La Mano de Dios – O efeito banco

O efeito banco

“Ninguém gosta de ficar no banco”. Essa frase quem disse foi o Denílson no fim do jogo do Palmeiras ontem, mas poderia ter sido dita por qualquer outro jogador de futebol com o mínimo de vontade e respeito pelo time que defende. Denílson, reserva do Verdão, ao entrar ontem marcou um golaço, daqueles que há tempos não fazia. Um gol à la Denílson, driblando zagueiro, goleiro, cameraman, quarto árbitro e o escambau. Ele não gosta de ficar no banco.

Obina, no Recife, começou jogando e resolveu. Tirou a invencibilidade do Sport de mais de vinte jogos sem perder em casa. Geralmente é o reserva rubro-negro do ataque.

Tudo bem, vocês podem argumentar que o Denílson às vezes desencanta, que Obina é melhor que Eto’o, e por isso o fato de serem reservas não muda muita coisa, que os dois têm lampejos de talento e ontem foi um dia inspirado, coisa e tal. Mas o que dizer do Richarlyson?

Meus amigos, nem o mais fiel são-paulino estava aguentando o cara. Nem o Muricy estava aguentando o Richarlyson. Depois da expulsão algumas rodadas atrás, lá foi ele amargar o banco, dando lugar a Joílson ou Zé Luís. E os dois vinham fazendo um trabalho tão bom que o Ricky até agora não recuperou a posição titular. Vinha entrando no segundo tempo e nitidamente jogando melhor, com mais objetividade, para o time.

Eis que ontem, como de costume, Richarlyson entrou no segundo tempo, no lugar de Zé Luis, como volante. E não comprometeu. Melhor que isso, deu um passe genial para Borges marcar aquele golaço contra o Cruzeiro.

Então eu pergunto: e aí? É o efeito banco, meus amigos. Acredito que para um jogador de futebol comprometido, ficar no banco é como repetir de ano na escola. Ninguém quer, ficam olhando torto para você, com desconfiança… aí toca mostrar serviço, nem que seja só para calar a boca daqueles que te criticam. Esquentar banco mexe com os brios daquele jogador que espera ser mais do que coadjuvante no espetáculo do futebol. E tem muito carinha por aí que tá precisando…

Me despeço ao som de Desorden Publico – Latex. Nem só de Hugo Chavez vive a Venezuela…

Rapidinhas: até que enfim a Espanha ganhou alguma coisa. Sempre vem com um timaço, mas acaba deixando seus torcedores desalentados. A vitória de ontem contra a Alemanha – tá certo que a Alemanha é outra eterna vice – pode ser o marco de algo importante para o futebol mundial. E o melhor de tudo, venceu com categoria. Será que a Espanha deixou de ser a eterna promessa e virou realidade?

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