Algo sobre a Euro

Passados alguns dias da final da Euro vou lançar breves palavras sobre a ótima impressão que o torneio me deixou.

Desde 1990 o futebol, tecnicamente, deixa a desejar. Especialmente torneios de seleções. A seleção brasileira não joga um futebol vistoso há mais de 20 anos. A última que deu gosto de ver foi a de 82. 86 foi ok, o esquema era interessante mas os jogadores estavam passados. Um lampejo cá, outro acolá, mas em temor gerais a medicridade impera.

A Copa da Itália foi o momento da virada. A Copa mais feia da história – vencida pela Alemanha, a seleção que, como dizem, “joga algo parecido com futebol e sempre ganha”. Depois tivemos 1994, Copa ganha pela eficiente seleção do Brasil, 98 Ganha pela França depois do ataque sinistro do Ronaldo; 2002, ganha pelo Brasil – mas que só foi marcante para os púberes pela novidade da coisa. 2006 é recente então me abstenho de comentar.

Eleger marcos sempre facilita as coisas. Nenhum processo histórico funciona assim e com o futebol não seria diferente. A Copa de 1990 na Itália é o marco desse futebol extra-organizado-profissional-de-super-estádios-metódico-chato que vige até hoje. Essa deve a outra razao pela qual eu tenho raiva da seleção italiana – a primeira, claro, é a ressaca de 82 que não passa nunca.

Felizmente a Euro foi um sopro de esperança para quem gosta de jogos abertos, ofensivos com gols e beleza.

Lembrando os 50 anos da Copa de 58, tomara que o Brasil não tenha vergonha de reaprender o que ensinou, naquele ano, aos Europeus.

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