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Folha seca: Sem o maestro, com maestria

Um ”novo” Santos entrou em campo para partida contra o Goiás no Pacaembu, visando as primeiras colocações. O santista deve estar se perguntando, como assim um ”novo” Santos ?

Eu explico: a equipe campeã Paulista e da Copa do Brasil já não é mais a mesma, André, Robinho e Wesley deixaram o clube e Paulo Henrique Ganso, depois de grave lesão, ficará 6 meses afastado. Além disso, a equipe conta com a chegada de Keirrison que ainda busca a melhor forma física e Rodrigo Possebon cotado para substituir o versátil Wesley.
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O esquema com três atacantes foi o mesmo, apenas com novas peças. Zé Eduardo, Neymar e Keirrison formaram a ineficiente ofensiva santista no primeiro tempo. Parece que a ausência do nosso maestro foi sentida inicialmente e a equipe praticamente não assustou o goleiro Harlei, a não ser um gol incrível perdido por nosso candidato a camisa 9, Keirrison.

Com a entrada de Mádson na segunda etapa, os alvinegros intensificaram seu volume de jogo e logo teve uma chance de abrir o placar. Zé Eduardo foi derrubado na área, Neymar bateu e perdeu mais um penâlti esse ano, ao todos são 8 cobranças e apenas 3 tentos convertidos.

O Santos precisava de um jogador decisivo para mudar o rumo da partida e o nome da vez foi Zé Eduardo, aliás vale uma menção ao bom futebol que o atacante tem apresentado nos últimos jogos, o golaço de voleio nessa partida apenas confirmou tudo isso.

O gol incendiou os 20 mil santista presentes e a equipe não demorou para ampliar. Alan Patrick, o possível sucessor de Ganso, acertou uma bomba de fora da área e deu números finais a partida. A vitória mostrou a força do elenco santista e fez a equipe encostar na ponta de tabela, atrás apenas de Fluminense e Corinthians.

Confesso que sai do Pacaembu satisfeito com a atuação da equipe e cheio de esperança para o restante da temporada, empolgado ainda acompanhei o coro da torcida: ”Ole le Ola la segura Fluminense que o Santos vai chegar”.

O planejamento e a postura da diretoria e da equipe nesse histórico ano de 2010, nos faz acreditar que o sonho da tríplice coroa continua vivo !

Pra cima deles Santos !

Folha Seca: Imortal tricolor ?

O cenário da partida se assemelhava ao da grande batalha ocorrida pouco mais de 3 meses antes no mesmo Olímpico, aquele em que os alvinegros não venciam os mandantes à mais de 10 anos. A empolgada torcida gremista não parava de cantar, o Santos sem alguns de seus guerreiros da outra partida entrava em campo sob essa pressão, mas dessa vez a história foi outra, o imortal tricolor findou como um reles mortal.

Abrem-se as cortinas e o jogo começa. Até então nada de diferente, o Olímpico continuava como um carma na vida dos santistas, tanto que logo aos 5 minutos, Borges abriu o placar. A vantagem deu tranquilidade aos gaúchos que administraram a partida até o fim do primeiro tempo.
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Na volta, Dorival Jr. sacou Marcel – que aliás anda mal das pernas – e colocou Zé Eduardo, a alteração mudou completamente a cara da partida e o Santos passou a dominar completamente as ações. Victor em noite inspirada evitou o pior até os 23 minutos, quando Neymar cobrou penâlti sofrido por Zé Eduardo, sem firulas, e empatou o jogo.

