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O “ANTI-JOGO” DO BARÇA

Lionel Messi destroçando a defesa do Viktoria Plzen

Em mais um show de Lionel Messi, o Barcelona não precisou se esforçar para vencer o Viktoria Plzen por 2×0 no Estádio Camp Nou.

Jogando para 75 mil fãs, o Barça não demorou para iniciar sua exibição trivial. No caso dos catalães, trivial significa futebol de videogame. Mais precisamente: passes precisos de primeira que estonteiam defensores e altíssima porcentagem de posse de bola que impossibilita qualquer adversário de sequer participar do jogo.

Paradoxal, mas verdadeiro. Em certo sentido, o Barcelona pratica o anti-jogo. Não deixa o oponente jogar, pois mantém a bola sob seu domínio durante quase todo o tempo.

Ontem, mais do que nunca, viu-se como o raciocínio procede através das estatísticas do jogo, ainda que o placar não tenha sido elástico.

Foram 18 chutes a gol do Barcelona contra “nenhum” do Plzen. Isso mesmo: zero chutes a gol dos visitantes.

E não para por aí. Se o time do Josep Guardiola costuma a terminar seus jogos com aproximadamente 70% de posse de bola, desta vez todos os limites da equipe foram superados. Tivemos 77% do tempo de bola rolando nos pés de Messi e companhia.

Ok, adversário limitado, fraco, sem dúvida. Mas, o que esse time faz é para entrar para a história.

Ainda assim, houve erros na hora de definir as jogadas. Algum individualismo, precipitação ou o contrário, excesso de companheirismo e coletividade por vezes. Tudo perfeitamente perdoável. Os gols de Andrés Iniesta aos 10 minutos de jogo e de David Villa aos 37 do 2º tempo liquidaram a fatura.

Ibra fundamental no Milan

Já o Milan recebeu o BATE Borisov no Estádio San Siro e repetiu o placar do Barça: 2×0 e mais três pontos na classificação.

O técnico Massimiliano Allegri optou pela formação de frente com Zlatan Ibrahimovic e Antonio Cassano e promovendo a volta de Kevin Prince Boateng no meio, deixando Robinho no banco.

Os “rossoneri” quase vêem as coisas se complicarem quando Mark Van Bommel erra e força Christian Abbiati a fazer grande defesa após chute de Renan Bressan.

Daí em diante, o Milan acordou para a vida e Ibrahimovic abriu o placar aos 33 minutos.

Robinho entrou no 2º tempo e Boateng acertou petardo no gol de Aleksandr Gutor aos 25 minutos do 2º tempo para ampliar.

A vitória milanista mostra evolução no volume de jogo da equipe. O retorno dos lesionados (como Robinho e Boateng) contribui para a melhora.

De quebra, o Milan mantém perseguição firme ao favoritíssimo Barcelona na classificação, ambos com 7 pontos com o Barça  liderando pelos critérios de desempate.

A dúvida do fã rubro-negro é até onde poderá chegar o time na UCL, já que não é segredo para ninguém que Barcelona, Real Madrid, Manchester United e Bayern estão à frente em termos de qualidade.

Tudo pela ordem no grupo H. Viktoria Plzen e BATE Borisov, quase sem chances, ficam com 1 ponto cada.

Fernando Torres e Raul Meireles

Pelo grupo E, o Chelsea goleou impiedosamente o Genk belga por 5×0 em Londres com grandes atuações de Fernando Torres e Raul Meireles.

O placar foi construído no 1º tempo, restando somente o gol final para a 2ª etapa. Torres fez dois após Meireles abrir o placar. Branislav Ivanovic e Salomon Kalou também marcaram.

Contrariando as expectativas, o Chelsea é o melhor inglês na Champions até o momento.

Na outra partida do grupo, o Bayer Leverkusen suou para derrotar o Valencia de virada por 2×1 em casa.

O ex-gremista Jonas surpreendeu os alemães ao abrir o placar aos 24 minutos de partida.

O jovem técnico espanhol Unai Emery queria o erro forçado dos alemães, encurralando-os em seu campo. E funcionou durante todo o 1º tempo.

