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Sampa Noise – Nova jogada do São Paulo.

Sobre a derrota do São Paulo para o Once Caldas, ontem pela Libertadores, o nosso colaborador “Dido” dá o recado.

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Não satisfeitos em sempre cruzar a bola na área em busca do Washington o São Paulo ontem mostrou uma jogada nova, sim sim, agora o time não vai mas até a linha de fundo para cruzar, faz isso direto do campo de defesa, muito inteligente não?

Bola no chão com o time do São Paulo esta extinta, só cruzar e lançar pelo alto, mas o que não percebem é que essa jogada não tem tido efeito, o defensor acaba sempre se antecipando a Washington.

O São Paulo vinha dominando a partida quando abriu o placar, através de uma falta batida por Rogério Ceni, ainda que não tão bem batida assim, a bola desviou no meio da barreira enganando o goleiro da equipe colombiana. Dai pra frente tome pressão, era pressão por baixo e por cima.

No segundo tempo o Once caldas empata com um gol de cabeça, coisa que o São Paulo já tenta fazer a 1 ano e não consegue. Uma equipe que se tornou especialista em cruzamento, não deveria ser eficaz na bola cruzada em sua área?

Mas não foi o que aconteceu. Xandão, zagueiro contratado esse ano para suprir a falta de Andre Dias, não subiu como deveria na bola.

O que dizer do Miranda, o cara joga muito, se houvessem três “Mirandas” na zaga e certamente o torcedor são paulino ficaria mais tranqüilo. Ele está em todas as partes do campo, até atacar ontem ele atacou, mas curiosamente foi em falha sua que pintou o segundo gol do time colombiano.

Diego Moreno recebeu a bola no meio campo driblou Jean, e partindo em direção a área, Miranda deu combate,e nessa hora podemos dizer – “fecha a perninha fecha, Miranda” – Diego deu uma “sainha” em Miranda, invadiu a área e chutou cruzado, para o do coração tricolor que quase parou de bombear sangue nesse instante.

Como são paulino, continuei a acreditar na vitória, afinal era “só um time que nunca havia perdido em casa na Libertadores”, mas o time colombiano não deixou o time paulista jogar mais, a não ser pelas bolas insistentemente cruzadas na área, causando um colapso em meu tricolor sistema nervoso.

Mas tudo bem, perdemos de virada sim, não quebramos o tabu de vencer o Once Caldas, mas em compensação temos um goleiro como o maior artilheiro do São Paulo em Libertadores. E fica aqui a pergunta:

Será que se a colocar o Washington no gol e o Rogério no ataque o time melhora?

O Sampa está em 2º lugar do grupo, Mas se o time continuar com a estratégia de bola cruzada na área, talvez nem passar da primeira fase conseguirá. O que, convenhamos, seria uma vergonha.

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Termino essa minha 1ª participação no Ferozes FC deixando a minha dica musical: Tc – Flatline

http://www.youtube.com/watch?v=YcMMdGViqDY

Abraços,

Top 5 Discos Ferozes 2009

 
João Paulo Tozo

Alice In Chains –Black Gives Way To Blue

Em essência, Layne Staley está vivo em Black Gives Way to Blue.

Substituir o mitológico vocalista do Alice in Chains, considerado um dos maiores de todos os tempos, não apenas é complicado, como impossível. Mas o AIC achou em William Duvall uma possibilidade real de seguir adiante com grandes discos. Ajuda também o fato de Jerry Cantrell cantar em quase todas as faixas.

14 anos após seu último trabalho, foi estranho imaginar a volta do Alice In Chains.
Dinheiro? Ostracismo? As razões que apontavam para esse retorno eram tenebrosas. Mas Jerry Cantrell continua um fantástico guitarrista, assim como Mike Inez (baixo) e Sean Kinney (bateria) continuam com a mesma pegada de outrora.

Das bandas que levantaram a cena grunge de Seattle, o AIC foi certamente a que mais abusou do peso do metal e se aproveitou de uma atmosfera sinistra com os vocais de Staley.

E tudo isso está de volta. Menos Staley, infelizmente.

O disco pode ser datado, mas está inserido nesse contexto a inventividade do Alice in Chains. É datado mas não há outra banda que faça algo parecido. Nem outra banda que tenha feito um disco tão sensacional em 2009.

Comece escutando a faixa inaugural, “All Secrets Known”, e mergulhe na atmosfera sombria do AIC.

