Menino da vila: Em noite do Guarani, Deu Santos.

Texto: Gregório Possa
Foto: Globoesporte.com

O Cenário da partida indicava ao torcedor a certeza de mais uma vitória tranquila, afinal de contas o Santos atuava em seus domínios, os meninos estavam de volta a campo e o adversário era o Guarani, aquele mesmo time que sofreu impiedosos 8×1 há tão pouco tempo atrás pelas oitavas de final da Copa do Brasil, porém a única semelhança com aquele jogo foi o adversário vestido com as cores bugrinas, já que nenhum dos 11 titulares do Bugre que entraram em campo nessa noite estiveram presentes naquela partida.

A primeira etapa mal começou e logo aos 2 minutos, Neymar – com suas belas trancinhas – recebeu lançamento de Ganso e após limpar o zagueiro, chutou fraco no canto para abrir o placar. A impressão de uma nova goleada santista logo se desfez, o Guarani impôs seu jogo e com jogadas de muita velocidade conseguiu criar 3 chances em 3 minutos, obrigando Felipe a executar algumas boas defesas. O Santos errava passes e a fraca retaguarda santista que vem incomodando a torcida desde o começo do ano, falhava constantemente e logo o Bugre empatou em bela cobrança de falta do bom e velho Baiano que apesar da idade continua correndo feito um menino e batendo muito bem na bola. 1×1 na Vila.

Na volta do intervalo, quem esperava uma melhora da equipe do Santos se enganou de novo, o Bugre continuou com o mesmo folêgo da etapa inicial e com uma marcação muito forte não deixou a equipe da casa jogar, percebendo a apatia da equipe, Dorival Jr. resolveu alterar as coisas e caiu no vicio dos técnicos brasileiros, tirou Marquinhos aos 10 min e colocou Zé Eduardo – se a coisa já estava feia, porque não mudar o time no intervalo de jogo ? A alteração, de ínicio, até surtiu efeito mas a noite não era dos meninos e logo o Santos voltou a jogar mal. Neymar abusava dos dribles e era facilmente neutralizado pelos bugrinos, aliás o garoto apresentou um semblante fechado durante a partida, talvez abalado ainda pela punição sofrida recentemente e foi substituído aos 29 min por Marcel. Quando o jogo encaminhava-se para um empate morno, a eficiência prevaleceu sobre a técnica e o Santos concretizou sua vitória com dois gols depois dos 40 minutos, um em jogada de Léo pela esquerda que cruzou na cabeça de Marcel e o outro em uma falha de Fabão que deixou o autor do 2° gol santista ajeitar para André, que mesmo concluindo mal anotou o 3° gol alvinegro.

O placar engana quem não acompanhou a partida, o Guarani até então invicto no campeonato mostrou que pode dar trabalho durante a competição e por pouco não beliscou um ponto na Vila Belmiro. Com a vitória a equipe santista assumiu a vice-liderança do Brasileirão com oito pontos, dois a menos que seu próximo adversário – o Corinthians – que não tem mais 100% de aproveitamento. Apesar do fraco futebol apresentado a torcida santista saiu satisfeita da Vila Belmiro já que em um campeonato longo de pontos corridos, o que vale são os 3 pontos.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 3 X 1 GUARANI
Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley (Rodriguinho), Marquinhos (Zé Eduardo) e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Marcel) e André Douglas; Rodrigo Heffner, Fabão, Ailson e Márcio Careca; Renan, Baiano (Fabinho), Paulo Roberto e Preto (Heverton); Mazola (Ricardo Xavier) e Roger.
Técnico: Dorival Júnior Técnico: Vagner Mancini
Gols: Neymar, 2. Baiano, 37; Marcel, 41, André, 43 do segundo tempo
Cartões amarelos: Roger, Preto (Guarani), Léo, Pará, Edu Dracena (Santos)
Público e renda: 5.146 pagantes/R$ 143.715,00
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 26/05/2010. Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP). Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Dante Mesquita Júnior (ambos de SP)

5 thoughts on “Menino da vila: Em noite do Guarani, Deu Santos.”

  1. pioneiro! parabéns mais uma vez pelo post. tá encaminhado já! seu pai tem razão.
    além dos três pontos, saiu com a média de gols/partida, pois eles fizeram 3 gols di novo. (:
    e quanto a resposta para a substituição durante o intervalo, eu defendo a técnica usada pelos treinadores. uma vez que passados dez minutos da volta em campo, ele ja pode ter a leitura do jogo e sacar um coringa, pois sabemos quantas alterações na partida (sem mudança dos 11) pode ocorrer de um tempo para outro. enfim, acho que o professor confirma o pensamento que tinha no primeiro tempo (ou não) e faz as mudanças que já conversou com seus jogadores durante o intervalo, quem cobre quem etc.

    abraço!

  2. Concordo com o Sona a respeito dos 10min iniciais para testar a conversa e quanto a qualidade dos textos do Greg. Eu ia usar o di novo mas ele foi mais rápido 😀

    Abraços

  3. Valeu pelo alerta, já corrigi o texto, são erros de digitação que acontecem, afinal faço os textos quase sempre de madrugada.rsrsrs. Quanto aos técnicos mantenho minha posição de não concordar com mudanças em poucos minutos do 2° tempo, se o jogador não exerceu seu papel em 45 min, porque exercerá em 8 ou 10 minutos ? a não ser que seja um craque de bola que a qualquer momento possa decidir o jogo, ai sim deve permanecer com ele em campo, mas no caso da partida de ontem era o Marquinhos, então…

  4. "não ser que seja um craque de bola que a qualquer momento possa decidir o jogo" só escreveu isso pra encaixar o ganso nessa!

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