O Leverkusen necessitou do talento do jovem Andre Schurrle para empatar, além da categoria do veterano Michael Ballack. O gol da vitória chegaria quatro minutos após o empate, aos 11 minutos do 2º tempo, com Sidney Sam.

Na classificação, o Chelsea lidera com 7 pontos, seguido de perto pelo Laverkusen com 6. Complicada ficou a situação do Valência que tem apenas 2 pontos e terá sérias dificuldades para passar. O Genk fica com 1 ponto.

Se as equipes de Manchester dominam a Premier League, os londrinos têm melhor desempenho na Champions. E não é somente o Chelsea.

 

Robie Van Persie exulta com gol no final em Marselha

Jogando em Marseille, o Arsenal conquistou importante vitória contra o Olympique por 1×0 com gol de Aaron Ramsey no apagar das luzes dos acréscimos. Castigo para a equipe de Didier Deschamps.

Decepção é o Borussia Dortmund. A equipe do técnico Jürgen Klopp não consegue impor sua condição de campeã alemã na competição continental. O algoz foi o azarão do grupo, o Olympiakos grego, que fez 3×1 em Atenas.

Com o resultado, a equipe de Dortmund amarga a lanterna do grupo com 2 pontos. O Arsenal lidera com 7, o Olympique Marseille caiu para segundo com 6 e o Olympiakos sobe para terceiro com 3 pontos.

No embolado grupo G, aquele com cara de Liga Europa, os cipriotas do APOEL foram a Portugal e conseguiram bom empate de 1×1 contra o FC Porto.

Hulk abriu o placar no Estádio do Dragão, mas logo em seguida Ailton empatou.

O Shakhtar Donetsk recebeu o Zenit e apenas empatou por 2×2.

A classificação surpreende. O APOEL lidera com 5 pontos. Zenit e Porto têm 4 e o Shakhtar fica com 2. Tudo pode acontecer no grupo e o esperado domínio do FC Porto não acontece.

A próxima rodada da fase de grupos da UCL ocorre nos dias 1 e 2 de novembro.

 

 

 

 

 

ALEMANHA: A SELEÇÃO DO MOMENTO

Khedira e Lomberts em disputa de bola em Düsseldorf

No dinâmico mundo do futebol, onde o que foi ontem não é mais o mesmo hoje que sofrerá nova transformação amanhã, a Alemanha merece a alcunha de melhor seleção do mundo. No tempo presente, é claro.

 Os comandados de Joachim Löw foram a campo em duas oportunidades nas rodadas de encerramento das eliminatórias do Euro 2012 a ser realizado em conjunto por Ucrânia e Polônia.

 Se o caro leitor pensou em comodismo com a classificação antecipada, enganou-se.

 Duas vitórias contundentes por 3×1 contra Turquia em Istambul e Bélgica em Düsseldorf deram a reputação definitiva aos alemães no maravilhoso mundo das seleções nacionais.

 Jogar contra a Turquia, bem ou mal das pernas, como visitante é encrenca na certa. Já dizia Carlos Alberto Parreira que o fanatismo por aquelas bandas supera não só o existente no Brasil, mas o dos sul-americanos em geral.

 A vitória alemã não foi resultado de sorte. Na verdade, sequer houve equilíbrio, apesar da torcida fanática em ação. Os talentosos Mario Gomez e Thomas Müller colocaram frente de dois gols.

 Domínio total dos alemães, ameaçado somente com o gol turco de Hakan Balta. Pressão à vista no final do jogo? Fogo de palha que durou cinco minutos. Bastian Schweinsteiger, de pênalti, pôs fim à empolgação.

 Vitória conquistada na complicada Turquia e um pouco de alívio na rodada seguinte. Ou melhor, alívio relativo, já que o próximo adversário seria a Bélgica que vinha de boa vitória em casa por 4×1 contra o Cazaquistão.

 As esperanças belgas ficaram por aí. Tudo sem stress para os alemães na ESPRIT Arena. Fatura resolvida na 1ª etapa com gols de Mesut Özil, Andre Schürrle e Mario Gomez. Os belgas diminuiriam no 2º tempo com Marouane Fellaini.

 Derrota que custou a eliminação belga e a classificação turca para a repescagem com o 2º lugar alcançado.

