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VIVA O FUTEBOL E SUA IMPREVISIBILIDADE

Com este título podemos classificar de forma precisa como ocorreu a 11°conquista nacional do América do México, um dos maiores e mais populares clubes do País.

Entretanto, engana-se quem pensa que foi “apenas um jogo”. Até porque aqueles que controlam e chutam a pelota, chutam também a paixão de inúmeras pessoas. O interesse, a dedicação, a emoção, a alegria, o sofrimento de quem ama um clube, tudo isso está em jogo. Portanto, jogo de futebol nunca será “apenas um jogo de futebol”.

Dito isto, vamos ao fato em questão.

26 de maio de 2013. Estádio Azteca, lendário templo do futebol mundial. Mesmo palco do Tri do Brasil, em 70. Do golaço de Maradona, em 86 entre outros embates e lances maravilhosos que ainda vivem na memória dos entusiastas do Esporte Rei.

Porém, no último domingo, os torcedores de América e Cruz Azul presenciaram uma final de campeonato mexicano que certamente nunca mais esquecerão. Com requintes dignos de uma produção hollywoodiana, a partida mais se parecia com um drama merecedor do Óscar.

E tudo começou na última quinta-feira, no Estádio Azul, casa do Cruz Azul. Os Cementeros, conhecidos como “eternos vice”, abriram vantagem no primeiro duelo, vencendo o rival pelo placar mínimo. 1-0, gol de Christian Giménez. Com este resultado, um empate era o bastante para encerrar um jejum de títulos que perduravam quase 15 anos.

Três dias se passaram e a taça do torneio clausura parecia mesmo que ficaria com os azuis. Principalmente quando aos 14′ da etapa inicial Jesus Molina foi expulso e deixou o América com um homem a menos em campo. Para piorar, seis minutos depois Téo Gutiérrez marcou para os visitantes calando grande parte vestida de amarelo no Estádio Azteca.

Mas o jogo ainda não havia acabado. E como todos sabem, ele “só acaba quando o juiz apita”. Pois bem. Aos 44′ do segundo tempo começou a reação que mais tarde seria épica, terminando em troféu.

Aproveitando uma cobrança de escanteio, Arquivaldo Mosquera igualou o marcador. O tento do zagueiro, porém, era insuficiente de acordo com o placar agregado. 2-1 Cruz Azul.

Impulsionados pela torcida, a equipe da casa foi para cima com tudo. Escanteio. Última bola. Neste exato momento entrava em cena o herói do dia. Lá estava ele, Moisés Muñoz, goleiro do América, no bolo de jogadores dentro da área do Cruz Azul.

Batido o escanteio e, de peixinho, Muñoz, que há um ano quase perdeu a vida em um acidente automobilístico, fez o gol que levou a finalíssima para a prorrogação. Na comemoração, muito choro misturado a inexplicável felicidade da torcida amarela. Esta, em combustão de alegria, parecia não crer no que os olhos diziam ser verdade.

Abalado, o Cruz Azul sucumbiu ao América na prorrogação, mas mesmo assim conseguiu levar o épico duelo para as temidas decisões por pênaltis.

Na disputa, mais uma vez o herói da noite apareceu, defendendo a cobrança de Javier Orozco e abrindo caminho para a vitória por 4 a 2.

Final de jogo. América Campeão. Com o resultado, Las Águilas colocaram fim há período difícil de oito anos sem levantar o troféu da Liga. Além disso, ainda igualaram o número de conquistas do rival Chivas Guadalajara.

Ao certo, foi uma final épica. Uma das mais emocionantes da história, eu diria. Com expulsão, tensão, drama, virada, gol de goleiro, defesa, decisão por pênaltis… E o melhor: tudo isso presenciado por uma platéia de mais de 100 mil pessoas. Sensacional!!!

Viva o futebol e sua imprevisibilidade!!!

Herói na decisão, Muñoz comemora título nos braços dos familiares
Herói da decisão, goleiro Muñoz comemora título nos braços dos familiares

Confira os melhores lances e sinta a emoção do futebol:

O ÚLTIMO DOS MOICANOS

Se até a bola rolar nas oitavas de final da Libertadores o Santos era o único representante paulista na competição, depois que ela parou de estufar as redes brasileiras, o alvinegro praiano é o único representante BRASILEIRO do certame. Isso mesmo, o Imponderável F.C.  como diria o grande Milton Neves esteve presente infernizando a vida dos clubes brasileiros.

De fato, só restou o Santos, mas isso não significa que a equipe teve facilidade pra alcançar a solitária vaga verde e amarela nas quartas de final, muito pelo contrário, se não fosse ”São” Rafael a equipe estaria no mesmo barco de Cruzeiro, Grêmio, Inter e Fluminense.

O cansaço apresentado pela equipe no jogo contra o América-MEX preocupa não só para o andamento da Libertadores, mas também para as finais do Campeonato Paulista. Pode ser uma loucura pensar em escalar um chamado time misto em um clássico dessa proporção, mas depois de uma viagem longa inserida no calendário santista, dessa vez pra Colômbia, não custa nada poupar alguns jogadores que estão mais baqueados.

De qualquer maneira, independente do cansaço e da maratona de decisões a equipe se mostra unida e com um espiríto de time campeão. O trabalho do técnico Muricy expira confiança e a torcida não poderia sonhar com uma melhor fase. Afinal quem não gosta de ver seu time do coração disputando duas competições simultâneas com chances de ser campeão em ambas. Feliz rotina que o Santos vem enfretando desde o ano passado.

No próximo post aquecerei as turbinas do clássico relembrando algumas decisões históricas entre Santos x Corinthians.

Até eu to sentindo a série de decisões…rsrs !
HAJA CORAÇÃO !