Chazinho de Coca – Cadê a cativa do Gaúcho?

Cadê a cativa do Gaúcho?

O ano de 2008 não tem sido o ano da seleção brasileira. Curiosamente também não tem sido o ano daquele que deveria ser o maestro de nossa equipe, Ronaldinho Gaúcho. Quando se fala na seleção canarinho, nos vem à mente um time recheado de bons jogadores e dentre eles, alguns diferenciados, alguns foras de série.
Relembrando a seleção campeã de 2002, talvez a nossa última grande equipe, nela não existiam grandes contestações, talvez a não convocação do meia Alex, mas nada que tenha tirado o sono do técnico Felipão ou que tenha deixado a torcida muito reticente quanto ao sucesso da equipe na competição. Do goleiro ao centroavante, a seleção era quase que a consumação do desejo popular, com ótimos jogadores em todas as posições e dentre eles, quatro ou cinco craques, foras de série que decidiram quando foi preciso.

Hoje passamos, talvez, por nossa maior escassez de craques das ultimas décadas, para não dizer da história. O selecionado de Dunga é um frangalho só, apontado por muitos estudiosos da bola como algo abaixo até mesmo da seleção de 66.

Quer dizer então que não temos craques ou pelos menos, bons jogadores? De forma alguma. Podemos sem muito esforço fazer uma seleção apenas com jogadores que atuam hoje no futebol brasileiro que já conseguimos algo melhor do que Dunga. Junte a eles os craques que atuam na Europa e pode-se montar uma equipe que se não for a melhor de todas, ainda pode encarar em pé de igualdade qualquer outra seleção de ponta.

O time de Dunga é carente de craques, ao menos daquele craque, o que faz a diferença, o que num momento está invisível e num piscar de olhos tem um lampejo de gênio e decide. Hoje, talvez, o nosso único jogador com essa capacidade seja Ronaldinho Gaúcho.

Kaká e Alex são cracaços, mas são aquilo que podemos chamar de “cerebrais”, são eles que cadenciam o time, que mantém a regularidade, que organizam, são o termômetro, enfim, mas não são eles quem vão driblar meio time adversário e entrar com bola e tudo, Ronaldinho Gaúcho sim tem esse perfil, ele tem o perfil e a bola de um fora de série. Ronaldinho tem explosão, arranque, força, uma habilidade poucas vezes vista no mundo da bola, finaliza bem e supri outra enorme necessidade da seleção de Dunga, é exímio batedor de faltas – parece piada, mas a seleção brasileira não tem unzinho sequer.

Apesar de tudo isso, não se pode esquecer que o Gaúcho passa por maus bocados em seu clube e não vem jogando, mas quem disse que Mineiro, Josué, Gilberto Silva e outros “Dunguísticos” estão? Mas ainda assim estão lá, com suas inexplicáveis cadeiras cativas, então porque não ceder uma dessas cadeiras ao Gaúcho fora de série?

Lobby do Gaúcho.

Impressionante a cara de pau do nosso todo poderoso presidente da CBF, Darth Vader, ops, Ricardo Teixeira, ao pedir em rede nacional para que o povo brasileiro ajude Ronaldinho Gaúcho a ser convocado para a seleção olímpica. Logo ele tão avesso a entrevistas, a dar satisfação das patacoadas de sua confederação ou de suas próprias ferocidades. Está mais do que na cara que ele já convocou Ronaldinho para as Olimpíadas e que Dunga vai ter que engolir a seco ou então tomar um scothzinho para digerir melhor essa canetada do nosso ditador de plantão.

O povo quer Ronaldinho Gaúcho, não precisa ele vir pedir isso. Mas agora o cenário está todo favorável. Teixeira já convocou, o povo em boa parte, alheio a esse esquema, vai pressionar Dunga, o técnico por sua vez vai ter que convocá-lo para não perder seu emprego e ao final de tudo, caso o Brasil saia vencedor, Ricardo Teixeira vira herói e tudo ficará lindo e maravilhoso no reino da CBF, caso contrário a culpa é de Dunga, que não o convocou antes e não o preparou adequadamente para a competição.

Vai Teixeira, não pára de lutar!

Lobby do Gaúcho – parte II

Incrível a sincronia entre as declarações de Ricardo Teixeira sobre Ronaldinho Gaúcho e a repentina enxurrada de matérias e entrevistas realizadas pela Globo com o jogador.

Vai Globo, não pára de lutar também!

Feroz é mato e eu sou o Bozo.

Ao som de The Dandy Warhols – Nietzsche

abraços aos queridos,

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