 Falando em classificação neste grupo A, impressionante foi a diferença da Alemanha para o vice e resto. 30 pontos contra os 17 da Turquia, só para exemplificar.

 No grupo B, a Rússia deu sorte com a tabela. Enfrentou a nanica seleção de Andorra em casa e enfiou categóricos 6×0. Conseguiu o 1º lugar final com 23 pontos, deixando a repescagem para a Irlanda que ficou com 21.

 No grupo C outra baba. A Itália do técnico Cesare Prandelli, já classificada previamente, empatou sem gols com a Irlanda do Norte e venceu a Sérvia por 3×0. Terminou as eliminatórias com 26 pontos. Mais um gigante europeu nas finais da Eurocopa de 2012.

 Pior para a Sérvia, se deu mal contra os italianos e perdeu a vaga na repescagem para a Estônia (16 pontos contra 15) que sofreu para bater em casa outro nanico continental, as Ilhas Faroe, por 2×1.

 Emoção rolou na decisão do grupo D. França e Bósnia chegavam à rodada derradeira em condição de vencer o grupo. Para apimentar, confronto direto no Stade de France de Paris.

 

Samir Nasri para salvar a França no Stade de France de Paris

Pois é, a vida foi difícil para os comandados de Laurent Blanc. Os bósnios, que haviam sido derrotados pelos franceses em casa por 2×0, dominaram as ações em Paris.

 O prêmio veio com o gol de Edin Dzeko antes do final do 1º tempo.

 Na 2ª etapa, a França conseguiu melhorar somente na base da empolgação e do incentivo da torcida.

 Laurent Blanc tem o mérito de ter apaziguado os ânimos entre os selecionados do país, tirando a equipe do lamaçal de contendas da última Copa do Mundo nos tempos de Raymond Domenech. Está sim fazendo aquele trabalho de reconstrução utilizando-se de nova geração, só que menos talentosa que a sua própria.

 E aí mora o problema. Talvez pela falta de talentos que façam a diferença, o jogo francês não flui. O time é travado, tanto que chorou falta dentro da área para marcar e empatar com Samir Nasri.

 Levou a melhor com o empate. Garantiu a classificação. É bom ver a França entre os melhores, mas há muito a melhorar ainda.

 Confira os lances da partida mais emocionante da rodada.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=bQvg8w6BUVo[/youtube]

No grupo E, os vice-campeões do mundo holandeses fizeram pouca força nas rodadas finais. 1×0 na Estônia e derrota de 3×2 contra a Suécia.

 No grupo F, a Grécia volta a uma fase final de Euro. Os gregos tinham pouco do que se orgulhar após a conquista da competição em Portugal.

 Encerrando sua participação no grupo G, a Inglaterra foi a Montenegro e apenas empatou em 2×2 contra a seleção local. A destacar, somente a expulsão de Wayne Rooney. Divertido é saber que muitos ingleses, provavelmente motivados pela paixão clubística, querem “Shrek” fora da seleção. Mas nem se Fabio Capello estivesse louco!

 Na outra partida para a qual os olhos da Europa estavam voltados, a Dinamarca recebeu Portugal em disputa direta por vaga no grupo H.

 

Cristiano Ronaldo e as dificuldades lusitanas contra a Dinamarca

E Portugal decepcionou. Vitória confortável da Dinamarca por 2×1 em partida que Cristiano Ronaldo somente ameaçou de fato a vida dos dinamarqueses no final da partida com gol de pênalti. Agora é a Dinamarca classificada e Portugal na repescagem.

 Finamente, no grupo I, a já classificada Espanha fez 3×1 na Escócia com direito a “hat-trick” de David Villa e gol coletivo com a bola passando pelos pés de todos os 11 jogadores espanhóis em campo. Aula de futebol. Confira.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=7xmVtMj3S94[/youtube]

 E oito equipes estão na repescagem pelas vagas finais. O sorteio apontou os seguintes confrontos:

 Turquia x Croácia

Estônia x Irlanda

República Tcheca x Montenegro

Bósnia x Portugal

 Encerrando a rodada com overdose de seleções na Europa, nada melhor que relaxar com rock do bom. Como consolação ao País de Gales pela não classificação às finais da Eurocopa, aí vai os super competentes galeses do Manic Street Preachers com a sugestiva “The Love of Richard Nixon” ao vivo no programa “Later with Jools Holland”.

