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Blog do André Kfouri em dois tempos.

1º tempo – Del Nero envia e-mail para André Kfouri e paga de santinho do pau oco.

Longe de querer julgá-lo culpado, até porque não tenho mérito para tal. Mas chega a ser engraçada a extrema necessidade do Sr. Presidente afastado da FPF em se defender. Mais do que isso, se defender atacando. No futebol a melhor defesa é o ataque. Só no futebol.

Segue a íntegra da coluna:

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Recebi, na terça-feira, um e-mail do presidente suspenso da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, acerca de minha coluna de sábado passado, no Lance!.
Del Nero não solicitou que sua mensagem fosse publicada. Mas o farei abaixo, em nome dos princípios jornalísticos:
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Ilmo. Senhor André Kfouri
Ao ler sua matéria denominada de “Silêncio no Tribunal” em matéria publicada pelo jornal “Lance”, veiculado na data de 28/03/2009, fiquei perplexo com as informações desencontradas consignadas no texto. Quiçá o texto tenha sido fruto apenas da ausência de informações mais completas – é o que quero presumir.

O texto mencionou que um “respeitado jurista brasileiro”, que “não será identificado por motivos evidentes”, afirmou, insidiosamente, que o presidente da Federação Paulista de Futebol “agiu de forma desonesta”. Antes de outras considerações, digo que DESONESTO é o tal jurista. E explico por quê. E também justifico os motivos pelos quais discordo do adjetivo “respeitado”, atribuído ao jurista.

Contesto a ilação mentirosa de que agi de maneira desonesta. O procedimento disciplinar instaurado em meu desfavor, e que tramitou perante a Colenda 3ª Comissão Disciplinar do STJD, nunca objetivou averiguar qualquer conduta desonesta de minha parte. O aludido feito teve a sua gênese com o intuito de avaliar a suposta subsunção de meus atos à conduta descrita no artigo 221 do CBJD – que prevê sanção disciplinar àquele que oferece queixa com base em “erro grosseiro”. Não é preciso esforço para concluir que isso é muito diferente de julgar se alguém é ou não desonesto.

Um jurista respeitado não faz afirmações precipitadas e nem se esconde falando em “off” com profissionais da imprensa, a menos que tenha compromisso ou interesse direto ou indireto com o deslinde do processo, que, no caso em comento, ainda se encontra em andamento.
O jurista honesto observa as normas atinentes ao exercício da advocacia. Ele respeita o Estatuto da Advocacia e o Código de Ética e Disciplina da OAB, e bem por isso é probo e cônscio para não tecer considerações públicas acerca de um processo em que não atua. O jurista, se advogado, “deve abster-se de insinuar-se para reportagens e declarações públicas” (artigo 34, inciso IV do Código de Ética da OAB), sob pena de ser processado administrativamente no Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados.

Covarde e desprezível – são esses os adjetivos que proclamo contra o suposto jurista. Por favor, diga ao indigitado jurista (seja lá quem for) que o considero uma escória por lhe faltar hombridade para assumir suas declarações, e por ter necessidade de opinar no anonimato, sob o manto da imprensa.

Agora, permita que os fatos sejam explanados nestas linhas sob a perspectiva de quem vivenciou os acontecimentos. Daí a frente, não mais me incomodarei com as suas conclusões, pois tenho franco respeito ao sistema democrático e à livre expressão do pensamento.

No dia 5 de dezembro de 2008 (sexta feira), recebi telefonema da minha secretária Lilian, por volta das 22h. Encontrava-se ela, na ocasião, aflita face às informações que eu, por email, havia encaminhado à CBF. Eis o teor da referida mensagem eletrônica, remetida ao Sr. Sérgio Corrêa, DD. Presidente da Comissão Nacional da Arbitragem da CBF:

“Caro SérgioQuero aqui ratificar oficialmente, o que lhe passei via celular ontem à noite, sobre a preocupação que nos atinge em relação ao ato relatado, ontem à noite, por minha secretária de nome Lílian, sobre suposto envelope que deveria chegar às mãos do Vice-Presidente Reinaldo Bastos para ser entregue ao árbitro Wagner Tardelli. Como lhe disse, comuniquei o fato ao Gaeco do Ministério Público de São Paulo na pessoa do Dr. José Reinaldo Carneiro, cujo telefone lhe passei. A sugestão do Ministério Público que também adoto é trocar o árbitro da partida para preservá-lo. É uma questão humanitária pois Wagner Tardelli pode não estar a par do envelope e se ocorresse um erro comum da arbitragem poderia acarretar sérias dúvidas. E a troca do árbitro iria transformar um fato delicado a nada, sem outras conseqüências, pois estaria sanada a nossa preocupação. O campeonato terminaria sem qualquer mácula ou dúvidas. Vou procurar entrar em contato com o Dr. Ricardo Teixeira para transmitir a nossa preocupação. Marco Polo Del Nero.”

