Corinthians inaugura Centro Médico

O Corinthians inaugurou na manhã de hoje o Centro de Preparação e Reabilitação Osmar de Oliveira. O novo espaço clínico do Parque São Jorge levou pouco menos de três meses para ser concluído e custou aos cofres do clube cerca de R$ 1 milhão.

“Era necessária a modernização não só do espaço físico como também dos aparelhos. Temos equipamentos aqui inéditos no Brasil. É importante para o jogador chegar ao seu local de trabalho e ter o ambiente mais transparente, era fundamental fazer isso”, afirmou o presidente Andrés Sanchez.

O Corinthians iniciou a reforma em seu departamento médico no fim do ano passado, com a orientação do chefe do setor, Joaquim Grava. Agora, o espaço conta com novos vestiários para jogadores e comissão técnica, salas de reunião, edição de vídeo, rouparia, banheiras para imersão no gelo, sauna, consultório e enfermaria. O vestiário dos atletas é personalizado com a foto dos jogadores em seus respectivos armários.

Há também uma ampla sala para o elenco assistir vídeos dos rivais. O técnico Mano Menezes, o preparador-físico Flávio Trevisan e o fisiologista Daniel Leite Portella têm agora salas exclusivas no Parque São Jorge. O clube construiu também no local uma piscina aquecida (de 3x6m, com profundidade que varia de 1m30 a 1m80).

Em meio aos novos aparelhos, Mano Menezes enalteceu a nova infra-estrutura do clube. “O que está aqui no espaço físico influencia também na parte técnica porque, para receber uma bola, o jogador tem de correr bastante e fazer força física. Além disso, ter um ambiente assim para trabalhar também ajuda os jogadores”.

Além do mandatário e do treinador, a cerimônia de lançamento do CePROO contou também com a participação do homenageado, o ex-médico do Corinthians Osmar de Oliveira, que atualmente é comentarista esportivo. O conselheiro Wadih Helu, que era o presidente do clube na época da contratação de Osmar, também compareceu.

FONTE: Gazeta Press

La Mano de Díos – Bravos


Bravos

Um time de bravos. Foi isso que vi ontem no jogo entre Boca Juniors e Colo-Colo pela Libertadores da América. Jogando na Bombonora – só quem já pisou lá sabe o que é! – o time argentino precisava vencer para continuar vivo na Libertadores e tentar apagar o fiasco do jogo no Chile. E a batalha do Boca já começou épica: Riquelme não jogava, mero espectador devido a uma contusão. Há quem diga que ele é a alma desse time – eu mesmo pensava isso -, mas ontem vimos onze jogadores darem tudo de si numa partida.

Logo aos 22 minutos do primeiro tempo o jogo já dava sinais de que terminaria como um tango argentino: em tragédia. O jovem Monzón foi expulso em um lance infantil. E aos 25 o Boca viu Byzcaisacu marcar pelo Colo – Colo. Como se não bastasse, viu Palermo, o grande ídolo, perder um pênalti. Ele, que já perdeu muitos na carreira! Seria o bastante para calar torcidas no Brasil – mas não os fanáticos hinchas do Boca! Seria o bastante para derrubar muitos times no Brasil – mas não os bravos do Boca!

Seria o bastante para sepultar em campo muitos atacantes no Brasil – mas não Martin Palermo. Aos 29 ainda do primeiro tempo foi dele o gol de empate, metendo heroicamente a cabeça na chuteira do zagueiro chileno e empatando a partida. Gol que só aqueles que dão o sangue por um time seria capaz de fazer.

A batalha continuava, e aos 42 do primeiro tempo Byzcaisacu marcaria novamente. Tudo parecia perdido, parecia que a Roda da Fortuna girava mais uma vez e a imprevisibilidade do futebol dava mais uma vez as caras. Tudo parecia perdido, mas não para os quarenta mil fanáticos que lotavam a Bombonera.

E foi a alma desses quarenta mil que entrou em campo com o Boca na segunda etapa. A impressão que dava era de que o Colo – Colo jogava com um a menos, dada a fúria com que o Boca atacava. O gol não tardou a sair: 2 – 2 logo nos primeiros minutos. Gol de Gracian, substituto de Riquelme no jogo. Mais do que merecido. Talvez o gol mais importante de sua carreira.

A essa altura, o empate já estaria de bom tamanho para muitos times e muitas torcidas. A essa altura, o jogo já era memorável. Mas o Boca queria mais. Sempre indo para cima contra um Colo – Colo encurralado, impressionado com a entrega dos jogadores argentinos. Aos 15 minutos Palacio, o algoz, virava o jogo. Fortuna fazia a Roda girar mais uma vez. E se o Boca era só talento e garra do meio campo para frente, era uma muralha intransponível atrás, com Caranta sendo o colosso que barrou duas vezes as bolas que selariam o destino de seu time.