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MAIS UMA DATA FIFA

 

Dirk Kuyt: Holanda aplica goleada em San Marino e vence Finlândia.

Sabia que estivemos em mais uma sequência de datas FIFA caro leitor? Pois é, estivemos.

 E, como já mencionáramos na coluna, datas FIFA significam rodadas destinadas às atividades de seleções nacionais. Seja para jogos amistosos, seja para competições oficiais, o negócio é jogar os holofotes para os times da pátria e todo o aparato que os cercam: hinos, bandeiras, cores do país e por aí vai.

 Como consequência lógica da reunião de jogadores, os melhores que cada nação pode ter à disposição, ocorre a paralisação dos torneios que envolvem os clubes. Em bom português: folga para os times e seus respectivos campeonatos e copas.

 E o motivo até a vovozinha leiga ao extremo em futebol deduz com facilidade: para não haver conflito de datas e interesses de clubes e federações (que comandam as seleções nacionais) na utilização dos principais jogadores por um ou por outro.

 Pois é, isso tudo é assim na parte do mundo onde prevalecem coerência, bom senso, raciocínio lógico e boa gestão do empreendimento chamado futebol.

 Em terra brasilis, tivemos final e meio de semana com rodadas cheias do campeonato brasileiro, exceção feita ao adiamento da partida entre Santos e Botafogo. Adiamento que poderia denotar favorecimento a algumas equipes em detrimento de outras, mas isso é outro assunto. Enfim, o efeito real é que muitos não percebem que as seleções estão em ação, já que os clubes continuam a ocupar os assuntos da imprensa especializada.

 O que interessa é deixar claro e lamentar novamente o desrespeito à data FIFA por parte do futebol brasileiro. Tudo consequência do calendário. É matemática simples: o ano possui apenas 365 dias. Gastam-se mais de 4 meses da temporada em chatíssimos campeonatos estaduais, cujo desfecho todos estão carecas de conhecer. Quase sempre os mesmos finalistas e campeões. Resta pouco tempo para o corretíssimo brasileirão de pontos corridos com turno e returno disputado por vinte equipes. Aí as datas FIFA são invadidas.

 Solução correta para a confusão: redução dos estaduais ou mesmo a não participação dos times das séries A e B do brasileiro nos ditos cujos, a menos que os astrônomos descubram um modo de frear o movimento de translação da Terra aumentando o número de dias do ano.

 Enfim, no Brasil bagunça-se o aparentemente simples. Como diria o saudoso Telê Santana, “quem disse que futebol é coisa de gente séria?”

 Bom, sem mais delongas, vamos ao que interessa. Mais duas rodadas de apuração dos finalistas para a Eurocopa 2012 se foram e, salvo raras exceções, os grandes se mostram sempre maiores e o espaço que os separam dos médios e nanicos no velho continente está cada vez maior.

 Pelo grupo A, a classificada Alemanha (24 pontos) mostrou novamente a grande safra de novos jogadores e o futuro promissor que tem em mãos e atropelou a Áustria em Gelsenkirchen por 6 a 2. Os polaco-germânicos Miroslav Klose e Lukas Podolski marcaram, além dos jovens Mesut Özil, Andre Schürrle e Mario Götze. A briga do grupo fica entre Turquia (14 pontos) e Bélgica (12 pontos) pelo segundo lugar.

 Equilíbrio no grupo B. Sem nenhum bicho papão para apavorar, a Rússia está na ponta (17 pontos) após jogar duas vezesem casa. Vitória por 1 a 0 contra a Macedônia e sofrível empate sem gols contra a Irlanda, vice líder do grupo com 15 pontos. Brigam ainda Armênia e Eslováquia (14 pontos) que, aliás, se enfrentaram com vitória por 4 a 0 para os Armênios.

