Chazinho de Coca: Marcos – Para sempre palestrino!

Marcos – Para sempre palestrino!

Que “São” Marcos de Palestra Itália é um dos maiores ídolos palmeirenses de todos os tempos, isso não resta dúvida. Mas agora é oficial! Na manhã desse sábado, ele ganhou o título de sócio remido da Sociedade dos Eternos Palestrinos, grupo dos sócios vitalícios do Verdão, assim como o divino Ademir Da Guia e Oberdan Catani. Emocionado, Marcos comentou sobre a homenagem:
– Estou muito emocionado. Esse tipo de coisa não tem preço. Sou muito grato à diretoria, que sempre teve muito carinho comigo – destacou o camisa 12.
– Para mim, isso é maravilhoso. Fico extremamente agradecido pelo carinho da diretoria. Só tenho o que agradecer – completou.
Marcos é um cara único! Um dos últimos jogadores no Brasil que ostentam dignamente a condição de ídolo, ao lado de Rogério Ceni no São Paulo e (quem sabe) Edmundo no Palmeiras e no Vasco. Mais do que isso, Marcos é ídolo de todas as torcidas. Boa pessoa, homem de caráter, contagiante, simpático, articulado e pródigo em defesas miraculosas, tornando-se um gênio em sua profissão. Conquistou a condição de ídolo máximo no Palmeiras em 1999, quando foi o fator de desequilíbrio do time campeão da Libertadores, entrando para história como o único goleiro eleito o melhor jogador de uma edição de Libertadores. Depois disso solidificou ainda mais sua condição em 2000, quando voltou a ser destaque no vice-campeonato da competição continental e foi protagonista de um dos momentos mais marcantes da história moderna da bola, quando defendeu o pênalti cobrado pro Marcelinho Carioca e com isso eliminando mais uma vez o maior rival.
Só que Marcos já mostrava seu enorme potencial em 1996, quando assumiu provisoriamente a titularidade do gol palmeirense, no lugar de Velloso, que tinha se contundido. Na mesma época, ainda sob a condição de reserva de Velloso, Marcos foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira. Aliás, sua relação com a seleção brasileira também merece um comentário.
Se em 1996 ele começou a se destacar no Palmeiras, em 1999 ele tornou-se ídolo e em 2000 fixou seu nome na eternidade palestrina, em 2002, sendo o titular absoluto da seleção de Felipão e melhor goleiro da Copa do Mundo, dividindo com Ronaldo e Rivaldo, a condição de destaque da seleção pentacampeã, tornava-se ele um ídolo nacional, de todas as torcidas.
Não é raro Marcos receber elogios de torcedores adversários. Afinal, quem não queria ter um Marcos no seu time?
No ano de 2003 deu uma demonstração máxima de amor ao clube, negando uma proposta milionária do Arsenal da Inglaterra, para ajudar o Palmeiras a se reerguer de seu maior fiasco histórico, a queda para a segunda divisão. E lá estava ele, o melhor goleiro do Brasil, único condecorado melhor de uma libertadores, pentacampeão mundial, jogando em “arenas” nas áreas mais remotas do país, arrastando também com sua condição de ídolo nacional, multidões para acompanhar os jogos do Palmeiras na série B. Ao final da temporada, pode de cabeça erguida, orgulhar-se do lindo trabalho feito ao lado de seus companheiros e tendo assim, trazido o time de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído.
Depois disso muitos foram os problemas do goleirão herói. Seguidas contusões o fizeram analisar a possibilidade de aposentadoria. O surgimento do ótimo Diego Cavalieri chegou a colocar em xeque a importância de Marcos no elenco.
Mas contra tudo isso, ele venceu e hoje está aí, retornando aos bons tempos e mostrando que, para felicidade dos torcedores alviverdes, para o terror dos atacantes adversários e prazer dos apreciadores do esporte mais amado por todos nós, a muralha ainda está de pé.
obs: imagem e citação de marcos extraídas do site do “LANCE!”: http://www.lancenet.com.br/
Interpol no Brasil

Quem vai? Quem já comprou? Não tenho tempo e saco pra ir até a Via Funchal comprar a maravilha. Alguém quer me vender uma entrada? Pago as cervejas no dia do show, além do dinheiro da devida, lógico! É amigo, num é bolinho não.

Por hora, fecho minha extensa coluna com uma sonzeira da rapaziada marota que vem para o Brasil agora em março: Interpol – Obstacle 1
Cheers!

Por essas e outras que eu prefiro o Maradona

Pelé baixou a cabeça para Ricardo Teixeira mais uma vez.

