Em duas frentes

A chamada “entressafra” é provavelmente a fase mais chata do futebol. É o momento em que já cessaram as comemorações pelo título conquistado, e no qual já começam a surgir os reforços para a próxima temporada, além de especulações improváveis.

No caso do Corinthians, isso é ainda mais emblemático, já que, por conta de um anunciado planejamento para a disputa da Libertadores, a ideia é formar dois times distintos, para que um se concentre no Campeonato Paulista, e outro esteja focado na competição que o clube tanto almeja.

Após relativo sucesso no Coritiba, Bill está de volta ao Timão.

E os reforços já começaram a aparecer. O primeiro deles é um velho conhecido: o centroavante Bill, que volta com a bagagem de 27 gols no ano em que vestiu a camisa do Coritiba, 11 deles neste campeonato brasileiro vencido pelo Corinthians. Em sua primeira passagem pelo Timão, como um dos reservas de Ronaldo (o outro era Souza, que ficará no Bahia), Bill não teve destaque. Vejamos como será nesta nova tentativa.

Ainda desconhecido no Brasil, Gilsinho estava no Japão.

Além dele, algumas caras pouco conhecidas chegam para tentar a sorte do Timão: Gilsinho, ex-Jubilo Iwata, do Japão, com passagens pelo futebol do interior paulista, em especial o Paulista de Jundiaí, onde teve relativo sucesso;  Cássio, ex-goleiro reserva do Grêmio, que estava no PSV Eindhoven, da Holanda; Felipe, zagueiro que jogou a última temporada pelo Bragantino; e Vitor Junior, do Atlético-GO, que teve passagens apagadas por clubes grandes do país, embora tenha tido certo destaque neste último.

Cássio chega para ser uma opção a Julio César. Com sua chegada, Renan perde espaço e deve ser emprestado.

Todos estes parecem ser incógnitas que talvez tenham sucesso, mas fico imaginando o que poderia acontecer no segundo semestre em caso de fracasso na competição internacional. O elenco ficará de certa forma inchado, com alguns jogadores que podem não ser facilmente negociáveis. É bom que este planejamento preveja estas possibilidades.

Além destes reforços que já chegaram, a diretoria trabalha para conseguir contratar o meia cruzeirense Montillo, sonho antigo do clube, e que parece propenso a vestir a camisa corintiana. Aliás, esta é uma prática frequente no futebol atual, que é negociar primeiro com o jogador para depois ir consultar o clube detentor dos seus direitos. Por sua vez, o Cruzeiro bate o pé pelo valor de R$ 36 milhões pelo passe do jogador, mas é provável que ceda a uma proposta menor. O jogador inclusive parece estar propenso a jogar pelo Timão. Se vier, será um baita reforço, já que resolve uma carência de muito tempo, que é a de um meia destro, pra armar as jogadas pela direita, já que Danilo e Alex são canhotos, e Morais é destro, mas veja bem, é o Morais.

Enfim, vamos ver no que vai dar este esquema de “Time A e B”. Pode dar certo, quem sabe?

Deixo-os com Flaming Lips e Cat Power fazendo cover de “War Pigs”, do Black Sabbath. Abraços.

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2 thoughts on “Em duas frentes”

  1. O problema de 2 times é entrosamento. Na Libertadores 2010 a diretoria adotou a mesma estratégia, até aí ótima. O problema foi quando o Mano Menezes a ideia de dois times ao pé da letra. O time principal começou a Libertadores com apenas 1 jogo com a mesma formação. Time bom é time entrosado. Vamos torcer para que o time não cometa o mesmo erro.

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