ENTRE MORTOS E FERIDOS, AVANÇA O “FRANKENSTEIN” ALVIVERDE.

Bruno, Arthur, Mauricio Ramos, Thiago Heleno e Juninho; Henrique, Marcos Assunção, Wesley e Valdívia; Mazinho e Barcos.

No melhor dos mundos possíveis para o Palmeiras, esta seria a escalação do time do Velho Bigode. No entanto, ontem contra o Botafogo, no jogo de volta pela 1ª fase da Copa Sulamericana, o time que Felipão conseguiu mandar à campo teve a seguinte escalação:  Bruno, Román, Leandro Amaro, Maurício Ramos e Juninho; Henrique, João Vitor, Patrik e Mazinho; Obina e Barcos.

O time ideal sequer fora o que conquistou o título da Copa do Brasil. E ainda que fosse o que empatou contra o Coxa naquela noite histórica, certamente não estaria patinando e namorando perigosamente com o rebaixamento como está atualmente no BR12. O Palmeiras que dá para ser montado tem o zagueiro Román atuando na lateral direita e o ponta esquerda Mazinho jogando de armador. Loucuras necessárias. Devaneios sem rodeios e certeiros de Felipão.

Contabilizando um total de 12 desfalques e tendo somente 5 opções no banco de reservas, dá para dizer que a classificação alviverde para as 8ª´s de final da Sulamericana foi épica. E muito disso devido ao adversário. Oswaldo armou o Fogão com 3 zagueiros e lançou os alas ofensivamente.

Mas congestionando o meio campo, o Palmeiras conseguiu segurar esse ímpeto do rival por quase toda a 1ª etapa, até que Seedorf abriu o placar. Resultado que ainda dava ao alviverde uma vaga que praticamente virou sua quando Patrick (meu San Gennaro!!!) emendou um belíssimo chute da entrada de área, após excelente jogada de Barcos (Só por Barcos!).

Patrick obrigou o Botafogo a marcar mais 3 gols em 45 minutos. Missão delicadíssima, que passou a ser delicada para o próprio alviverde quando Renato marcou belo gol, após grande passe de Seedorf.

O holandês mais Renato e Andrezinho fizeram um grande 2º tempo, obrigando Felipão a transformar o Palmeiras em um verdadeiro Frankenstein tático, colocando o zagueiro Thiago Heleno, que no sacrifício físico entrou na vaga do “meia” Patrick. Tentando aumentar o gás do time para um possível contra-ataque, o Bigode ainda mandou Betinho na vaga de Obina, mas muito mais postado como um meia pela direita. Barcos ficou isolado.

Já Oswaldo abria todo o time com a entrada de Lodeiro. Surtiu efeito e o uruguaio fez o gol que deixou o Botafogo a um gol do milagre. Que por pouco não vira desastre, quando Betinho começou a fazer boas movimentações (sério!) e a municiar Barcos. Em uma delas o argentino saiu sozinho contra Jeferson, mas adiantou demais a bola.

Um jogo que tecnicamente caminhava para ser sofrível, ganhou ares de drama, de decisão.

Ficou com cara de Palmeiras e de seu treinador. Explosivo, cheirando a pólvora. O que não é a cara do Botafogo e de seu comandante, por característica um time mais pés no chão, cadenciado, talvez menos vibrante. Ainda que o tenha sido na 2ª etapa. O gol do milagre botafoguense ficou no quase. E quase enfartou meio mundo.

Mata-mata é coisa séria. É tensão, é tesão. Foi só a 1ª fase da Sulamericana, mas parecia final de Libertadores. Verdão e Fogão criaram esse micro cosmo decisivo. Foram grandes do jeito que deu. Ainda bem que todo mundo sobreviveu.

 

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