Topou ser o garoto-propaganda da Copa de 2014, aparentemente deixando de lado as divergências entre ele e o cartola máximo do futebol brasileiro. Parece que nem o fato de ter que aparecer nas ocasiões oficiais ao lado de Helio Viana, seu ex-sócio (e pelo visto ex-desafeto) o impediu de fechar o acordo.

Aí eu digo: é por essas e outras que eu prefiro o Maradona.

(Em tempo: quem ainda tiver a oportunidade, a Placar de fevereiro publicou uma entrevista sensacional com Diego. Vale a pena.)

La Mano de Díos – O Imperador e o Mestre

O Imperador e o Mestre

Pois é, meus camaradinhas, ontem foi um dia de rei. Tive duas alegrias na mesma noite, em dois lugares diferentes. Como não sou clone, já adianto aqui: estava fisicamente em um lugar e em espírito em outro. E graças às benesses da modernidade pude acompanhar os dois acontecimentos de um modo bem feito. Aliás, antes que as pedras sejam atacadas, já adianto: vi o jogo do Tricolor hoje de manhã, aproveitando a folga do trabalho. E eis aqui o que tenho a dizer:

Estive no show do Mestre. Na minha opinião, o último gênio da música vivo, já que Miles Davis e Frank Zappa estão se divertindo em outro lugar há algum tempo. Mas ontem vi o Mestre Dylan, na altura de seus 70 anos, dar canseira em muito moleque por aí.
Dylan é o tipo de cara que tem perfeita noção do que fez e do que representa, e por isso sabe de toda a responsabilidade que tem, diferentemente de muitos “artistas” por aí e – oras, por que não? – atletas. Seus shows são um momento à parte em sua carreira, e o de ontem não foi diferente. Reinventando seus clássicos, apresentando ao vivo novas canções de seu excelente último disco, Dylan mostrou porque é um dos artistas mais influentes do século XX, apresentando um espetáculo muito mais do que meramente musical. Ouvir Dylan ao vivo é uma experiência única.

E no momento em que os primeiros versos de Leopard-Skin Pill Box Hat eram cantados com sua voz rouca, longe dali meu espírito se agitava. Entrava em campo o time do São Paulo Futebol Clube, no primeiro jogo da Libertadores no Morumbi esse ano. Como é difícil estar em um lugar formidável e lamentar não estar também em outro!
E no Morumbi a coisa foi um pouco diferente do que estava sendo no Via Funchal. O Tricolor não correspondia às expectativas. Com Richarlyson e Zé Luís improvisados e sem um meia de ofício, a ligação com o ataque era feita à base do chutão na zaga, e mais uma vez foi Jorge Wagner quem assumiu a responsabilidade. Vale dizer que Zé Luis mostrou raça e explorou pela direita aquilo que desde o começo todo mundo vêm pedindo, as jogadas de linha de fundo.
Um que está sobrando nesse time tricolor é o Fábio Santos. O careca não acerta um passe, anda perdidão ali no meio de campo e – pior de tudo! – é o grande responsável pelo desmanche da dupla de volantes de 2007. E por falar em volante, convenhamos, Richarlyson em 2008 não está rendendo nem em sua posição, quanto mais na lateral. Um time que tem pretensões de ser campeão da América não pode jogar com laterais improvisados. Abre o olho, Muricy!

Mas se no Via Funchal a noite era do mestre Dylan, no glorioso Cícero Pompeu de Toledo quem roubava a cena era o Imperador Adriano. Foram dele os dois gols, um de cabeça, à la Adriano, e uma sobra de um petardo de Hernanes. Ontem, Adriano convenceu e mostrou futebol, brigando o jogo todo, tentando de todo o jeito e no fim conquistando seus merecidos gols. Ontem ele fez valer o título que reivindica, mas falta muito para o time do Tricolor justificar a que veio.

No fim da noite, posso dizer que estava feliz. Feliz porque vi um show de Dylan – um cara que não precisa mais provar nada e mesmo assim encheu os olhos – e um espetáculo de Adriano – esse sim que ainda tem que mostrar serviço, mas pelo menos provisoriamente calou este que vos fala.

Pois é, amiguinhos, a coluna de hoje não poderia terminar sem antes dar os devidos parabéns a uma das figuras mais sensacionais do futebol: felicidades, Zico! Que seu futuro seja repleto de tantas glórias quanto é o seu passado e está sendo seu presente! É para você as duas músicas do dia: Jorge Ben – Camisa 10 da Gávea e Bob Dylan – Forever Young.

