PARA DAR MORAL

Vindo de um péssimo resultado no Rio semana passada, embora tenha jogado bem, nossa Portuguesa entrou em campo no último sábado (23) para enfrentar o abalado São Paulo, que três dias antes fora eliminado da Copa do Brasil pelo Coritiba, no Couto Pereira.

Para muitos, um jogo qualquer. Para outros, ainda um clássico, com história e duelos memoráveis, como declarava na arquibancada a torcida lusitana, lembrando do “eterno 7 a 2”.

Foram com tais sentimentos que subiram ao gramado do Canindé os times comandados por Geninho e Emerson Leão. Este último, que sofrera com severas críticas postuladas pela massa tricolor durante boa parte da partida.

Dado o primeiro sopro no apito, via-se claramente em campo duas equipes com realidades diferentes e propostas táticas distintas: de um lado, uma Portuguesa aguerrida, semelhante a que perdeu (injustamente) para o Fluminense por 4 a 1, no Engenhão, na última rodada. Do outro, um São Paulo bagunçado taticamente, com uma torcida irritada e um técnico perdido.

O retrato do primeiro tempo era de uma Lusa que tentava, porém esbarrava na falta de pontaria de seus atacantes para chegar ao gol. O São Paulo, por sua vez, era apático, vivendo de meros lampejos de seu ataque, formado por Lucas e o improvisado Cícero. Muito pouco. Pouquíssimo!

Além de Leão, a corneta soou na arquibancada tricolor também para os jogadores, com gritos de protesto como “Time Pipoqueiro”, “Casemiro Baladeiro” entre outros que não posso proferir neste espaço.

O segundo tempo começou e a Lusa, embalada pela empolgante, porém não numerosa torcida, foi para cima do adversário, buscando a vitória na base do ‘abafa’, que viria em seguida, após belo passe de Gulherme, que terminou com uma finalização mortal do jovem lateral Ivan. Golaço! Ufa, enfim vencemos um ‘clássico’!

Após o gol, o já bagunçado São Paulo, se perdeu ainda mais. Leão tentou mudar, mas de nada adiantou. Muito bem na escalação e, principalmente, na postura de seus atletas em campo, Geninho fechou a Lusa, explorando os contra-ataques. A aposta quase deu certo, pois em vários momentos a Portuguesa teve oportunidades claras de ampliar o marcador.

No geral, o que se viu não foi um jogo brilhante técnicamente, nem tão pouco emocionante. Pelo contrário. Ambas as equipes precisam melhorar, e muito, se quiserem alçar vôos maiores neste Brasileirão-2012.

DESTAQUES

– Geninho, que aos poucos vai deixando o time com a sua cara, conseguiu armar bem a equipe, suprindo a ausência de um meia-armador (principal problema do elenco rubro-verde desde a saída de Marco Antônio), escalando novamente o jovem Moisés, que mais uma vez agradou. Ponto para o treineiro!

– Destaque para a estréia do goleiro e capitão Dida, que apareceu bem, defendendo todas as bolas que iam em direção à sua meta e repondo com precisão usando as mãos e os pés. Apesar da aparente falta de ritmo em algumas jogadas, o arqueiro de 38 anos mostrou-se seguro e de grande importância no controle da defesa. Boa, pentacampeão!

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De modo geral, nossa Lusa apresentou um ‘bom futebol’, onde mesmo não tendo uma equipe forte do ponto de vista técnico, compensou suas deficiências mostrando muita vontade e determinação, o que fez com que o elenco deixasse o campo aplaudido pelo torcedor.

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