O gol da virada era questão de tempo, porém, no Olímpico as coisas insistem, ou melhor, insistiam em dar errado, já que a partida ainda ganhou tons dramáticos quando Alex Sandro recebeu 2 cartões amarelos em 5 minutos e foi expulso. Um ponto somado fora de casa pelas circunstâncias de momento ficaria de bom tamanho e uma possível vitória a essa altura  seria heróica com um jogador a menos. Aos 40 minutos, o garoto Neymar partiu pra cima do zagueiro Vilson e foi derrubado, mais um penâlti para o Santos. O camisa 11 santista pegou a bola, colocou na cal e bateu para defesa de Victor. A chance do triunfo parecia ter se desfacelado, a igualdade no placar se encaminhava duramente, o tabu seria mantido e mesmo jogando melhor os espirítos do Olímpico continuariam a assombrar a equipe da vila. Foi aí que surgiu entre os zagueiros o verdadeiro herói da partida, não foi Neymar como todos  esperavam e sim: Rodriguinho. O volante santista acertou um balaço de fora da área e sacramentou a vitória alvinegra, recebendo os cumprimentos aliviados do garoto Neymar, que por pouco não passou de herói a vilão.

Mais 3 pontos na tabela, vaga no G4, aproximação dos líderes, mas como nem tudo são flores, ainda tivemos uma baixa na equipe, infelizmente, nosso maestro. Paulo Henrique Ganso ficará seis meses afastado da equipe com uma lesão no joelho e retornará apenas para a disputa da Libertadores da América.

Finalizo com uma foto que explicita de forma pontual a ”grande fase” vivida pelos gremistas.
Por onde será que anda o ”imortal tricolor” ?

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Folha seca: A jóia santista de 100 milhões.

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Pela foto, nem Neymar parece acreditar na proposta inglesa.

Após a tão comemorada permanência de Neymar, o Santos entrou em campo para enfrentar o Atlético-MG.
Agora tente adivinhar quem foi o nome da partida?
Eu te respondo: NEYMAR !

O garoto ficou e encantou mais uma vez os orgulhosos torcedores santistas, aliás, orgulhosos não só dele, mas também da diretoria alvinegra que deu uma aula de planejamento e manteve no Brasil uma jóia do nosso futebol. A partir de agora quem quizer tira-lo do país deverá desembolsar o ”símbolico” valor de R$ 100 milhões.

A partida foi apenas um detalhe, a vitória do Santos por 2×0 ficou em segundo plano, as atenções estavam voltadas para Neymar, o menino, agora mais focado, deu dribles desconcertantes, arracandas inapeláveis, assistências e ainda anotou o seu tento, cobrando penâlti. Parece que todo o esforço valeu a pena e como disse meu amigo santista Kako Ferreira em seu blog alvinegro ”O futebol de Neymar é para inglês ver… da TELEVISÃO”.

Neymar da Silva Santos Júnior, um exemplo, o pioneiro, a promessa de uma nova época no futebol brasileiro.

Folha seca: Ironias do futebol

Uma vitória nem sempre significa a glória de uma equipe. O Santos este ano fez campanhas tão brilhantes e regulares que mesmo perdendo os dois últimos jogos das finais disputadas (Santo André 3 x 2 Santos – Paulista ; Vitória 2 x 1 Santos; Copa do Brasil) sagrou-se campeão. Na partida de ontem pela Sul Americana a história foi diferente, dessa vez a equipe venceu o jogo de volta, mas amargou a desclassificação no torneio continental.

A eliminação não foi de todo o mal, agora os alvinegros podem mirar exclusivamente o Brasileirão e buscar a tríplice coroa com certa tranquilidade, pois a equipe já está com o passaporte carimbado para a Taça Libertadores 2011.

O confronto entre Santos e Avaí evidenciou o real interesse de ambas equipes na competição. Do lado catarinense, a equipe jogou com a faca entre os dentes nas duas partidas e por isso avançou de forma justa. Já os santistas, curtindo a conquista da Copa do Brasil deixaram a desejar no jogo de ida e se esqueceram que o mata-mata se resolve em dois embates.

Felizmente os torcedores santista podem sorrir mesmo com a eliminação, já que a permanência do garoto Neymar foi confirmada, além do anúncio de mais uma contratação importante. O volante Rodrigo Possebon, de 21 anos, ex- Manchester United, foi anunciado e assinou um contrato de 4 anos com a equipe da baixada. Mais um jovem promissor que vem para compor a quase certa saída do garoto Wesley.

O desmanche parece que teve seu fim, Dorival Jr. pode trabalhar a equipe, testar suas peças e fechar o elenco que tentará bordar a 3° estrela no tão glorioso manto alvinegro. O torcedor santista já sonha com a América pintada em branco em preto outra vez.