Parecia o bastante. E ainda assim não era. Cardozo consumava o ato ao marcar um lindo gol de fora da área aos 43 minutos. Mas como o jogo era na Argentina e nada é fácil para o Boca Juniors, o final foi digno das mais clássicas milongas: o Colo – Colo marca mais um aos 47 minutos. 4 – 3 para o Boca e fim de jogo.

A partida de ontem será um marco na história repleta de conquistas do clube Xeneize. Uma história de superação e de bravura. O dia em que dez foram onze, mil, quarenta mil, e mostraram que o Boca segue sim muito vivo rumo ao heptacampeonato.

Nunca a frase de Albert Camus, “a maior parte daquilo que sei da vida aprendi jogando futebol”, fez tanto sentido.

Rapidinhas: Semifinal com quatro grandes? Não se depender do Guaratinguetá. O time do interior venceu fácil seu jogo contra o Mirassol e segue em primeiro lugar na tabela do Paulistão. O São Paulo também venceu ontem sem passar sufoco e ocupa o terceiro lugar. Ao que tudo indica, um dos quatro grandes vai assistir as semifinais em casa.

Pois é, meus camaradinhas, não tem como não dedicar a música do dia ao time do Boca Juniors, um time de bravos:

Flicts – Canção de Batalha


Palmeiras 1 X 0 Portuguesa. E o Palestra Itália tremeu!

Palmeiras 1 X 0 Portuguesa. E o Palestra Itália tremeu!

Não foi a final, não foi um mega clássico, mas foi no Palestra! O mesmo Palestra que até pouco tempo causava arrepios no torcedor alviverde e até mesmo nos jogadores palmeirenses. O mesmo Palestra que está acostumado a ver o torcedor empurrar a equipe, mas também está muito acostumado a ser palco de decepções monumentais.

Antes a pressão existia, a bola vivia cruzando a pequena área inimiga, batia na trave, o zagueiro salvava em cima da linha ou o goleiro adversário operava milagres e a bola não entrava. Chegava ao fim da partida e muitas vezes o empate em casa com um time de menor expressão ou mesmo uma doída derrota, causava um ensurdecedor silêncio de 25 mil vozes. As decepções foram muitas, as desclassificações, as eliminações, tudo.

O que mudou daqueles times esmeraldinos para o atual Palmeiras? A pressão da torcida continua, o adversário continua jogando com 11 zagueiros e o gramado permanece uma draga. Será tão grande a diferença tática entre Caio Júnior e Luxemburgo? O time passou de regular para o ser o time da moda, o time a ser batido? Algo mudou, isso é fato!

O Palmeiras tem mostrado um padrão tático que há muito tempo não se via. Meio campo altamente técnico, bola passando de pé em pé, jogadas arquitetadas e muito bem executadas. Contudo, na partida de ontem, Kleber fez falta e Alex Mineiro não estava em noite inspirada e o jogo se arrastava para mais um 0X0 típico de Palestra Itália, um domínio não retratado em gols. Fosse no ano passado, a torcida já teria se silenciado aos 48 do segundo tempo. Mas parece mesmo que algo está mudado. Ontem a bola cruzou a área, a bola bateu no travessão, só que não teve zagueiro salvando na linha, não teve milagre do goleiro, mas teve o predestinado Jorge Preá conferindo. O gol aconteceu! Foi chorado, minguado, suado, a bola entrou e a vitória veio, do jeito que a torcida gosta. EXPLOSÃO!

E o Palestra? TREMEU!

A trilha que embala essa postagem é:

Echo & The Bunnymen – Over The Wall

Abraços.

Os dois lados da moeda – a volta (provisória) do exílio

Falar sobre futebol com a Tv a cabo funcionando como radio monofônico é tarefa ingrata. Ainda assim, em tal condição precária, escutei dois bons debates no “Arena Sportv” essa semana.

Na quarta o convidado do programa foi o presidente do Flamengo, Márcio Braga. Entre um “causo” interessante e outro, ele comentou acerca da Timemania, jogos na altitude, propôs a volta do torneio Rio-São paulo com o exugamento do número de participantes dos campeonatos estaduais. Falou do bom relacionamento que o rubro-negro mantém com times como Botafogo e Corinthians e, com auto-crítica, disse que os maiores responsáveis pela atual situação do futebol brasiliero são as próprias agremiações, que não utilizam (unidas) sua força para lutar por interesses comuns.