 

Giampaolo Pazzini para salvar a Itália contra a Eslovênia

E a Itália jogou…à italiana. O que significa que houve sofrimento, críticas e golzinho salvador aos 38 minutos do 2º tempo de Giampaolo Pazzini contra a Eslovênia (1 a 0 no final). Achou pouco? Houve mais melodrama. Na rodada anterior a Itália também vencera e também por 1 a 0. O problema foi o adversário: a toda poderosa Faroe! Sim, a seleção da pacata Ilhas Faroe. Mas, também à italiana, a Azzurra está classificada. 22 pontos faturados contra os 14 da Sérvia e 13 da Estônia no grupo C.

 E a França de Laurent Blanc ainda corre riscos no grupo D. A equipe jogou duas vezes como visitante. Até que não foi mal. Vitória por 2 a 1 contra a Albânia e empate por0 a0 contra a Romênia. É líder com 17 pontos, só que tem perseguidores perigosamente próximos nos calcanhares. A Bósnia fez 2  a 0 em Luxeburgo e 1 a 0 na Bielorrússia e colou nos franceses com 16 pontos. Romênia e Bielorrússia mantêm esperanças com 12 pontos cada.

 

O francês Karim Benzema contra a Romênia

A Holanda mostrou porque é a número 1 do ranking da FIFA. Fez imperdoáveis 11 a 0 em San  Marino e 2 a 0 na Finlândia no grupo E. Está classificada com 24 pontos. Vencer San Marino por goleada não é nada absurdo, mas se não tivesse construído placar tão elástico poderia ser criticada agora. Suécia e Hungria brigam pela vice-liderança. Fizeram confronto direto na rodada com vitória húngara (2 a 1).

 O grupo F é outro sem seleções de primeiro escalão. A Grécia está lá, é verdade. Os gregos já venceram a Eurocopa (Luís Felipe Scolari deve se lembrar bem, pois treinava Portugal e perdeu a final), mas não mantiveram o nível internacional necessário. De qualquer forma, podem se classificar. Estão com 18 pontos, logo atrás da líder Croácia com 19. São os dois com maiores chances de qualificação.

 

Ashley Young marca contra Gales em Wembley

Em jogo chato em Wembley, a Inglaterra venceu Gales por 1 a 0 na última terça-feira após já ter derrotado a Bulgária por 3 a 0. Fabio Capello faz seu trabalho. Sem ilusões contudo. A pressão sobre o “English team” existe, afinal os caras não ganham nada há muito. Por enquanto tudo bem. São 17 pontos para os ingleses contra 11 da surpresa Montenegro que está à frente da Suíça com apenas 8 pontos no grupo G.

 Portugal, Dinamarca e Noruega disputam a tapa a classificação no grupo H. Todos com 13 pontos. No melhor jogo, os dinamarqueses, em casa, fizeram 2 a 0 nos noruegueses. Grupo em aberto por ora.

 E, finalmente, no grupo I, os espanhóis campeões do mundo fizeram 6 a 0 no assustador Liechteinstein e passeiam com 18 pontos. República Tcheca (10 pontos) e Escócia (8 pontos) disputam o segundo posto. Os tchecos, aliás, se deram bem no confronto direto, pois empataram na Escócia por 2 a 2 na rodada.

 Falando em Espanha, a Fúria jogou somente uma vez pelas eliminatórias do Euro. Então aproveitaram a outra data livre para enfrentar o Chile de Jorge Valdivia no melhor amistoso da leva da sequência de datas FIFA. Ganhou de virada por 3 a 2, utilizando-se da famosa base do Barcelona para virar o jogo.

 Ah, o time da CBF? Jogou em Londres, a nova casa da seleção (nada mais brasileiro que Londres!) e venceu Gana por 1 a 0 com gol do ótimo Leandro Damião. Contou com a vantagem numérica de estar com jogador a mais em campo na maior parte do tempo. Serviu para amenizar as coisas para Mano Menezes.

 Para encerrar com chave de ouro, que tal a cobrança esdrúxula de pênalti a seguir? O argelino Amir Sayoud, atuando pelo Al-Ahly do Egito, é o cara! Uma verdadeira primavera árabe para revolucionar as maneiras de perder uma penalidade. Veja só.