FICHA TÉCNICA DO NOVO JOGADOR ALVINEGRO:

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Nome: Rodrigo Pereira Possebon

Data de nascimento: 13/02/1989

Local de nascimento: Sapucaia do Sul (RS)

Altura: 1,85

Peso: 76kg

Posição: Meia

Clubes : Internacional (RS) (07-08), Manchester United (08 e 09) e Braga (09-10)

Títulos: Supercopa da Inglaterra (2008) e Copa da Liga Inglesa (2008-2009)

Folha seca: O fantasma do Barradão

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Texto: Gregório Possa

Todo nós temos algum lugar que não nos traz boas lembranças, só de lembrar temos calafrios e por mais que você tente tudo que acontece nele, dá errado. Pois bem, para o Santos este lugar se chama: Estádio Manuel Barradas, mais conhecido como Barradão.

Mas peraí ! Recentemente fomos Campeões da Copa do Brasil em pleno Barradão. Sim, nós fomos, mas trazendo na bagagem mais um resultado negativo. O fato é que desde 2004 não vencemos a equipe baiana em seus domínios e por mais que em algumas possibilidades estivemos perto disso, os deuses da bola conspiram contra e o Vitória sai vencedor.

Com alguns desfalques importantes, o Santos entrou em campo com uma postura mais conservadora, apenas com Ganso para articular o meio campo e três volantes que saiam pouco, por isso o Vitória dominou as ações e mesmo sem jogar uma partida brilhante abriu 2×0 em poucos minutos. A marcação do time baiano neutralizava completamente a única opção de ataque do Santos que era seu camisa 10, Paulo Henrique dominava a bola e já estava cercado por 3 ou 4 jogadores.

No final do primeiro tempo os alvinegros conseguiram diminuir com Marcel, após chute forte de Ganso que foi rebatido por Lee nos pés do autor do gol santista. Pelas circunstâncias o 2×1 ficava de bom tamanho para o Santos, mas em uma falha infantil de Danilo o Vitória armou um contra ataque mortal e ampliou ainda na primeira etapa, apesar de o tempo prometido pelo árbitro já ter se esgotado a mais de um minuto.

Percebendo a dificuldade de sua equipe em criar jogadas, Dorival Jr. colocou Marquinhos no lugar de um dos volantes e o Santos cresceu no jogo. Maranhão recebeu cruzamento da esquerda e encheu o pé, a bola explodiu na trave e saiu, foi o anúncio da reação. Aproveitando-se do bom momento, o comandante santista fez mais uma alteração certeira e sacou Marcel para a entrada de Mádson que logo de cara lançou de forma brilhante o atacante Zé Eduardo, este bateu cruzado, no ângulo, sem chances para Viáfara. O empate era questão de tempo, mas como tudo insiste em dar errado quando se trata de jogos no Barradão, Edu Dracena tratou de comprovar essa tese e colocou a mão na bola dentro da área, além do penâlti, o zagueiro santista foi expulso e brecou a reação de sua equipe. Schwenck bateu e deu números finais a partida (4×2). Marquinhos ainda teve tempo de ser expulso deixando o Santos com 9 até o fim da partida.

650x425_189553Ganso sempre cercado por mais de um jogador, preço por seu talento.

O resultado manteve o Santos na 11° posição com 18 pontos e afastou o Vitória da zona de rebaixamento. Se por um lado, mesmo com o revés, a equipe santista está a 3 pontos do G4 e com um jogo a menos, do outro, a distância para a zona da degola também parece curta, apenas 4 pontos.

A possibilidade de saída dos principais jogadores, a vaga na Libertadores assegurada e as duas conquistas em tão pouco tempo acabam por tirar um pouco do foco da equipe para o restante do ano. Temos um exemplo recente disso: o Corinthians ano passado conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil, sofreu pela perda de seus principais jogadores e não mostrou forças no restante da temporada.

Os artistas estão indo embora e o espetáculo se acabando, triste realidade do futebol brasileiro.