Burocracia corintiana

Amigos,

Admito que fiquei devendo aqui um texto a respeito da derrota do nosso Corinthians para o Santos, na Vila Belmiro no último domingo. A verdade é que o futebol burocrático que vem sendo praticado pela equipe comandada pelo nobre Adenor Leonardo Bacchi não tem inspirado bons textos. E por não conseguir ser contagiado pela burocracia do time, acabei passando batido.

Jorge Henrique fez o segundo gol da vitória corintiana sobre o Nacional-PAR

O que eu posso dizer é que acho que o Corinthians teve a sorte de não encontrar um Neymar inspirado pela frente, como foi o caso do Internacional, que enfrentou o Santos pela Libertadores na noite desta quarta-feira, e viu o jovem santista aplicar dois belíssimos gols, além de deixar sua marca num pênalti bem batido também.

Mas o assunto aqui é o Corinthians, que como eu já vinha apontando desde o jogo contra o Catanduvense, vem apresentando uma maneira de jogar bem abaixo do esperado. E isso porque o nível técnico dos times (inclusive os grandes) que estão disputando o Paulistão é muito baixo, e somente se sobressaem alguns valores individuais. Contraditoriamente, o Timão parece ser, junto com o rival Palmeiras, um dos times mais equilibrados do campeonato. A diferença é que o alvinegro anda pecando nas finalizações, embora tenha a defesa mais estável da competição. Defesa esta que depende fortemente de sua dupla de zaga titular, com Chicão (de volta à boa fase) e Leandro Castán (recém-recuperado de lesão), já que perdeu Wallace, que passou por cirurgia esta semana, e Paulo André, que ainda se recupera de uma intervenção cirúrgica. A opção para o Paulistão é o jovem Marquinhos, que apesar de alguns erros, parece ter condições de se tornar um bom zagueiro.

Mas e para a Libertadores (Marquinhos não está inscrito)? Não há reserva disponível para ambos, então nos resta torcer para que não se lesionem.

Em boa fase, Danilo vem se destacando.

O Corinthians conquistou sua primeira vitória na Libertadores 2012, contra o Nacional do Paraguai, um adversário que, convenhamos, é fraco. Ainda assim, o Timão não jogou aquele futebol de encher os olhos. Foi um jogo chato, admitamos. Danilo e Jorge Henrique mostraram senso de oportunidade ao marcarem os gols da vitória, mas foi só isso. Alex não comprometeu, como nos jogos anteriores, mas não vem jogando bem. Fez o básico. Ainda acho que talvez seja o caso de uma estadia no banco de reservas.

Outro que não comprometeu, mas também não encantou foi Edenílson. Improvisado na lateral direita, o volante pareceu meio perdido em campo, apesar de ter acertado o lançamento que originou o gol de Jorge Henrique. É uma boa promessa, mas não tem um estilo marcador. Funcionaria mais como meia-direita, mas nesse quesito concorre diretamente com Cachito Ramirez, que considero mais preparado e habilidoso, sobretudo nos chutes de fora da área.

O próximo compromisso do Corinthians é contra o Guarani, no Pacaembu. É provável que neste jogo o ex-Imperador saia de seu período de descanso remunerado e entre em campo. Só não sei se joga.

Em repúdio à atitude equivocada e arbitrária do ECAD (entenda o caso aqui), hoje não indico nenhum vídeo. Abraços.

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