DE PATO A MICO

Não é com satisfação que retomo o tema. Mas que a contratação de Alexandre Pato sempre me pareceu um erro crasso do futebol corintiano, não é novidade. A contratação, vista do ponto do marketing, tinha suas aplicações. Ainda que os 40 milhões de reais empregados demandassem muita análise para que ela fosse concretizada.

Tecnicamente, porém, nunca enxerguei necessidade na contratação. Não com Alexandre Pato. Como você pode verificar no meu post de 04 de janeiro de 2013:

http://www.ferozesfc.com.br/chazinho-de-coca/quem-ira-pagar-o-pato.html/

Nesta quarta-feira, na desclassificação corintiana nas 4ª´s de final da Copa do Brasil diante do Grêmio, o marketing alvinegro, no entanto, atingiu o seu objetivo. O departamento médico do clube paulista mostrou mais uma vez a sua eficácia e Alexandre Pato estava pronto para a decisão.

Se a ideia era mostrar ao mundo que o Timão virou case de sucesso na recuperação de atletas, fim de papo. Pato atuou durante toda a partida e, no momento mais importante do duelo diante do Grêmio, foi dado a ele o protagonismo. A certeza de que o investimento do marketing poderia finalmente ganhar a justificativa técnica. Mas aí quem fracassou foi Pato.

A displicência atlética se dá muitas vezes pela característica do jogador. Romário mesmo muitas vezes mal era notado em campo, mas quando tinha que decidir, decidia. Alexandre Pato nunca decidiu. Sua displicência se dá através de sua nítida incapacidade combativa. Mediante sua inércia atlética. Via a mais explícita indiferença que eu já vi nesses anos em que acompanho o esporte Rei.

O Corinthians perdeu a classificação, perdeu o ano. Mas quem saiu derrotado ontem foi Alexandre Pato. O clube pode, ainda que com o investimento descabido, usar da retórica da confiança depositada. Pato recebeu do alvinegro mais uma das chances de sua vida. Chance que ele rolou para as mãos de Dida.

Duro agora é pensar em como se dispensa um jogador de 40 milhões de reais. Pior. Como imaginar que alguém se interesse por um atleta que foi de Pato a mico.

pato

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