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ALEMANHA E ITÁLIA: OS MELHORES NO DIA DE AMISTOSOS DE SELEÇÕES

Itália e Espanha perfilados para os hinos nacionais

É aquela velha história, semana reservada para a tal data FIFA é sinal de jogos entre seleções nacionais. O que também significaria que os clubes deveriam recolher suas armas nesse meio tempo. Deveria ser assim sempre, mas a coisa fica restrita somente ao mundo civilizado. Quando vão entender aqui pelo nosso lado do planeta que data FIFA é “somente” para seleções?

 Enfim, falando de seleções nacionais em campo, as principais partidas envolveram alguns campeões do mundo em ação. Outros times do primeiro escalão deveriam ter jogado também, mas fatores extra campo impediram a exibição. Direto ao ponto: o jogo entre Inglaterra e Holanda foi cancelado devido aos distúrbios urbanos em massa que têm assolado a terra da rainha.

 Nas partidas que rolaram, os destaques ficaram para Itália x Espanha, Alemanha x Brasil e França x Chile. Então vamos a eles.

 Itália 2×1 Espanha

 No confronto latino-europeu de Bari, a equipe do técnico Cesare Prandelli buscava afirmação no complicado cargo de técnico da Azzurra em amistoso contra os campeões do mundo em casa.

Fernando Torres em disputa de bola

E a Itália começou avassaladora no 1º tempo. Dominando a partida, Riccardo Montolivo abriu o placar após receber de Domenico Criscito e encobrir Iker Casillas logo aos 11 minutos.

 A Espanha empataria aos 37 minutos graças a pênalti cobrado por Xabi Alonso após lance duvidoso na área italiana.

 Vicente Del Bosque conseguiu arrumar parcialmente a Espanha na 2ª etapa. Muito por causa da entrada de Thiago Alcântara que tem se destacado nas seleções espanholas de base.

 Com os espanhóis melhores, Prandelli coloca em campo Mario Balotelli, ajudando a equilibrar as ações.

 A Espanha ainda perderia mais duas oportunidades e sofreria o castigo em chute de Alberto Aquilani, também posto em campo no 2º tempo, que foi desviado em Raúl Albiol tirando as chances de defesa de Victor Váldez.

 

Italianos comemoram gol da vitória

Vitória italiana que valeu pela exibição do 1º tempo. Importante para Prandelli que contou com boas atuações dos “bad boys” italianos Antonio Cassano e Mario Balotelli.

 Para os espanhóis, somente prejuízo. É mais um revés dos campeões do mundo no pós copa contra mais um adversário de peso após derrotas para Argentina e Portugal. E não fica por aí, Gerard Piqué, Andoni Iraola saíram contundidos e Fernando Torres, que havia saído por sentir problemas auditivos, teve diagnosticado um pequeno choque cerebral. Mais um amistoso para a Espanha esquecer.

 

 

 

Alemanha 3×2 Time da CBF

 Mais uma vez Stuttgart foi palco de amistoso entre Alemanha e o time da CBF. A diferença é que em outros carnavais, como no amistoso de 1981 vencido pelos brasileiros por 2 a 1, tínhamos em campo o Brasil, a Seleção Brasileira ao invés do tal time da CBF.

Mario Götze: novo ídolo alemão

 

 E o time do técnico “adepto da dieta metabólica a custo zero” Joachim Low  impôs seu ritmo sobre os brasileiros aliando juventude e entrosamento.

 Com jogo coletivo superior, os alemães iniciaram perdendo oportunidades e exigindo defesas de Júlio César.

 Mano Menezes optou por jogar com mais cautela defensiva e depositar esperanças nos contra-ataques que funcionaram algumas vezes, mas insuficiente para golpear os donos da casa.

Neymar Jr. Mesmo doente fez o seu

No 2º tempo, os brasileiros tiveram mais combatividade no início e conseguiram por algum tempo o almejado equilíbrio. Puxando os contra-ataques, Alexandre Pato quase abriu o placar. Doce ilusão brasileira. Tudo iria por água abaixo com o pênalti de Lúcio sobre Mario Götze e o gol de Bastian Schweinsteiger.