Em “Check My Brain” e na fantástica Looking in a View, para mim o single do ano, você vai de encontro ao AIC cheio de vigor do começo dos anos 90.

Um discaço fez o Alice in Chains. Brindaram os fãs, onde me incluo, com um retorno retumbante e sem ressalva alguma.

Para os que não acreditam no que digo, deixo aqui o clipe da música do ano – Alice in Chains – Looking in a View: http://www.youtube.com/watch?v=lr_tyst3SVE

Yeah Yeah Yeah´s – It´s Blitz

Os desavisados podem ter achado se tratar de uma nova banda quando escutaram na rádio o petardo “Zero”. Fato é que desde “Show Your Bones” que o Yeah Yeah Yeah´s mostram sinais claros de maturidade. Não que a anarquização de Fever to Tell não seja sensacional. Tanto que ainda é meu disco favorito de Karen O e Cia.

Dave Sitek do “TV On The Radio” tem grande parcela de culpa nessa remodelação do YYY´s, já que foi responsável pela produção da maravilha.

A Faixa “Zero”, com todo o seu despejo de sintetizadores, só não é a música do ano porque o YYY´s teve o “azar” de lançar sua obra no mesmo ano de uma das maiores bandas de todos os tempos.

Vale também destaque para a deliciosa “Heads Will Roll”.

Camera Obscura –My Maudlin Career

Ex pequena do Stuart Murdoch do Belle&Sebastian, Tracyanne Campbell tem uma voz de fazer qualquer um abrir largo sorriso de satisfação.

Tem um “que” de B&S, claro. Mas o seu “indie pop” me agrada bem mais. Fosse lançado em outra época e teria potencial para se tornar um disco clássico.

As faixas “French Navy” e “Swans” estão entre os grandes sons do ano, na minha humildíssima opinião.

Marilyn Manson – The High End of Low

Tio Twiggy faz um bem danado ao tio Manson. O retorno de seu eterno braço direito trouxe também a agressividade musical e algumas texturas esquecidas nos últimos discos da banda.

Sem o peso de outrora, mas ainda assim é possível fazer paralelos com a trinca clássica de Manson. “Pretty as a Swastika” pode fazer boa tabelinha com “Little Horn”, de Antichrist Superstar. Assim como “Running To The Edge of The World” remete a Speed Of Pain, do Mechanical Animals. Já em Four Rusted Horses, Manson e Twiggy buscam referencias em Johnny Cash.

Abismado? Eu também fiquei.

Muse – Resistance

Eu poderia aqui na 5ª colocação citar o Animal Collective ou o Wild Swans. Mas por mais bacanas que seus álbuns tenham sido, são bandas que não fazem o tipo de som que pira completamente o meu cabeçote.

O Muse por outro lado é banda de cabeceira e, por mais que esse último trabalho dos caras seja em grande parte um pastiche do Queen (diga-se de passagem, os próprios dizem que esse disco foi totalmente influenciado pela banda de Freddy Mercury), além de ser o trabalho menos genial dos caras, ainda assim me agrada demais aos ouvidos. Ainda assim, um álbum que tenha a faixa “United States Of Eurasia” não pode ser desconsiderado.

Sinal de que o ano foi uma droga? Que nada. Animal Collective e Wild Swans são bacanissimos e, não fosse eu um turrão que não abre mão de louvar as bandas do coração, certamente estariam aqui na lista.
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Angelo Malka

Dinosaur Jr. – Farm

Este disco é o segundo do Dinosaur desde seu retorno em 2007, a banda que influenciou ícones como Pixies e Nirvana mostra o bom e velho rock dos anos 90 que de certa forma foram eles que ajudaram a moldar. Com as guitarras cheias de flanger e wah wah comendo solto na hora dos solos, o power trio engata excelentes músicas como “plans” e “over it”, esta última com clipe lançado que tem um certo clima nostálgico, e para quem viveu aquela época (como nós do blog Ferozes FC) talvez traga até certa estranheza ao ver que idade chega para todo mundo, não é um sentimento bom nem ruim, só a certeza de que isso acontece a todo mundo.

O fato é que o novo cd da banda está repleto de melodias excelentes que me remetem aos dias em que remava em cima do meu skate (é, já fiz muito isso) sem me preocupar com as contas a pagar, as matérias a escrever, as noites em discotecar, e sempre é bom lembrar desta época.