O email acima transcrito espelha muito bem a circunstância que acarretou a instauração de procedimento que ora se encontra em trâmite no STJD. Afastar o árbitro Wagner Tardelli da referida partida foi a decisão mais correta, lembrando que tal moção foi idealizada, sabiamente, pela Promotoria de Justiça de São Paulo. Pergunto: deveria eu, a despeito do juízo emitido pelo Ministério Público, permanecer inerte diante de um acontecimento que poderia macular gravemente a imagem de um grande clube paulista e a do Vice-Presidente desta entidade?

Obviamente, a resposta é não. Seguramente, se acaso tivesse eu permanecido silente ante todos os acontecimentos narrados, os “arapongas” de plantão que tomassem conhecimento dos diálogos entre Lilian/Marco Polo ou entre a secretária do S.Paulo/Lílian, se apressariam em divulgar o caso. E então, sem dúvida, eu estaria sendo processado por omissão. Estas são as palavras que subscrevo para que os fatos sejam devidamente esclarecidos e colocados na reta perspectiva da verdade.

Cordialmente,
Marco Polo Del Nero

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2º tempoANDRÉ KFOURI E PVC PEDEM AJUDA…

André Kfouri e Paulo Vinicius Coelho pedem a ajuda de todos os fãs do futebol, na escolha dos 100 maiores craques do futebol brazuca. Responsa, hein?

De um total de 180 jogadores listados, o votante poderá escolher no mínimo um, e no máximo 100.

A eleição servirá de base para um projeto que irá culminar em um livro chamado “Os 100 Maiores Jogadores Brasileiros de Todos os Tempos”


Para votar, acesse:
http://espnbrasil1.terra.com.br/100maiores/

Blog do André Kfouri:

http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/

Cheers,

Do blog do André Kfouri.

André Kfouri recebeu de um leitor, uma indagação que eu acho extremamente pertinente. Em cima de sua resposta, a qual eu sou completamente a favor, deixo aqui a questão para que todos possam deixar suas opiniões. Segue:

Marcelo escreve: Ano passado muito se falou sobre a polêmica da taça de bolinhas, entre São Paulo e Flamengo. Esse ano todos pregam o São Paulo como único Hexacampeão do Brasil, mas ninguém levanta debates sobre a válidade dos campeonatos anteriores a 1971. Antes disso os campeonatos eram disputados pelos melhores times do Brasil em moldes parecidos com os campeonatos pós-1971 (inclusive com direito a vaga na Libertadores) apenas com nomes diferentes. Então por que não considerar os campeões dos campeonatos pré-1971 como campeões brasileiros? Se formos seguir a linha de raciocínio

Resposta: Que devemos respeitar a nomenclatura das competições. É um assunto polêmico em que há argumentos válidos para todos as linhas de pensamento. A minha é que não se pode chamar um time de campeão brasileiro, se ele ganhou um campeonato que não tinha esse nome. Mesmo porque, depois, o Campeonato Brasileiro foi criado. Isso não tem nada a ver com a importância da conquista. Os “campeonatos nacionais” que o Santos ganhou, antes do CB existir, eram (e devem continuar sendo) considerados como os mais importantes do futebol brasileiro, em sua época. Mas não acho que o Santos deva ter mais do que dois títulos do Brasileirão. O mesmo vale para os “mundiais” do São Paulo. São duas Copas Intercontinentais e um Mundial de Clubes. O valor dos títulos é o mesmo? Sim. Mas os nomes são diferentes. Campeão Brasileiro de 1987? Mesma coisa. É o Sport. Mas quem ganhou o campeonato mais importante de futebol no Brasil naquele ano foi o Flamengo. Finalmente, sobre a Copa João Havelange: o torneio foi oficializado pela CBF como o Campeonato Brasileiro daquele ano.

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Fonte: http://blogs.lancenet.com.br/andrekfouri/