PREMIER LEAGUE: ARSENAL HUMILHADO EM OLD TRAFFORD

 

Arsene Wenger sem ação.

Não poderia ter sido pior. Nem mesmo o mais pessimista e desolado torcedor “Gunner” imaginaria tal fiasco após o desmanche promovido pelo Arsenal, tendo como símbolo o êxodo de Cesc Fábregas e Samir Nasri. Mas foi o que ocorreu no último domingo em Manchester.

 Jogando no estádio Old Trafford, os anfitriões do Manchester United humilharam a equipe londrina do Arsenal por inéditos 8 a 2.

 O que era para ser o clássico da rodada tornou-se verdadeiro jogo treino para os “Red Devils”.

 Na mesma rodada, o rival local, Manchester City, atropelara o Tottenham Hotspur em Londres por sonoros 5 a 1. O êxito estrondoso do vizinho incômodo forçou Alex Ferguson a vir a público e frisar a absoluta normalidade do ambiente no United. Nada de pressão sobre os ombros.

 Verdade ou não, a resposta chegaria de maneira retumbante.

 

Wayne Rooney com novo visual. Melhor em campo.

Os gols de Danny Walbeck, Ashley Young e Wayne Rooney, além do anteprojeto de reação gunner através de Theo Walcott eram apenas o prenúncio do bombardeio. Bombardeio! Ironicamente, a equipe apelidada de “Gunner” sofreria um daqueles impiedosos.

 Ainda mais flagrante que o 1º tempo foram os 45 minutos finais.

 O que se viu foi um time em frangalhos. Um Arsenal absolutamente entregue e impotente. Arsene Wenger assisitia a tudo atônito, passava a mão na cabeça, não podia acreditar. O sistema defensivo inexistia. A equipe não conseguia trocar três ou quatro passes seguidos em progressão.

 Rooney fez o segundo dele de falta em cobrança mais manjada que andar para frente. Aquela velha jogada de rolar a bola para o companheiro pará-la e o próprio cobrador, com ângulo diferenciado da posição inicial da cobrança, chutar colocado. Era moda nos anos 90. Raí e Cafu fizeram contra o Barcelona em Tóquio e tanto lá como cá o goleirão assistiu imóvel a bola entrar.

 Nani também fez o seu show em um dos gols. Até o sul-coreano Ji-Sun Park fez o seu.

 O United não encontraria tanta facilidade sequer contra os nanicos da Premier League.

 Quanto ao Arsenal, uma enxurrada de justificativas com o intuito de explicar a tragédia foram levantadas.

 

Per Mertesacker: solução para a defesa?

Inevitável questionar: por que não contratou se há dinheiro disponível dentro do orçamento do clube para Arsene Wenger? Eis algo de intrigante. O que queria Wenger? Trabalhar com revelação de jogadores pura e simplesmente? Parece que era isso mesmo. O treinador viu-se na corda bamba in extremis e os rumos estão sendo alterados. A imprensa local dá como quase certa as contratações do zagueiro alemão Per Mertesacker do Werder Bremen por £10 milhões e do lateral esquerdo brasileiro André Santos por mais £6 milhões (Santos tem a vinda facilitada, já que o Fenerbahce turco agoniza na UTI após escândalos locais de manipulação de resultados com posterior exclusão do clube da Champions League) para reconstruir a defesa.

 Wenger vai rodar? Especulou-se, mas por ora o francês fica no comando técnico. Óbvio, futebol é resultado em qualquer canto do planeta e, se eles não vierem, Wenger pode empacotar as tralhas de volta para a França.

 Entre outras consequências da hecatombe gunner está a decisão da diretoria do clube de dar ingressos para os torcedores que pagaram para ver o vexame histórico. Uma espécie de ressarcimento pelo serviço pessimamente prestado.

 Fato é que foi a maior goleada da história do confronto. O melhor que o Arsenal já conseguiu contra o Man U foram vitórias por quatro gols de diferença. Entre elas, o placar mais próximo do resultado do domingo foi um 6 a 2 no longínquo 1º de fevereiro de 1947 no estádio Highbury Park de Londres. Resumindo, levará tempo para os Gunners devolverem o placar vergonhoso.

 Enquanto Londres meio que agoniza, Manchester ri à toa mais uma vez. Os rivais locais United e City disputam com afinco a liderança da Premier League, bem como as maiores goleadas.

 E como falamos de jogos com muitos gols, nada melhor que contrabalançar a coisa. Que tal essa: Copa Movistar no Peru. Jogavam Alianza Atlético e Cienciano. Final de partida se aproximando, placar definido para o Alianza (3 a 1) e eis que surge Israel Khan para tornar a vida mais cômica. Não para ele, é óbvio. O cidadão recebe lançamento, passa pelo goleiro e tem o gol escancarado para fazer o quarto da sua equipe. É isso mesmo, ele perdeu. Confira a pândega peruana.

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