Começa hoje mais uma edição do torneio europeu de seleções a ser realizado em parceria entre Polônia e Ucrânia.
Entre favoritos e coadjuvantes, confira o que cada equipe tem a oferecer para a competição que, conforme diz o surrado jargão da imprensa tupiniquim, é a Copa do Mundo sem Argentina e Brasil.
Grupo A
República Tcheca
Grécia
Polônia
Rússia
Polônia
A seleção co-anfitriã do evento, conhecida como “Águias Brancas”, está sob comando do técnico Franciszek Smuda e não possui problemas de lesão por ora. O que significa que possui a base dos dois últimos amistosos que disputou (duas vitórias por 1×0 sobre a Eslováquia e 4×0 contra Andorra).
O destaque principal é o trio “alemão” e campeão da Bundesliga pelo Borussia Dortmund, formado por Kukasz Piszczek, Jakob Blaszczykowski e, principalmente, Robert Lewandownski.
Grécia
O adversário polonês na estreia terminou as eliminatórias do Euro como líder do Grupo F com 24 pontos.
O time do técnico português Fernando Santos possui duas dúvidas por lesão para o confronto, Vasilis Torosidis com problemas de joelho e Sotiris Ninis do Panathinaikos com dores de pancada sofrida.
República Tcheca
O time tcheco tem como dúvida o atacante do Galatasaray Milan Baros.
O que poderão fazer é uma incógnita, já que o time passou por pouco nas eliminatórias ao travar duelo com os escoceses por vaga.
Ademais, o time chega ao Euro com derrota no amistoso preparatório derradeiro frente à seleção da Hungria por 2×1.
Rússia
Os russos são treinados pelo conhecido técnico holandês Dick Advocaat e têm como problema maior o goleiro Igor Akimfeev do CSKA Moscou, além de Vyacheslav Malafeev do Zenit.
De positivo, a expressiva vitória sobre a Itália por 3×0 na última sexta-feira.
Grupo B
Dinamarca
Alemanha
Holanda
Portugal
Como sempre a imprensa gosta de fazer, eis o tal grupo da morte da Eurocopa.
Dinamarca
O técnico Morten Olsen conta com bom retrospecto recente frente à seleção dinamarquesa. São seis vitórias nos últimos oito jogos.
Contudo, lá se vão 45 anos desde a última vitória sobre os holandeses, adversários da estreia, por 3×2 nas eliminatórias do Euro em 1967.
Os destaques da equipe ficam por conta de Nicklas Bendtner e Christian Eiksen.
Holanda
Um dos favoritos à conquista do Euro e atual vice-campeão do mundo, o time holandês é dirigido por Bert Van Marwijk e tem uma série de jogadores importantes espalhados pelas principais ligas europeias.
Basta checar a formação neerlandesa: Marteen Stekelenburg, John Heitinga, Mark Van Bommel, Nigel de Jong, Arjen Robben, Dirk Kuyt, Robin Van Persie, Ibrahim Affelay e assim por diante. Todos conhecidos do grande público.
Van Marwijk teve o chamado bom problema em mãos ao ter que deixar Klaas Jan Huntelaar na reserva de Van Persie.
Alemanha
Favoritos para a conquista do Euro. É assim que chega para jogar a equipe comandada por Joachim Law.
Não é para menos. Os alemães possuem juventude e experiência. Atributos difíceis de encontrar em conjunto.
E os fortes alemães deverão iniciar a jornada do Euro com força máxima. O único porém do grupo havia sido Bastian Schweinsteiger devido a problema de panturrilha, mas deverá jogar.
Portugal
Em Portugal, as esperanças continuam depositadas em Cristiano Ronaldo, o grande artilheiro do Real Madrid.
O técnico Paulo Bento terá como problema o jogador Nani que sofreu contusão no pé em amistoso contra a Turquia vencido por 3×1.
Apesar da última vitória, não haverá nenhum outro resultado positivo nos últimos cinco jogos anteriores (três empates e duas derrotas), algo que preocupa os lusitanos.