 Daí em diante os brasileiros se perderam em campo e a Alemanha manteve o restante do jogo sob controle. Götze ampliaria 6 minutos após o primeiro gol. Robinho diminuiria em pênalti duvidoso, mas os alemães trataram que acabar com qualquer empolgação adversária com o terceiro gol de Andre Schürrle após falha do xará André Santos e roubada de bola de Schweinsteiger.

 No apagar das luzes, Neymar, enfermo, faria o segundo gol do Brasil em chute forte colocado.

 Grande atuação de conjunto da Alemanha com jovens valores individuais exibindo talento. Destaque para Mario Götze do Borussia Dortmund que fez a torcida não sentir a não convocação de Mesut Özil do Real Madrid.

 Pelo lado brasileiro, problemas para Mano Menezes que começa a ter o trabalho questionado devido aos resultados adversos contra as seleções mais fortes. A seu favor está justamente o fato de enfrentar as grandes seleções, ao contrário de outros tempos quando o time da CBF jogava contra equipes inexpressivas. A queda de produção de Paulo Henrique Ganso influi. Esperava-se mais do jogador do Santos FC. André Santos parece ter encerrado seu ciclo de prestação de serviços para a CBF e, seguramente a partir de agora, aquele velho clamor popular, nem sempre sábio, começará a urrar pelo nome de Ronaldinho Gaúcho.

 Amistoso de hoje à parte, nada melhor que rever os 2 a 1 da “Seleção Brasileira” (naqueles tempos sim, Seleção Brasileira!) contra a Alemanha Ocidental na mesma Stuttgart em 1981.

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 França 1×1 Chile

Os fãs de Montpellier lotaram o Stade de La Mosson para prestigiar o time de Laurent Blanc contra o Chile que buscava esquecer a eliminação na Copa América na Argentina.

Valdivia entre três franceses

 

 A França teve todas as chances de definir a partida, mas graças a combinação de falta de sorte, incompetência e erros de arbitragem, cedeu o empate aos chilenos.

 Loïc Remy abriu o placar aos 20 minutos ao cabecear com perfeição bola cruzada por Karim Benzema. 1 a 0 França.

 Poderia ter sido 2 a 0 se o auxiliar não tivesse anulado gol de Kevin Gameiro após interpretar participação de Remy em posição fora de jogo.

 Claudio Borghi armou o Chile com preocupações defensivas. Claudio Bravo parou investidas de Benzema. Na frente, o grande nome era o jogador do Palmeiras, Jorge Valdivia, que armava as jogadas.

 O empate veio aos 31 minutos do 2º tempo com Nicolás Córdova após receber passe de Alexis Sanchez.

 Bom teste para o técnico Laurent Blanc e sua França que, apesar de não ter sabido vencer, enfrentou um Chile que figura apenas entre as forças médias das seleções, mas que, bem postado, forçou os anfitriões a jogarem contra razoável retranca, tendo que lidar com o perigoso Valdivia à frente.

Outros amistosos

 Entre emocionantes amistosos como Azerbaijão x Macedônia ou China x Jamaica, vale ressaltar alguns duelos de relevância para hegemonias regionais ou então goleadas sonoras aplicadas mundo afora.

 Começando pela goleada, Portugal fez 5 a 0 em Luxemburgo no Algarve com gol de Cristiano Ronaldo e dois deles de Hugo Almeida.

 Em Genebra, Costa do Marfim e Israel fizeram jogo disputado com vitória dos africanos por 4 a 3.

 Na Ásia, o time do Japão, talvez inspirado pela conquista da Copa do Mundo pelo time feminino, fez 3 a 0 no grande rival local, a Coreia do Sul em partida disputada em Sapporo.

 Ainda na sessão “3 a 0: o placar clássico”, a Noruega recebeu a República Tcheca e classicamente venceu. Um pouco de alento ao país nórdico abalado por tragédias recentemente.

 E, na carona da sessão “rivalidade e hegemonia local”, Estados Unidos e México reeditaram a final da Copa Ouro da CONCACAF na Filadélfia. A estreia do alemão Jürgen Klinsmann como técnico estadunidense foi marcada pelo empate de 1 a 1 entre os rivais da América do Norte. Confira os gols com especial atenção à narração altamente emocional do locutor.

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