La Mano de Díos – Os Intocáveis

Os Intocáveis

Rogério Ceni, Miranda, Hernanes, Jorge Wagner e (por que não?) Borges.

Esses são os intocáveis do Tricolor hoje.

Os dois primeiros que seguram a onda numa defesa que não está tão infalível esse ano. Rogério Ceni fechando o gol e salvando tudo sempre quando o time precisa (alguém lembra das duas defesas do jogo contra o Nacional na Colômbia?). Miranda que continua sendo o xerife da zaga, unânime e firme, um jogador que não se discute.

Os outros dois que dominam o meio. Hernanes – talvez a mais grata surpresa do futebol brasileiro nos últimos tempos, jogando como primeiro ou segundo volante e agora até dando umas de meia disfarçado. O símbolo máximo dos tais volantes modernos que toda a mídia comenta. Jorge Wagner – não há discussão. É dos pés dele que sai tudo que o São Paulo vem fazendo no ataque, suas bolas paradas hoje tão ou mais venenosas que as do goleirão-artilheiro.

E Borges? O cara que ninguém dava nada. Mas que fez 4 gols nas últimas 4 partidas que jogou. Que era o terceiro (talvez o quarto, depois que Eder Luiz chegou) atacante do escrete do Muricy. E que pouco a pouco vem se firmando como o primeiro.

O “Imperador” Adriano? Ainda não vi jogar. Mas falar, ah, isso ele faz demais.

Rapidinhas: Sabe quando Fabinho Capixaba faz outro gol como aquele que fez ontem pelo Mirassol? No fim da carreira.
Valdívia é o cara que todos os times queriam ter hoje. E apanha muito! Além de ser bom de bola tem culhão. Não é fácil aguentar esses beques arranca-toco que vêm marcando o cara…

Pois é, meus queridos, a de hoje foi curtinha, mas vão dizer que não concordam? Grande abraço para vocês, ao som de Bob Dylan – Subterranean Homesick Blues, porque quarta-feira tem show do cara e jogo do Tricolor! Vai ser triste não estar nos dois lugares ao mesmo tempo e difícil acompanhar as duas coisas…

Chazinho de Coca.

Lampejos, “choro”, gol e cerveja. – Um típico domingo de clássico!

Já começo a sentir falta do tempo que me sobrava. Mas o ser humano é pródigo em se adaptar aos diferentes momentos de sua vida e eu não fujo a regra.

Outro que não foge a essa regra é o meio campista, craque, agitador, já folclórico e ótima figura, o chileno do Palmeiras – Valdívia.

Ele foi o nome do clássico de ontem. Literalmente acabou com o jogo! Decidiu a partida do jeito que esperamos que os diferenciados decidam. Chamou a atenção e aresponsabilidade para si, driblou, armou, deixou companheiros na cara do gol, apareceu na área pra concluir, cabeceou, agitou e não cavou o tal pênalti que realmente ocorreu, mas que não era um BAITA lance claro pra se crucificar o juizão. Valdívia foi o nome do jogo e o nome positivo da rodada, já que o negativo ficou com o “Imperador” do Morumbi.

Luxemburgo mais uma vez insistiu em deixar Alex Mineiro isolado no ataque e pela escalação sem sentido, do bom Wendell. Mas a ótima partida do camisa 10 alviverde, supriu bem a deficiência ocasionada por essas ferocidades e teimosias Luxemburguianas”

Já Mano Menezes fez o que dava pra ser feito. Sem contar com meio time do que pode se considerar titular, ele escalou bem a equipe, que chegou em muitos momentos a dominar territorialmente o jogo, mas infelizmente para ele, a condição técnica de seu elenco não permite vislumbrar um bom aproveitamento desse “domínio” territorial.

No segundo tempo, Luxa finalmente enxergou que o jogo estava muito afunilado, abrindo mão então de seu homem de área e colocando Kleber pela direita e Denílson pela esquerda. O jogo palmeirense melhorou muito e logo se definiu o merecido resultado.

Destaque da partida: Valdívia

Menções honrosas ao ótimo goleiro Julio César e a dupla de zaga corintiana. E do lado palmeirense, o sensacional zagueiro Henrique, o sempre eficaz Pierre e Denílson que entrou e teve boa movimentação.

Já do lado de cá, agradeço aos marotos Anderson e Tiago que trouxeram a cerveja cheia de ginga para acompanharmos juntos ao clássico.

Escrevo a coluna ao embalo de: Grant Lee Buffalo – The Hook

Futebol e Bons Sons!