Grupo C
Croácia
Irlanda
Itália
Espanha
Croácia
Os croatas enfrentam alguns problemas com lesões em seus quadros.
O técnico Slaven Bilic não poderá contar com Ivo Ilicevic, além da dúvida em torno de Vedram Corluka que submeter-se-á a exames.
O meio-campo Luka Modric mantém a confiança ao acreditar se possível chegar até mesmo à final.
De resto, vale lembrar que os croatas contam com o brasileiro Eduardo do Shakhtar Donets’k.
Irlanda
O veterano treinador italiano Giovanni Trapattoni comanda o time irlandês e possui como jogador mais experiente o zagueiro John O’shea do Sunderland inglês.
Ironias da vida e Trap terá que encarar sua Itália no grupo.
Itália
Em frangalhos. Eis a melhor definição a ser dada aos italianos no momento.
Tudo devido ao recente estouro do mais novo escândalo de manipulação de resultados e apostas no país, o Calcioscomesse.
A situação é tão dramática que Domenico Criscito, envolvido nas investigações da justiça, foi preventivamente cortado do grupo convocado por Cesare Prandelli.
O investigado de peso no grupo que vai ao Euro é o goleiro Gianluigi Buffon.
Situação que já abalou o psicológico azzurro que sofreu forte derrota para a Rússia em amistoso.
O fantástico de tudo é o histórico de superação italiano pós crises e escândalos, haja vista a conquista da Copa do Mundo de 1982, após escândalos de loterias que envolvia, entre outros, o protagonista da Copa, Paolo Rossi.
É esperar para ver.
Espanha
Outra seleção fortíssima à conquista do título.
E não é para menos, já que os comandados de Vicente del Bosque são os atuais campeões do mundo, contando com aquela base barcelonista espetacular.
Juntam-se aos consagrados catalães jogadores como Sergio Ramos, Iker Casillas, David Silva, Fernando Torres e Juan Mata.
Nada mau este time campeão do mundo.
Grupo D
Inglaterra
França
Suécia
Ucrânia
Inglaterra
Saída de última hora de Fabio Capello e chegada inesperada e contestada de Roy Hodgson no comando técnico. Assim foram os últimos meses do time inglês.
Considerando toda a força técnica e econômica da Premier League, o time é forte com o citizen Joe Hart no gol, uma defesa que passa por nomes como Ashley Cole e Joleon Lescott, um meio-campo com Steven Gerrard, Ashley Young e Alex Oxlade-Chamberlain, além de ataque sob comando de Wayne Rooney.
Resta saber até quando a Inglaterra teimará em ser coadjuvante em Euros e Copas do Mundo tendo potencial para mais.
Suécia
Quando se fala em Suécia hoje, recorre-se automaticamente ao nome de Zlatan Ibrahimovic.
Não à toa. O atacante do Milan é a grande arma do técnico Erik Hamrén.
Nos últimos amistosos dos suecos, vitórias contra Sérvia (2×1) e Islândia (3×2), mas os adversários agora serão outros.
França
Ressureição. É o que o técnico Laurent Blanc tem promovido com os Azuis após o fiasco com direito a “jogar tudo no ventilador” que os franceses protagonizaram há dois anos na África do Sul.
O time não joga futebol exuberante, mas é seguro e tem obtido resultados.
Trata-se, assim como a Holanda, de seleção de expatriados envolvidos nas principais ligas europeias.
O que dizer de jogadores como Patrice Evra, Laurent Koscielny, Philippe Mexes, Franck Ribery, Samir Nasri, Florent Malouda, Alou Diarra e Karim Benzema?
Ucrânia
Finalizando com os co-anfitriões da Eurocopa. É justamente o fator casa que pode tirar a lógica do grupo.
O problema são os últimos resultados nada auspiciosos dos ucranianos, como a derrota por 2×0 para a Turquia.
O técnico Oleh Bloklain terá que contar com o veterano Andryv Schevchenko para tentar algo em casa.
Que aconteçam os jogos na Polônia e na Ucrânia.