The XX – Self Titled

Este disco e esta banda me foram apresentados este ano aos 48 do segundo tempo e conquistou meu coração. O cd é regado a canções lentas, com vocais masculino e feminino cantando juntos (gosto deste tipo de duo na linha de algumas músicas do Pixies) e com o tema geralmente voltado ao sexo. A banda e o cd não tem nenhuma música considerada um HIT e tudo o mais, mas o mais bacana do cd é o balanço ao qual ele te leva em um chilli out ou até mesmo durante uma tarde ensolarada, as melodias tem aquele “easy listening” e não tem nenhuma faixa que possa irritar aos ouvidos por ser aguda ou grave demais, tudo parece muito bem colocado em cada canção.

Se fossemos seguir uma lista de bandas que você pode lembrar quando ouve o som dos caras, podemos dizer que em algumas guitarras lembramos de Interpol, em alguns momentos temos surtos de Radiohead, mas em geral não lembro de ter achado alguma canção totalmente influênciada por algum artista. Como música favorita voto em “crystalised” pela melodia, pela letra, e pelo sentimento que ela me trás, que não vou revelar a vocês para que possam ouvir e tirar as próprias conclusões e sentimentos dela.

The Pains of Being Pure at Heart – The Pains of Being Pure at Heart

Quando a princípio ouvi o nome dessa banda, achei fantástica a idéia dele, gosto de nomes grandes para bandas, como por exemplo: “and you will know us by the trail of dead” ou “nine inch nails” ou ainda “does it offend you, yeah?”. Quando ouvi a primeira vez as músicas via You Tube me apaixonei no mesmo instante, as guitarras e a influência descarada do guitar pop junto com os vocais da tecladista Peggy Wang-East que são doces demais acompanhando do vocal amador e cativante de Kip Berman, fazem você se sentir numa garagem com guitarras no último volume tocando aquele som pop despretensioso que você sempre quis ouvir em uma tarde de verão.

Deste cd eu consigo eleger as primeiras 8 músicas como fantásticas e as duas últimas como muito boas, por tocar um rock simples, sem pensar muito na estética como hoje se faz com todas as bandas, tocando algo sincero, o The Pains of Being Pure at Heart conseguiu compor o que na minha opinião constitui como o melhor disco de rock do ano.

Florence and the Machine – Lungs

Esta banda com certeza é uma das coisas mais geniais que descobri este ano, imagine você tirar as pessoas do filme Hair, pegar aquela estética toda dos anos 70, flower power, com um toque de vocais na linha Kate Bush, influências de divas de todas as décadas, um pouco de rock e indie pop, juntar com coreografias imensas, vídeos extravagantes e todo um clima psicodélico e jogar em uma banda só, este é o Florence and the Machine, uma banda fantástica.

Os vocais de Florence ‘Flossie’ Welch são de uma potência que há tempos não via em uma cantora pop, potência esta que é testada em “drumming song” onde em grande parte a voz e a percurssão são os únicos instrumentos presentes, lindas canções como “dog days are over” estão presentes no álbum também, o lançamento da banda foi feito com uma canção que não resume bem o estado de espírito deles e se chama “kiss with a fist” é mais pro lado do rock garagem, porém, apesar de não combinar muito com a banda a música não deixa de ser boa, mas se você quer realmente captar a essência desta banda ouça a música “Rabbit Heart (Raise it up)” que considero como a melhor do grupo. Compre, baixe ou ouça em streaming mas não deixe de conhecer Florence + the machine.

The Loves – Three

Esta banda, The Loves, você provavelmente nunca ouviu falar, mas não se desanime, eu também não tinha ouvido falar, nem ninguém que eu conheça. Essa banda é daquelas que um dia sem querer você tropeça no meio da internet e acha fantástica, isso foi o que aconteceu entre eu e o The Loves. Estava ouvindo um dia uma coletânea de bandas alternativas de um canal de vídeos do You Tube, e entre todos os clássicos tinha essa banda no meio, não sei se porque quem fez a lista foi alguém da banda, ou se como eu gostou muito quando ouviu. O fato é que esta banda é de Liverpool e toca basicamente em pequenos eventos e garagens pela Inglaterra, sem grandes shows, sem grandes fãs, sem grandes públicos, até mesmo em sua terra natal o The Loves não é muito conhecido, apesar disso tem um EP e três maravilhosos discos, sendo que um deles o “three” saiu este ano.