Terça-feira o programa enveredou por uma discussão sobre o papel da imprensa esportiva. Embora recheada de clichês, foi louvável a iniciativa do Cleber Machado de, tal qual o presidente do Flamengo, olhar e expor o próprio umbigo. Alias, diga-se, não é a primeira vez que o programa explora esse tema. Sugiro, no entanto, que para uma discussão mais profícua trouxessem algum Teórico da Comunicação com mais embasamento. Acho isso mais interessante do que ficar analisando 10x seguidas o replay de um lance com múltiplas interpretações.

Fechando com dicas musicais frescas:

Camille Dalmais – Music Hole
Portishead – Third
M83 – Saturdays = Youth

La Mano de Díos – 100 anos de C.A.M.!


100 anos de C.A.M.!

“Belo Horizonte era uma cidade recém-nascida quando um grupo de estudantes se encontrava no Parque Municipal, na avenida Afonso Pena, para jogar suas costumeiras peladas. A bola, feita com meia, dava a exata noção da jovialidade da turma. Mesmo assim, os jogos eram tratados com tamanha seriedade que o número de peladeiros ia aumentando com o tempo. A importância da bola para aqueles estudantes culminou na idéia, cada dia mais real, de fundar um clube de futebol. Assim foi que, numa quarta-feira, no dia 25 de março de 1908, os estudantes mataram aula para se encontrar no campo de peladas, no Parque Municipal, onde fundaram o Atlético Mineiro Futebol Clube.

Como bons peladeiros que eram, os fundadores do Atlético também foram os primeiros jogadores do clube. O campo, improvisado, foi feito sobre um terreno irregular, no alto de um morro, onde a bola rolava muitas vezes barranco abaixo. A primeira redondinha, aliás, foi comprada já gasta, de segunda-mão. O primeiro jogo, contra o Sport Club Futebol, não poderia ter sido melhor: 3 x 0 para o Atlético. O resultado animou ainda mais a diretoria a lutar por material esportivo e um campo em melhores condições. A primeira derrota, no entanto, não demoraria a acontecer. O Grambery, de Juiz de Fora, jogou água na iniciante fervura atleticana. Fez 5 x 1 e, mais tarde, numa revanche, ratificou a superioridade com outros 3 x 1. A torcida do Atlético, que crescia, já fazia juz à fama de aguerrida. Pouco tempo depois de perder para o Grambery, o Atlético enfiou 7 x 0 no adversário. Foi o bastante para os torcedores criarem a máxima de “vingador”, que mais tarde iria constar do hino do clube. Com o crescimento nos quatro primeiros anos de vida, em uma assembléia geral, o nome do clube foi mudado de Atlético Mineiro Futebol Clube para Clube Atlético Mineiro.”

Hino do Atlético Mineiro:

“Nós somos
Do Clube Atlético Mineiro
Jogamos com muita raça e amor
Vibramos com alegria nas vitórias
Clube Atlético Mineiro
Galo Forte Vingador.

Vencer, vencer, vencer
Este é o nosso ideal
Honramos o nome de Minas
No cenário esportivo mundial

Lutar, lutar, lutar
pelos gramados do mundo pra vencer
Clube Atlético Mineiro
Uma vez, até morrer

Nós somos campeões do gelo
O nosso time é imortal
Nós somos campeões dos Campeões
Somos o orgulho do Esporte Nacional

Lutar, lutar, lutar
Com toda nossa raça pra vencer
Clube Atlético Mineiro
Uma vez até morrer”

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_Atl%C3%A9tico_Mineiro

Pois é, camaradinhas, hoje um dos clubes mais tradicionais do Brasil faz cem anos! E o presente desse blog não podia ser outro, dada a quantidade de mineiros que andam nos prestigiando: segue abaixo uma lista com os grandes craques que já passaram pelo grandioso Clube Atlético Mineiro, o Campeão do Gelo!

João Leite – goleiro 1976 -1989 e 1992
Kafunga – goleiro 1935 – 1955
Taffarel – goleiro 1995 – 1998
Nelinho – lateral direito 1982 – 1987
Luizinho – zagueiro 1978 -1989
Vantuir – zagueiro 1969 – 1979
Cincunegui – lateral esquerdo 1968 – 1973
Gilberto Silva – volante 2000 – 2002
Toninho Cerezo – volante 1973 – 1983
Paulo Isidoro – meia 1975 – 1979 e 1985 – 1987
Reinaldo – atacante (há quem diga que foi melhor que Pelé!) 1973 – 1985
Mário de Castro – atacante (integrante do chamado “Trio maldito”) 1926 – 1931
Éder – atacante 1980 – 1985 e 1989 – 1990
Dario – atacante 1968 – 1972, 1974 e 1978 – 1979
Telê Santana – (o Mestre) técnico – 1970 – 1971, 1972 – 1975 e 1987 – 1988

Parabéns, Galo! Que seu futuro seja repleto de glórias!

Futebol e Bons Sons!