NOITE RODRIGUEANA

“Tricolores, dando uma de Nelson Rodrigues: estava escrito ha 10000 anos que o Fluminense faria uma noite histórica!”

Este trecho acima foi escrito por mim no Twitter, uma hora antes do jogo entre Fluminense x América do México. Foi um sentimento que seria sofrido, mas teria de ser, só assim o time de guerreiros, que cada vez mais se torna realmente um grande símbolo de orgulho de uma geração de tricolores que viram vitórias épicas e viradas sensacionais, feito que este grupo de jogadores proporcionou nos últimos dois anos.

A noite de ontem tinha tudo para dar errado, uma falha desastrosa de um goleiro que está numa fase muito boa, mas deixou a bola cair no momento em que mais não deveria ou realmente sem aquilo não teria sabor? Logo depois, um dos grandes pilares deste grupo de guerreiros meteu a cabeça, sem medo, com gana, foi assim que Gum empatou a peleja.

O Fluminense foi valente, comandado por um auxiliar que também o é. Foi um time em busca da vitória o tempo inteiro, mergulhando intensamente para mostrar quem manda ali no pedaço, há muito não se via uma vontade imensa de dizer que não se pode subestimar os guerreiros. Mesmo após tomar o segundo gol dos mexicanos, num gol espírita, mas também houve falha.

Quando tudo estava parecendo perdido, desclassificação precoce e vergonhosa, surge certo camisa 20, ele que sob desconfiança de boa parte da torcida tricolor, consegue na raça e categoria um cruzamento para cabeçada certeira e fria de Araújo, pronto, ali acendeu novamente um fogo imenso pela vitória, na hora certa, quando começavam as primeiras vaias, provavelmente vindo daqueles torcedores que não sabem nem a escalação do time, que assistem o jogo sentado em um camarote.

Houve briga, a bola parecia um prato de comida para aqueles homens que sofreram durante dias sem um comandante, sem um cara para olhar do lado e dizer calma, ledo engano, existia um corajoso auxiliar que deixou o time altamente ofensivo, sem medo de tomar um contra-ataque dos mexicanos e os mesmos desperdiçarem de fechar o caixão, houve coragem de querer, de vencer, mesmo sofrendo consequências drásticas.

Ali estava o Fluminense, com sua torcida inflamando, cantando o famoso hit que ocupará por muitos anos e contagiará futuros jogadores ao vestir a camisa tricolor “guerreiro, guerreiro, time de guerreiro!”. Deixo uma pausa para um comentário que fiz para um amigo durante o empate: “O gol vai sair aos 42 do segundo tempo!”. Voltando para o relato, quando numa tentativa que seria a última, no apagar das luzes, uma cabeçada tortuosa de Fred para área, cai em um mexicano que desvia também de cabeça. Como se fosse o sobrenatural de Almeida a empurrar a bola para ele, que chegou a pensar em desistir da pelota, lá estava esticando sua perna. Era aquele camisa 20! Era o homem da noite, era Deco ajoelhando após o feito, pois foi assim que a torcida ficou após a épica vitória, de joelhos. Agradecendo a João de Deus e com largo sorriso deixando claro que é muito bom ser tricolor e assim será sempre.

P.S. O gol saiu aos 42 do segundo tempo. Deixando assim uma esperança enorme para os guerreiros seguirem em frente e também pensar no próximo final de semana em jogar na megasena, vai que também acerto.

 

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essa torcida merece!

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