O som do The Loves lembra bem aquela fase áurea do Teenage Fanclub, com influências da fase mais pop dos Beatles, e todo o rock grudento que você canta facilmente depois de ouvir uma vez só. Rock para meninos e meninas, jovens ou adultos, The Loves faz o estilo de quase todo mundo. Coloco o link do last FM deles, porque esta banda realmente é difícil de achar: http://www.lastfm.com.br/music/The+Loves/Three

Destaque para as faixas do álbum: “the ex-gurlfriend”, “everybody is in love” e “sweet sister Delia”

Esta foi minha seleção de melhores álbuns de 2009, espero que tenham gostado, e se quiserem trocar figurinhas ou me mostrar um álbum novo que támbem goste, mande e-mail para: malkaviano_etejs@hotmail.com ! OBRIGADO!
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Karen Bachega

The Pains of Being Pure at Heart – The Pains of Being Pure at Heart
Este é o primeiro disco desta banda norte-americana, lançado em fevereiro. Foi o achado do ano para mim. Com melodia pop, guitarra distorcida e letras sobre o amor,.tem influência de tudo o que eu gosto, shoegaze bem definido, portanto contam com um público apaixonado, assim como eu.

Gutaf Spetz – Good Night Mr. Spetz

Este artista sueco é pretensioso, mas não é à toa. Músico talentoso, toca piano e compôs um dos melhores discos do ano na minha opinião. Suas melodias são daquelas que me faz deitar na cama, olhar para o teto e viajar em meio a boas sensações.

The Raveonettes – In and Out of Control

No Intervalo Musical de 02/10/2009 falei sobre este disco, pois o achei merecedor de uma coluna só para ele. Como já disse, não fugiu da fórmula dos discos anteriores, mas como eu adoro este duo dinamarquês e acho divinas todas as suas músicas, não poderia ficar fora do meu top 5. Se quiser saber mais, olha aqui: http://ferozesfc.blogspot.com/2009/10/intervalo-musical-raveonettes-2009.html.

Dinosaur Jr. – Farm

Este disco é “Dinosaur Jr.” e ponto final, sem inovações. Se você aprecia a carreira da banda, vai adorar o disco. Rock jovem, despretensioso, sem repetições e com letras interessantes, essa é a marca da banda que foi influência de outras tantas grandes bandas.

Yo La Tengo – Popular Songs

Este disco de popular só tem o nome. Álbum cuja a essência é musica pop, com pitadas de soul, r’n’b, folk e country, tudo isso sem esquecer do passado guitar band da banda. Criatividade sem perder a mão, com músicas para todas as ocasiões.

Fica aqui o meu top 5, com a difícil missão de escolher 1 música entre tantas nestes 5 discos maravilhosos.

DJ, toca esta por gentileza. http://www.youtube.com/watch?v=B4itzHRpltQ
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Rene Crema

Yeah yeah yeahs – its blitz

Segundo disco da banda, mostrando que Karen O chegou pra dar as cartas, e com toda sua elegância, botou a galera pra dançar com seu hit Zero, música que fecha o ótimo disco! Um dos meus critérios pra fazer minhas escolhas esta no quantidade de vezes que ouvi o disco, por prazer, por viciar, e esse me fez gastar o player!

The Raveonettes – In and Out of Control

O Pop rock de melhor qualidade pra mim, musicas fáceis e pegajosas (no bom sentido), o disco acaba e me faz querer ouvir mais, a cada disco a dupla da um salto de qualidade, se continuar na escalada todo mundo só tem a ganhar.

Alice in Chains – Black Gives Way To Blue

O retorno de um dos ícones dos anos 90, Layne Stanley não esta mais ali, mas seu sucessor Willian DuVall deixou todos de queixo caído com seu timbre parecidíssimo, músicas fortes, a velha pegada que a banda nunca esqueceu, disco de encher a barriga! Não podia ficar de fora!

Hearts Of Black Science – The Ghost You Left Behind

Ultima audição que viciei no ano, arranjos que adornam uma viagem deliciosa, uma massagem nos ouvidos, melodias que prendem, caiu em cheio ao meu gosto pessoal, uma mistura eletrônica com instrumentos que me fascinou! Acredito que ouviremos falar muito ainda deles!

The Horrors – Primary Colours

Insano, quando todo mundo achava que o Horrors era uma banda tipo Y, os malucos vem e fazem um disco tipo X, viajante, hipnotizante, riffs de arrepiar, atmosfera única que Horrors conseguiu criar, maravilha de disco!