaldo cabeceia no chão com a bola entrando no alto do gol tcheco após quique no gramado. Portugal na frente para não mais perder a classificação. Vitória justa.

 

Alemanha 4×2 Grécia

Gdansk, Polônia

Mais uma vez, a Alemanha mostra força de favorita e elimina a Grécia em confronto repleto de ingredientes políticos e econômicos dentro do cenário de crise pelo qual passa a chamada Eurozona, ou os países da União Europeia que adotaram o Euro como moeda corrente.

 

Marco Reus

A Grécia, que começara mal a competição, chegava às quartas-de-final com moral renovada, mas não suficiente para deixar de ser considerada um azarão perante a fortíssima Alemanha.

Some-se a isso a grave crise econômica que assola a Grécia sobretudo.

Refém da política monetária do Banco Central Europeu, praticamente controlado pelos alemães, os gregos vivem cenário de humilhação, desemprego e estagnação, ampliando a dependência do país helênico da poderosa Alemanha, que capitaliza com a economia europeia atrelada à moeda única.

Economia à parte, os alemães foram a campo dispostos a resolver a disputa o mais rapidamente possível.

Os comandados de Joachim Löw iniciaram executando belo jogo com Andre Schurrle marcando, mas tendo seu gol anulado por impedimento.

Os gregos não tinham criatividade sequer eficiência ofensiva. A única chance viria com chute de Grigoris Makos defendido por Manuel Neuer.

De resto, somente a Alemanha atacou. Marco Reus ameaçava o gol grego a todo instante.

O gol inaugural viria com belo chute de longa distância de Philipp Lahm aos 39 minutos.

Quando esperava-se a confirmação da vitória alemã no 2º tempo, os gregos surpreenderiam aos 10 minutos com gol de Georgios Samaras.

Alegria grega que durou exatos seis minutos quando Jerome Boateng consegue efetuar bom cruzamento e Sami Khedira conclui com belo chute. Alemanha na frente.

Daí em diante foi o favoritismo alemão prevalecendo em campo.

Aos 68 minutos, Miroslav Klose ampliaria e em mais quatro minutos seria a vez de Marco Reus ter seu esforço recompensado com o quarto gol alemão.

Os gregos ainda teriam oportunidade de diminuir, justificando o espírito de luta, em cobrança de penalidade com Dimitris Salpingidis. Era o segundo gol da Grécia que tinha despedida honrosa do Euro.

Alemanha na semifinal.

 

Espanha 2×0 França

Donets’k, Ucrânia

Eis a partida das quartas-de-final mais aguardada.

Não era para menos, afinal os campeões europeus e do mundo recebiam a renascida França de Laurent Blanc.

 

Xabi Alonso

Na Roja, Vicente Del Bosque escalava Cesc Fábregas no ataque e detrimento de Fernando Torres.

Laurent Blanc vinha com preocupações defensivas e começaria a partida com Mathieu Debuchy atrás e próximo a Anthony Reveillere. Samir Nasri era banco, algo que teria causado certo mal estar entre o atacante e o treinador.

A verdade é que a França pouco ameaçaria os espanhóis, senhores do jogo, que tiveram, para variar, maior posse de bola, mas que criava poucas chances claras de gol.

Aos 19 minutos de jogo, Andrés Iniesta lança Jordi Alba que trabalha a bola no flanco onde Laurent Blanc havia dado mais atenção defensiva e cruza para Xabi Alonso concluir de cabeça. Espanha na frente.

Na 2ª etapa viu-se uma França mais combativa e marcando saída de bola adversária.

Na melhor jogada francesa, em jogada pela esquerda, Debuchy cabeceou com perigo.

Blanc ainda tentaria forçar o jogo com Jeremy Menez e Samir Nasri, sem sucesso.

No final, a Espanha definiria o placar através de penalidade cobrada por Xabi Alonso.

A França de Laurent Blanc progrediu, mas ainda não o suficiente para fazer frente aos espanhóis campeões do mundo.

 

Inglaterra 0 (2) x (4) 0 Itália

 

A Itália classificou-se com justiça, mas, como sempre, sofreu. Melodrama italiano à prova de chantagem emocional de qualquer mamma de plantão.

Andrea Pirlo contra Joe Hart

Cesare Prandelli iniciou a partida com Leonardo Bonucci no lugar de Giorgio Chiellini lesionado e promoveu o retorno de Mario Balotelli como titular para enfrentar seus conhecidos colegas ingleses de Premier League.

Os primeiros minutos foram frenéticos com Daniele de Rossi acertando belo chute na trave e troco inglês com arremate dentro da área de Glen Johnson para incrível defesa de Gianluigi Buffon.

E os 15 primeiros minutos de jogo foram os melhores que a Inglaterra conseguiria produzir em todo o jogo. De resto, para os ingleses, os destaques restringir-se-iam a atuações defensivas, principalmente John Terry, gigante na zaga.

Na Itália, Andrea Pirlo era o grande maestro. Verdadeira aula de futebol do meia da Juventus.

Na 2ª etapa, a posse de bola continuou italiana.

De Rossi novamente tentaria de voleio com a bola passando perto do gol de Joe Hart.

O goleiro Citizen teria mais trabalho com chute de Alessandro Diamanti.

Após 90 minutos sem gols, o jogo partiu para a prorrogação e a Itália manteve a iniciativa do jogo.

Balotelli tentaria novamente, mas seu companheiro de Manchester City, Joe Hart, interveio.

No final, Antonio Nocerino teria gol corretamente anulado em posição fora de jogo, após jogada de Diamanti.

E lá foram ingleses e italianos para as cobranças de tiro livre direto.

Pela Itália, Riccardo Montolivo chutaria para fora.

Já na Inglaterra, os Ashleys, Cole e Young, desperdiçaram seus tiros, selando o destino inglês na competição.

Classificação italiana justa, porém sofrida novamente. Pior, agora os italianos estarão mais desgastados para enfrentar a favorita e descansada Alemanha, ainda que o retrospecto italiano seja positivo no clássico.